Voando com a Azul (POA/SDU)
– mais uma vez, eu tinha pontos do Programa Tudo Azul vencendo no final do mês de agosto e, por isso, eu precisava dar uma destinação para eles
– não me canso de dizer que considero um pecado mortal perder uma única milha dos programas de fidelização das companhias aéreas
A COMPRA DA PASSAGEM
– no site da AZUL, busquei voos com destinos que ainda não tinha visitado nesta fase de pandemia e, depois de fazer muitas simulações, Porto Alegre surgiu como a melhor opção para voar no meio de outubro
– consegui encaixar um autêntico bate-volta: iria para e voltaria da capital do Estado do Rio Grande do Sul na mesma aeronave com a mesma tripulação, partindo em um sábado às 07:00h e voltando logo em seguida às 10:00h
– foram torrados 6.000 pontos por trecho para voos de 02 horas de duração aproximada (fiz a emissão no dia 24 de agosto, ou seja, com cerca de 02 meses de antecedência)
– ao longo do mês de setembro, recebi alguns e-mails da AZUL informando que os horários dos voos tinham sofrido alterações e que, em função disso, um voucher de R$ 500,00 por trecho seria disponibilizado em até 05 dias após a realização da viagem (na verdade, no dia seguinte já estava)
A IDA PARA PORTO ALEGRE
– fui para Porto Alegre no voo AD4402, que partiu do Santos Dumont às 09:15h, depois de uma jornada de 01 hora e 45 minutos, a bordo do PR-YRN (apelido “Desafio Azul”, um A320Neo que chegou à frota da AZUL no final de dezembro de 2017)
– o vídeo da decolagem na Cidade Maravilhosa pela pista 02R está publicado no canal YouTube do V&A
– foi um voo tranquilo, viajei na poltrona 25A, que fica lá no fundão (na parte traseira) e do lado esquerdo da aeronave; estava cheio, a ocupação era alta, acima de 90%
– o lindo litoral de Santa Catarina e a fase final do voo com uma região de agronegócios renderam belas fotos
– o vídeo do procedimento de pouso em Porto Alegre realizado pela cabeceira 11 da pista única (que tem 2.280 metros de extensão) do aeroporto da capital gaúcha também está publicado no canal YouTube do V&A
O AEROPORTO DE PORTO ALEGRE
– a operadora Fraport AG Frankfurt Airport Services Worldwide é responsável pela administração do Aeroporto Internacional de Porto Alegre desde janeiro de 2018 (o Contrato firmado com o governo brasileiro prevê a duração de 25 anos)
– a companhia é responsável pela administração de muitos aeroportos espalhados pelo mundo, com destaque para Baltimore/USA, St. Petersburg/Rússia, Nova Deli/Índia, Antalya/Turquia, além de vários terminais na Grécia; e no Brasil, o Aer. de Fortaleza no Ceará faz parte desta lista desde 2018; mas, sem dúvidas, o Aer. de Frankfurt na Alemanha é o maior deles, por onde já passei algumas vezes
– como eu voltaria para o Rio de Janeiro no mesmo avião, ou seja, minha passagem seria relâmpago, não tive tempo de ir conferir a área de check-in e atendimento das companhias aéreas
– o saguão principal tem teto bem alto e um mezanino na parte mais ao fundo, onde fica a área de inspeção de segurança; depois de passar as bagagens pelo aparelho de raio-x, os passageiros precisam descer uma escada rolante para acessar o piso onde estão os portões de embarque
– as enormes e limpas janelas de vidro permitem uma ótima visão do pátio de manobras do aeroporto gaúcho
– nesta área principal, estão instaladas uma lanchonete (Casa do Pão de Queijo), uma pizzaria (Pizza Hut), uma loja de chocolates de Gramado, outra de artigos e acessórios eletrônicos (Loft), uma filial da Hudson, alguns quiosques e uma grande loja fechada da Duty Free Americas – DFA
– naquela hora do almoço daquele sábado o movimento de passageiros era modesto e um grande painel instalado no chão trazia as informações dos poucos voos que partiriam, com destino ao Rio de Janeiro (S. Dumont e Galeão), Guarulhos, Foz do Iguaçu e Campinas
– no extremo direito há um corredor que leva a outra área (pelo que lembro, é a estrutura mais antiga daquele terminal), com teto mais baixo e onde estão os portões 103 a 112
– a sinalização de segurança associada ao contágio do coronavírus nos assentos espelhados pela área de embarque era improvisada: uma fita adesiva amarela em forma de “X”
– pelo que vi, há pouca sinalização adicional nos pisos e não vi nenhum dispositivo de álcool gel para higienização das mãos dos passageiros
– o Portão 114 estava sendo utilizado para embarque do voo AD4195 com destino ao Rio de Janeiro, Aer. Santos Dumont; muitas pessoas já formavam filas em frente ao gate
O VOO PARA O RIO DE JANEIRO
– o A320Neo que me levaria para casa foi rapidamente preparado para a nova missão, desta vez de volta para a Cidade Maravilhosa
– deixei as filas acabarem e fui um dos últimos passageiros a embarcar, para evitar aglomerações
– a minha estratégia não deu muito certo, pois uma fila estava formada no finger, que permite uma visão parcial do pátio
– desta vez, meu assento era o 7F, uma janela do lado direito da aeronave, na parte dianteira, bem ao lado do enorme motor que equipa o A320Neo; eu fiz a reserva antecipada deste lugar pelo aplicativo de celular da AZUL, gastando R$ 27,00
– as poltronas são revestidas com couro cinza escuro e o encosto de cabeça tinha um sistema de regulagem que aumenta o conforto durante o voo
– da mesma forma que o voo da ida até Porto Alegre, tivemos alta ocupação, novamente quase lotado
– a configuração desta aeronave era a tradicional dos modelos de corredor único (3 x 3 – três poltronas das cada lado); com isso, voaria com um casal de idosos ao meu lado; percebi que a senhora ficou intrigada com a quantidade de fotos que eu estava tirando
– no bolsão da frente esta disponível somente o cartão de instruções de segurança (bem surrado, por sinal), já que as revistas de bordo foram banidas como medida de proteção ao contágio do coronavírus
– todos os assentos contam com um monitor individual de vídeo instalado na parte traseira da poltrona da frente, uma ótima opção de entretenimento
– o espaço para pernas era apenas razoável, mas nada de preocupante para um voo de menos de 02 horas de duração
– para carregar equipamentos eletrônicos, o avião contava com tomada universal instalada na parte inferior da estrutura de ferro da poltrona da frente, além de uma porta USB no lado esquerdo do monitor de vídeo
– ao lado, um Airbus A321Neo (o maior avião de corredor único atualmente fabricado) da AZUL (prefixo PR-YJC – apelido “Super Azul”) estava acoplado ao terminal de passageiros, sendo preparado para voltar para Campinas
– eram 11:57h quando a Chefe de Cabine anunciou “embarque encerrado” e o tradicional “tripulação check de portas” vindo do cockpit foi feito 05 minutos depois
– logo depois, foi a vez de ouvirmos um anúncio do Piloto informando que a duração prevista de voo até o Rio seria de 01 hora e 45 minutos, com tempo bom em rota e 26 graus de temperatura no destino
– o procedimento de pushback foi iniciado às 12:05h e, logo em seguida, as instruções de segurança começaram a ser demonstradas de forma manual pela tripulação de cabine (04 comissárias suportariam este voo)
– por fim, a Chefe fez mais um anúncio: por recomendação da Anvisa o serviço de bordo seria entregue somente na saída da aeronave, no aeroporto de destino
– taxiamos lentamente e chegamos às 12:13h na mesma cabeceira – 11 – utilizada para o pouso mais de 01 hora antes da pista única do Aer. de Porto Alegre
– o vídeo da decolagem está publicado lá no YouTube do V&A; mais uma vez, me impressionou o baixo nível de ruído proporcionado pelo par de motores CFMI LEAP-1A que equipa este avião da AZUL
– nos primeiros minutos de voo, sobrevoamos a região metropolitana de Porto Alegre
– perto de 12:30h, acessei uma das facilidades disponíveis no sistema de entretimento do Airbus: o Mapa de Voo, que indicava que faltavam 01 hora e 15 minutos de voo, a altitude era de 9.035 metros e a velocidade era superior a 900km/h
– alguns minutos depois, atingimos e voamos margeando o litoral do Estado de Santa Catarina; a vista da janela era linda
– eram 12:40h quando deixamos de sobrevoar o continente brasileiro, logo depois de passar por Florianópolis
– a partir daquele momento, nas próximas dezenas de minutos, passaria a ver só água pela janela do A320Neo
– a fileira 7 desta aeronave da AZUL é um bom lugar para viajar, pois permite uma visão privilegiada do motor CFMI LEAP-1A e do sharklet instalado na ponta da asa
– o sistema de vídeo traz algumas poucas opções de conteúdo, além do Mapa de Voo: TV ao Vivo, filmes e séries de TV
– aproveitei para terminar de ver “Star Wars – o Despertar da Força”, que comecei a assistir no voo de ida: não seria a minha primeira vez, mas nunca é demais rever a Princesa Leia e Hans Solo
– eu não tinha levado o meu próprio fone de ouvido, mas consegui curtir o filme ativando a opção de legendas em português
– na parte mais final da viagem, a visão pela janela do Airbus estava mais uma vez linda: uma camada de nuvens branquinhas contrastava com o céu azul
– eram 13:26h quando o Comandante usou o sistema de áudio para informar que a previsão de pouso era 13:45h e que a temperatura na Cidade Maravilhosa era de 25 graus; naquela altura do voo, estava tudo branco lá embaixo, as nuvens dominavam a paisagem pela janela
– o tempo no Rio de Janeiro não era dos melhores na fase de aproximação final; a aeronave passou pela Zona Oeste, depois perto do Engenhão (Estádio do Botafogo), seguiu para sobrevoar a Ilha do Fundão e, finalmente, a Ponte Rio-Niterói para alinhar para pouso
– o pouso foi realizado às 13:43h com segurança pela cabeceira 02L da pista principal do aeroporto central do Rio de Janeiro, que tem apenas 1.323 metros de extensão; a etapa foi cumprida em 01 hora e 30 minutos; o vídeo deste procedimento está publicado lá no YouTube do V&A
– o taxiamento foi feito de forma lenta no Santos Dumont e o avião se dirigiu a uma posição remota no pátio do terminal
– o desembarque foi feito pelas portas dianteira (para onde me dirigi) e traseira do A320Neo; eu prefiro muito mais sair por uma escada do que pela ponte de embarque do terminal de passageiros; é sempre uma oportunidade de tirar fotos bem mais interessantes
– a posição de estacionamento era bem em frente a uma das salas de restituição de bagagens, não foi necessário a recorrer ao ônibus da Infraero, os passageiros foram andando até a saída; neste caso, tive mais uma chance de mais fotos do A320Neo no pátio com a equipe de solo já retirando as malas dos porões
AVALIAÇÃO GERAL: a emissão da passagem já tinha uma boa relação custo-benefício (6.000 pontos por trecho) e ficou ainda melhor com os vouchers de R$ 500,00 oferecido pela AZUL em função das mudanças dos voos; o A320Neo é uma aeronave que oferece conforto aos usuários, com destaque para o bom sistema de entretenimento a bordo; achei que as medidas preventivas associadas ao combate ao coronavírus são tímidas no Aer. de Porto Alegre, mas gostei bastante a estrutura do novo saguão principal: muito ampla, bonita e funcional; nesta fase de pandemia, o contato com a tripulação durante o voo é reduzido, valendo ressaltar que os anúncios da Chefe de Cabine foram feitos de forma clara pelo sistema de áudio; da mesma forma, não devem ser feitos maiores comentários ao serviço de bordo, afinal, a companhia segue a recomendação da Anvisa e entrega snacks somente na saída da aeronave; no geral, foi uma ótima experiência os voos de bate-volta do Rio para Porto Alegre
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