Voando com a Azul (VCP/GYN)
– depois das rápidas férias na Turquia no início de novembro de 2020, voando com a LATAM (Boeing 767-300ER e Boeing 787-9) e TURKISH AIRLINES (Airbus A321Neo e Airbus A330), retomei à rotina de viagens rápidas pelo Brasil no início de dezembro do ano passado
A COMPRA DA PASSAGEM
– como já disse em várias situações, considero pecado mortal perder pontos e milhas dos programas de fidelização em função do vencimento; eu tinha vários nesta situação do Programa Tudo Azul e no início de setembro de 2020 fiz várias emissões para torrar estes pontos
– uma das passagens emitidas me fez voar até Recife a bordo do Airbus A330Neo, a minha estreia neste modelo de aeronave de fuselagem larga da AZUL (confira a avaliação completa AQUI)
– esta onda de emissão de passagens também me levou até Porto Alegre, a bordo de um Airbus A320Neo; confira AQUI a avaliação completa do voo de volta para o Rio de Janeiro
– e ainda uma Ponte Aérea operada por um “teco-teco” (a forma carinhosa que eu chamo um avião turbo-hélice); confira AQUI a avaliação completa do voo do Santos Dumont para Congonhas/São Paulo
– e a última emissão que fiz à época tinha originalmente a seguinte combinação de voos: Rio de Janeiro (Santos Dumont) – Belo Horizonte – Goiânia – Campinas – Rio de Janeiro (SDU), ou seja, uma viagem bem eclética, com 04 trechos diferentes; gastei apenas 12.000 pontos (6.000 para os voos de ida e mais 6.000 para os de volta), além de R$ 69,14 de taxas de embarque
– mas, ao longo das semanas seguintes, a AZUL promoveu a uma série de mudanças no meu itinerário (conexões e horários), todas comunicadas por e-mail e por Whatsapp
– a 1ª alteração atingiu a minha volta: de voos com conexão em Campinas para um voo direto, um pouco mais tarde, partindo às 13:00h (o que seria ótimo!), mas depois houve nova mudança para um voo direto às 19:00h, o que não me agradou, eu queria chegar em casa mais cedo
– acessei o site da AZUL em busca de outras opções e consegui encaixar novamente uma combinação de voos com conexão em Campinas, saindo às 10:50h de Goiânia e chegando 14:50h no Santos Dumont
– depois, foi a vez dos voos da ida sofrerem alteração e a única alternativa possível que garantiria o perfeito encaixe dos horários foi sair bem cedo do Rio em direção à Campinas e depois Goiânia, portanto, não passaria mais por Belo Horizonte
– com a configuração final de voos, eu faria mais um autêntico bate-volta, pois sairia de Campinas em um Embraer 195-E2 e voltaria para Viracopos nele mesmo, provavelmente com a mesma tripulação
– este flight report se refere justamente a estes dois voos operados pela aeronave mais moderna da fabricante brasileira, com maior ênfase para a 1ª “perna“, de Campinas para Goiânia
A IDA PARA CAMPINAS
– foi um fim de semana chuvoso na região Sudeste do Brasil e o Embraer E-195 de prefixo PR-AXP (apelido Coração Azul”) me levou da Cidade Maravilhosa (Aer. Santos Dumont) para Campinas
O AER. DE CAMPINAS
– o Aer. de Campinas naquela manhã de domingo estava bem movimentado e o painel eletrônico indicava a operação de muitos voos; com um único voo para Salvador, a GOL quebrava o “monopólio” da AZUL naquele terminal
– o comércio estava aberto; as lanchonetes tinham um movimento maior, pois era hora do café da manhã, já as lojas não atraíam muita o interesse dos passageiros
– a administração do aeroporto paulista adotou uma série de medidas de segurança com relação ao combate ao contágio do coronavírus; a sinalização nos assentos para impor um distanciamento mínimo entre os passageiros é ostensiva e uma “superfície Anti Covid” foi instalada nos espaços entre eles
O EMBARQUE NO E195-E2
– os painéis indicavam que o embarque do voo AD4324, com destino à capital do Estado de Goiás, seria realizado pelo Portão C04; vários passageiros aguardavam sentados nos arredores a chamada para embarque
– as grandes janelas de vidro do aeroporto permitam uma ótima visão do Embraer E195-E2 que estava escalado para o voo; este foi o primeiro avião deste modelo a compor a frota da AZUL (foi entregue em setembro de 2019) e carrega o prefixo PR-PJN; estas letras fogem do padrão utilizado pela companhia brasileira, que prestou uma homenagem a Pedro Janot, seu ex-Executivo
– esta aeronave recebeu o apelido “Sou Azul” e ainda ostenta uma pintura especial que remete aos valores culturais da organização (por exemplo: Segurança, Paixão, Inovação, Integridade e Consideração)
– eram 07:55h quando um funcionário da AZUL utilizou o sistema de áudio para anunciar que o embarque estava iniciado; como sempre, deixei para ser o último a embarcar, evitando qualquer fila
– para este voo, quando fiz o check-in, escolhi um assento na parte traseira do Embraer: 22D, uma janela no lado direito da aeronave; este lugar tem um ponto negativo: a janela fica muito mal posicionada, mas o fato dela ser bem grande, amenizou um pouco este fato; por outro lado, dei sorte: voaria sem ninguém ao meu lado
– achei o espaço para pernas entre as poltronas um pouco reduzido em comparação com outras aeronaves da AZUL; o encosto de cabeça tem regulagem, o que traz mais conforto para a hora de uma cochilada
– a configuração de cabine do E2 é a mesma dos outros E-Jets: 2 x 2 (duas poltronas de cada lado); nesta aeronave, 136 passageiros podem ser transportados e neste voo a ocupação era de 70%
– o anúncio que o embarque estava encerrado foi feito às 08:12h; logo depois, a tripulação providenciou a distribuição de sachês de álcool gel e do fone de ouvido para o sistema de entretenimento
– no bolsão da poltrona da frente, não estava disponível a revista de bordo, que foi retirada como medida de combate ao COVID-19; somente o cartão com instruções de segurança estava lá depositado
– eram 08:20h quando tivemos mais um anúncio, desta vez do Comandante, para informar que teríamos 01 hora e 15 minutos de voo até Goiânia, com previsão de 26 graus de temperatura no destino; a Chefe de Cabine também prestou algumas informações e a mais importante foi: o serviço de bordo estava suspenso nesta fase de enfrentamento da pandemia
– o sistema de vídeo instalado na parte superior da poltrona da frente tem uma tela de tamanho apenas razoável, mas com ótima resolução; funciona unicamente por meio da tecnologia touchscreen (não tem controle remoto)
– o conteúdo pode ser publicado em três línguas (inglês, português e espanhol) e há opções de filmes, séries, jogos, música e opção Kids, além de área dedicada para o programa Tudo Azul e para propaganda do cartão de crédito Itaucard; analisando as opções de filmes, não são muitas e nenhuma delas era muito nova
– uma porta USB está instalada na parte interior esquerda da tela do sistema de entretenimento, é a única opção para carregar o celular durante o voo
O VOO PARA GOIÂNIA
– o procedimento de pushback foi iniciado às 08:23h com antecedência de 07 minutos, pontualidade é sempre bem-vinda; o taxiamento até a cabeceira 15 do Aer. de Campinas foi rápido, o alinhamento na pista foi feito às 08:30h
– a aceleração em potência máxima dos silenciosos motores PW1900 durou 35 segundos na pista de 3.240 metros do aeroporto paulista; algumas aeronaves estavam estacionadas em frente ao hangar da AZUL, uma delas era o Airbus A330 que carrega uma linda pintura especial da bandeira brasileira
– o vídeo completo da decolagem está publicado no canal YouTube do V&A, para assistir é só clicar abaixo:
– a opção “Mapa de Voo” do sistema de vídeo é bem interessante; consultei ainda na fase inicial da viagem, quando já estávamos 31 quilômetros distantes de Campinas e faltavam ainda quase 700 quilômetros para chegar em Goiânia; a velocidade era superior a 600km/h e altitude era de cerca de 6.000 metros
– olhando pela janela do E2 na fase inicial do voo, a paisagem se resumia a muitas nuvens; alguns minutos depois, o sol e o céu azul finalmente apareceram, mas logo depois as nuvens voltaram a dominar o espaço
– o voo estava tranquilo e decidi me distrair vendo um filme; escolhi “Simonal“, um dos poucos que ainda não tinha assistido, que conta com a participação de Fabrício Boliveira, Ísis Valverde e Leandro Hassum
– eram 09:25h quando tivemos um anúncio vindo do cockpit informando que já tínhamos iniciado o procedimento de descida para pouso em Goiânia, com chegada prevista para 09:42h
– as nuvens que tomaram conta da paisagem na maior parte do voo deram uma trégua nesta fase final e o terreno verde do solo finalmente apareceu
– o trem de pouso do Embraer 195-E2 foi armado e travado às 09:39h, quando a grande janela oferecia uma linda visão da região metropolitana de Goiânia; a asa da aeronave já estava toda “armada“, com os flaps acionados
– cerca de 03 minutos depois tocamos o solo goiano com segurança, o procedimento de pouso feito pela cabeceira 14 da pista única daquele terminal, que tem 2.286 metros de extensão; o tempo total de voo foi de apenas 01 hora e 12 minutos
– depois de taxiar lentamente, encostamos às 09:46h no terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva ao lado de um Boeing 737-800 da GOL
O AER. DE GOIÂNIA
– esta seria apenas a minha 2ª vez naquela aeroporto, pois eu só tinha passado por lá uma única vez, lá pelos idos de 2005, quando fiz uma rápida missão de trabalho, chegando e partindo a bordo de um Boeing 737-300 da saudosa VARIG; eu tinha poucas lembranças de como era a estrutura do saguão de embarque
– naquela manhã de domingo, o comércio estava aberto, com alguns passageiros nas lojas e nas lanchonetes
– um grande painel eletrônico traz as informações dos voos que seriam operados naquela dia; o próximo voo – 10:45h – seria justamente o meu de volta para Campinas e outros tinham como destino Guarulhos, Salvador, Barra das Graças, Ribeirão Preto, Congonhas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília
– as medidas de prevenção ao coronavírus estão visíveis nos assentos sinalizados para impor distanciamento entre os passageiros; o Aer. de Goiânia é administrado pela INFRAERO ainda, sendo assim possível reconhecer o mesmo mobiliário que estou acostumado a ver no Aer. Santos Dumont
O NOVO EMBARQUE NO E195-E2
– o Portão 7 seria utilizado para o embarque do voo AD4325; muitas pessoas já esperavam nos arredores do gate
– eram 10:10h quando um funcionário da AZUL utilizou o sistema de áudio da área de embarque para anunciar que os passageiros estavam autorizados a entrar no avião; esperei mais de 15 minutos, até que a fila acabasse, para embarcar
– era a hora de voltar para a mesma aeronave que tinha me levado para Goiânia alguns poucos minutos antes; mas a tripulação não seria a mesma, tinha ocorrido uma troca de pilotos e comissários, ou seja, não correria o risco de ser indagado “ué, você de novo por aqui?!?!?!“
– neste voo, eu marquei um assento na parte dianteira do E195-E2: 6D, novamente no lado direito, mas com uma visão bem diferente, privilegiando o conjunto “asa + motor“; nesta etapa estava, o voo estava um pouco mais cheio, com ocupação superior a 80% e voaria com uma senhora ao meu lado
O VOO PARA CAMPINAS
– as portas foram fechadas às 10:41h e, logo em seguida, o Comandante informou que a previsão de duração de voo era de 01 hora de 10 minutos, com 24 graus de temperatura em Campinas; no final, desejou a todos um excelente voo;
– o procedimento de pushback foi iniciado às 10:44h e, mais uma vez, a AZUL operava com pontualidade; fizemos um taxiamento até a pista 14-32, a mesma que tinha sido utilizada no pouso
– depois de fazer uma curva para a esquerda e alinhar na cabeceira (eram 10:52h), já foi iniciada a aceleração dos silenciosos e potentes motores PW; foram menos de 30 segundos para tirar o E195-E2 do chão; o vídeo completo da decolagem no Aer. de Goiânia está publicado no canal YouTube do V&A, para assistir é só clicar abaixo:
– nos primeiros minutos de voo, sobrevoamos a região metropolitana da capital do Estado de Goiás
– o voo estava bem tranquilo, mas a paisagem lá fora mudava o tempo todo: com instantes de céu mais claro, variando para nuvens mais pesadas ou mais leves
– no meio do voo, não resisti ao cansaço de ter acordado as 05h da madrugada, o sono bateu forte e cochilei; nem cheguei a ligar o monitor do sistema de vídeo para terminar de ver o filme que tinha iniciado no voo da ida (“Simonal”)
– acordei na fase final do voo, com o anúncio feito às 11:34h pelo Comandante de que o pouso estava previsto para 12:02h, em Campinas o céu estava parcialmente nublado com temperatura de 26 graus
– o tradicional anúncio “Tripulação preparar para o pouso” foi feito às 11:56h e o trem de pouso foi armado e travado no minuto seguinte; pegamos um pouco de turbulência nesta fase final do voo, mas nada de preocupante
– o pouso foi feito de forma suave e segura ao meio-dia em ponto pela cabeceira 15 do aeroporto paulista, o que significa que o taxiamento seria longo até o terminal de passageiros; o tempo total de voo foi de 01 hora e 08 minutos
– o Embraer 195-E2 encostou no portão às 12:10h, encerrando com sucesso minha jornada de bate-volta Campinas-Goiânia-Campinas
AVALIAÇÃO GERAL: a emissão da passagem com pontos do Programa Tudo Azul foi excelente, afinal, gastei apenas 12.000 pontos para fazer 04 voos, que foram operados com pontualidade; a experiência de voar na mais moderna aeronave fabricada pela Embraer é muito boa, com um bom sistema de vídeo, porta USB para carregar o celular e janelas grandes, valendo apenas um registro mais negativo para o espaço para pernas; a ausência do serviço de bordo deve ser compreendida em função do momento diferente que se atravessa; algo que é mais reduzido nesta fase é o contato com a tripulação, mas a atitude de todos os membros foi correta em todas as fases dos voos; no geral, foi ótimo voar com AZUL
Olá tudo bem? Espero que sim 🙂
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.