Voando com a Latam Brasil
– hora do último voo de 2019!
– este seria o 156º voo do ano; com ele, completei mais de 284.000 quilômetros voados (o que equivalente a 7,1 giros ao redor da Terra)
– como já registrei em outros posts do V&A, minha irmã caçula está passando uma temporada até o final de 2020 em Miami/Estados Unidos; a família passou as festas de Natal na Terra do Tio Sam; este é o flight report do voo de retorno ao Brasil
– a distância de 4072 milhas (cerca de 6.550 quilômetros) separa a cidade do sul da Florida e Guarulhos
— ficamos 08 dias em solo americano e dediquei uma das tardes para praticar o spotting e registrar o intenso tráfego de aeronaves na cabeceira 09 do Aeroporto local (confira AQUI ta seleção de fotos)
A COMPRA DA PASSAGEM
– por conta da diferença de “preço”, decidimos voar novamente no dia da virada do ano, repetindo o que fizemos em 2018, quando voltamos ao Brasil vindos de Lisboa/LIS no dia 31 de dezembro a bordo do – já aposentado – Airbus A340 da TAP (confira AQUI os detalhes deste voo em classe Executiva)
– no final de agosto de 2019 (cerca de 04 meses antes da viagem) fiz a emissão das passagens da “galera” (eu, Patroa, Herdeira e Enteada) recorrendo ao Programa Latam Pass; em função da menor quantidade de pontos exigidos, os voos originais escolhidos não eram, de fato, os melhores:
- ida: Rio / SP / Belém / Miami (26.100 pontos por pessoa)
- volta: Miami / Fortaleza / Rio (25.200 pontos por pessoa)
– em outubro, a LATAM mandou uma notificação por e-mail informando que o voo de Miami para Fortaleza tinha sido cancelado; entrei em contato com a Central de Atendimento e rápida e facilmente fomos realocados no voo para Guarulhos e, depois, Galeão
– e demos sorte no voo de ida também: em função de uma alteração do horário do voo de Belém para Miami, liguei novamente para a Central e pedi para alterar a combinação de voos “pinga-pinga”, melhorando muito a nossa vida, pois não seria mais necessário fazer conexão na capital do Pará, fomos acomodados no voo direto de Guarulhos para Miami
O AEROPORTO DE MIAMI/MIA
– tínhamos alugado um carro, por isso, fizemos a devolução no prédio do Rental Car Center, que fica nos arredores do Aeroporto; um trem automatizado faz a conexão com os terminais de passageiros, em um trajeto de poucos minutos
– o atendimento da LATAM neste terminal é feito no Concourse J; depois de desembarcar, a caminhada é longa, por corredores estreitos e de teto baixo, com esteiras rolantes ajudando no deslocamento
– a movimentação era intensa nos arredores dos guichês da LATAM, a fila de passageiros para fazer o check-in era grande; chegamos lá por volta de 17:10h
– em função do meu status Black Signature (que conquistei alguns dias antes deste voo) no Programa LATAM Pass, eu tinha aplicado para o upgrade de cabine, que foi confirmado para 02 pessoas: eu e Enteada viajaríamos na Premium Business
– na hora que me apresentei no pequeno balcão na área de atendimento preferencial, a funcionária perguntou meu nome e pediu que aguardássemos um pouco; alguns segundos depois chegou a Agente do Special Service, cumprimentando de forma calorosa a todos
– esta seria a minha 2ª experiência com este benefício que a LATAM oferece unicamente aos passageiros da categoria Black Signature em alguns aeroportos do mundo, quando um funcionário oferece todo o apoio necessário até o momento do embarque
– meu 1º contato tinha sido no voo do Brasil para Israel (Tel Aviv/TLV) alguns dias antes, quando iniciei minha jornada até Doha no Qatar, para ver a final entre Flamengo e Liverpool (confira AQUI como foi esta viagem na classe Executiva de um Boeing 787-8 da LATAM CHILE)
– perdemos pouco tempo no processo de check-in, foi aquele necessário para que um funcionário etiquetasse as malas que despacharíamos, pois os cartões de embarque já estavam impressos
– o movimento no controle de segurança não era dos maiores, foi muito tranquilo passar as bagagens de mão pelo aparelho de raio- x
– o trajeto até o salão de embarque principal é relativamente curto, é preciso passar por um corredor largo e de teto baixo, onde algumas lojas estão instaladas; na parte final, estão dispostas algumas coloridas cadeiras de balanço
– nesta área, as janelas de vidro da estrutura do terminal permitiram que víssemos a parte traseira da aeronave que operaria nosso voo: Boeing 777-300ER de prefixo PT-MUJ, que sempre pertenceu à frota da LATAM BRASIL, desde que foi entregue em agosto de 2013; ela já está pintada com a nova identidade visual do Grupo Latam
– eu tinha fotografado justamente esta máquina chegando de Guarulhos naquela tarde de spotting que fiz alguns dias antes, perto da cabeceira 9
– seguindo na área de embarque, deve-se virar à direita e alcançar outro longo corredor onde ficam os Gates e, também, onde mais algumas lojas e lanchonetes estão instaladas; esteiras rolantes agilizam o deslocamento dos passageiros
– passei no Portão J5 (com arredores ainda vazios) para ver o Triplo 7 acoplado ao finger do Aer. de Miami; naquele final de tarde, o sol refletia no lado direito da fuselagem da aeronave
A SALA VIP DA LATAM
– a Sala Vip da LATAM fica perto do Portão J7, ao lado do Lounge da AVIANCA, que opera muitos voos por dia com destino às Américas do Sul e Central neste aeroporto da Flórida; é preciso subir um lance de escada rolante para ter acesso; chegamos lá por volta de 17:35h
– de tamanho apenas mediano, o espaço tem móveis novos e baixos (de cores cinza, azul escuro e vinho), dispostos em muitos ambientes: área social, business center, salão de TV e área de descanso
– o Lounge ainda oferece algumas facilidades adicionais aos passageiros que o frequentam: painel eletrônico com informações com os voos que partiriam naquele inicio de noite e uma bancada com revistas e jornais
– na área de buffet, há uma grande bancada com comidas quentes e frias (saladas e frios), além de outra com pães, biscoitos e frutas; ali perto, sucos e bebidas alcoólicas são oferecidas
– o espaço tem visão para uma parte extrema do pátio do Aeroporto; enquanto estávamos lá, um Airbus A330 da AEROLINEAS ARGENTINAS partiu de volta para Buenos Aires
– há apenas uma sala de banho e estava vazia quando consultei a funcionária da recepção; ela pegou a chave e me acompanhou até lá; de bom tamanho, oferecia kit completo de toalhas de pano e, também, amenidades; tomei uma ótima chuveirada
O EMBARQUE NO BOEING 777-300ER
– o embarque do voo LA8191 com partida marcada para 19:10h foi anunciado pelo sistema de áudio do Lounge assim que foi iniciado às 18:15h; a caminhada até o Portão J5 (desta vez, os arredores já estavam cheios de passageiros) foi muita rápida
– a agente do Special Service nos esperava no Gate e nos chamou para ficar em uma parte reservada, bem ao lado da ponte de embarque, de frente para o Boeing que nos traria de volta à terrinha; esperamos alguns minutos até que a entrada no avião fosse autorizada unicamente pela porta 2L
– este seria meu segundo contato com o novo padrão de classe Executiva da LATAM, que foi lançada em julho de 2019; a primeira tinha sido no voo de Guarulhos/GRU para Lima/LIM na viagem para assistir a final da Copa Libertadores entre Flamengo (campeão!!!!) e River Plate (confira AQUI a avaliação completa)
– a nova cabine tem 10 fileiras (uma delas tem apenas 02 assentos na zona central) na configuração 1 x 2 x 1, ou seja, todos os passageiros têm acesso direto aos corredores da aeronave; este esquema representa uma evolução tremenda frente ao antigo 2 x 3 x 2 da outra cabine, mas também uma redução do número de pessoas que podem viajar nesta classe: de 56 para 38; neste voo, a ocupação era baixa: cerca de 60% dos assentos estavam ocupados
– logo depois que acomodamos nossas malas no bagageiro superior (por volta de 18:40h), o welcome drink foi servido: champagne (em boa temperatura), junto com um patinho de nuts quentes
– eu fiquei alocado na poltrona 8L, uma janela do lado direito da aeronave, na penúltima fileira da Business Class (a enteada ficou logo atrás); o conjunto de cobertor e travesseiro já estava disponível em cima do assento; ainda antes da partida, a Comissária perguntou se eu gostaria que fosse colocada logo a cobertura que torna o encosto da poltrona mais confortável, eu respondo positivamente
– o sistema do cinto de segurança é igual a aquele que temos nos carros de passeio (tipo “3 pontos”), ou seja, não se limita ao tradicional abdominal
– ao contrário da maioria dos assentos instalados nas pontas do Boeing 777, que tem algumas janelas ao dispor dos passageiros, eu só teria uma
– na estrutura que contorna o assento, já estavam disponíveis as amenidades oferecidas pela LATAM: par de “pantufas”, a Necessaire de sempre e uma garrafa de água
– a necessaire é completinha (meia, tapa-olhos, protetor auricular, caneta, kit dental, protetor labial e creme de mão), mas é básica, apesar de vir com alguns produtos da marca L’Occitane; no caso do chinelo, ele tem tamanho único, no meu caso, elas ficaram apertadas no meu pé
– para carregar equipamentos eletrônicos, uma tomada universal e uma porta USB estão instalados na parte superior da estrutura do assento, em boa localização, de fácil acesso
– na parte inferior do console instalado à frente, há um buracopara guardar os sapatos; na parte superior da estrutura do assento, há um “caixote“, ótimo para guardar objetos pessoais; o cartão com instruções de segurança e a revista de bordo “Vamos” ficam em um pequeno nicho no vão de acesso ao assento
O VOO PARA GUARULHOS/GRU
– as portas do Boeing foram fechadas às 18:55h e o procedimento de pushback foi iniciado 05 minutos depois, portanto, dentro do horário, com alguns minutos de sobra; o vídeo com instruções de segurança começou a ser exibido neste momento
– durante o taxiamento, passamos por um Boeing 787 com as antigas cores da LAN CHILE; um gigante Airbus A380 com as cores da alemã LUFTHANSA seguia atrás da gente, pronto para voltar para Munich/MUC
– chegamos rapidamente à cabeceira da pista 27 do Aer. de Miami, que tem 3.962 metros de extensão; os motores GE-90 empurraram o B777 por quase 40 segundos até tirá-lo do chão; nos primeiros segundos voo, quem viajava nas janelas pôde apreciar a cidade de Miami iluminada lá embaixo
– logo depois da decolagem, acessei o sistema de entretenimento, que tem uma tela de bom tamanho e ótima resolução, com tecnologia touchscreen; as opções de conteúdo são muito boas, mas como tinha feitos voos de longa duração alguns dias antes, eu já tinha assistido a maioria dos filmes disponíveis
– escolhi para assistir o filme “Gemini Man” (2019) com Will Smith e Clive Owen, que conta a história da criação de clones humanos por um criminoso líder de um exército paramilitar
– o fone de ouvido é envolvido com plástico; se a ideia da LATAM é indicar que ele foi higienizado, acredito que o efeito é contrário, pois a aparência é muito feia; no mais, funciona razoavelmente bem, isolando de forma razoável o som da cabine
– o controle remoto fica escondido no braço esquerdo da poltrona; é pequeno e tem na parte superior um botão redondo que funciona como um mouse para a navegação
– eram 19:25h quando o sinal de apertar cintos foi apagado e não demorou para que a tripulação que atendia a classe Executiva começasse a consultar os passageiros acerca das escolhas para o jantar que seria servido
– o menu impresso trazia os detalhes das 03 opções de prato principal; neste voo, não dei sorte: as 02 opções com proteína – costela e peixe – não me apeteceram; por exclusão, pedi a salada de queijo azul com champignon assado, tomate seco, amêndoa, rúcula e variedade de alface
– o caldinho ralo (que eu nunca descobri o sabor, com desconfiança de ser de carne, mas que é gostoso) foi servido às 19:45h
– neste voo, teve o esquema de preenchimento prévio de um formulário com as minhas opções para o café da manhã; o passageiro pode optar por dormir um pouco mais e comer menos, ou ser acordado mais cedo e ter uma refeição matinal mais completa (minha escolha); as bebidas (quente e fria) também podem ser indicadas (pedi café preto e suco de laranja)
– a bandeja com a entrada (salmão defumado com sala de quinoa vermelha, alcaparra e zest de limão), o prato principal e o prato de seleção de queijos para sobremesa (as outras opções eram creme de limão, mousse de chocolate negro e sorvete) foi entregue por volta de 20:20h; continuei no champagne para acompanhar
– hora de ir ao banheiro, localizado na parte da frente da aeronave para escovar os dentes; ao contrário do resto da cabine, minha percepção é que o toalete não passou pelo processo de modernização, pois parece ser o mesmo de sempre; estava limpo e não tinham os lencinhos umedecidos que tanto gosto
– na volta para meu lugar, o sono já estava batendo forte, hora de colocar a poltrona na posição cama; os comandos estão localizados no lado esquerdo da base da estrutura do assento é fácil colocá-lo em 180 graus; o ótimo cobertor oferecido pela LATAM foi muito providencial: com a baixa ocupação da cabine superior, o ambiente ficou frio demais, por isso o ótimo cobertor foi fundamental; não demorei para dormir e descansar um pouco; portanto, o réveillon aconteceu enquanto eu estava chapado, não consigo dizer se teve alguma comemoração a bordo
– o café da manhã foi servido às 01:45h; eu tinha escolhido o prato de queijos e presuntos, acompanhado de frutas (laranja, morango e melão) e iogurte com geleia; um tripo de pães foi servido junto
– acessei o software de Mapa de Voo do sistema de entretenimento, que traz dados real time sobre a viagem: passávamos perto de Brasília, estávamos a uma velocidade superior a 880 km/h, a temperatura externa era de -39 graus Celsius, ainda faltava a distância de 986 quilômetros para chegarmos em Guarulhos (já tínhamos percorrido mais de 5.600 km); 04:54h – de Brasilia – era a previsão de chegada em solo brasileiro (naquela época do ano, a diferença de fuso horário entre Brasil e Miami é de +2 horas)
– eram 02:30h (04:30h no horário brasileiro) quando tivemos um anúncio do Comandante pelo sistema de áudio, que não estava funcionando direito, produzindo um som abafado
– o tradicional comando vindo do cockpit “Tripulação preparar para o pouso” foi feito às 02:38h (04:38h); o trem de pouso foi armado e travado 10 minutos depois; os últimos minutos de voo foram feitos com o 1º dia de 2020 amanhecendo
– o pouso foi feito com total segurança às 04:54h, no exato horário previsto no Mapa de Voo, pela pista 09R do Aer. de Guarulhos, que tem 3.000 metros de extensão; depois taxiamos pelas pistas auxiliares até o Terminal 3 do terminal paulista
– encostamos às 05:00h no terminal de passageiros e menos de 05 minutos depois o desembarque foi autorizado; assim como na entrada, houve a utilização única da porta 2L
– as malas foram devolvidas pela Esteira 305 e uma delas demorou bastante para aparecer, ficamos mais de 20 minutos esperando, mesmo com a supervisão da Agente do Special Service, que tinha nos recepcionado na porta do Boeing 777 e nos acompanhado desde então
– depois de passar pelo controle alfandegário (sem sustos ou stress), fizemos todos os procedimentos de conexão para pegar o primeiro voo de 2020: LA4508, com destino ao Galeão/GIG, que foi operado pelo Airbus A321 de prefixo PT-MXF
AVALIAÇÃO GERAL: gastei apenas 25.200 pontos para a emissão da passagem, dei sorte com a mudança dos voos e ainda consegui o upgrade para a Premium Business, ou seja, deu tudo certo e a relação custo-benefício foi ótima; o atendimento do Special Service no Aer. de Miami foi super atencioso e simpático, da mesma forma que no Aer. de Guarulhos; a Sala VIP da Latam neste terminal americano não tem nada de muito especial, o buffet é básico, mas tem boa variedade de bebidas alcoólicas; o Boeing 777-300ER com motor GE-90 é o maior avião da frota da LATAM BRASIL, é uma máquina excelente e funciona muito bem nesta rota de alta demanda (a companhia opera 02 voos diários entre as cidades); a nova Business Class lançada no meio de 2019 trouxe uma evolução do conforto muito grande, apesar da redução do número de assentos; a tripulação de cabine teve atitude correta e sem erros em todos os contatos; o menu do jantar não me favoreceu, mais por culpa das minhas restrições gastronômicas; o café da manhã da companhia brasileira é sempre “honesto”, a mesma experiência de tantos outros voos em classe superior, sem surpresas (positivas ou negativas); o voo partiu dos Estados Unidos e chegou no Brasil nos horários previstos, o que nos permitiu pegar a conexão de Guarulhos para o Galeão sem stress
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