Voando com a Singapore (SIN/EWR)
– vamos em frente com a Volta ao Mundo de 2019! E este é, de longe, o voo mais especial da jornada
– depois de sair do Brasil em direção à Europa (Itália), fazer uma conexão rápida para os Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi), pisar em solo indiano (cidade de Ahmedabad) pela 1ª vez na vida e chegar em Singapura (a bordo do Airbus A330 da SINGAPORE AIRLINES) hora de seguir em frente com mais um giro ao redor da Terra, desta vez em direção aos Estados Unidos, pegando um voo muito especial
– na Volta ao Mundo de 2018, voei e avaliei a QATAR AIRWAYS saindo de Auckland/Nova Zelândia e chegando em Doha/Qatar, naquele que era considerado até então o voo mais longo do mundo (14.530 quilômetros voados); viajei na classe Executiva de um Boeing 777-200LR e foi uma experiência incrível (confira todos os detalhes AQUI)
– entretanto, em 11 de outubro de 2018, a SINGAPORE AIRLINES voltou a operar um voo direto entre Singapura e Nova York (Estados Unidos), que tinha sido descontinuado em 2013 e que era operado pelo Airbus A340-500 configurado unicamente com classe Executiva; com isso, esta rota “reconquistou” o título de mais longa operada sem escalas: são 9.534 milhas ou mais de 15.340 quilômetros voados, portanto, cerca de 1.000km a mais do que o voo da QATAR AIRWAYS
A COMPRA DA PASSAGEM
– no início de julho de 2018, foi noticiado em vários blogs que acompanham o mundo da aviação um possível erro de tarifa praticado pela SINGAPORE AIRLINES para uma combinação de trechos em classe Executiva que incluía justamente este voo de longuíssima duração; convertendo de rúpias indianas para dólar, o preço oferecido era de US$ 1.389
– para aproveitar a extremamente convidativa tarifa, entretanto, duas condições básicas eram necessárias: 1) a viagem deveria começar em Ahmedabad/Índia e 2) o primeiro voo chegaria de manhã cedo em Singapura (07:10h) e partiria no final da noite para Nova York (23:35h), uma conexão de mais de 16 horas por lá
– eu nunca tinha visitado a Índia e tinha muita curiosidade de conhecer este enorme país; a longa conexão em Singapura não seria ruim para mim: tenho amigos fraternos morando lá e o dia 1º de maio também é feriado, portanto, poderia passar o dia com eles
– naquele momento, eu ainda não tinha começado a pensar na Volta ao Mundo de 2019, mas era uma ótima oportunidade para colocar em prática o projeto de mais um giro – o quarto – ao redor da Terra; emiti a passagem e dei o pontapé inicial para mais uma jornada Around the World
– a SINGAPORE ficou em 2º lugar no Prêmio Skytrax de 2019, perdendo justamente para a QATAR AIRWAYS, depois de ficar no posto mais alto em 2018, portanto, voar na classe superior da companhia trazia uma alta expectativa
A CHEGADA EM SINGAPURA
– como já registrei acima, a jornada até chegar em Singapura nesta Volta de 2019 foi bastante longa:
1) do Rio de Janeiro/GIG até Guarulhos/GRU no Airbus A321 e depois até Roma/FCO no Boeing 767-300ER da LATAM BRASIL (confira todos os detalhes AQUI)
2) de Roma/FCO até Abu Dhabi/AUH no Boeing 777-300ER da ETIHAD AIRWAYS (confira todos os detalhes AQUI)
3) de Abu Dhabi/AUH até Ahmedabad/AMD no Airbus A320 da ETIHAD AIRWAYS (confira todos os detalhes AQUI)
4) de Ahmedabad/AMD até Singapura/SIN no Airbus A330 da SINGAPORE AIRLINES (confira todos os detalhes AQUI)
– esta foi a 3ª vez que estive em Singapura: passei por lá em uma viagem de trabalho em 2012 e, depois, na Volta ao Mundo de 2018
– eu tinha pousado às 07:15h daquela 4ª feira, chegando da Índia, fiz o procedimento de imigração rapidamente (os brasileiros não precisam de visto) e fui direto para um hotel que reservei na área mais central da cidade, onde consegui fazer um early check-in, tomei um bom banho, dei um descansada de meia hora e fui para a rua; peguei o metrô para a região do complexo Mandala Bay Sands (hotel e shopping), que concentra algumas outras atrações bem legais de Singapura: Gardens By the Bay, Singapore Flier e Museu ArtScience
– depois de “turistar“, peguei um Uber para a casa dos meus amigos brasileiros que moram em Singapura, que prepararam um churrasco na piscina do condomínio; foi ótimo para botar o papo em dia
A IDA PARA O CHANGI AIRPORT
– com voo partindo depois de 23:00h, fiquei na bagunça brazuca até 19:30h, chamei um Uber e voltei para o hotel, onde cheguei perto de 20:00h; a minha única e pequena mala já estava praticamente pronta, tomei um banho e já estava apto para partir para o Aeroporto
– fiz questão de ir de metrô para ter a experiência de uso de transporte público até o aeroporto; a caminhada até a estação Bugis foi rápida, levei menos de 10 minutos; peguei a East West Line (Verde) e tive que fazer uma baldeação na estação Tanah Merah
– cheguei no aeroporto por volta de 21:00h; a estação que atende ao Changi Airport é ampla, com teto alto, design moderno, extremamente limpa e muito bem sinalizada, mas tinha a expectativa de que o fluxo de passageiros seria maior
A INACREDITÁVEL JEWEL
– a ideia de chegar um pouco mais cedo no aeroporto tinha um objetivo único: ir conferir a mais recente atração do Changi Airport, a JEWEL
– saindo da estação de metrô, a sinalização continuava ostensiva e indicava que era necessário seguir em direção ao Terminal 3, subindo um lance de uma grande escada rolante
– depois de uns 10 minutos de caminhada, passando, na parte final do trajeto, por esteiras rolantes instaladas em um túnel envidraçado e em forma de arco, finalmente cheguei na Jewel
– a Jewel foi concebida para aumentar a estrutura do Terminal 1, dentro do programa de extensão do Aeroporto, por isso tem ligação direta para os Terminais 2 e 3
– foi inaugurada em abril de 2019, na verdade, é um enorme e moderno shopping center com muitos e muitos restaurantes e muitas e muitas lojas; é um complexo distribuído em 10 andares e com mais de 300 pontos de comércio, além de um hotel (YOTELAIR Changi Airport); por isso, é um programa que agrada aos passageiros do aeroporto, mas também para a população residente em Singapura
– sem dúvidas, a principal estrela do espaço é a chamada RAIN VORTEX, uma cascata indoor – a maior do mundo – localizada na parte central do empreendimento, com 40 metros de altura e rodeada por uma floresta (Shiseido Forest Valley); o jogo de luzes cria um belo espetáculo para todos que passam por lá; realmente, é um lugar incrível
O CHANGI AIRPORT/SIN
– por volta de 22:00h, parti de volta em direção ao T3, naquela hora eu já estava no limite da margem de segurança de tempo para não correr o risco de perder o voo
– o Changi Airport foi eleito de forma seguida nos últimos 07 anos como o melhor aeroporto do mundo pelo Prêmio Skytrax; a área de check-in é simplesmente gigantesca e o teto alto (onde um mosaico metátlico proporciona uma iluminação acolhedora) traz uma sensação de amplitude ainda maior; nesta parte do terminal, o piso é frio, com peças pretas e marrons
– paineis eletrônicos estão instalados em vários pontos desta parte do aeroporto e indicavam que meu voo seria feito pelo Portão C29, que está localizado no Terminal 1
– o acesso ao controle de passaporte do aeroporto é a parte mais legal desta área de check-in, parece uma nave espacial iluminada
– depois de ter conseguido mais um carimbo para meu passaporte, acessei a área de embarque, onde o teto também era alto e muitas lojas estão instaladas; fiquei de olho nos produtos que eram vendidos nelas em busca de miniaturas de aviões da SINGAPORE AIRLINES, mas, infelizmente, não achei, minha coleção não seria incrementada; na transição entre os terminais, o chão é acarpetado
– uma nova consulta aos painéis eletrônicos indicou que o embarque do voo SQ22 com destino a Newark seria feito no Portão C20 que também fica no Terminal 1; para chegar lá, foi preciso, por volta de 21:55h, pegar o chamado Skytrain que interliga os terminais; o trenzinho é automatizado (sem piloto) e tem apenas 02 pequenos vagões
– os VIP Lounges da SINGAPORE AIRLINES estão localizados nos T2 e T3, portanto, na parte do Changi Airport onde seria feito meu embarque, a companhia não tem Sala VIP, por isso, fui direto para o portão C20; eu preferi não passar lá e sacrificar conferir as facilidades da Sala VIP para poder entrar logo no A350
O EMBARQUE NO AIRBUS A350
– você reparou que eu ainda não tinha passado pelo controle de segurança do aeroporto? Pois é, no Changi Airport as bagagens de mão dos passageiros são vistoriadas no momento do acesso a um saguão que fica dedicado aos passageiros de um determinado voo; isto é comum nesta parte do mundo, eu já tinha visto este tipo de esquemanas minhas experiências pelo Aer. de Bangkok
– depois de passar a mala e mochila pelo raio-x, entrei no saguão onde estão instaladas muitas cadeiras e uma estação com computadores que permite acesso gratuito à Internet; além disso, algumas estações permitem o carregamento de equipamentos eletrônicos; a quantidade de pessoas no espaço não era grande, o espaço não estava cheio, clara indicação de que a ocupação do voo não seria alta
– o Airbus A350ULR que me levaria até Nova York já estava acoplado ao finger do Changi Airport; de prefixo 9V-SGB, foi recebido pela SINGAPORE AIRLINES em setembro de 2018 e é uma das 07 unidades desta variante especial do A350 da frota da companhia; esta aeronave possui uma série de adaptações técnicas que permitem missões de longuíssima duração
– eram 23:08h quando foi feito o anúncio de que o embarque estava sendo iniciado, com as prioridades sendo convocadas primeiro; os passageiros respeitaram a ordem de entrada na aeronave estabelecida pela SINGAPORE AIRLINES; a ponte de embarque era espelhada e acarpetada (assim como o chão do terminal)
– o embarque de todos os passageiros estava sendo feita pela porta 1L do A350, apesar de uma placa indicando que aquele seria o acesso restrito aos que viajariam na classe Executiva (fileiras 10 a 17)
– um casal de Comissários estava na porta da aeronave recepcionando os passageiros, distribuindo sorrisos e simpatia
– o ambiente geral da cabine do A350 é linda; na Business Class, o esquema era 1 x 2 x 1 , com 67 lugares (fileiras 10 a 29); já na Premium Economy Class, o esquema era 2 x 4 x 2 (fileiras 31 a 43), são 94 lugares; não há classe Econômica nesta aeronave, a capacidade é de apenas 151 passageiros (para fins de comparação, o A350 com configuração “normal” leva mais de 300 clientes): o número reduzido se justifica por conta do peso total do avião, que precisa ser diminuído para garantir a maior autonomia de voo
– o meu assento era o 16A (reservado previamente diretamente no site da SINGAPORE AIRLINES), na última fileira da primeira (de duas) seção da classe Executiva, no lado esquerdo da aeronave
– já estavam disponíveis na poltrona o travesseiro (de ótimo tamanho), o edredon, um par de “pantufas” e meias, além do cardápio do serviço de bordo; o assento é revestido de couro na cor marrom e uma janela está bem posicionada, o que permitiria boas fotos durante o voo
– o assento oferecia muitos compartimentos para guardar objetos pessoais, todas com “portinha” de correr, além de um pequeno lugar na parte inferior para deixar os sapatos durante o voo; na estrutura superior, perto de uma luz de leitura, estão instaladas uma tomada universal e uma porta USB para carregar equipamentos eletrônicos
– os botões de comando da poltrona, da luz e de chamada de comissário estão instalados em série no braço direito do assento, ao lado do lugar para conectar o fone de ouvido; em um pequeno nicho na parte da esquerda, a SINGAPORE AIRLINES colocou a revistas de bordo e os catálogos de venda de produtos (Krisworld, Krisshop e Silver Kris)
– logo depois que acomodei minhas bagagens de mão no bagageiro superior (com a baixa ocupação do voo, não tive problemas de espaço) me foi oferecido o welcome drink (champagne), servido em boa temperatura, e um potinho de snacks
– o menu trazia logo na 2ª página a agenda do serviço de bordo: uma refeição seria servida na janela das três primeiras horas (“first meal service“) e uma segunda seria servida entre a 8ª e 16ª hora (“midflight onwards“); além disso, refreshments são servidos a qualquer momento a partir da 3ª hora do voo
O VOO PARA NEWARK/EWR
– o procedimento de pushback foi iniciado às 23:40h, com a aeronave sendo empurrada para trás de forma lenta; o vídeo com as instruções de segurança começou a ser exibido de forma obrigatória no sistema de vídeo do A350
– a SINGAPORE AIRLINES investiu em um filme bem divertido, seguindo uma tendência de outras grandes companhias aéreas, tendo como protagonistas as Singapore Girls
– fizemos um longo taxiamento pelo Changi Airport, que tem 03 pistas paralelas, todas com 4.000 metros de extensão, e ficamos em posição de espera em função de algumas aeronaves à frente na sequência de decolagem; somente às 23:59h começamos a alinhar na cabeceira 2C e nossa partida foi iniciada 05 minutos depois (00:04h); os 02 motores Trent XWB-84 foram acionados em potência máxima e levaram mais de 45 segundos para tirar o A350 do chão; o nível de ruído dentro da cabine é muito baixo, algo que sempre me impressiona
– logo depois da decolagem, o sono bateu forte, o cansaço dos seguintes voos de dominou; pedi para uma Comissária arrumar minha cama; ela me alertou que o serviço de bordo poderia ser servido em instantes, mas informei que preferia dormir mesmo
– neste modelo da assento escolhido pela SINGAPORE AIRLINES para equipar este Airbus, não é possível transformar de forma “automática” a poltrona em uma cama 180 graus; o passageiro precisa levantar, pois o encosto dela é projetado para a frente para formar o “leito” full flat; eu já tinha visto este tipo de solução em outros voos da companhia: no Airbus A380 que me levou de Singapura para Londres em 2012 e no Boeing 777-300ER, voando de Guarulhos para Barcelona em 2014
– o resultado do trabalho da Comissária foi uma cama enorme, muito bem feita; os travesseiros eram grandes e macios, do jeito que gosto; o edredom era confortável e funcionava muito bem para espantar o frio da cabine; não demorei muito para chapar e tive um sono bom até às 05:00h
– apesar de já ter despertado, fiquei descansando um pouco mais, relaxando ainda deitado; por volta de 05:45h acendi a luz interna para conferir se os celulares estavam carregando direitinho e, alguns segundos depois, uma Comissária logo veio e, de forma muito atenciosa, perguntou se eu queria algo para beber; pedi uma coca zero, que veio acompanha de um pacotinhos de nuts e de batata frita
– chegou a hora de ir verificar o banheiro; os passageiros da Business Class têm 03 toaletes à disposição, dois deles instalados entre a 1ª e 2 seção, bem perto do meu lugar, e mais um perto da área da Premium Economy (na parte traseira da aeronave, são mais três); de ótimo tamanho, estava limpo e cheiroso; as toalhas para secar o rosto e mãos são de pano
– a SINGAPORE AIRLINES não distribui a tradicional necessaire para os passageiros da classe Executiva; em gavetas instaladas no banheiro, são disponibilizadas uma série de amenidades: kit dental, kit barbear (creme e aparelho), escova de cabelo, tapa-olhos e caneta; obviamente, trouxe algumas delas para casa
– na volta para o meu lugar, por volta de 06:20h, reparei que o sol começava a dar sinais de vida; fiquei acompanhando e registrando o sunrise, até ficar claro lá fora; a vista era linda, com o céu fazendo uma bela composição com o motor esquerdo e a ponta da asa do A350
– nesta aeronave está instalado um sistema de conectividade a Internet; uma franquia de apenas 30Mb é oferecida de forma gratuita para os passageiros da Business Class; para continuar on line, o custo é bem salgado: um pacote adicional de 200 Mb custava 28 dólares; decidi contratar para subir um Stories no Instagram, responder muitas mensagens privadas e dar notícias para a família pelo WhatsApp; postei também 01 foto nas redes sociais do V&A; com um uso racional, o pacote que comprei me deixou conectado por cerca de 02 horas
– era impressionante: a toda hora que a tripulação percebia que eu estava acordado, uma Singapore Girl aparecia para oferecer algo para beber ou beliscar
– resolvi começar a explorar a opção “Mapa de Voo” (“My Flight”) do sistema de vídeo do A350; a SINGAPORE AIRLINES instalou o o excelente software Voyager 3D, que traz informações detalhadas do voo, bem como mapas ilustrativos da posição da aeronave em rota
– naquele momento, eram 08:50h, faltavam ainda mais de 08 horas e 40 minutos para chegarmos em Nova York; a temperatura externa era de 44 graus negativos, voávamos a uma altitude de 11.887 metros e a mais de 960km/h em função de um vento de cauda de 24km/h que ajudava a empurrar o Airbus
– o sistema de entretenimento era provido pela Panasonic e a tela dele era enorme e com altíssima resolução, um verdadeiro cinema; o conteúdo disponível era vasto: muitas opções de filmes (alguns lançamentos), programas de TV e jogos (incluindo uma parte dedicada para crianças)
– em função do grande espaço entre o passageiro e a tela, o sistema de vídeo não tem tecnologia touchscreen, por isso todos os comandos são feitos pelo controle remoto, que está instalado no braço esquerdo; a navegação é simples e rápida
– o fone de ouvido já estava disponível desde o início do voo em um compartimento dedicado também instalado no braço direito; ele estava colocado em um embalagem de plástico grosso, tinha a logomarca da SINGAPORE AIRLINES e funcionava muito bem
– para começar meu entretenimento durante o voo, escolhi o filme “The Professor and the Madman” (O Gênio e o Louco, título em português), que tem no elenco Mel Gibson, Sean Penn e Natalie Dormer, que conta a história real de dois homens ambiciosos que tentam concluir um dos maiores projetos do mundo: a criação do Dicionário Oxford
– emendei outro filme: “The Mule” (A Mula, título português), estrelado por Clint Eastwood e Bradley Cooper, que conta a história de um veterano da 2ª Guerra que se torna transportador de drogas aos 80 anos
– a SINGAPORE AIRLINES coloca propagandas antes do início da exibição dos filmes, eu acho isto muito chato, mas faz parte, a companhia tem o direito de faturar um dinheiro a mais com os anunciantes
– eram 09:45h quando a Comissária veio até mim e, de forma muito paciente, informou que o almoço seria servido em 01 hora e 15 minutos; ela me mostrou uma prancheta com fotos das opções de prato principal, mas eu já tinha analisado o cardápio
– para este voo de longuíssima duração, a SINGAPORE AIRLINES trouxe 06 alternativas de Main Course, mas as opções das etapas de “canape” e “appetizer” eram únicas; eu escolhi o “Beef Daube with Baked Ricotta” e “cherry tomato confit and feta salsa verde, baby spinach salad” (carne com ricota cozida, tomate confite e salada verde); fiquei na dúvida com a opção de “Seared Chicken with Lemon Vinaigrette” (frango com vinagrete de limão e pappardele de abobrinha)
– por volta de 10:40h, tivemos a primeira situação de turbulência, com o sinal de apertar cintos sendo acionado; apesar do chacoalho ser leve, a tripulação de cabine passou de assento em assento para conferir se os passageiros atenderam ao comando de segurança
– o aviso foi apagado 10 minutos depois e alguns segundos depois a Comissária apareceu para anotar a minha opção de bebida para o almoço: escolhi o champagne (opção única: Charles Heidsieck Brut Reserve)
– durante o dia, com muita luz do sol,, céu azul e diferentes formações de nuvens brancas, registrei várias vezes o belo conjunto “asa + motor” do A350
– algo muito legal nesta poltrona do A350 da SINGAPORE AIRLINES é que não precisei desfazer a cama para a refeição, pois a mesa pode ser montada sem problemas
– chegou a hora do show gastronômico: o banquete proporcionado pela SINGAPORE AIRLINES durou mais de 01 hora, afinal, para um voo tão longo, a tripulação de cabine responsável pelo serviço de bordo não precisa correr no atendimento aos passageiros, tudo pode ser feito com muita calma
– tudo começou às 11:15h quando foi servido o champagne, em ótima temperatura; de sabor suave, gostei muito
– eram 11:30h quando foi servida a 1ª entrada (“canape“): espetinhos de frango e carne (“Singapore Chicken and Beef Satay”) com cebola, pepino e molho de amendoim picante, prato típico da Malásia e Indonésia; uma delícia, quase pedi um repeteco…talheres não são fornecidos, por isso, a SINGAPORE AIRLINES fornece lencinhos refrescantes para limpar as mãos
– por volta de 12:05h foi servida a 2ª entrada (“appitezer“): camarão com lentilhas, e abóbora (“Beluga Lentils, Kabocha Pumpkins, Prawns“); um pão crocante foi servido para acompanhar; os talheres de aço inox foram entregues para este prato, que, mais uma vez, estava delicioso
– o prato principal foi servido às 12:20h: a carne era um pouco gordurosa, mas muito saborosa; a “tortinha” de ricota estava maravilhosa; o champagne era renovado toda hora, sem que eu pedisse, com total proatividade de tripulação
– por volta de 12:30h, olhei mais uma vez pela janela do A350 e reparei que tinha começado a escurecer lá fora; mais imagens lindas da asa e motor com o despedir do sol
– eram 12:50h e era a hora das guloseimas de sobremesa; eram 02 opções: Bitter Sweet Chocolate Torte (torta de chocolate com molho de mascarpone e caramelo), que foi a minha escolha, e Petite Patisserie (mini-doces)
– para fechar este serviço fenomenal, ainda pedi o prato de queijos (servido com biscoitinhos e uvas) e o pote de frutas (abacaxi, melancia, uva e mamão), tudo fresco e gostoso
– eu estava muitíssimo satisfeito depois da sequência de comidas deliciosas que a SINGAPORE AIRLINES proporcionou; por volta de 13:30h, o sono bateu de novo, deitei e dormi muito bem até 16:45h
– o voo já estava em sua fase finalíssima, depois de quase 17 horas no ar: faltavam 40 minutos para o pouso eu não tinha nem uma pontinha de fome, por isso pedi apenas um suco de laranja para matar a sede, que foi servido com uma toalha refrescante
– a atenção da SINGAPORE AIRLINES com seus passageiros ainda não tinha acabado: as Comissárias distribuíram a todos balinhas e um mini-brownie, que estava delicioso
– levantei para ir ao banheiro e escovar os dentes; quando voltei poucos minutos depois, minha poltrona já estava na posição de pouso
– fui dar uma conferida nas informações do voo providas pelo Flight Patho: faltavam apenas 17 minutos para chegarmos em NYC, 131 quilômetros de distância a ser voada ainda, depois de deixarmos 16.821 para trás; a temperatura era de 10 graus positivos, voávamos a uma altitude de 2.136 metros e a menos de 500 km/h
– nos instantes finais do voo, a visibilidade pela janela era baixa, o tempo estava mais fechado com muitas nuvens logo abaixo da aeronave
– a diferença de fuso horário entre Singapura e Nova York é de -12 horas, foi por essa razão que eu parti do Continente asiático na 3ª feira a noite e, depois de voar por horas e horas, estava chegando nas primeiras horas da 4ª feira na Terra do Tio Sam
– o trem de pouso foi armado e travado às 05:32h (no horário americano); lá fora, muito fog durante os segundos finais de voo; o pouso foi realizado de forma segura às 05:35h, pela pista 4L do Aeroporto Newark, que tem 3.353 metros de extensão; a duração total da longa jornada foi de 17 horas e 31 minutos
– fizemos um longo taxiamento pelas pistas auxiliares do aeroporto nova-iorquino, que estavam todas iluminadas naquele início de manhã
– encostamos no terminal de passageiros de Newark somente às 05:41h, parando ao lado de um Q400 (avião turbo-hélice) da canadense PORTER
– na saída do avião, tive a última chance de fotografar a máquina que tinha se tornado minha “casa” por quase 18 horas
– peguei uma longa e lenta fila na área de imigração, pois cheguei na mesma hora de centenas de passageiros vindos de Israel em 02 voos da EL AL; demorei tanto que deu tempo de ver a tripulação do meu voo (contei 19 pessoas) chegar para também fazer o processo de entrada nos Estados Unidos; as malas foram devolvidas na esteira 4
AVALIAÇÃO GERAL: a relação custo-benefício da passagem tem que ser projetada para o conjunto de voos com a SINGAPORE AIRLINES, ou seja, para os voos da Índia para Singapura e depois até os Estados Unidos, ambos em classe Executiva; considerando isso, o preço pago foi excelente; chegar de transporte público e de forma eficiente no aeroporto é algo sempre que merece registro positivo; o Changi Airport merece com todas as honras o título de melhor aeroporto do mundo por tantos anos seguidos; tudo é amplo e muito bem sinalizado; a área comercial é ótima, com muitas opções para compras de última hora; o complexo Jewel é simplesmente incrível, a cascata indoor (Rain Vortex) é indescritível, as fotos não conseguem descrever a beleza desta atração; o Airbus A350-900ULR é uma máquina linda, a máscara nas janelas da cabine de comando traz um charme adicional, assim como o design das pontas das asas; o interior da cabine na classe Executiva é simplesmente lindo, a poltrona é muito confortável e vira uma ampla cama flat; travesseiros e edredom eram de ótima qualidade e traziam conforto ao sono; o sistema de entretenimento é ótimo, com tela grande e em alta resolução, além de um variado conteúdo; o wi-fi a bordo era um pouco caro, mas com boa conexão; o voo foi pontual: partida de Singapura e chegada em Nova York no horário; não é precisa gastar muitas palavras para avaliar o serviço de bordo: simplesmente excelente, em todos os detalhes; da mesma forma, a atuação da tripulação foi algo digno de aplausos: atendimento impecável; um único ponto negativo que merece registro, considerando sou um colecionador: a SINGAPORE não distribui necessaire, fato que é um pouco compensado pela disponibilidade farta de amenidades nos banheiros
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!