Voando com a Azul (VCP-SDU)
– depois de ficar 100 dias sem voar, no dia 11 de junho fiz uma viagem de bate-e-volta do Rio de Janeiro para a capital federal para conferir como está a experiência de viajar de avião em uma fase tão diferente
– a ideia foi compartilhar o que mudou nos procedimentos adotados pelas companhias aéreas e conferir as alterações na estrutura aeroportuária no Aer. Santos Dumont (que é administrado pela estatal INFRAERO) e no Aer. de Brasília (sob administração privada da INFRAAMERICA)
– confira AQUI a avaliação completa destes voos que foram operados pela LATAM BRASIL na nova classe Premium Economy
– dez dias depois, foi a vez de conferir a experiência de voar com a AZUL, fazendo um bate-e-volta do Rio de Janeiro para Campinas
– a avaliação completa do voo de ida, partindo de manhã bem cedo do Santos Dumont com destino ao Aeroporto Viracopos já está publicada, confira AQUI
– este flight report trata do voo de volta, retornando para a Cidade Maravilhosa; todos os detalhes sobre a compra da passagem (emitida com pontos do Programa Tudo Azul) podem ser vistos na avaliação do voo de ida
O AEROPORTO VIRACOPOS/VCP
– cheguei em Campinas um pouco depois de 07:00h, desembarcando pelo Portão C7; meu voo estava marcado para 08:30h, portanto, teria um pouco mais de uma hora para conferir como a administração privada do Aeroporto se preparou para receber os passageiros nesta fase de pandemia do COVID-19
– logo que cheguei no saguão de embarque (que tem teto baixo), levei um susto: a movimentação de pessoas era intensa, uma situação muito diferente daquilo que eu tinha visto nos outros aeroportos que eu tinha visitado recentemente (Santos Dumont e Brasília)
– em termos de sinalização, é visível que o aeroporto tomou uma série de medidas, em especial com adesivos instalados no chão (MANTENHA DISTÂNCIA – Faça da prevenção um item essencial na sua viagem – # todos cuidando de todos) e nos assentos localizados perto dos Portões de Embarque (Mantenha distância da pessoa ao lado), de forma que nenhum passageiro sentasse ao lado de outro
– a grande maioria das lojas e lanchonetes estavam abertas, com muitos passageiros dentro delas, de forma geral, o distanciamento de 2 metros sugeridos não era respeitado nos corredores e filas; é possível perceber que as lojas não fizeram nenhum tipo de rearranjo da disposição das prateleiras com produtos de forma a evitar aglomerações
– um recipiente de álcool gel 70%, devidamente sinalizado, está instalado próximo a cada Portão de Embarque, entretanto, é daquele tipo que é preciso apertar, não é automatizado; ao contrário daquilo que observei no Aer. Santos Dumont, os bebedouros instalados perto dos banheiros estavam funcionando normalmente
– outro aspecto bem diferente que percebi em Viracopos foi a quantidade de voos partindo naquele domingo: entre 08:20h e 14:10h, quinze decolagens estavam programadas para muitos destinos (Recife, Belém, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Salvador, Cuiabá, Teresina, Manaus, Ribeirão Preto e Vitória)
– olhando para o amplo pátio deste aeroporto (as grandes janelas de vidro permitem visão plena); a AZUL dominava o espaço, somente aeronaves da companhia estavam acoplados aos fingers; e vi pela 1ª vez o Airbus A321Neo (apelido “Felicidade Azul”) que se destaca pela máscara nas janelas do cockpit, indo para Belém
O REEMBARQUE NO A320Neo
– o mesmo Airbus A320Neo que me levou até Campinas, me traria de volta para o Rio de Janeiro: com a tradicional pintura da companhia, carrega o prefixo PR-YRR (apelido “#TMJ Azul”); esta máquina foi entregue novinha em julho de 2018
– eram 07:47h quando foi anunciado pelo sistema de áudio o início do embarque do voo AD4850 pelo mesmo Portão C07
– os primeiros clientes convocados a embarcar foram as Prioridades por lei, seguidos dos passageiros de categoria Diamante no Programa Tudo Azul, depois da Seção 1, Seção 2 (a minha) e assim sucessivamente
– no final de maio de 2020, a AZUL anunciou uma nova medida de segurança para o enfrentamento da pandemia; de acordo com o Comunicado distribuído à época: o “Tapete Azul é composto por um conjunto de projetores e monitores, que, por meio de realidade aumentada, indicam ao Cliente o momento certo de embarcar. No chão, os projetores formam um tapete virtual colorido e móvel, que convida a pessoa a se posicionar na fila de acordo com seu número de assento“; o sistema parece ser bem interessante, mas, infelizmente, ele não tinha sido instalado naquele gate
– a ansiedade falou mais alto para alguns passageiros e pequenas aglomerações foram formadas na hora do embarque
– respeitei a sequência orientativa de embarque e uma pequena fila estava formada na porta do A320Neo; nenhuma sinalização de distanciamento recomendado entre os passageiros estava instalada no chão
– na galley dianteira, uma Comissária recepcionava a todos usando máscara e luvas; um pote grande de álcool gel estava ao lado dela, bem visível; a tripulação, formada por 04 aeromoças, também era exatamente a mesma do voo da ida
– assim como no voo da ida, comprei por R$ 35,00 o serviço “Espaço Azul” para viajar com cerca de 10 centímetros a mais de espaço para as pernas (86cm versus 76,2cm); meu assento era o 5F, uma janela do lado direito do Airbus; os assentos eram revestidos de couro cinza claro com encosto de cabeça – regulável – na cor azul escuro
– este voo de volta estava um pouco mais vazio (cerca de 80% de ocupação) e me chamou a atenção que muitos funcionários da AZUL estavam nele, inclusive um Piloto da divisão de cargas (Boeing 737) que sentou ao meu lado; gente muito boa, tivemos uma agradável conversa sobre o maravilhoso mundo da aviação
– as portas do Neo foram fechadas às 08:20h; logo em seguida, o Comandante fez o tradicional anúncio pré-voo informando que teríamos tempo bom em rota, com previsão de 22 graus no destino e com duração estimada de voo em 40 minutos
O VOO PARA O SANTOS DUMONT/SDU
– o procedimento de pushback foi iniciado às 08:26h, ou seja, a partida era feita com 04 minutos de sobra com relação ao horário previsto; as tomadas instaladas na parte inferior da estrutura das poltronas da frente são desligadas para a decolagem
– enquanto taxiávamos, vi vários E-Jets da AZUL estocados em um canteiro mais central do Aer. de Campinas, claro sinal dos efeitos da crise causada pelo coronavírus
– a decolagem foi iniciada às 08:35h pela pista 15 que tem 3.240 metros de extensão; mais uma vez, o silêncio dos motores CFMI LEAP mesmo no momento de potência máxima chama a atenção; o vídeo desta fase do voo está lá no canal YouTube do V&A, confira abaixo e não deixe de reparar na sombra que o A320Neo faz no solo
– o dia era de muito sol naquele domingão, sobrevoamos a zona urbana de Campinas e logo depois uma grande área verde na fase inicial do voo
– como já registrei no report do voo da ida, o sistema de entretenimento a bordo do A320Neo tem muitas virtudes: as opções de filmes e séries on demand são variadas; a TV ao vivo é da operadora SKY; selecionei o canal Sportv, que reprisava a histórica vitória do Ayrton Senna no GP Brasil de Fórmula-1 em Interlagos; não há controle remoto, a navegação é feita pela tecnologia touchscreen da tela, que tem um tamanho e resolução apenas razoável
– olhar pela janela do A320Neo era prazeroso, a paisagem lá fora era linda, com o motor direito na sombra e a ponta da asa (sharklet) no sol
– o serviço de bordo foi oferecido às 08:50h; a AZUL, antes desta fase tão diferente, oferecia snacks variados, agora são apenas 02 opções (e diferentes do trecho SDU-VCP, quando comi batata frita e cookies): neste voo foi biscoito de polvilho e as tradicionais balinhas em forma de avião; a única opção de bebida era o copinho de água (sucos e refrigerantes não fazem mais parte do “cardápio“)
– o sistema de entretenimento oferece a opção Mapa de Voo; às 08:54h estávamos a quase 9.450 metros de altitude e a uma velocidade de 869 km/h
– atingimos o litoral paulista por volta de 08:55h; a vista pela janela do Airbus continuava linda; realmente voar durante um dia de sol é uma delícia
– não demorou muito para começarmos a sobrevoar a Restinga de Marambaia, uma área administrada pela Marinha do Brasil e que está localizada na chamada Costa Verde carioca (município de Mangaratiba)
– eram 9:00h quando foi feito o anúncio pelo Comandante de que já estávamos em procedimento de descida com previsão de pouso para 09:15h; alguns minutos depois, alcançamos a região do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da Cidade Maravilhosa
– o trem de pouso foi armado e travado às 09:13h; os minutos finais de voo e a aproximação para o Santos Dumont foram simplesmente espetaculares, quando passamos perto do Cristo Redentor, sobrevoamos a Enseada de Botafogo e passamos ao lado do Morro Pão de Açucar
– nos segundos finais do voo sobrevoamos a Baía de Guanabara, tendo a cidade de Niterói ao fundo, com o pouso seguro sendo realizado às 09:16h pela pista 02R do aeroporto central do Rio de Janeiro, que tem 1.323 metros de extensão
– durante o taxiamento até o terminal de passageiros do Aer. Santos Dumont, onde encostamos no Portão 8, a Comissária Líder fez a mesma série de anúncios realizada no voo anterior, com destaque para o novo processo de desembarque, que deveria ser feito por fileiras, orientando a todos a esperar sentados a sua vez de sair da aeronave, na tentativa de evitar aglomeração no corredor; ao fim, ela ainda mandou a seguinte mensagem de conforto: “Fiquem bem, cuidem de você e sua família”
– os passageiros respeitaram minimamente as orientações de desembarque coordenado e, felizmente, não tivemos mais uma etapa do “Campeonato Brasileiro de Esperar em Pé a Porta Abrir”; com isso, finalizava o meu 29º voo de 2020, a bordo do Airbus A320Neo da AZUL
– o saguão de embarque do Santos Dumont estava desértico, naquela hora, o voo que tinha acabado de pousar vindo de Campinas era o único que chegava no terminal
– o Embraer E-195 com pintura especial da operadora de TV por Assinatura SKY estava acoplado ao finger do Santos Dumont; ele partiria para Congonhas/CGH algumas horas mais tarde
– a sinalização orientativa para o distanciamento preventivo ao contágio do COVID-19 está presente no caminho de desembarque
AVALIAÇÃO GERAL: consegui uma ótima relação custo-benefício na emissão da passagem com pontos do Programa Tudo Azul (4.000 por trecho); R$ 35,00 não é uma bagatela, mas voar na parte mais frontal da aeronave e com mais espaço para as pernas, mesmo em um voo de curta duração, valeu a pena, em especial pelo ótimo ângulo do conjunto “asa+motor” do A320Neo, o que me permitiu muitas fotos durante o voo em dia de muito sol para o Rio de Janeiro; foi muito interessante ver a performance deste modelo de aeronave e o baixo nível de ruído do motor CFMI LEAP; o serviço de bordo nesta fase é mais modesto do que o normal, mas, pelo menos, 02 alternativas (uma salgada e outra doce) foram oferecidas, com uma única opção de bebida (água); a tripulação teve atitude correta durante todas as interações e vale destacar os novos anúncios específicos sobre as medidas de enfrentamento da pandemia do COVID-19; no geral, foi uma experiência muito boa com a AZUL
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