Voando com a LATAM (GRU/LIM)
– eu ainda não tinha viajado em 2019 com a LATAM BRASIL dentro da América do Sul; e o primeiro voo do ano foi especial: a companhia brasileira me levaria para a final da Copa Libertadores de Futebol para ver o jogo entre Flamengo e River Plate da Argentina
– em função da confusão generalizada decorrente das manifestações sociais no Chile, a Confederação Sul-Americana de Futebol decidiu mudar o local do jogo de Santiago para Lima/Peru; a distância entre Guarulhos e a capital peruana é de 2.160 milhas (cerca de 3.480 quilômetros)
A EMISSÃO DA PASSAGEM
– tinha emitido minhas passagens para o Chile no momento em que o Flamengo passou da fase de oitavas-de-final (final de julho), confiante que disputaríamos o título
– com a mudança de local, anunciada no dia 05 de novembro (18 dias antes do jogo), a emoção foi grande para comprar passagens para Lima; a antecedência era pequena e Santiago é uma cidade com um número muito maior de voos quando comparada com a capital peruana; além disso, o número de assentos regularmente oferecido entre Brasil e Peru é modesto
– para o voo de ida, eu consegui emitir com pontos do Programa Latampass um bilhete com uma combinação de voos via Guarulhos e Bogotá); para o retorno, a LATAM mudou gratuitamente o meu ticket anteriormente emitido: de Santiago-Guarulhos-Rio por Lima-Miami-Rio
– 12 dias antes do jogo, a LATAM BRASIL abriu novos voos extras para suportar a massa de torcedores do Mais Querido do Brasil; para a manhã da 6ª feira (véspera do jogo), a companhia escalou 02 de seus widebodies (um Boeing 777-300ER e um Airbus A350-900) partindo de Guarulhos/GRU; considerando o clima festivo desta viagem, preferi “abandonar” o voo cheio de conexões e operados por aeronaves de menor porte e ir para São Paulo no dia anterior a noite e pegar um avião de fuselagem larga, com muito mais fanáticos rubro-negros a bordo
– eu estava acompanhando o site da LATAM, pois sabia que novos voos extras seriam abertos e estava de prontidão quando eles finalmente apareceram (noite do dia 11 de novembro): os horários da ida eram 09:25h (com o B777) e 09:45h (com o A350)
– a diferença de preço entre a classe Econômica e Business Class não era absurda (cerca de R$ 1.000,00), por isso preferi comprar logo em classe superior (ida e volta) e não ter que contar com a sorte para conseguir um upgrade (benefício do meu status Black na época); paguei o total de R$ 4.312,80, com taxas
– em 18 de novembro, recebi um e-mail da LATAM informando que tinha ocorrido uma pequena mudança no horário da partida: de 09:25h originalmente marcado para 09:05h
O AEROPORTO DE GUARULHOS/GRU
– eu passei a noite anterior em Guarulhos, hospedado em um hotel Mercure que fica a 10 quilômetros do Aeroporto; foram menos de 15 minutos no deslocamento e cheguei perto de 07:00h; fiz o check-in pelo aplicativo da LATAM e carregava apenas uma mala de bordo, por isso, fui direto para o controle de segurança
– naquela hora, de forma inexplicável, apenas 02 aparelhos de raio-x funcionavam, o que provocava um fila grande de passageiros e que andou bem devagar; será que a administração do GRU Airport não sabia que cerca de 700 pessoas passariam por ali excepcionalmente naquela manhã?
– o maior aeroporto do Brasil tem uma grande área comercial, com uma loja Duty Free enorme e algumas lojas de grife
– eu posso usar 03 lounges quando passo por Guarulhos e meu preferido é o da AMERICAN AIRLINES, mas estava fechado (só abriria ao meio-dia), portanto, decidi ir para a Sala VIP da própria LATAM (o espaço do cartão Mastercard Black seria a outra alternativa), que fica quase ao lado, bem pertinho
– já passei muitas vezes por este lounge, que é grande e com muito ambientes; muitos torcedores com o manto sagrado rubro-negro dominavam o ambiente, que estava relativamente vazio naquela manhã de 6ª feira; o buffet do café da manhã estava servido e era bem simples
O EMBARQUE NO BOEING 777-300ER
– os painéis eletrônicos indicavam que o Portão 315 seria utilizado para embarque do voo LA9492; ele fica no andar inferior do grande saguão de embarque do Aer. de Guarulhos, com acesso por escada rolante; as cores vermelha e preta coloriam a pequena sala de embarque
– o embarque seria remoto, com o auxílio de ônibus; no caminho até o “busão”, fiz um registro do Boeing 777-300ER da BRISTISH AIRWAYS recém-chegado de Londres/LHR com a torre de controle do aeroporto ao fundo
– o embarque estava sendo realizado unicamente pela Porta 2L do Boeing 777-300ER de prefixo PT-MUJ, aeronave que sempre fez parte da frota da LATAM desde que foi fabricado em agosto de 2013 e que foi escalado pela companhia brasileira para operar este voo extra; esta é um dos aviões que já carrega a nova identidade visual pós-fusão com a LAN CHILE
– este Triple Sevem está equipado com motores General Electric GE-90, uma belezura da indústria aeronáutica e que produzem 115.000 lbs de potência
– este foi meu primeiro contato com a nova classe Executiva da LATAM, que foi lançada em julho de 2019; no B777-300ER são 10 fileiras na configuração 1 x 2 x 1 (uma fileira tem somente 02 assentos), ou seja, todo mundo têm acesso direto aos corredores da aeronave; este esquema representa uma evolução tremenda frente ao antigo 2 x 3 x 2 da cabine anterior, mas também uma redução do número de passageiros que podem viajar nesta classe: de 56 para 38; neste voo, a casa estava lotada, todos assentos ocupados
– meu assento reservado antecipadamente era o 8A, uma janela do lado esquerdo do Boeing, penúltima fileira, logo atrás da porta 2L; a primeira impressão foi muito positiva: a poltrona é espaçosa, com estofamento marrom mesclado e encosto de cabeça vermelho escuro; o cinto de segurança é do tipo “três pontos”, similar ao utilizado em carros de passeio
– o assento oferece vários compartimentos para guardar objetos, inclusive uma para que os sapatos sejam guardados; uma tomada universal e uma porta USB eram a garantia de que os equipamentos eletrônicos chegariam carregados no Peru
– na parte superior da poltrona, já estavam disponíveis o fone de ouvido e a necessaire, que era de uma versão (muito) básica que a LATAM distribui em voos de curta duração para a América do Sul (um sacão com um par de meias, tapa-olho e uma caneta)
– em função do horário, o welcome drink se resumia a água e suco de laranja (minha escolha), nada de champagne
– o vídeo com instruções de segurança foi exibido ainda antes da partida; já o assisti tantas vezes, acho que já sei toda a sequência de todas as imagens…pelo menos para mim, já está na hora da LATAM investir em uma nova versão
– este B777 ficou algumas semanas no “estaleiro” em Abu Dhabi para passar pelo processo de retrofit, por isso, é inexplicável que a LATAM não tenha aproveitado o ensejo para instalar um sistema de conectividade Wi-Fi a bordo: ficaria algumas horas “fora do ar”
– em um nicho colocado ao lado direito do monitor do sistema de vídeo, a LATAM coloca a revista de bordo “Vamos”, safety card do Boeing e a sacolinha para enjoo
O VOO PARA LIMA/LIM
– o procedimento de pushback foi iniciado às 09:23h, portanto, com quase 20 minutos de atraso (estávamos partindo no horário original deste voo)
– o taxiamento até a pista 9L, que tem 3.700 metros de extensão, foi lento; depois de alinhar na cabeceira e aguardar a autorização da torre de controle por alguns segundos, a decolagem só foi iniciada às 09:33h
– o avião estava bem pesado, a corrida em potência máxima dos motores General Electric foi longa; neste momento, os passageiros (eu, inclusive!) cantavam em voz alta o hino do Flamengo
– logo depois da decolagem a tripulação entregou o Formulário de Imigração para entrada no Peru e toalhinhas quentes foram distribuídas um pouco antes das 10:00h
– a tela do sistema de entretenimento tem ótimo tamanho, alta resolução e tecnologia touchscreen; o conteúdo é variado e escolhi o filme “Shaft”, estrelado por Samuel L Jackson e Jessie T Usher; o controle remoto fica escondido em um pequeno compartimento no braço direito da poltrona
– o serviço de bordo foi iniciado às 10:10h, com 02 opções de café da manhã (não foi distribuído menu impresso): omelete ou seleção de frios (minha pedida); para acompanhar, um copo de iogurte com calda de frutas vermelhas e um saquinho com pães quentes e pão de queijo, além de potinhos de geleia e manteiga; para acompanhar, escolhi suco de uva
– em seguida, por volta de 10:20h, foi servido o café (pedi preto, com adoçante), que razoavelmente bom
– durante o voo em altitude de cruzeiro, olhando pela janela, a composição da asa esquerda e o motor GE90 do Boeing 777 formava uma bela vista, o que mereceu vários registros
– terminei de ver o filme por volta de 11:00h e o sono apareceu com força (tinha acordado por volta de 06:00h); coloquei a poltrona na posição “cama” e dormi muito rapidamente; o assento reclina 180 graus (outro avanço significativo com relação à antiga cabine) e achei também com bom espaço lateral; os comandos ficam em lugar acessível e são de fácil manuseio
– a LATAM não embarcou neste voo a cobertura do “colchão”, aquela capa que é colocada por cima da poltrona para torná-la mais “fofa“; o travesseiro tinha tamanho apenas razoável e achei o cobertor, apesar de confortável, um pouco curto
– acordei por volta de 12:30h, a Comissária reparou e veio até mim perguntar se eu queria algo; pedi champagne, que foi servido em boa temperatura acompanhado de um potinho de nuts; a minha taça foi “reabastecida” por 03 vezes
– depois que acordei, resolvi deixar a cabine do Boeing 777 mais linda, expondo o bandeirão do Flamengo que me acompanha na maioria dos jogos no Maracanã
– eram 13:27h quando foi feito um anúncio vindo do cockpit de que o pouso no nosso destino estava previsto para 13:54h (11:54h no horário local, a diferença de fuso horário entre Guarulhos e Lima é de -2 horas); o Comandante acordou a torcida que estava quieta, pois ao final da comunicação, ele profetizou: “Que o Flamengo volte com a taça”
– ainda dava tempo de ir conferir como ficou o banheiro do B777 com cabine modernizada; mas me frustrei: a minha impressão é que os mecânicos que fizeram o trabalho de reforma não tocaram no toalete, é exatamente o mesmo da cabine antiga; a LATAM não ofereceu nenhuma amenidade, nem mesmo o lencinho umedecido que estão disponíveis na maioria dos voos
– o tradicional aviso vindo da Cabine de Comando “atenção tripulação, estamos próximos ao pouso” foi feito às 13:42h; e as Comissárias passaram recolhendo o lixo e conferindo se todos estavam com o cinto de segurança afivelado; era uma boa hora para acessar o Mapa de Voo do sistema de entretenimento; o software também sofreu um upgrade, pois a LATAM instalou o excelente Flight Path2D; naquele momento, estávamos a 2.127 metros de altura a uma velocidade de 496 km/h
– depois de fazer um curvão para a direita, a aproximação final foi feita com o litoral do Oceano Pacífico ao meu lado; a paisagem chama a atenção: uma grande região desértica
– o trem de pouso foi armado e travado às 13:53h; nos segundos finais do voo, o B777 sobrevoou a região do Porto da cidade e, também, os arredores do aeroporto, com algumas áreas com vegetação verde contrastando com uma grande região árida (e feia)
– o pouso foi realizado de forma segura às 11:57h (horário local) pela cabeceira 15 da pista única do Aer. de Lima, que tem 3.507 metros de extensão; a chegada foi acompanhada de muita festa a bordo e, novamente, o Hino do Flamengo passou a ecoar dentro da cabine do Boeing 777-300ER; o taxiamento foi rápido, em questão de segundos já encostávamos no terminal de passageiros
– a autorização para desembarque foi rápida, não demorou muito para que saíssemos da aeronave pela porta 2L; o prédio do aeroporto da capital peruana tem altura baixa e uma fachada de vidro, onde o Boeing 777 estava refletido
A VOLTA DE LIMA
– o Flamengo se sagrou Bi-Campeão da Copa Libertadores no sábado (dia 23 de novembro) e meu voo de retorno ao Brasil (Guarulhos) estava marcado para o início da tarde de domingo
– a LATAM mandou para Lima o Boeing 777-300ER de prefixo PT-MUI, que, apesar de já carregar a pintura nova da companhia pós-fusão com a LAN CHILE, ainda não teve seu interior modernizado, ou seja, dei sorte na ida e azar na volta
– não fiz a avaliação completa deste voo, mas estes são alguns registros desta viagem, também realizada na Premium Business da LATAM
AVALIAÇÃO GERAL: os preços das passagens para Lima ficaram totalmente sem lógica em função da demanda extraordinária que a final de Libertadores provocou, portanto, a relação custo-benefício do bilhete de ida-volta em classe Premium Business em avião de grande porte foi muito boa; a Sala VIP da LATAM se destaca pelo tamanho, mas o buffet servido na manhã daquela 6ª feira era muito simples; o embarque remoto em Guarulhos foi uma atração especial, permitindo muitas fotos da aeronave escalada para o voo; a nova cabine da Executiva do Boeing 777-300ER está aprovadíssima, com uma poltrona confortável e no esquema 1 x 2 x 1, uma grande evolução com relação ao “tobogã” e à horrorosa configurava 2 x 3 x 2 do versão anterior; este avião com seus motores GE90 é espetacular; mas não podemos esquecer que continua sem Internet a bordo; o serviço de bordo foi sem glamour, podendo ser resumido como sendo um bom café da manhã; os nuts com champagne na parte final do voo caíram muito bem; partimos com um pouco de atraso, mas chegamos dentro do horário previsto na capital peruana; a tripulação teve uma atitude bastante positiva e soube gerenciar alguns poucos excessos dos torcedores em momento de maior euforia; voar durante o dia é sempre um prazer e não foi diferente desta vez, a 1ª e única experiência de 2019 com a LATAM BRASIL dentro da América do Sul foi bastante satisfatória
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