Voando com a LATAM (GRU/FCO)
– a Volta ao Mundo de 2019 está começando!! A 1ª etapa da minha 4ª jornada ao redor da Terra me levou do Brasil para a Itália, saindo do Rio de Janeiro/GIG para Guarulhos/GRU, de onde peguei um voo intercontinental para a Itália (Aeroporto de Roma/FCO), percorrendo 5.850 milhas (cerca de 9.415 quilômetros)
A COMPRA DA PASSAGEM
– a programação desta Volta ao Mundo foi iniciada com muita antecedência e, depois de algumas pesquisas preliminares, decidi que seguiria via leste, tendo a Europa como 1º destino; neste caso, minha opção natural é escolher a LATAM Brasil, em função do meu status BLACK no Programa Fidelidade, que me concede uma série de benefícios, em especial, possibilidade de cancelamento sem ônus de um bilhete emitido com pontos Multiplus e upgrade para a Premium Business em caso de disponibilidade de lugar
– a companhia brasileira opera voos diretos, todos a partir de Guarulhos/GRU, para 08 cidades europeias: Paris, Londres, Lisboa, Madrid, Barcelona, Milão, Roma e Frankfurt
– fiz a emissão da passagem no início de julho de 2018 (com quase 10 meses de antecedência) e Roma/FCO surgiu com uma ótima alternativa, pois apenas 32.000 pontos estavam sendo exigidos para um assento na classe Econômica; a melhor combinação de voos era pegar um voo do Galeão para Guarulhos às 12:45h e depois embarcar para a Itália às 16:05h
– o processo de emissão do bilhete no site da LATAM/Multiplus é muito simples, as informações são expostas de forma clara; o uso da Internet evita a cobrança de uma taxa de serviço de R$ 40,00 caso eu utilizasse a Central de Atendimento por telefone; o total das taxas de embarque que foram cobradas chegou a R$ 140,09
– no final de 2018, a LATAM BRASIL fez uma série de mudanças na malha aérea e o voo LA3448 do Rio/Galeão para Guarulhos foi cancelado; fui reacomodado no voo LA3578 que partia mais de 03 horas antes do voo original (09:35h vs 12:45h), aumentando em muito o tempo de conexão no GRU AIRPORT, ou seja, a mudança foi ruim para mim
– portanto, nesta primeira etapa da Volta de 2019, os voos seriam operados pelo Airbus A321 (a maior aeronave de corredor único ainda em produção) e pelo Boeing 767-300ER (a menor aeronave de grande porte da frota da LATAM Brasil)
– quando acordei no dia da viagem, acessei meus e-mails e um deles me agradou bastante: era a confirmação pela LATAM de que o meu upgrade para a Premium Business já estava confirmado, portanto, cruzaria o Oceano Atlântico com mais conforto
A IDA PARA GUARULHOS/GRU
– o primeiro voo da Volta ao Mundo de 2019 foi curto, partindo do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/GIG com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos/GRU, tendo sido operado pelo Airbus A321 de prefixo PT-XPA
– o tempo estava muito bom na Cidade Maravilhosa e a decolagem no Rio de Janeiro foi feita pela pista 10 do terminal internacional carioca, o que não é muito comum; logo após começar a ganhar altitude, o avião fez uma curva acentuada a esquerda, sobrevoando a Baia de Guanabara, tendo a Ponte Rio-Niterói ao fundo
– o voo foi muito tranquilo, com tempo bom em rota, a aproximação para pouso em Guarulhos é sempre uma oportunidade para conferir a grandiosidade da região da Grande São Paulo
– enquanto taxiávamos em direção ao terminal de passageiros, depois de pousar pela pista 9R do Aer. de Guarulhos, um dos pátios de estacionamento estava cheio de aeronaves de grande porte: Airbus A340 da IBERIA, Boeing 767 da LATAM, Boeing 777 da ALITALIA, Boeing 767 da UNITED AIRLINES e Boeing 747 da LUFTHANSA
O TOUR PELAS SALAS VIPs DE GUARULHOS
– desembarquei no Terminal 2 de GRU e a passagem interna que dá acesso ao Terminal 3 estava fechada, a Polícia Federal não tinha dedicado funcionários para fazer o trabalho de controle de segurança naquela manhã de sábado, por isso, tive que sair da área restrita e fazer a transição pela área de check-in das companhias aéreas, aumentando um pouco o esforço nesta conexão
– quando passo por Guarulhos e estou voando com a LATAM Brasil, eu tenho 03 alternativas de Sala VIP para usar: 1) a da própria companhia brasileira, 2) a da AMERICAN AIRLINES, parceira da LATAM na aliança global ONE WORLD e 3) da operadora de cartão de crédito MASTERCARD BLACK
– destas três, a que mais gosto é aquela da companhia americana, que, apesar de ser a menor delas, tem o melhor buffet e, neste horário, tem menos passageiros; por isso, foi o meu primeiro pit-stop no terminal paulista
– o espaço é muito bem decorado, com móveis novos e com estilo moderno, com vários ambientes, inclusive sala de televisão, espaço kids e business center, com computadores com monitor gigante e impressoras
– almocei por lá e valeu a pena: o menu principal era arroz integral, strogonoff de carne e batata, estava muito bom; sanduíches, frios e salada também eram oferecidos; muitas opções de bebidas alcoólicas são ofertadas pela AMERICAN, escolhi o espumante
– depois fui conferir como estava o Lounge da MASTERCARD: o espaço estava bem mais cheio, o buffet era mais fraco (somente sanduíches estavam sendo oferecidos) e as opções de bebidas alcoólicas eram mais limitadas (somente vinhos branco e tinto disponíveis)
– por fim, quando já era perto de 14:40h, passei pela Sala da LATAM BRASIL, onde, logo após me identificar na recepção, perguntei se seria possível tomar banho
– dei sorte, havia disponibilidade e fui direto para uma das cabines, onde produtos Natura – linha Ekos – estavam disponíveis, além de kits dental e de barbear completos; o chuveiro é forte e um banho refrescante antes de uma viagem de 12 horas é sempre bem-vindo
– logo depois que saí do banheiro, por volta de 14:55h, foi feito o anúncio pelo sistema de áudio de que o embarque do voo LA8110 estava sendo iniciado, já era hora de partir
O EMBARQUE NO BOEING 767-300ER
– todos os passageiros passam de forma obrigatória pela parte comercial do aeroporto, onde há uma grande loja de Free Shop e outras de grifes famosas, na caminhada até a área onde estão instalados os portões de embarque
– o trajeto até o Portão 302 foi rápido e uma esteira rolante ajudou no deslocamento até o grande saguão que abriga os portões, lugar que sempre me chama a atenção pela grande altura do teto
– já passei por Guarulhos dezenas de vezes, mas nunca tinha embarcado por este “gate”, que fica no canto esquerdo, um pouco escondido, atrás de uma loja; a aeronave que me levaria até Roma já estava na posição e sendo preparada para o voo
– cheguei lá às 15:05h e apenas 02 minutos depois o embarque foi anunciado, com filas se formando rapidamente; utilizei a fila de prioridades para entrar logo na aeronave, na tentativa de tirar fotos da cabine com menos passageiros
– a posição da ponte de embarque deste Portão e o reflexo causado pelo sol não permitiram que eu tirasse uma foto decente e de frente do B767 acoplado ao finger de GRU; esta aeronave foi entregue originalmente para a LAN CHILE em julho de 2012 e, posteriormente, foi incorporada à frota da LATAM BRASIL em maio de 2014, quando recebeu a matrícula PT-MOB, utilizada até hoje
— quase na porta da aeronave, por uma janela do finger, consegui tirar uma foto do lado esquerdo da aeronave, com destaque para o motor e para o grande winglet da ponta da asa
– os passageiros embarcavam pela porta 1L do Boeing, sendo recepcionados com alegria pela Chefe de Cabine; a configuração da classe superior neste modelo de aeronave de fuselagem larga é 2 x 2 x 2, com 05 fileiras, ou seja, podem ser transportadas até 30 pessoas (nos voos de longa duração, como é o caso de Roma, dois assentos são dedicados para descanso da tripulação); a LATAM ainda não tem em sua frota aeronaves que permitem acesso direto ao corredor a todos passageiros da classe Executiva, já tendo sido anunciado que o Boeing 777 passarão por processo de retrofit e este aspecto negativo será endereçado; neste voo, casa cheia, todos os lugares estavam ocupados
– meu assento era o 1A (a escolha não foi minha, foi atribuído no processo de upgrade), na primeira fileira da classe Executiva, do lado esquerdo da aeronave; em cima da poltrona, já estavam disponíveis o cobertor e travesseiros (embalados em plástico) e a necessaire com produtos L’Occitaine
– logo depois que terminei de colocar minha mala de bordo e mochila no bagageiro superior, o welcome drink foi oferecido (água, suco ou espumante) e um potinho de nuts; escolhi a bebida borbulhante, que foi servido em boa temperatura, e aceitei também os “salgadinhos”
– em seguida, tive uma grata surpresa com o seguinte fato: a LATAM agora coloca uma cobertura (como se fosse um colchonete preso por elásticos) para cobrir o assento na Executiva do B767; eu sempre registrei críticas em avaliações anteriores para a estrutura da poltrona da Premium Business, que me machucava quando estava na posição “full flat”, o problema agora está resolvido
– neste voo, os passageiros da Business não receberam um cardápio impresso do serviço de bordo, o que eu considero muito ruim; o Comissário responsável pelo atendimento do meu corredor conversava com cada cliente e “cantava” as opções para o jantar: salada ou sopa de tomate (entrada), fraldinha ou ravióli (prato principal), frutas, queijos, sorvete de doce de leite ou torta de chocolate com cupuaçu (sobremesa) eram as alternativas preparadas pela LATAM para este voo
– eram 15:50h quando tivemos um anúncio do Comandante pelo sistema de áudio (primeiro em português e, em seguida, em inglês) informando que teríamos 11 horas de 31 minutos de voo até a capital italiana, onde pegaríamos 13 graus de temperatura, com tempo parcialmente nublado
– cinco minutos depois, foi a vez de ouvirmos o “portas em automático” tudo indicava que partiríamos no horário, o que me deixava despreocupado com relação ao risco de perder minha conexão em Roma para o voo com a ETIHAD AIRWAYS para Abu Dhabi/AUH
– ainda antes da partida, o Comissário voltou até mim e disse que tinha esquecido de falar uma 3ª opção de prato principal: salada com salmão grelhado; no meu caso, como não gosto de peixe, não mudei minha escolha
– para carregar equipamentos eletrônicos, uma porta USB e uma tomada universal estão instalados (na verdade, escondidos) no nicho do console central da poltrona, em um local de difícil acesso; o celular chegaria com 100% de bateria na Europa
O VOO PARA ROMA/FCO
– o procedimento de pushback foi iniciado às 15:57h, tendo ao lado outro Boeing 767 da LATAM (prefixo PT-MOE) e aviões da UNITED AIRLINES e LUFTHANSA ao fundo do pátio, “descansando” depois de chegar dos Estados Unidos e Alemanha
– fizemos um lento taxiamento até a cabeceira 27R de Guarulhos, passando pelos novos hangares da LATAM e AMERICAN AIRLINES naquele terminal, em frente aos quais widebodies da angolana TAAG e suíça SWISS descansavam antes de voltar para a África e Europa
– a decolagem foi iniciada às 16:11h, o B767 estava pesado, pois foram mais de 40 segundos de aceleração em potência máxima para que a dupla de motores General Electric tirassem ele do chão; fizemos uma curva para esquerda, sobrevoando a área urbana nos arredores do aeroporto; o sinal de apertar cintos foi apagado às 16:20h
– como estava na 1ª fileira da aeronave, a tela do sistema de vídeo está “pendurada” na parede da aeronave: de tamanho modesto e baixa resolução; é preciso usar o controle remoto para navegar pelo conteúdo disponibilizado pela LATAM, que está instalado na parte superior do console central, de fácil acesso e manuseio
– logo escolhi o primeiro filme para assistir: “Creed 2”, com Sylvester Stallone, que conta a história das lutas entre os filhos do Apolo (treinado por Rock Balboa) e do Ivan Drago
– eram 16:50h quando as toalhinhas quentes foram distribuídas, indicando que o serviço de bordo seria iniciado logo depois; o meu prato – eu tinha escolhido o ravióli de queijo – foi servido perto de 17:00h, juntamente com a salada (a minha opção de entrada) e o sorvete Häagen Dazs de doce de leite
– minha bandeja foi recolhida por volta de 17:25h e eram 17:40h quando o Comissário perguntou se eu gostaria de ser despertado para o café da manhã, eu respondi que sim e, alguns minutos depois, as luzes da cabine foram apagadas, convidando os passageiros a descansar
– no Boeing 767 da LATAM BRASIL são 02 banheiros instalados na parte dianteira da aeronave, ambos no lado esquerdo; fui naquele que fica mais a frente, logo atrás do cockpit; estava limpo e a companhia coloca um copo de plástico com lencinhos umedecidos
– voltei para o meu lugar, o cansaço tinha batido, coloquei o assento na posição “cama” (reclina 180 graus) e não demorei a “chapar”; consegui dormir por um pouco mais de 03 horas; os controles de regulagem também estão instalados na parte superior do console central; como sempre registro nas avaliações da LATAM, o travesseiro é pequeno e o cobertor é excelente
– apesar de pouco tempo de sono, acordei descansado; resolvi explorar novamente o sistema de vídeo e aproveitei para rever o filme “Bohemian Rhapsody”, que conta a trajetória da banda de rock Queen (com ênfase maior no vocalista Fred Mercury) e que ganhou quatro estatuetas do Oscar em 2019 (inclusive de melhor ator para Rami Malek); depois, emendei mais um filme: o “Grande Truque”, uma produção de 2006 que eu ainda não tinha assistido e que tem grande elenco (Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine e Scarlett Johansson) e conta a história do mortal rivalidade entre dois mágicos de Londres no século 19
– algo que me chamou a atenção: durante muitas horas do voo, fiquei sem ver os membros da tripulação, ou seja, neste período, nada foi oferecido; o horário de saída do voo (meio da tarde) e sua longa duração podem ser as razões para isso, mas é algo que precisa ser pensado pela LATAM
– começou a amanhecer por volta de 01:30h (no horário brasileiro) e pela janela do B767 pude apreciar um lindo nascer do dia, com uma combinação de cores espetacular
– o café da manhã começou a ser servido aos passageiros que já tinham acordado às 02:00h em ponto, quando o Comissário informava aos passageiros que 02 opções de prato estavam disponíveis: seleção de frios (minha escolha) ou omelete; para acompanhar, pedi suco de laranja e café preto
– o dia continuava lindo lá fora, com um céu azul e muito sol, tirar fotos do motor esquerdo e da asa do Boeing 767 era uma obrigação
– um pouco depois que minha bandeja do café foi recolhida, sobrevoávamos Palma de Mallorca, arquipélago pertencente ao território espanhol; naquele momento do voo, de acordo com as informações constantes do Mapa de Voo do sistema de vídeo do Boeing 767 da LATAM, ainda faltavam cerca de 950 km até Roma, estávamos voando a quase 900km/h e a uma altitude de 10.975 metros
– por volta de 02:50h, era a vez de sobrevoar o norte da Ilha de Sardenha (território italiano), que visitei de férias junto com a patroa em setembro de 2017, um lugar lindo
– eram 02:56h quando tivemos o anúncio do Comandante de que tínhamos iniciado o procedimento de descida para pouso em Roma Fiumicino, com chegada confirmada para 08:30h no horário local (o fuso horário entre Itálie e Brasil nesta época do ano é de +5 horas); a previsão era de tempo bom com nuvens esparsas e temperatura de 12 grau
– o comando vindo do cabine de comando de “Atenção tripulação preparar para o pouso” foi dado às 08:08h; pegamos algumas algumas nuvens neste momento do voo, provocando uma leve turbulência; alcançamos a parte continental da Itália às 8:13h
– logo depois, passamos perto de uma grande camada de nuvens brancas, com o sol batendo de frente, mais uma bela imagem pela janela do Boeing da LATAM
– o trem de pouso foi armado e travado às 08:20h; os minutos finais do voo foram bem tranquilos e o pouso foi feito de forma extremante suave às 08:25h pela pista 16R do maior aeroporto italiano, que tem 3.900 metros de extensão
– taxiamos de forma lenta pelo pátio de FCO, onde a presença de aeronaves de todos os portes da ALITALIA é grande
– na estrutura do aeroporto de Roma há muitas janelas de vidro, permitindo que eu fotografasse o Boeing 767-300ER de vários ângulos, depois de cumprir missão da América do Sul até a Europa
AVALIAÇÃO GERAL: recentemente, a LATAM anunciou que esta rota será descontinuada em outubro de 2019, portanto, esta deve ter sido a última vez que voei com a companhia brasileira do Brasil para a capital italiana; gastei apenas 32.000 pontos do Programa Fidelidade para voar do Rio para Guarulhos e de lá para a Roma, em classe Executiva, depois do upgrade concedido, portanto, uma relação custo-benefício excelente, mesmo com a conexão longa e forçada, depois da mudança de voos; o tour pelas Salas VIPs no Aer. de Guarulhos foi interessante e serviu para confirmar que o Lounge da American Airlines é realmente e melhor opção; o Boeing 767 é meu “queridinho”, mas é uma aeronave com suas limitações, desde a configuração 2 x 2 x 2 até a baixa resolução dos monitores do sistema de vídeo; a falta de um cardápio impresso em um voo de longa duração em classe superior é um ponto que considero muito negativo, assim, como o grande hiato no serviço de bordo, entre o jantar o café da manhã; a tripulação teve uma atitude positiva durante todo o voo, mas sem grandes destaques que mereçam um registro específico (positivo ou negativo)
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