VOANDO COM A ALITALIA (FCO/GIG)

– nesta viagem para a Europa feita no final de fevereiro e início de março de 2018, voei e avaliei as companhias de baixo-custo VUELING (de Barcelona para Londres – clique AQUI para conferir) e NORWEGIAN (de Londres para Barcelona – clique AQUI para conferir)

– agora chegou a hora de começar efetivamente a volta para casa, começando em Barcelona/Espanha, indo para Roma/Itália e de lá para o Rio de Janeiro; o foco desta avaliação será o voo intercontinental, da Europa para o Brasil; 5.688 milhas (cerca de 9.153 quilômetros) separam a linda capital italiana da Cidade Maravilhosa

– a passagem foi “bancada” pela empresa que trabalho; a relação custo-benefício foi muito boa, a tarifa paga para um voo Brasil-Itália-Espanha-Itália-Brasil em classe Executiva foi bastante razoável

– por volta de 10:00h do dia da viagem, recebi um e-mail da ALITALIA informando que meu voo para o Galeão/GIG sairia com atraso: o novo horário de partida informado era 23:25h (e não 21:45h); a mesma onda de nevascas que me prejudicou na ida para Londres, também afetou os voos da companhia italiana para Nova York, provocando uma reação em cadeia nos voos para o Rio de Janeiro (eu tive conhecimento de que o mesmo aconteceu no dia anterior)

A IDA PARA ROMA

– minha jornada começou em Barcelona/BCN: um dos aeroportos que mais gosto de passar, ele tem uma arquitetura única e tem uma estrutura muito funcional

– embarquei no voo AZ79, com partida marcada para 18:25h e que foi operado pelo Airbus A320 de prefixo EI-DTE (nomeado de “Francesco Petrarca”), que foi fabricado em maio de 2009, tendo voado somente com a ALITALIA

– o voo foi bem tranquilo e o serviço de bordo oferecido foi um apetitoso jantar: uma autêntica lasanha italiana, acompanhada de uma salada fresca; para beber, escolhi uma garrafinha de espumante italiano

– depois de percorrer os 850 quilômetros que separam as cidades, cheguei na capital italiana às 19:43h e alguns minutos depois encostamos em uma posição remota do Aeroporto Internacional de Roma – Leonardo da Vinci, também conhecido como Aeroporto Fiumicino/FCO

O AEROPORTO DE ROMA/FCO

– em 2017, quase 47 milhões de pessoas passaram por este aeroporto, que possui atualmente 04 Terminais (T1, T2, T3 e T5; o T4 ainda está na fase de projeto e será construído, sem data definida)

– depois de descer do ônibus, consultei os painéis eletrônicos com informações dos Portões de embarque dos voos partindo de Roma; foram 15 minutos de caminhada para chegar até a Seção E, passando pelo controle de passaporte, afinal, eu estava finalmente saindo da Comunidade Europeia (mais uma vez, o passaporte português agilizou o processo, usei a catraca eletrônica, sem filas)

– aproveitei para comprar algumas lembranças da viagem para distribuir na família; a loja de Free Shop (Aelia Dutyfree) é enorme e vende de tudo, facilitando a tarefa

– além disso, a parte comercial do aeroporto impressiona: na moderna estrutura, estão instaladas muitas lojas, a maioria das mais famosas grifes tem um ponto de venda nesta área; são 02 andares, onde é possível fazer refeições também, pois há restaurantes por lá

– apesar de ostensiva sinalização da localização dos portões de embarque, não identifiquei nenhum indicativo da localização da Sala VIP da ALITALIA; em um balcão informações da companhia pedi ajuda e a funcionária me indicou: “siga a esquerda e vire à esquerda novamente”

– lá fui eu e rapidamente vi alguns totens com a indicação de que o lounge estava perto, bastava subir para o andar superior pela escada rolante

A(S) SALA(S) VIP DA ALITALIA

– cheguei na “Casa Italia”, denominação dada para os VIPs Lounges da ALITALIA, por volta de 20:30h, fazendo o processo padrão: entrega do meu cartão de embarque para que a funcionária conferisse meu voo e confirmasse que eu tinha direito de usar a facilidade

– me surpreendi depois que entrei: o espaço era pequeno, a estrutura era simples e modesta, sem nenhum tipo de ostentação ou luxo; eram 02 pavimentos, os banheiros ficavam no andar de cima, que só era acessível por uma escada; não estava cheio, apenas 07 passageiros relaxavam junto comigo

– o buffet também era simples, por mais que fosse bem colorido; basicamente, sanduíches variados e um prato de doces no pequeno bar; eu vi que algum tipo de sopa também estava sendo servida, mas um funcionário recolheu logo depois que cheguei e não houve reposição

– fiquei acompanhando as informações sobre meu voo em um monitor eletrônico; por volta de 21:30h, ainda sem a confirmação do horário de embarque, achei melhor ir perguntar na recepção: a funcionária, a mesma que me recebeu quando cheguei 01 hora antes e que tinha conferido o meu boarding pass, fez uma cara de surpresa e informou que os portões dos voos para a América do Sul – Portão 37 no caso do Rio de Janeiro – ficavam longe dali, do outro lado do terminal, que havia outra Sala VIP bem perto dele e que seria melhor eu ir para lá

– pensei comigo: se eu estava na Sala VIP errada, por que ela não me avisou quando cheguei lá que aquela Casa Italia não seria o melhor lugar para que eu ficasse?!?!?!?

– peguei minhas coisas rapidamente e parti para a parte correta do Aeroporto de Roma; as placas me levaram a uma estação de “trem” que me levou a outro “braço” da Seção E do terminal, onde os Portões E31 a E44 estão instalados e de onde partem os aviões de grande porte e fuselagem larga

– fui direto para a “outra” (e correta) Casa Italia, onde cheguei às 21:45h; pela imponente porta do espaço, já era possível perceber que a realidade era outra em termos de “luxo” e estrutura

– este espaço realmente era muito melhor que a “Mini” Casa Italia que eu estava anteriormente; um cozinheiro faz massa na hora (no mesmo estilo do restaurante Spoletto no Brasil), o buffet oferecia mais variedade de comida e bar “exótico” era uma opção um café e para diversas bebidas alcoólicas, com destaque para o espumante italiano Ferrari, que eu já tinha tomado – e gostado muito – no voo de ida para a Europa, pois é servido na classe Executiva da ALITALIA

– apesar dos muitos pontos positivos, a estrutura deste Lounge é estranha, são alguns salões integrados, de diferentes tamanhos (alguns ficam escondidos, fora do campo de visão dos passageiros) e sem nenhum padrão de decoração

– o espaço oferece sistema de Wi-fi grátis; fazer a conexão é simples e a velocidade de acesso a Internet era muito boa

O EMBARQUE NO AIRBUS A330

– eram 22:20h quando finalmente o início do procedimento de embarque do voo AZ672 foi anunciado pelo sistema de áudio da Sala VIP; parti logo, a caminhada até o Portão E37 foi muto rápida, em menos de 03 minutos eu já estava na fila de prioridades organizada pela ALITALIA

– embarquei no Airbus 330 às 22:30h pela porta 2L; a aeronave escalada para este voo da Europa para a América do Sul tinha o prefixo EI-EJG (apelidado de “Rafaella Sanzio”), que foi fabricado em julho de 2010 e sempre teve as cores da principal companhia aérea italiana

– a ALITALIA configurou seus Airbus A330 com 20 lugares na classe Magnifica (nome dado à Business Class da companhia), no esquema 1 x 2 x 1, o que significa que todos os passageiros têm acesso direto ao corredor; meu assento era o 2L, do lado direito do Airbus, um assento “colado” na janela; algumas poltronas têm a estrutura “virada” para o corredor e, portanto, não têm acesso direto às janelas (é o caso da 1J ou 3A, por exemplo); o revestimento de couro dos assentos são nas cores caramelo e preto

– um conjunto com chinelo, travesseiro e cobertor estava embalado e colocado sobre o encosto de pernas de cada poltrona; eu sempre aprecio as companhias aéreas que oferecem “pantufas” para que os passageiros possam retirar seus sapatos durante o voo

– o fone de ouvido para o sistema de vídeo estava acomodado – embalado em plástico – no nicho ao lado esquerdo da poltrona; de boa qualidade, o equipamento isola muito bem os ruídos externos

– o assento oferece uma tomada universal e uma porta USB para carregamento de equipamentos eletrônicos durante o voo, o que é sempre providencial

– os passageiros da Magnifica recebem 03 menus: 1) vinhos, 2) refeições (jantar e café da manhã) e 3) café expresso; é muita informação recebida ao mesmo tempo!

– logo depois que acomodei os meus pertences no bagageiro superior, a Comissária, de forma minimamente cortês, me ofereceu o welcome drink: o espumante italiano Ferrari, que já tinha bebido na Casa Italia; como digo sempre: é um pecado recusar…

– neste voo, os 20 lugares da classe Executiva estavam ocupados (02 deles são dedicados para o descanso da tripulação), a Magnifica estava completamente lotada; a ALITALIA configurou ainda seus Airbus de fuselagem larga com 17 lugares na classe Economy Premium e 213 na Econômica (total de 250 lugares)

– em seguida, foi a vez da distribuição da necessaire: da marca italiana Bulgari, de cor caramelo (associei logo com a cor do assento), com indicativo de que se tratava de uma coleção especial para a ALITALIA; por dentro, ela traz tudo que um passageiro precisa para o voo (meias, kit dental, cremes, tapa-olhos, pente/escova, perfume e lenço umedecido)

– eram 23:12h quando o sistema de áudio foi usado para que fosse feito um anúncio do Piloto (primeiro em italiano e depois em inglês): previsão de duração de 11 horas e 50 minutos, tempo bom em rota, com ligeira turbulência na faixa equatorial, tempo nublado e temperatura de 25 graus no Rio de Janeiro; por fim, pediu desculpas pelo atraso, explicando que ele foi causado pela chegada tardia da aeronave que operava outro voo

– as portas do A330 foram fechadas às 23:17h, finalmente estávamos prontos para partir rumo à Cidade Maravilhosa

O VOO PARA O RIO DE JANEIRO

– o procedimento de pushback foi iniciado às 23:23h, portanto, estávamos partindo com um significativo atraso de quase 02 horas; durante o taxiamento, o vídeo com as instruções de segurança foi exibido nas telas individuais de forma obrigatória para todos os passageiros

– neste momento, a Comissária veio até mim para anotar as minhas escolhas para o jantar; os nomes bonitos dos pratos sempre me deixam confuso e costumo pedir sugestões da tripulação para me ajudara escolher o prato da refeição; fiz isso e a resposta foi surreal e inacreditável: “este menu começou a ser servido ontem, não sei detalhes”; depois da determinante “ajuda”, escolhi para entrada o pudim de brócolis com cogumelos, para o 1º prato optei pelo macarrão servido com molho de grão de bico e ragu de legumes e para o 2º prato preferi o enrolado de frango com molho de cebola e brócolis refogado

– a decolagem foi iniciada às 23:28h e os 02 motores General Electric – GE CF6 levaram 38 segundos para tirar a máquina de centenas de toneladas do solo

– o sistema de vídeo que a ALITALIA oferece tem alguns defeitos relevantes, em especial, no olhar de um brasileiro: 1) o menu de navegação não tem opção da língua portuguesa (somente italiano, inglês e espanhol) e 2) são raras as opções de filmes com dublagem em português; além disso, o tamanho e resolução da tela são apenas razoáveis; de positivo, a navegação é fácil e pode ser feita tanto pelo controle remoto (que fica bem localizado, na lateral da coluna central do assento) quanto pelo sistema touchscreen

– com poucas opções, comecei a ver filme “Carol”, estrelado por Cate Blanchett e Rooney Mara, que conta a dramática história do romance, e todos os problemas associados, entre 02 mulheres na década de 50 nos Estados Unidos

– a ALITALIA instalou sistema de conexão a Internet na sua frota da Airbus A330, que eu já tinha testado no voo de ida para a Europa; em resumo: o serviço é caro (6 dólares – cerca de R$ 20,00 – por 50Mb) e a velocidade de acesso a Internet provida não é das melhores

– eram 00:15h quando o jantar começou a ser servido; os talheres e copos utilizados no serviço da classe superior tinham a logomarca da companhia

– a entrada do serviço de jantar foi servida junto com o copa de água que pedi e com um pequeno croissant; apesar de ter pedido o pudim de brócolis, a Comissária me serviu o prato de berinjela; ou seja, ela fez confusão com a minha opção; logo depois, ela voltou e me serviu o prato correto, indicando que  eu poderia comer ambos

– na hora de servir os demais pratos, mais um erro grave: o 1º prato (macarrão servido com molho de grão de bico e ragu de legumes) simplesmente não foi servido, me foi entregue diretamente o 2° prato (enrolado de frango com molho de cebola e brócolis refogado), que estava simplesmente delicioso, fiquei frustrado ainda mais, pois queria ter experimentado a massa que foi “esquecida”, que devia estar igualmente muito bom

– a sobremesa – trufa de chocolate – estava simplesmente divinamente deliciosa, me arrisco a dizer que foi um dos doces mais gostosos que já tive a chance de experimentar dentro de um avião

– para terminar o verdadeiro banquete que a ALITALIA proporcionou aos seus passageiros neste voo (apesar de eu ter comido um prato a menos!) da classe Magnífica, tomei um café expresso, que foi servido curto, da forma que os italianos apreciam

– comi rapidamente e a poltrona classe Executiva do A330 da ALITALIA permite posicionar a mesa utilizada para a refeição de forma que o passageiro possa se levantar; eram 01:20h quando fui ao banheiro escovar os dentes, já pensando em dormir; de tamanho apenas razoável, estava limpo

– quando voltei, minha bandeja do jantar já tinha sido recolhida e era hora de colocar a poltrona na posição “cama”; os comandos de regulagem da posição do assento da classe Executiva estão instalados na coluna central, bem posicionados

– apesar de já estar deitado, consegui resistir ao sono que bateu forte e terminei de ver o filme; me acomodei na “cama” e dormi por volta de 01:40h; o travesseiro oferecido na classe superior pela ALITALIA é pequeno demais e o cobertor é ótimo; apesar do conforto que o assento “full flat” proporciona, o meu sono não foi dos melhores, tive um pouco de insônia e ainda acordei algumas vezes durante a noite; despertei de vez por volta de 09:10h quando ainda faltavam 02 horas e 10 minutos para o pouso

– o sistema de vídeo tem a opção de oferecer dados sobre o voo: mapa com diferentes “zooms”, distância percorrida, distância faltante, temperatura exterior e velocidade

– no voo da ida para Roma, fiquei frustrado, pois não consegui comprar nenhum souvenir que a companhia italiana oferece no serviço de Duty Free a bordo; neste voo, fiz nova tentativa de compra, com foco na miniatura escala 1:200 do A330 que consta do catálogo; desta vez, dei sorte e gastei 21 euros (cerca de R$ 85,00) para incorporar mais uma unidade à minha coleção

– o café da manhã me foi servido às 10:00h; eu escolhi o omelete, que foi servido com um pedaço de linguiça; pão salgado e doce acompanharam, junto com potinho de frutas (abacaxi, kiwi, uva e melão); para beber, pedi suco de laranja e um café expresso e forte (sem dúvidas, sempre bem-vindo pela manhã)

– mesmo faltando pouco tempo para a chegada no GIG, comecei a ver outro filme, mas desta vez escolhi um que eu já tinha assistido: “Focus” com Will Smith e Margot Robbie, uma comédia romântica que conta a história de pessoas que têm como profissão a trapaça e esquemas mirabolantes tentando sempre ganhar dinheiro

– a única vantagem do atraso na partida de Roma foi a seguinte: a aproximação para pouso no Rio de Janeiro foi feita com o privilégio da luz do sol, o que permitiu bons registros fotográficos da asa e motor do A330 da ALITALIA no procedimento de aproximação para pouso no Rio de Janeiro

– o trem de pouso foi travado e armado às 07:24h do horário brasileiro (nesta época do ano, a diferença de fuso horário entre a Região Sudeste do Brasil e a Itália é de -4 horas)

– o pouso foi executado às 07:30h pela pista 15 do GIG, de forma suave e segura; aproveitando minha posição privilegiada, fiz um vídeo do último minuto deste voo, que também está publicado no canal do YouTube do Voando e Avaliando

– encostamos no terminal de passageiros do aeroporto carioca apenas 04 minutos depois, no portão localizado no seu extremo direito, obrigando a uma longa caminhada até o controle de passaporte (onde a fila para estrangeiros estava enorme, no caso dos brasileiros, as catracas eletrônicas agilizavam o processo); as bagagens foram restituídas pela Esteira 04, onde uma aglomeração de pessoas se formou, todas ansiosas em resgatar suas malas; a minha chegou por volta de 08:00h

– no Galeão, os passageiros não conseguem “fugir” de passar por uma enorme loja de Free Shop antes de conseguirem sair em direção ao estacionamento ou pontos dos transportes públicos

AVALIAÇÃO GERAL: a relação custo-beneficio da passagem comprada pela minha empresa foi muito boa, considerando que foram 04 voos (02 de longa duração e 02 intra-Europa) em classe Executiva; o Aeroporto de Roma proporciona muito conforto aos passageiros que passam por lá, com uma forte área comercial e estrutura moderna e bonita; a Casa Itália tem todos os requisitos de um Lounge diferenciado: massas feitas na hora, bar imponente, Wi-fi grátis e buffet variado e gostoso; mas eu não gosto da estrutura desta Sala VIP, parece uma área improvisada, que não foi pensada previamente quando o terminal foi projetado; partimos com relevante atraso de Roma, mas as condições climáticas bem severas naqueles dias na Europa podem excluir um pouco a responsabilidade da ALITALIA; o Airbus A330 é uma bela aeronave e cumpre muito bem seu papel em um voo de quase 12 horas de duração; com relação à tripulação, são vários os registros negativos: a sinceridade da Comissária em confessar que não conhecia o novo menu que tinha sido adotado no dia anterior pode até ser encarada como algo positivo, mas não é: para um serviço de de cabine superior, isto é um pecado grave; da mesma forma, é indesculpável simplesmente não servir um dos pratos previstos para o jantar; não posso ignorar o erro também de trocar a minha escolha da entrada; enfim, uma série de falhas que não condizem com o que se espera da classe Executiva em um voo intercontinental; se falarmos do serviço de bordo em si, a ALITALIA só merece elogios: começando pelo espumante Ferrari, que é refrescante e saboroso; as entradas e o 2º prato estavam uma delícia e a sobremesa estava divinamente boa; o café da manhã estava muito bom também, mas faltou um pouco de variedade nos acompanhamentos; em resumo, o que estragou este voo foi a tripulação, que demonstrou estar totalmente distante da disposição em encantar e prestar um bom serviço