VOANDO COM A LATAM BRASIL (GRU/SCL)
– no final de novembro e início de dezembro eu executei a 2ª parte do meu planejamento para manter o meu status Black no Programa Fidelidade da LATAM; assim como fiz em outubro (confira AQUI a avaliação completa dos voos entre BOG e SCL e AQUI entre SCL e GIG), as cidades de Santiago/Chile e Bogotá/Colombia seriam novamente os meus destinos
– esta avaliação trata exclusivamente do 1º trecho internacional desta (cansativa) jornada, realizado entre as cidades de Guarulhos/GRU e Santiago/SCL, cidades que estão distantes por 1.626 milhas (cerca de 2.615 quilômetros)
A COMPRA DA PASSAGEM
– fiz a emissão do bilhete para os voos em classe superior no início de 2018 (final de janeiro), portanto, com grande antecedência (10 meses); na programação original, os trechos entre Brasil e Chile seria feitos em avião de corredor único (Airbus A320) e em Classe Premium Economy; já os trechos entre Chile e Colômbia em aeronave de fuselagem larga (Boeing 787) e em Premium Business; o preço pago para toda a viagem foi de R$ 2.625,35 (US$ 731 na época)
– a malha da LATAM foi reformulada de forma significativa no 2º semestre deste ano e algumas mudanças foram processadas, sendo a mais relevante a troca de aeronave no trecho entre Guarulhos e Santiago, com um detalhe relevante: o novo equipamento – Boeing 767 – estava configurado com 02 classes (Econômica e Premium Business), sem Premium Economy; quando fui avisado da mudança (por e-mail), descobri que a LATAM “gentilmente” me colocou na classe Econômica
– liguei na Central de Atendimento e reclamei da reacomodação, afinal, a minha compra original foi em classe superior, portanto, eu deveria ser colocado na Premium Business; apesar de uma certa resistência inicial da atendente (que queria me colocar em um voo muito mais cedo, o que me obrigaria a ficar horas e horas em Santiago antes de partir para Bogotá), deu tudo certo e a LATAM fez a alteração pleiteada para a classe Executiva
O AEROPORTO DE GUARULHOS/GRU
– cheguei em Guarulhos no Airbus A321 (prefixo PT-XPN, que foi incorporado à frota novinho em fevereiro de 2016) da LATAM (voo LA3475), que me levou do Galeão/GIG até lá
– o voo saiu do Rio de Janeiro no horário (14:30h) e foi muito tranquilo, pegamos tempo bom em rota, apesar de algumas nuvens; pousei no maior Aeroporto brasileiro por volta de 15:40h; na verdade, dei muita sorte, pois a noite daquela 6ª feira foi de grandes transtornos em São Paulo, com os 02 aeroportos da região fechados por conta de fortes chuvas
– a maioria dos voos internacionais da LATAM partem do Terminal 3 de GRU; os passageiros que chegam em voos nacionais e fazem conexão podem chegar lá de 02 formas: 1- sair normalmente, passando pela área de restituição de bagagem, atravessando as áreas de check-in e mais um grande corredor, para depois passar o controle de segurança e de passaporte geralmente muito movimentado do T3 ou 2- utilizar uma pequena estrutura que a administração do aeroporto instalou no próprio T2 justamente para este tipo de conexões (esta foi a minha opção)
– peguei uma fila pequena no controle de segurança (é preciso passar de novo as bagagens de mão pelo aparelho de raio-x, afinal há alguns produtos que podem ser levados em voos nacionais mas são proibidos em voos para fora do Brasil) e passei direto sem ninguém na minha frente pela catraca eletrônica no controle de passaporte
– nesta caminhada, eu levei cerca de 10 minutos, indo em ritmo um pouco acelerado, apesar de um banner da LATAM alertar que são necessários de 25 a 30 minutos para ir do T2 para o T3
– a sinalização instalada pela administração do aeroporto é boa e longas esteiras rolantes ajudam no deslocamento, facilitando a tarefa dos passageiros
– no trajeto, as janelas de vidro permitem boa visão dos pátios de manobras das aeronaves em Guarulhos; aproveitei para fazer registros do A330 da AVIANCA BRASIL, do B787 da AIR EUROPA, do A330 da DELTA AIRLINES e do B787 da AMERICAN AIRLINES
A SALA VIP DA AMERICAN AIRLINES
– fui direto para o 2º andar da área de embarque do T3 (com acesso por escadas rolantes), onde estão instaladas os VIP Lounges deste aeroporto
– quando estou voando com a LATAM BRASIL a partir de Guarulhos, tenho 03 opções para escolher: 1- o espaço da própria LATAM, 2- a sala da AMERICAN AIRLINES, parceira na aliança ONE WORLD ou 3- lounge do cartão de crédito MASTERCARD BLACK
– eu prefiro usar o Admirals Club da companhia americana, pois, além de ser muito bom, nesta hora do dia (cheguei um pouco depois de 16:00h) costuma estar vazia
– o espaço é muito aconchegante, apesar do teto baixo; tem vários ambientes (inclusive business center e área para crianças pequenas), todos com móveis bem conservados
– a área do buffet está instalada na parte mais ao fundo e conta com muitas mesas (altas, tipo bar, e baixas), além de um balcão; sempre há opções de refeição (salada, carnes e massas), além de snacks, salgados e mini-sanduíches
– a variedade de bebidas alcoólicas é grande, com muitas opções de destilados, com destaque para várias opções de vinhos; não consegui resistir a tomar um espumante: Chandon Excellence, que estava em ótima temperatura
– apesar de já ter passado por lá muitas vezes, algo que nunca tinha feito neste Lounge da AMERICAN era tomar banho; com tempo de sobra, era a oportunidade de testar esta facilidade que tanto gosto de fazer uso; fui na recepção e a atenciosa funcionária informou que a cabine dedicada a portadores de deficiência estava liberada e que eu poderia utilizá-la
– a “sala de banho” era ótima e espaçosa; não são oferecidas amenidades, os produtos de higiene pessoal estão disponíveis em grandes frascos, tanto na pia quanto no chuveiro, que era forte e com fácil regulagem da temperatura da água
– 0 staff do Lounge da AMERICAN AIRLINES não faz anúncios do início de embarque de nenhum voo; o horário de partida do meu era 19:05h, por isso, com calma, fui embora do espaço às 18:00h
O EMBARQUE NO BOEING 767-300ER
– nesta hora, a caminho do meu portão de embarque, reparei que o tempo começava a piorar e uma chuva leve começava a cair
– a caminhada até o grande saguão onde estão instalados os portões 301 a 326 é rápida; se não for feita nenhuma parada para compras de última hora no meio do caminho, em cerca de 05 minutos se chega lá
– a passagem pela grande loja de Free Shop é obrigatória, não há como escapar; eu pretendia comprar chocolates para levar de presente para a família, mas pensei que seria melhor fazer isso na volta, pois ficaria carregando durante a viagem
– o teto alto com boa iluminação são características marcantes do saguão principal do T3 do Aeroporto de Guarulhos, que foi inaugurado em maio de 2014 (antes da Copa do Mundo de Futebol), quando já estava sob administração da iniciativa privada
– no caminho até meu portão, fiz algumas paradas para tirar fotos de aeronaves que não costumo encontrar nos aeroportos cariocas (SDU e GIG): Airbus A350 da LATAM BRASIL (que estava partindo para Barcelona), Airbus A380 (que tinha acabado chegar de Dubai) e Boeing 777-200LR (que logo depois também partiria para Santiago) da EMIRATES
– além disso, consegui fazer um registro bem interessante de várias aeronaves de grande porte no pátio de Guarulhos: A380 da EMIRATES, A330 da TAP e uma dupla de B767 da LATAM BRASIL
– cheguei no Portão 318 , de onde o voo LA8220 partiria, um pouco depois de 18:15h e o embarque já estava na sua fase final, já não existia mais fila; estranhei muito tamanha eficiência da LATAM e disponibilidade dos passageiros de embarcar com esta antecedência
– a LATAM escalou para este voo até o Chile o Boeing 767-300ER de prefixo PT-MSX, uma aeronave fabricada em dezembro de 2012 (portanto, é um dos mais novos da frota) e que ainda carrega as cores da antiga TAM e que pode carregar até 221 passageiros em 02 classes (Econômica e Executiva)
– os passageiros entravam pela porta 1L do B767 e eram recepcionados por uma Comissária na porta do avião
– meu lugar era o 5A, no lado esquerdo, uma janela na última fileira da Premium Business; outro passageiro já ocupava a 5C (corredor), portanto, eu teria companhia ao meu lado durante o voo
– o travesseiro, o cobertor e a necessaire (pequena) já estavam disponíveis em cima da poltrona; o fone de ouvido também, em uma redinha que está instalada na comuna central da poltrona
– os aviões de fuselagem larga da LATAM BRASIL, via de regra (a exceção é o Boeing 777-300ER), estão configurados na classe Executiva no esquema 2 x 2 x 2, ou seja, os passageiros que estão sentados na janela não tem acesso direto ao corredor da aeronave; no caso do Boeing 767, são 05 fileiras de assentos, com capacidade de 30 lugares (02 deles geralmente estão dedicados para descanso da tripulação nos voos de longa duração)
– dei uma olhada na classe Econômica e fiquei impressionado com a quantidade de assentos vazios; em especial para um voo partindo no início da noite de uma 6ª feira; a explicação para a eficiência no procedimento de embarque estava dada
– o welcome drink (espumante servido em boa temperatura) acompanhado do potinho de nuts foi gentilmente oferecido logo depois que sentei; nenhum detalhe sobre a origem e características da bebida que estava sendo servida foi dado pela Comissária
– eram 18:50h quando o Comandante do voo usou o sistema de áudio para fazer um breve anúncio: deu saudações a todos, informou que a duração do voo prevista para Santiago era de 03 horas e 58 minutos e, no geral, pegaríamos tempo bom em rota
– apenas 15 pessoas estavam voando na classe Executiva, ou seja, metade da ocupação na configuração do B767; as poltronas 2A e 2C estavam vazias, por isso, antes da partida, perguntei a uma das Comissárias se podia mudar de lugar e tive resposta positiva
– algo me chamou a atenção: não houve distribuição do menu do serviço de bordo, portanto, não sabia o que seria servido para o jantar
O VOO PARA SANTIAGO DO CHILE
– o procedimento de pushback foi iniciado às 19:01h, portanto, partimos com folga de 04 minutos; fizemos um lento taxiamento, pois era a hora do rush em GRU
– na verdade, a demora não trazia riscos à minha conexão em Santiago e acabei gostando de partir neste horário pela oportunidade de fazer mais algumas fotos das aeronaves de corredor duplo que transitam pelo pátio de GRU diariamente: A330 da DELTA AIRLINES, Boeing 777 da AMERICAN AIRLINES, além das caudas das máquinas da LATAM, EMIRATES, KLM e QATAR AIRWAYS
– enquanto isso, as instruções de segurança eram exibidas nos monitores individuais do sistema de entretenimento, com a LATAM utilizando aquele tradicional, simpático e bem-humorado vídeo
– no meio do caminho até à pista 27R de GRU (que tem 3.700 metros de extensão), passamos em frente aos novos e imponentes hangares da AMERICAN AIRLINES e LATAM BRASIL que estão em fase final de construção; na frente deles, muitas aeronaves estavam estacionadas e sendo preparadas para os voos que partiriam mais tarde
– alinhamos finalmente na cabeceira às 19:20h e logo em seguida foi iniciada a aceleração em potência máxima dos 02 motores General Electric CF6 que equipam o Boeing 767; foram necessários apenas 32 segundos para tirar o widebody do chão
– a fase inicial do voo foi marcada por uma turbulência leve, apesar da janela oferecer uma bela visão dos arredores do aeroporto; o sinal de apertar cintos demorou a ser apagado, o que ocorreu somente às 19:36h, depois de passarmos por uma densa camada de nuvens
– comecei a ver o 1º filme do voo, a minha escolha foi “Ferrugem”, uma produção nacional que conta a dramática história do vazamento na Internet de um vídeo íntimo de uma jovem e das consequências trágicas disso
– a tela do sistema de entretenimento do B767 da LATAM tem bom tamanho e resolução razoável; o controle remoto está instalado na lateral da coluna central, de fácil acesso e manuseio; o fone de ouvido oferecido não é dos melhores, mas funciona bem, isolando de forma satisfatória os ruídos externos, permitindo um boa audição do áudio do filme
– lembrei de botar para carregar o celular; peguei o cabo na mochila que estava no bagageiro superior e comecei a verdadeira missão quase impossível de conectar o cabo na porta USB, que fica em uma posição “super hiper mega horrível”; eu não canso de repetir: como alguém designer teve coragem de projetar esta poltrona de classe Executiva e como algum responsável pela frota de uma companhia aérea aprovou tamanho defeito?!?!?!?!
– eram 19:50h quando a simpática Comissária que atendia o corredor esquerdo da Business entregou a toalha umedecida, indicando que o serviço de bordo seria oferecido em seguida; entretanto, enfrentamos muitas áreas de turbulência na 1ª hora do voo, a todo momento o sinal de apertar cintos era acionado, atrasando o trabalho da tripulação
– pela janela, testemunhei um deslumbrante final de tarde; uma mistura intensa de cores, que variava a cada 05 minutos, na medida que a noite se aproximava; um verdadeiro espetáculo da natureza
– o jantar foi servido somente às 20:30h, quando finalmente as áreas de instabilidade ficaram para trás; a Comissária oferecia 02 pratos, sem dar maiores detalhes: “massa ou carne”; com a escassez da primeira informação, perguntei qual era acompanhamento da opção de carne e a resposta foi desanimadora: “lasanha de berinjela” (odeio!!!!); só me restou a massa: ravióli grande de frango ao molho branco com alcachofra e tomatinhos; uma salada fresca com milho, cenoura e ovo de codorna acompanhava o prato principal; para sobremesa, a Comissária indicou que as opções eram “doce” ou “frutas” (minha escolha), mais uma vez, sem dar detalhes; um pequeno chocolate estava perdido no meio dos pratos da bandeja
– para beber, pedi água com gás e optei por continuar com o espumante servido quando ainda estávamos em solo, que foi reposto uma vez, a meu pedido
– eu tinha fechado as cortinas das janelas localizadas perto de mim; resolvi dar uma olhada e tomei um susto com o belo pôr do sol que estava rolando
– ainda dava tempo para encarar mais um filme e escolhi “Missão Impossível – Efeito Fallout”, o último da série estrelada por Tom Cruise; eu já tinha visto no cinema com a patroa, mas quis rever, porque tinha gostado bastante; infelizmente, não consegui rever totalmente
– para descansar, coloquei a poltrona na posição “cama”, acionando um único botão do comando que fica na coluna central, reclinando até 180 graus; assisti ao filme usando o (pequeno) travesseiro e o sempre confortável cobertor oferecidos pela LATAM; sempre registro que a poltrona do B767 tem bom cumprimento, mas é um pouco apertada na largura
– deu vontade de ir ao banheiro e fui naquele que está instalado na parte frontal do Boeing, logo atrás do cockpit: é espaçoso e estava limpo; a LATAM oferece lencinhos umedecidos aos passageiros da classe superior
– eram 22:43h quando tivemos uma comunicação do Piloto pelo sistema de áudio informando que nosso pouso em Santiago estava previsto para 22:13h no horário local do nosso destino (nesta época do ano, o fuso horário entre Brasil e Chile é de -1 hora), onde pegaríamos 23 graus de temperatura e tempo bom na capital chilena
– um novo anúncio vindo da cabine de comando foi feiro às 22:59h com o tradicional “tripulação, preparar para o pouso”, que foi realizado às 22:15h pela pista 17R (que tem 3.800 metros de extensão) do Aeroporto Comodoro Arturo Merino Benítez; o Boeing 767 encostou no terminal de passageiros menos de 05 minutos depois, encerrando com sucesso mais um voo entre Brasil e Chile
AVALIAÇÃO GERAL: o preço da passagem para 04 voos em classe superior entre Brasil, Chile e Colômbia foi ótimo, considerando a duração total deles e as aeronaves programadas para operá-los; o lounge Admirals Club da AMERICAN AIRLINES é ótimo (e vazio) e o banho que tomei lá foi muito bom; como já registrei em vários reports anteriores, o Boeing 767 é o meu avião “queridinho”, foi nele que voei na 1ª vez que fui para a Europa em 2001, tenho uma relação especial com ele; é uma aeronave com projeto estrutural ultrapassado, mas as unidades utilizadas pela LATAM BRASIL são relativamente novos e trazem boas opções de conforto aos passageiros; a troca de equipamento promovida com relação ao voo original, no meu caso, foi extremamente vantajosa, afinal, voar em uma aeronave de fuselagem larga em Executiva me trouxe uma experiência de viagem muito melhor do que voar em avião de corredor único em Premium Economy; destaque positivo para a pontualidade, com partida e chegadas no horário; a necessaire entregue é muito básica, mas adequada para a duração e horário do voo; achei uma falha relevante a ausência de menu, o que não foi compensada pela disposição da Comissária em dar mais detalhes sobre o serviço de bordo que estava sendo oferecido; o prato de massa estava saboroso; salada e frutas estavam frescas; as comunicações do Comandante foram feitas de forma adequada, com calma e trazendo informações objetivas; a tripulação de cabine teve atitude correta e positiva durante todo o voo, com exceção da falta de pró-atividade na hora de oferecer o jantar; no geral, para um voo dentro da América do Sul partindo do Brasil, foi muito bom voar com a LATAM
Mto bom texto, achei ótimo ver como é o serviço da Latam nesse trecho.
Será que ela pretende trocar o equipamento ou deve seguir mesmo com o 767? Eu pretendo viajar de econômica para o Chile, não sei ainda a Cia, mas se for Latam vou pesar o fato de ser a econômica de um 767.
Oiii tudo bem? Espero que sim 🙂
Adoreii seu artigo continue assim!
Sucesso.