Voando com a RYANAIR (LON-MAD)
– mais uma vez, vou ter uma 1ª experiência com uma companhia aérea, desta vez com a RYANAIR, que não figura entre as 10 melhores empresas baixo-custo (low-cost), ao contrário das concorrentes também européias Norwegian e EasyJet
– comprei a passagem em dezembro de 2014 (com 04 meses de antecedência) ao custo de 29,57 pounds (libras inglesas) para voar de Londres/Inglaterra para Madrid/Espanha; em janeiro de 2015 adicionei 02 bagagens despachadas – até 35 kg de peso combinado – por mais 35 pounds (preferi não arriscar e ter problemas de peso das malas na hora do check-in, pois o preço pagando antecipadamente é bem menor)
– é preciso ficar muito atento às regras e condições da passagem: para evitar uma “taxa adicional” de 70 euros, é preciso fazer o check-in pela Internet ou no aplicativo da Ryanair até 02 horas antes do voo; e se for necessário reimprimir o cartão de embarque no aeroporto, a taxa é de 15 euros; fiz o check-in pela Internet no dia anterior e não quis pagar uma taxa adicional para marcar o assento
– o aeroporto de Stansted fica nos arredores de Londres (mais precisamente, a 56 km do Centro) e é possível chegar de trem, que parte da estação Liverpool Street; cheguei lá por volta de 17:45h e peguei o trem de 17:55h (o custo é de 19 pounds, não é pouco, mas é bem mais barato do que o táxi – 99 pounds – ou shuttle service; há ônibus que saem de algumas estações ao custo de 09 pounds, mas o trajeto leva sempre bem mais de 01 hora); cheguei às 18:40h e depois de pegar 02 escadas rolantes, já estava dentro do aeroporto, impressionantemente tranquilo
– os guichês da Ryanair estavam vazios, fui direto despachar minhas malas, o que não levou nem 02 minutos; a funcionária agiu no “automático”, nem olhou para mim, pediu meu cartão de embarque e passaporte, etiquetou as malas e devolveu o cartão com os comprovantes
– a estrutura do aeroporto impressiona, pois é moderna e espaçosa; a entrada para o setor de embarque é feita por catracas eletrônicas e sem filas; depois, há dezenas de lojas e restaurantes no caminho até o portão de embarque; o painel indicava que meu voo sairia do Portão 47, em outra seção do aeroporto; a caminhada é bem longa (demorei 12 minutos) e não há esteiras rolantes para agilizar; quem não conhece o aeroporto e bobear, tem grandes chances de perder o voo
– a fila no portão estava grande e demorada; quando chegou a minha vez descobri a razão: as malas de mão estavam sendo etiquetadas e seriam despachadas, indicando que os bagageiros do avião já estavam lotados; como eu tinha apenas uma mochila pequena e carregava o terno, não tive problemas
– a entrada no avião é feita a pé, depois de descer um grande conjunto de escadas (por mais que a estrutura do terminal indicasse que haveria túnel de embarque), com isso, lembrando de forma saudosa do Santos Dumont/SDU de décadas passadas, foi possível tirar fotos e ver de perto vários Boeings da Ryanair enfileirados se preparando para seus voos
– entrei pela porta traseira do Boeing 737-800 prefixo EI-ENM (um dos 306 operados pela Ryanair, entregue em maio de 2010) e fui direto para o meu assento: 17A, era uma saída de emergência, uma grata surpresa, apesar de não reclinar, o que achei estranho; valeu a pena não gastar 5 pounds para escolha prévia do assento na hora do check-in pela Internet
– por dentro, a Ryanair “repete” a pintura dos seus aviões: os bagageiros são amarelos (com espaço para publicidade) e as poltronas são de couro azul escuro; chama atenção o seguinte: não há aquele bolsão para colocar livro ou revista na poltrona à frente e as instruções de segurança, geralmente em cartões de plástico duro, estão em etiqueta no encosto de cabeça à frente; o speech foi feito em inglês e espanhol, para um avião totalmente lotado
– o pushback foi feito às 19:53h e decolamos às 19:59h (portanto, quase 10 minutos atrasados), com um corrida de 32 segundos pela pista de Stansted
– o trabalho da tripulação começou às 20:10h, os 04 Comissários começaram a oferecer os produtos (até mini-porções de massa são oferecidas, quando alguém pede, um dos Comissários corre para a traseira do avião para preparar no forno); a passageira ao meu lado comprou um chá e um pacote de Muffins, gastando 4,30 pounds; eu não comprei nada para comer ou beber
– achei algo peculiar: o cheiro de snacks e o barulho de seus pacotes sendo abertos surgem logo que o aviso de apagar cintos é apagado, acho que há muitos passageiros prevenidos que se prepara para não precisar comprar nada oferecido no serviço de bordo
– às 20:30h, o serviço já tinha sido encerrado e foi anunciada a venda de 02 tipos de cards por 2 pounds: sorteios mensais (01 carro e milhares de euros cash) ou fazer doações para caridade; pelo que vi, somente 01 passageiro comprou
– eram 20:50h quando os comissários passaram a oferecer artigos de Free Shop, desta vez não vi ninguém comprar, mas, depois que o carrinho já tinha passado, quis levar uma lembrança deste voo; fui para o fundo do avião, onde uma confusão estava armada: um casal discutia asperamente com a Chefe de Cabine e outro Comissário, pois o acusavam de falta de respeito durante o serviço de bordo, o rapaz queria falar com o Capitão de qualquer jeito…quando eles finalmente saíram, consegui comprar souvenirs da Ryanair: baralho (de plástico – 3 euros) e uma miniatura do B737-800 (10 euros – escala 1:200)
– neste trajeto descobri que não era só a minha poltrona que não reclinava: todas elas não reclinam; pesquisei e isto faz parte do modelo de negócios da Ryanair
– durante o voo, vi vários passageiros chamarem os Comissários para “desovar” copos e lixo e, em todas as situações, eles foram pragmáticos: “não era hora para aquilo, aguardem que já recolheremos“
– as luzes não foram apagadas em nenhum momento durante o voo e a cabine estava muito fria, a “parede” estava gelada e meu braço esquerdo sofreu com isso
– o Capitão anunciou o pouso às 22:53h (horário de Madrid, 01 hora a mais do que Londres), o trem de pouso foi baixado às 23:04h e pousamos “com força” às 23:06h; logo em seguida, o sistema de som do avião tocou um “grito de guerra” da Ryanair e todos bateram palmas; só encostamos no Terminal 1 de Barajas as 23:18h, ao lado de aviões da Air Europa, EasyJet, Turkish e da própria Ryanair; por fim, as bagagens apareceram somente às 23:38h
AVALIAÇÃO GERAL: a experiência de usar o Aeroporto de Stansted foi ótima; a Ryanair é a típica low-cost européia que faz dinheiro com tudo além do ticket aéreo; isto fica claro desde a compra da passagem, quando várias coisas são oferecidas (seguro, hotel, aluguel de carro, etc) e continua a bordo com comida, bebida, loteria e Free Shop; o avião é novo e bem conservado, mas não há sistema de entretenimento nem tomadas para carregar celular; a tripulação age de forma curta e seca, seguindo o mesmo roteiro o tempo inteiro, sem nenhum esforço para agradar; na média, a relação custo-benefício foi boa
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