VOANDO COM A TACA (JFK/SAL/LIM)
– final de 2016, início de dezembro, hora de voltar para o Brasil, depois de 02 dias intensos em Nova York; o fim de semana foi dedicado a avaliações de voos:
- do Brasil para Nova York, com conexão em Bogotá, voando com a AVIANCA: confira a avaliação completa AQUI
- de Nova York para Boston, voando com a JET BLUE: confira a avaliação completa AQUI
- de Boston para Philadelphia, com conexão em Detroit, voando com a DELTA: confira a avaliação completa AQUI
– tudo isso como consequência daquela super-promoção que a AVIANCA fez em março de 2016: R$ 1.000,00 para voar em classe Executiva, do Brasil para os Estados Undiso; na hora de escolher o voo da volta, escolhi uma opção mais incomum e mais longa, com 03 voos: de Nova York para San Salvador/SAL (capital de El Salvador), de lá para Lima/LIM (capital do Peru) e, finalmente, Guarulhos/GRU
– vou limitar a avaliação desta longa jornada de volta à terrinha aos 02 primeiros voos , pois a experiência no trecho de Lima para Guarulhos (3º trecho) foi muito similar ao voo de Nova York para San Salvador (1º trecho)
PRIMEIRO VOO – DE NYC PARA EL SALVADOR
– eu estava hospedado em um hotel simples nos arredores do Aeroporto Internacional JFK, o principal da região de Nova York, que neste início de manhã tinha uma chuva leve; peguei a van gratuita que o hotel oferece aos hóspedes por volta de 06:30h e, em menos de 15 minutos, eu já estava no Terminal 4, com antecedência razoável para o voo com horário de partida marcado para 09:20h
O AEROPORTO JFK
– por “ordem” de minha esposa, eu comprei um carrinho de bebê “descartável” para nossa filha de 04 anos, que custou apenas 21 dólares na K-Mart; o check-in da Avianca estava vazio, fui atendido rapidamente para pegar meus cartões de embarque e despachar minhas malas; a atendente me informou que era obrigatório plastificar a encomenda da “patroa”; fui rapidinho naqueles quiosques e gastei mais 15 dólares para fazer isso (quase o mesmo preço que paguei pelo próprio carrinho)
– quando voltei ao balcão, a mesma atendente informou que iria consultar a Supervisão, ela estava na dúvida se alguma uma taxa adicional seria cobrada pelo despacho do carrinho; falei que ela deveria ter me avisado isso antes de eu gastar com a plastificação; no fim, ela disse que o meu status GOLD do Programa Amigo me isentava de qualquer cobrança (o que não faz muito sentido…); as malas foram despachadas até GRU
– o Terminal 4 de JFK não é o mais moderno deste gigantesco aeroporto americano, mas é extremamente funcional, muitas lojas e restaurantes estão distribuídos pelos saguões, dando muitas opções aos passageiros que passam por lá
SALA VIP DA SWISS
– o VIP Lounge da Swiss, parceira da Avianca na Star Alliance, pode ser utilizado pelos passageiros que voam em classe Executiva ou possuam status GOLD na aliança global; ela está localizada logo depois do controle de segurança, com fácil acesso; a entrada é bem discreta, não há nenhuma extravagância ou exagero
– o espaço não é grande, bem menor do que as Salas VIPs da Star Alliance que já tive a oportunidade de visitar (Guarulhos e Paris); mas este lounge é confortável e aconchegante; são vários ambientes com uma decoração mais conservadora e clássica; muitas poltronas estão espalhadas, há uma área de leitura e um pequeno business center; nesta manhã de 2ª feira, estava vazio, cerca de 05 pessoas apenas usavam as facilidades do lounge
– as grandes janelas de vidro instaladas ao longo de todo o lounge permitiam uma visão ampla para o pátio de manobras, sendo possível confirmar que JFK realmente tem uma intensa atividade de trânsito de aeronaves
– um buffet de café da manhã estava servido naquela hora, em um balcão instalado perto de umas mesinhas; apesar de variado e saboroso, era simples, mas saboroso; para beber, garrafas de leite frio estavam dispostas neste balcão, além de uma máquina de fazer café e de uma geladeira, onde algumas opções de sucos estavam disponíveis
– o anúncio que o embarque do meu voo já estava autorizado foi feito às 08:35h pelo sistema de áudio da Sala VIP pela simpática funcionária
O EMBARQUE NO A320
– a caminhada até o Portão B27 foi muito rápida, cheguei lá na hora que o embarque do voo AV571 realmente estava sendo iniciado (por volta de 08:40h)
– a aeronave escalada para este voo era o A320, de prefixo N684TA, fabricado em dezembro de 2011, uma das 16 aeronaves deste modelo da Airbus que compõe atualmente a frota da TACA El Salvador
– a classe Executiva tinha a configuração 2 x 2 (02 poltronas de cada lado), com apenas 03 fileiras, são 12 lugares no total; a poltrona era um “cadeirão” revestido de couro azul escuro, sem encosto para apoio dos pés, um assento muito mais simples e menos confortável do que aqueles que viram cama em aeronaves de maior porte; me lembrou muito uma vez que voei na Executiva do B737-800 da Copa Airlines em 2012, do Panamá para o Rio de Janeiro; um pequeno cobertor e uma manta estavam em cima de cada assento; eu estava sentado na última fileira, lado direito, ninguém estava ao meu lado, apenas 07 passageiros ocupavam esta classe
– o welcome drink se resumia a água ou suco de laranja (meu pedido, servido em copo de vidro); não houve distribuição de necessaire, ou seja, nada de amenidades para os passageiros voando nesta classe superior, nem mesmo uma meia ou um kit simples de pasta/escova de dente; nos voos da ida, feitos no A330, a necessaire da marca TUMI foi distribuída
O VOO PARA EL SALVADOR
– as portas foram fechadas às 09:10h; pelo sistema de áudio, Salvador se apresentou como sendo o Piloto responsável por este voo e informou que teríamos 04 horas e 15 minutos de jornada até San Salvador; as instruções de segurança foram passadas aos passageiros pelo sistema de vídeo da aeronave e foi anunciado que o banheiro da parte da frente era exclusivo para passageiros da Executiva
– o pushback foi iniciado às 09:14h (portanto, com pontualidade), uma chuva moderada caía em Nova York; passamos perto de um gigantesco A380 da Emirates, seguimos uma fila enorme de aeronaves até alcançarmos a cabeceira: um B777 da Cathay Pacific, um B737 da Aeromexico, um A320 da JetBlue, um B757 da American Airlines e vários tipos de aeronave da Delta Airlines; a decolagem ocorreu somente às 09:38h, depois de uma aceleração de 35 segundos
– não havia wi-fi a bordo, o sistema de entretenimento era individual, mas arcaico, de geração antiga; o touchscreen era rebelde, era difícil de escolher as opções na tela; os filmes e séries de TV disponíveis eram exatamente os mesmos dos voos de ida para Nova York com a Avianca Colômbia; o fone de ouvido funcionava de forma razoável, mas ele estava colocado no bolsão da poltrona da frente sem nenhum tipo de proteção, ou seja, não havia nenhuma indicação de que ele tinha sido higienizado antes de ser colocado à minha disposição;
TOMADA e pORTA USB
– uma toalinha quente foi entregue às 10:20h e o serviço de bordo começou 15 minutos depois; não tem menu impresso em papel, a Comissária “canta” as opções de refeição para cada passageiro: para mim, sobraram as opções de frango ou carne (com vagem cozida e purê de batatas, foi a minha escolha), a massa tinha acabado (mesmo com apenas 07 passageiros na Executiva, a “maldição da última fileira” me pegou)
– a carne até tinha um bom sabor, o molho de vinho era bem gostoso, mas o pedaço que me foi servido estava cheio de nervos, era uma missão difícil cortar os pedaços; o purê estava gostoso, mas estava frio; pedi vinho branco (que podia estar mais gelado) e água com gás para acompanhar a refeição, servidos em copos de vidro; a sobremesa era um cheesecake com molho de ovos, que estava uma delícia; pedi um licor Baiyle’s para acompanhar, combinação perfeita
– eram 11:10h (cerca de 90 minutos depois da decolagem) quando foi feito o recolhimento das bandejas de refeição; aproveitei e fui ao banheiro escovar os dentes (ainda bem que sempre ando com o meu kit na mochila); era pequeno e surrado, a tampa do vaso passava uma péssima impressão do estado de conservação da aeronave
– comecei a ver ARGO, aquele famoso filme de 2012 produzido e estrelado pelo Ben Affleck, que chegou a ganhar 03 prêmios do Oscar; depois de 20 minutos o sono bateu forte; encontrar uma posição que permita um bom descanso neste tipo de poltrona é uma missão impossível para mim, tenho que ficar todo torto para conseguir encaixar; dormi por 02 horas, mas tive a sensação de que acordei mais cansado…
– ao contrário de Nova York, durante o voo, o tempo lá fora estava limpo, um céu azul forte e algumas nuvens brancas proporcionavam uma bela imagem a partir da janela do avião
– um pouco antes de 14:10h o trem de pouso foi armado; o A320 veio do oceano e em direção ao continente e pousamos 03 minutos depois, 13:12h no horário local (San Salvador tem fuso de -1 hora com relação à Nova York)
– encostamos menos de 05 minutos depois em um portão mais afastado, na parte de trás do aeroporto, longe da pista de pousos e decolagens
AVALIAÇÃO GERAL:
SEGUNDO VOO – DE SAN SALVADOR PARA LIMA
– chegou a hora do 2º voo desta viagem, que começou de manhã cedo em Nova York; agora é a vez de voar da América Central para o norte da América do Sul, de El Salvador para o Peru, de San Salvador para Lima
O AEROPORTO DE EL SALVADOR
– a estrutura do Aeroporto Internacional Monsenhor Oscar Arnulfo Romero y Galdámez é extremamente simples, com corredores apertados, nada é amplo por lá; são apenas 12 pontes de embarque, a maioria das salas de embarque são muito pequenas; em termos de comércio, tem muitas lojas e quiosques (alguns deles bem modestos) e bares latinos típicos
– os janelões de vidro (muitos sujos, especialmente por dentro) permitiam uma visão ampla do pátio de aeronaves, oportunidade para tirar fotos; registrei um Airbus A319 da americana SPIRIT, um Airbus A321 e um ATR -72 da AVIANCA
A SALA VIP DA AVIANCA
– o VIP Lounge da Avianca em SAN Salvador está instalada quase em frente ao Portão 8 (justamente onde seria realizado o embarque do meu voo) e fica na parte interna do terminal, portanto, nada de vista para o pátio; cheguei lá por volta de 13:40h; na recepção, perguntei se eram feitos anúncios sobre o início de embarque e a resposta foi negativa; tive que ajustar o relógio para não dar mole com o horário (lembrando: San Salvador tem fuso de -1 hora com relação à Nova York)
– tinha um monte de e-mails do trabalho para responder, ainda bem que o Wi-Fi funcionava razoavelmente bem, a informação sobre a senha fica em pequenos painéis espalhados pelo espaço
– em termos de estrutura, este Lounge tinha vários ambientes: mesas (normal e tipo bar), área de descanso, área para crianças e um espaço “business”, mas tudo muito simples e básico
– no buffet, somente mini-sanduíches e canapés, todos com frango como ingrediente principal; os pratos são pequenos (louça), os talheres e copos eram de plástico; fiz um lanche rápido para poder abrir o computador e trabalhar
O EMBARQUE NO A330 (que virou A320)
– resolvi deixar a Sala VIP por volta 14:40h (55 minutos antes do horário de partida) para terminar de tirar fotos do Aeroporto
– quando voltei para as redondezas do Portão 8, um funcionário da AVIANCA fazia um anúncio pelo sistema de áudio informando que foi preciso fazer troca de avião: saiu o A330 e entrou o A320; naquele momento, não me toquei que a informação era relevante, como veremos a seguir…
– o embarque para o voo AV929 foi iniciado às 14:55h (4o minutos antes do horário da partida), os cartões de embarque de todos os passageiros estavam sendo trocados um a um no balcão do Portão 8; estava falando no celular resolvendo problemas de trabalho quando o convite para os passageiros da classe Executiva foi feito; acabei embarcando 05 minutos depois junto com os demais passageiros; o meu novo boarding pass indicava a poltrona 2D; peguei uma pequena fila na porta do avião, mas demorei bastante para conseguir entrar no avião
– o avião “reserva” escalado para este voo era um A320, de prefixo N492TA, fabricado e entregue à TACA em maio de 2005, ou seja, uma máquina bem mais antiga do que aquela que me trouxe de Nova York a San Salvador
– eu realmente contava com um assento melhor para conseguir dormir, foi uma ducha de água fria quando vi a “pobreza” desta classe Executiva; este A320 ainda carrega equipamentos originais, nunca passou por modernização, o sistema de entretenimento era coletivo, inclusive na Business, acho que foi a 1ª vez que voei com isso; uma tomada instalada na coluna central (sem porta USB) era a garantia de que conseguiria carregar meu celular durante o voo pelo menos
– a configuração também era 2 x 2 (duas poltronas de cada lado) e mais uma vez nenhum tipo de apoio para os pés estava instalado; os assentos eram revestidos com couro na cor cinza chumbo; o ângulo de reclinação era ridiculamente baixo; mais uma vez, a classe Executiva estava lotada, os 12 assentos estavam ocupados
– Som ambiente de música baiana até Anitta tocou; welcome drink foi oferecido, somente água e suco de laranja, nada de champagne, junto com um potinho de snacks; não são oferecidas revistas ou jornais, nem necessaire/ kit de amenidades
– perguntei a um dos Comissários o que houve com o A330, ele informou que teve algum problema técnico no Chile, era o que ele sabia; falei que estava despontado, pois as poltronas desta aeronave impedem um bom descanso, ele concordou que a diferença era grande
– o uniforme dos Comissários tem aparência de velhos e surrados, as gravatas chegam a estar esgarçadas; as Comissárias estavam mais elegantes e com uma apresentação bem melhor
O VOO PARA LIMA
– a Chefe de Cabine anunciou que 04 horas era a previsão de duração do voo até a capital peruana; – as Instruções de segurança foram feitas de forma manual, a Chefe de Cabine tentou colocar no sistema de vídeo, mas ele não funcionou
– o pushback foi feito às 15:38h, portanto, um pequeno atraso de 03 minutos
– apesar do pouco movimento neste Aeroporto, só decolamos às 15:50h, quando os motores empurraram o Airbus por 40 segundos até que começássemos a ganhar altitude
– os Comissários não sabem o que fazem e nem combinam direito a divisão das tarefas: 02 Comissários ofereceram papel de imigração no Peru, com diferença de 05 minutos entre eles
– o “jantar” foi servido às 16:50h; não há menu impresso, a Comissária informa as opções a cada passageiro, neste voo eram: ravioli de carne / carne com batata assada e cenoura / franco com legumes; escolhi a carne, que era recheada com bacon (não gosto) e tomate, ou seja, gordurosa demais, além de ter nervos; as batatas e as cenouras estavam gostosas, “salvando” o prato; os talheres eram de aço inox com a logomarca da AVIANCA
– para acompanhar, pedi vinho tinto (.xxxx – Aliwen Reserva) e água com gás, que foram servidos em copos de vidro
para sobremesa só havia uma opção: uma mistura de mousse de maracujá com suspiro, estava gostosa, mas era muito doce
– o meu vizinho indicou à Chefe de Cabine que o seu fone de ouvido não funcionava; ela pegou um novo fone, mas não adiantou: o problema era no sistema; não foi surpresa para mim…
– turbulência foi uma constante durante todo o voo, o aviso de apertar cintos ficou ligado mais de 50% do voo
– o sono começou a bater, mas sabia que teria dificuldades de descansar nesta poltrona do “século passado”; consegui descansar por apenas 01 hora, insisti para continuar dormindo, mas não consegui
– a cabine começou a ser preparada para o pouso às 20:20h; as cortinas da janela precisam estar abertas, poltronas na posição vertical e mesas fechadas e travadas; a Chefe de Cabine que começou a distribuir papéis de imigração no Peru, mas foi interrompida por outro Comissário, que informou que já tinha feito isso antes
– a pressão no meu ouvido indicava que a aproximação estava sendo acentuada; o trem de pouso foi acionado às 20:34h e tocamos o solo da capital peruana apenas 02 minutos depois
AVALIAÇÃO GERAL: considerando a evolução das poltronas e a realidade do avião da AVIANCA, eu diria que é propaganda enganosa chamar de classe Executiva
Olá tudo bem? Espero que sim 🙂
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.
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