Voando com a LUFTHANSA (GVA/FRA)
– no começo de setembro de 2021, consegui tirar alguns dias de férias e viajei com a Patroa por 10 dias
– o destino escolhido foi a Suíça, pois, além de ser um lugar lindo demais, estava com as fronteiras abertas para brasileiros vacinados contra o coronavírus; entramos por Genebra (passando por Guarulhos, Lisboa e Madrid), passamos por Lausanne, Lucerna, Interlaken e Zurique, antes de retornar para Genebra, de onde começaria a jornada de volta ao Brasil
– a combinação de voos de retorno para casa era: Genebra/Suíça para Frankfurt/Alemanha, de lá para Guarulhos e, finalmente, Rio de Janeiro; neste flight report compartilho como foi a primeira “perna”
O AEROPORTO DE GENEBRA
– usar o (eficiente) transporte público é, sem dúvida, a melhor opção para ir até o aeroporto; estávamos hospedados em um hotel perto da estação central de trem da cidade e pegamos um ônibus que tem a parada final praticamente dentro do terminal de passageiros; chegamos lá às 15:20h de um dia de sol em Genebra, com boa antecedência para o voo com partida marcada para 17:55h
– a parte externa do “Geneve Aéroport” tem uma estrutura bem modesta, sem ostentação alguma, nem parece que é um aeroporto de uma das principais cidades de um país com altíssimo produto interno bruto
– o saguão onde estão instalados os guichês de atendimento das companhias aéreas também tem uma estrutura mais simples e antiga. com teto baixo, em um ambiente com dois pavimentos; painéis eletrônicos mostravam os voos que partiriam naquele meio de tarde de domingo em Genebra; Bordeaux, Zurich, Jeddah, Porto, Nice, Londres, Amsterdam, Palma de Mallorca, Dublin, Ibiza e Moscou eram alguns dos destinos
– fizemos o processo de check-in para o voo LH1227 com a SWISS, a companhia local e que é parceira da LUFTHANSA na aliança Star Alliance; apenas 04 guichês estavam funcionando, mas a fila que pegamos andou rápido e perdemos um pouco mais de 10 minutos para poder pegar os cartões de embarque e para despachar as nossas malas (que tinham 15 e 26 quilos de peso); elas foram etiquetadas até o Rio (por mais que tivéssemos que retirá-las em Guarulhos para fazer a alfândega)
– passar pelos controles de segurança foi rápido, apesar de um “alarme falso” com a minha mala de bordo, que foi alvo de uma inspeção adicional; a agente pediu para abri-la, deu uma olhada bem superficial nos meus pertences e nos liberou sem falar nada
– tínhamos tempo disponível para curtir um Lounge; a Sala VIP da SWISS estava fechada, o que achei estranho, afinal, a Suíça já estava retomando a rotina normal naquela época da pandemia; um cartaz na porta indicava aos passageiros interessados que a Horizon Lounge, espaço administrado pela Swissport, estava operacional e fomos para lá; para entrar, “torrei” vouchers que meu cartão de crédito me concede anualmente
– o espaço é pequeno e estava cheio, não foi fácil arrumar 02 lugares juntos, mas demos sorte, uma dupla de casais saiu logo depois que chegamos e conseguimos nos alojar; foi providencial para carregar os celulares, para comer um sanduíche (biscoitos e snacks eram outras opções), beber um refrigerante (vinho e cerveja também eram oferecidos) e tomar um café
– apesar da decolagem estar marcada para 17:55h, ficamos na Sala VIP até 17:20h, pois eu estava acompanhando pelo Flight Radar a chegada em Genebra da aeronave que operaria nosso voo até a Alemanha; eu tinha visto que ela saiu atrasada de Frankfurt e só pousaria na Suíça por volta de 17:25h
O EMBARQUE NO CRJ-900
– os painéis eletrônicas do terminal indicavam que o embarque do voo seria feito na Section D, que é um saguão de embarque do tipo remoto localizado no meio do pátio do aeroporto; isto é algo que só vi em Genebra; este local, é dedicado para os aviões de menor porte e que fazem voos regionais
– ele é acessado por meio de um corredor subterrâneo e a sinalização ostensiva nos ajudou a chegar lá facilmente; a caminhada foi longa, foram cerca de 20 minutos, mesmo usando esteiras rolantes que ajudam no deslocamento
– o saguão remoto tem formato circular e conta com muita luz natural (e um ROLEX no centro para informar a hora); são apenas 04 gates com muitas cadeiras para que os passageiros possam esperar seus voos descansando
– em frente a um dos portões deste saguão estava estacionado um Bombardier CS300 com a clássica identidade visual da SWISSS, que atualmente foi renomeado para Airbus A220, a aeronave que concorre diretamente com os E-JETs da nossa EMBRAER
O VOO PARA FRANKFURT
– o embarque do nosso voo para Frankfurt seria feito pelo Portão D25, onde funcionários da LUFTHANSA já estavam a postos, organizando as filas para agilizar o embarque que já estava atrasado
– eram 17:50h quando o embarque foi anunciado pelo sistema de áudio e os passageiros começaram a fazer uma rápida caminhada até a aeronave escalada para o voo e estacionada bem em frente ao saguão remoto: o CRJ-900LR de prefixo D-ACNV (apelido “Vilshofen”) opera desde janeiro de 2017 com as cores da LUFTHANSA CITYLINE, tendo sido fabricado em junho de 2011 e entregue à extinta EUROWINGS, com quem voei e avaliei este modelo de aeronave no início de 2016 (confira AQUI o flight report), voando de Genebra para Dusseldorf/Alemanha
– um funcionário da companhia alemã estava a postos para despachar algumas malas de bordo e eu fui um dos escolhidos: a minha guerreira azul foi etiquetada e devolvida somente em Frankfurt
– a configuração do CRJ900 é no esquema 2 x 2 (duas poltronas de cada lado); o voo estava completamente lotado; sentamos nos assentos 21D (corredor, onde a Patroa sentou) e 21F (janela), do lado direito e na porção mais traseira da aeronave, bem atrás da asa
– ainda antes da partida, a Tripulação de cabine distribuiu alguns itens: garrafinha de água, pequenas barrinhas de chocolate com a logomarca da LUFTHANSA e um pequeno lenço umedecido
Garrafa de água
– o cartão com as instruções de segurança (safety card) do CRJ estava disponível no bolsão da poltrona da frente (eu não faço coleção deste souvenir da aviação, se eu fizesse, seria um belo exemplar!), junto com o menu do serviço de bordo (que era pago, um sanduíche de frango custava 5,50 euros)
– o embarque foi encerrado por volta de 18:00h, mas o voo atrasou ainda mais; ficamos parados e, por volta de 18:15h, o Comandante informou que algum problema com documentação do voo impedia a nossa partida; 30 minutos depois, finalmente, começamos a taxiar (com quase 01 hora de atraso) e houve o procedimento de puuuuushback, o CRJ não precisou da ajuda de um reboque, começou a se locomover, fez uma curva acentuada para a direita e rumou para a cabeceira da pista 04
– a decolagem foi iniciada somente às 18:52h pela pista 04/22 que tem 3.900 metros de extensão; eu registrei este momento e publiquei o vídeo lá no canal YouTube do V&A:
https://youtube.com/shorts/GP5iqGM7t9c?feature=share
– os primeiros segundos de voo trouxeram uma paisagem deslumbrante de Genebra e do Lago Léman (que banha a cidade), a Suíça realmente tem muitos e muitos encantos
– o voo estava tranquilo, com tempo muito bom em rota, apesar de algumas nuvens no céu; da janela, fiz muito cliques da asa do CRJ-900, com destaque para a tradicional logomarca da LUFTHANSA (e seu histórico pássaro grou) pintada na parte interna da ponta; como sempre digo lá nos Stories do Instagram, estávamos “em algum lugar entre Genebra e Frankfurt“
– os minutos finais da viagem foram incríveis, era impossível parar de olhar lá pra fora: estava rolando um lindo pôr-do-sol, proporcionando um céu multicolorido e, para deixar ainda mais sensacional, uma outra aeronave voava quase ao nosso lado, pois também estava em procedimento de aproximação para pouso (Frankfurt tem muitas pistas, com operação simultânea)
– o pouso (seguro e suave) foi realizado pela pista 25C/07C, que tem 4.000 metros de extensão, às 19:46h, com isso, o voo entre Suíça e Alemanha teve duração total de apenas 54 minutos; na reta finalíssima do voo, passamos bem perto do Deutsche Bank Park, estádio de futebol do clube Eintracht Frankfurt, que disputa a 1ª Divisão do Futebol alemão
– depois de taxiar rapidamente, um pouco antes de 19:50h (na hora local, +1 hora de fuso com relação à Suíça) estacionamos ao lado de outro CRJ-900 da LUFTHANSA, tendo ao fundo um céu simplesmente espetacular: que final de dia na Alemanha!!!!
– o desembarque foi feito de forma remota, permitindo bons cliques do CRJ900 no pátio de Frankfurt; a minha mala de bordo que tinha sido despachada foi devolvida na porta da aeronave; o trajeto no ônibus (lotado!) até o terminal de passageiros foi longo, foram quase 15 minutos
AVALIAÇÃO GERAL: a viagem para a Suíça com a Patroa foi ótima e o 1º voo da volta ao Brasil não alterou o nosso humor! A passagem pelo Aeroporto de Genebra, que tem uma estrutura muito simples, mas onde tudo é muito organizado, foi muito tranquila; a passagem pela Sala VIP foi providencial, para relaxarmos um pouco antes do voo, que saiu com quase 01 hora de atraso, o que não é pouco e encurtou bastante o nosso tempo de conexão para pegar o voo para Guarulhos; a experiência de voo no CRJ-900 é bem interessante, com configuração de cabine sem o temido assento do meio; o voo foi tranquilo e fomos presenteados com um final de dia espetacular, um lindo pôr-do-sol
Que bom que as avaliações voltaram! Já aguardando as próximas!