VOANDO COM A BANGKOK AIRWAYS (BKK/PNH)
– estamos entrando em uma fase diferente da Volta ao Mundo de 2018: hora de uma sequência de voos curtos, viajando pelo Sudeste Asiático, em classe Econômica
– no 5º trecho da jornada, parti de Bangkok/Tailândia com destino a Phnom Penh, capital do Camboja; apenas 313 milhas (cerca de 500 quilômetros) separam as 02 cidades
– depois de voar e avaliar a UNITED AIRLINES (do Rio de Janeiro para Houston, no Boeing 767-300, confira AQUI como foi), EVA AIRWAYS (de Hosuton para Taipei – confira AQUI como foi – e de Taipei para Singapore – confira AQUI como foi) e a SINGAPORE AIRLINES (de Singapura para Bangkok), chegou a hora de conferir os serviços da BANGKOK AIRWAYS
– a companhia tailandesa tem um perfil regional com serviços domésticos e voos internacionais para Maldivas, Índia, Malásia, Singapura, Vietnã, Myanmar, China e Laos; a frota de 37 aviões é composta unicamente por modelos de corredor único: Airbus A319, Airbus A320 e turbo-hélice ATR-72
– eu já tinha voado e avaliado esta companhia há 02 anos, quando um colorido Airbus A320 me levou de Bangkok para a cidade histórica de Chiang Mai (confira AQUI como foi) na Volta ao Mundo de 2016
A COMPRA DA PASSAGEM
– no planejamento original desta Volta, eu partiria de Singapura com direção a Kuala Lampur/Malásia (na classe Econômica do Airbus A330 da SINGAPORE AIRLINES) e depois para o Camboja (na classe Econômica do Boeing 737-800 da MALAYSIA AIRLINES)
– entretanto, algumas semanas antes do início da jornada, mudei os planos para poder experimentar o novíssimo avião da Boeing e que tinha sido entregue para a SINGAPORE AIRLINES no final de março: o BOEING 787-10, a maior variante deste modelo da fabricante americana
– em um primeiro momento, a companhia escalou esta aeronave nas rota de Kuala Lampur e Bangkok, com o objetivo de treinar a tripulação; por isso, tive que readequar a logística da viagem, de forma a chegar no Camboja saindo da Tailândia (e não mais da Malásia)
– minhas pesquisa indicaram que a BANGKOK AIRWAYS (que se intitula como “Asia’s Boutique Airline” e tem um frota pequena de 37 aviões – Airbus A319 e A320 + turbo-hélice ATR-72) se mostrou como a melhor opção, em especial, quando optei por comprar de forma conjunta os voos de ida (chegando em Phonm Penh/PNH) e de volta (partindo da cidade histórica de Siem Reap/REP), pois na sequência da viagem eu pegaria um voo para a Austrália partindo de Bangkok (no majestoso Boeing 747-400 da THAI AIRWAYS)
– a melhor combinação de voos que achei indicava a saída de Bangkok às 13:40h e pouso previsto para 14:55h, a bordo de um A320; eu chegaria em PNH com boa margem de segurança para o voo da CAMBODIA ANGKOK AIR, marcado para 19:45h com destino a Siem Reap/REP
– o preço que paguei para os 02 voos, comprando com apenas 07 semanas de antecedência, foi de 7430 baths (cerca de R$ 810,00); grande parte dele é “composto” pelas taxas: 3.490 baths (cerca de R$ 380,00); se tivesse comprado meses antes, provavelmente teria conseguido uma melhor condição
– de positivo, a BANGKOK AIRWAYS concede para os passageiros da classe Econômica uma franquia de 20 quilos de bagagem, o que era mais do que suficiente para mim
– além disso, a companhia tailandesa ainda permite marcação antecipada de assentos, sem custo adicional; escolhi uma janela, um pouco a frente da asa
O AEROPORTO DE BANGKOK
– era a 3ª vez que passava por este terminal e, novamente, fiquei impressionado com seu tamanho: é gigantesco, a sua estrutura metálica proporciona um teto alto, muito bem iluminado, com a fachada frontal de vidro, que ajudar a tornar o ambiente mais natural; em 2017, mais de 60 milhões de passageiros passaram por BKK em 2017, tendo Hong Kong, Singapura e Seul (Coréia do Sul) como principais destinos
– placas indicavam que um observatório estava instalado no pavimento superior e achei que valia a pena ir lá conferir; depois de subir uma grande escada rolante e 02 rampas cheguei no “observation deck” e foi uma experiência frustrante, a estrutura de pilares do terminal impedia uma visão mais ampla do pátio; pelo menos, eu cheguei alguns minutos antes da partida de volta para Singapura do Boeing 787-10 da SINGAPORE AIRLINES que tinha me levado até Bangkok
– aproveitei para descansar um pouco e parti para a área de atendimento das companhias aéreas por volta de 10:15h; a BANGKOK AIRWAYS aos seus passageiros na Seção F do Aeroporto Internacional Suvarnabhumi
– a companhia tailandesa tem muitos guichês dedicados para a classe Econômica e havia pouca movimentação de passageiros, por isso peguei uma fila pequena; o funcionário me atendeu de forma pragmática, acho que nem olhou na minha cara, mas foi muito eficiente, pois rapidamente minha solitária mala foi despachada e meu cartão de embarque foi entregue
– nesta área do principal aeroporto de Bangkok, há muitas Yakshas, estátuas típicas da cultura local na Tailândia, que, apesar da “cara feia”, são personagens do bem, são os guardiões dos templos e de Buda
– passar pelo controle de segurança e pelo aparelho de raio-x foi muito tranquilo, a fila estava pequena; já no controle de passaporte, o número de pessoas na minha frente era bem maior, perdi um tempinho; finalmente, venci esta parte mais “burocrática” da viagem às 10:45h
– os painéis eletrônicos com informações sobre as partidas programadas para aquela manhã indicavam que o embarque do meu voo seria feito pelo Portão C5; de acordo com a sinalização do aeroporto, ele ficava bem distante, a caminhada até lá seria longa
– este terminal tem uma área comercial bem variada, com lojas das grifes mais caras do mundo e também pontos onde é possível fazer compras de ultima hora de souvenirs e snacks típicos do país
– ainda no saguão de embarque, está instalado uma linda e enorme escultura; depois de pesquisar na Internet, descobri que retrata a Naga (rainha das serpentes) enrolada na Montanha Mandara, com Devas (semideuses) e Asuras (demônios) puxando seu corpo para atormentar a água por milhares de anos para produzir o néctar da imortalidade, o Amrita
– a seção C do aeroporto de Bangkok era realmente longe, mas esteiras rolantes ajudam no trajeto até lá; esta parte é linda, a estrutura principal é imponente e em forma de arco
– os portões de embarque ficam em um pavimento inferior com relação ao corredor principal, onde ficam os guichês das companhias aéreas com funcionários controlando o acesso dos passageiros; o esquema de embarque deste terminal é bem interessante, cada voo tem o seu espaço dedicado, inclusive com banheiros
– eu cheguei pontualmente às 13:00h, no horário que estava indicado no meu boarding passs como sendo o horário de início de embarque; o Airbus A320 da BANGKOK AIRWAYS já estava acoplado no finger e sendo preparado para o voo, tendo um Airbus A380 e um Airbus A330 da THAI AIRWAYS ao fundo; a aeronave não tinha a pintura padrão da companhia tailandesa, ele era todo branco, com um pequeno letreiro com seu nome na fuselagem; a chuva e os reflexos do vidro dificultaram fazer fotos melhores
– enquanto aguardava a chamada para entrar no avião, achei um “buraco” na janela, que não tinha pingos de água e com pouco reflexo, por isso, consegui fazer registros de aeronaves de grande porte taxiando em BKK: Boeings 777 da AUSTRIAN AIRLINES, EVA AIRWAYS e SWISS
O EMBARQUE NO AIRBUS A320
– a Tripulação que suportaria o voo chegou às 13:10h, por isso, somente às 13:30h os passageiros da Premier Class (a classe Executiva da “boutique airline“) foram convidados a embarcar; logo depois, os demais foram autorizados a entrar no avião; o processo foi incrivelmente rápido, pois antes de 13:40h já tinha sido encerrado, as portas fechadas e o finger recolhido
– o A320 tinha o prefixo HS-PPD e foi fabricado em setembro de 2005, tendo voado até março de 2012 com a extinta companhia indiana KINGFISHER AIRLINES, tendo se juntado à frota da BANGKOK AIRWAYS somente em dezembro de 2012
– a cabine da aeronave de corredor único tinha a tradicional estrutura com 03 poltronas de cada lada da aeronave (3×3) e as 03 primeiras fileiras era identificadas como sendo da classe superior , onde um pequeno travesseiro estava colocada nas poltronas (neste voo, ninguém ficou por lá); as cadeiras eram revestidas de couro cinza, em 02 tons (mais claro no centro e escuro nas bordas)
– meu assento, que tinha sido escolhido previamente quando comprei a passagem, era o 9A, na parte esquerda da aeronave; descobri na hora que ele não reclinava, pois estava localizado logo na frente da saída de emergência, mas era a única janela da parte da frente disponível quando fiz a escolha; para um voo de menos de 60 minutos, achei que não seria um problema, até porque o espaço era muito bom para as pernas; apesar da baixa ocupação do voo (60%), eu dei azar, os 02 assentos ao meu lado estavam ocupados
– na cestinha do banco da frente, a BANGKOK AIRWAYS disponibiliza o cartão com instruções de segurança, a revista de bordo “FAH THAI” e o catálogo de produtos que são vendidos a bordo “IN FLIGHT VARIETY”
– os anúncios da cabine de comando no sistema de áudio foram feitos em tailandês e inglês; a previsão de duração do voo informada pelo Comandante foi de apenas 50 minutos; como o A320 não tem telas de vídeo instaladas (nem mesmo aquelas coletivas), as instruções de segurança foram apresentadas de forma manual pela tripulação
– ao contrário de aviões mais novos, neste não haviam tomadas ou portas USB para que os seus ocupantes pudessem carregar equipamentos eletrônicos
O VOO PARA PHNON PHEN
– o procedimento de pushback foi iniciado às 13:43h, apesar do embarque tardio, partíamos com apenas 03 minutos de atraso; neste momento, a chuva caía de forma mais intensa em Bangkok
– não demoramos muito para alcançar a cabeceira da pista 19 de BKK (13:51h) e, no minuto seguinte, partimos: os 02 motores IAE V2527 empurram o A320 por 32 segundos para tirá-lo do chão
– o sinal de apertar cintos foram desligados somente às 14:07h, pois o clima lá fora continuava ruim, nada de céu azul durante a fase inicial do voo, a visão pela janela se resumia a uma imensidão branca; os Comissários começaram a se movimentar de forma frenética pela cabine, se preparando para oferecer o serviço de bordo
– o serviço de bordo chegou por volta de 14:15h e o nível oferecido pela BANGKOK AIRWAYS é acima da média: mesmo sendo um voo internacional de curta duração, foi servida uma bandeja com um almoço completo; neste voo, a opção única era frango com arroz de jasmim e ervilha, acompanhada de uma garrafa de água (com rótulo comemorativo dos 50 anos da companhia) e um docinho, tudo com sabor bem razoável
– a BANGKOK AIRWAYS inclui bebida alcoólica (gratuita) nas opções disponíveis, pedi um vinho branco, que foi servido em um copo de plástico; os talheres (garfo e colher somente) eram de aço e tinham a logomarca da companhia tailandesa na ponta
– eram 14:21h quando tivemos o anúncio do piloto já estávamos iniciando o procedimento de descida para pouso capital cambojiana, onde pegaríamos 26 graus de temperatura, com horário de pouso estimado para 14:50h; naquele momento, finalmente, as nuvens deram uma trégua e uma pontinha de céu azul apareceu na janela
– o piloto annuciou que teríamos que fazer um procedimento de espera para finalizar a aproximação, pois o aeroporto tinha congestionamento no tráfego aéreo, o que atrasaria o pouso entre 10 e 15 minutos; eram 15:00h quando nossa aterrissagem foi autorizada, o trem de pouso do A320 foi armado e travado às 15:05h; o tempo estava muito melhor nos arredores de Phnon Phen e foi possível apreciar a paisagem dos arredores da capital do Camboja
– o Aeroporto Internacional Pochentong/PNH tem uma única pista (com 3.000 metros de extensão) e pousamos de forma tranquila e segura pela cabeceira 23 às 15:09h
– o taxiamento foi lento e ainda aguardamos alguns instantes na pista lateral do aeroporto, o finger onde encostaríamos ainda estava ocupado; encostamos no terminal de passageiros de PNH somente às 15:15h, tendo ao lado aeronaves da JET STAR (Airbus A320) e CHINA SOUTHERN (Airbus A319)
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