A agonia da AIR BERLIN

Em 15 de agosto de 2017, a companhia aérea alemã AIR BERLIN declarou sua insolvência, trazendo tensão para milhares de passageiros com passagem marcada e comprada, apesar da tentativa da direção da empresa de manter todos os voos programados.

A320 da AIR BERLIN decola em Olbia/Itália

voei e avaliei a AIR BERLIN em 2015, um voo de Dusseldorf/Alemanha para Zurich/Suiça operado por um A319, confira como foi AQUI.

Ela foi fundada em 1978, é a 2ª maior companhia alemã (atrás da gigantesca LUFTHANSA) e operava com 02 centros principais: Berlin/Tegel e Dusseldorf. Ela se juntou à aliança global ONE WORLD (a mesma da LATAM) em 2012 e aparece no 85º lugar no Prêmio Skytrax de 2017.

A frota, pelo menos até o mês de agosto deste ano, era formada por 39 Airbus A320, 14 Airbus A330 (02 deles voaram por muitos anos nas cores da TAM aqui no Brasil e foram transferidos para a AIR BERLIN em 2017: o PT-MVS e o PT-MVQ) e 20 turbo-hélices Q-400 da Bombardier.

Turbo-hélice Q-400 em Linate/Itália

Turbo-hélice Q-400 em Linate/Itália

Depois dos prejuízos significativos em 2015 e 2016, a companhia árabe ETIHAD AIRWAYS, que investiu valores razoáveis na AIR BERLIN a partir de 2011, decidiu descontinuar o seu plano de aporte de capital, levando a companhia alemã ao colapso financeiro e a necessidade de recorrer ao processo de “falência”.

Algumas rotas domésticas operadas pelo A320 já foram interrompidas, como por exemplo Hamburg/Munique e Bonn/Munique. Vários voos são cancelados diariamente.

A320 da AIR BERLIN em Olbia/Itália

Além disso, os seguintes voos de longa distância operados pelos A330s da companhia alemã já foram descontinuados desde 25 de setembro de 2017:

  • voos de Dusseldorf para Los Angeles, Boston e Orlando (Estados Unidos), Curaçao (Antilhas Holandesas), Cancun (México), Havana e Varadero (Cuba), Punta Cana e Puerto Plata (República Dominicana)
  • voos de Berlin para Abu Dhabi, Chicago, Los Angeles e São Francisco

A companhia declarou que todas as rotas operadas pelo A330 serão canceladas até 15 de outubro de 2017, pois as companhias que arrendam as aeronaves já comunicaram que elas precisam ser devolvidas.

A AIR BERLIN tem ativos que despertam interesse de várias outras companhias aéreas, em especial, os direitos de pousos e decolagens em aeroportos congestionados e relevantes na Europa. Isto gera a expectativa de que uma solução rápida seja buscada para que a operação não seja cada vez mais prejudicada. Vamos ficar na torcida.

Notícia formulada em 26.09.2017

1 responder
  1. Júnior
    Júnior says:

    Não estava sabendo, que triste essa notícia!
    Mas vamos torcer, tomara que deem a volta por cima!
    Quem estava em uma crise forte era a Alitalia, se não me engano ela ficaria alguns meses com uma gestão independente para tentar recuperar ela, caso isso não fosse atingido ela poderia ir a falência. Até não sei como está agora, tomara que tb consiga se recuperar.

    Responder

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