Voando com a LATAM (LHR-GRU)
– a VOLTA AO MUNDO de 2017 finalmente chega ao fim: este é o 16º e último trecho da jornada, está chegando a hora de matar a saudade da família, depois de passar por Chile, Nova Zelândia, Japão, Tailândia, Vietnã, Austrália e Índia, a LATAM vai me levar de volta para o Brasil, de Londres/LHR para Guarulhos/GRU, percorrendo 5.864 milhas (cerca de 9.430 quilômetros) a bordo do maior avião da frota da companhia (Boeing 777-300ER)
– o 1º voo da aventura deste ano também foi feito com a LATAM, de Santiago para Auckland (confira AQUI todos os detalhes), portanto, comecei com ela e vou terminar com ela
A COMPRA DA PASSAGEM
– preciso repetir aquilo que já registrei nas avaliações dos voos da SWISS (de Mumbai para Zurich e depois Londres): eu fiz mudanças de última hora na programação de voos da Volta ao Mundo, conforme a seguinte combinação:
- cancelei o bilhete da EMIRATES (de Mumbai para Dubai e depois Paris), pedindo o reembolso e pagando 100 dólares de multa
- pedi reembolso dos pontos do Programa Fidelidade ao cancelar o bilhete-prêmio de Paris para Guarulhos (como sou cartão Black, tive isenção da multa)
- comprei passagem de Mumbai para Zurich e depois Londres com a SWISS para voar na classe Econômica nos 02 trechos
- “gastei” pontos do Programa Fidelidade da LATAM para emitir um bilhete-prêmio de Londres para Guarulhos
- “gastei” 9.000 pontos também para emitir um bilhete-prêmio de Guarulhos para o Galeão
– a opção com a LATAM para o voo da Europa para o Brasil se mostrou a melhor: 49.000 pontos para voar na classe Econômica, quantidade bem razoável para uma emissão com apenas 48 horas de antecedência; além disso, fiquei na expectativa da possibilidade de upgrade para a classe Executiva, por conta do benefício que o cartão Black me proporciona (eu tenho que fazer o check-in pela Internet, registrar o pedido de mudança de cabine e, em caso de disponibilidade de lugar, eu recebo uma comunicação por e-mail com 12 horas de antecedência)
– logo depois da emissão pelo site da LATAM na Internet, recebei um e-mail com a comprovação e detalhes do voo (JJ8085, com partida marcada de Londres para 22:10h e chegada em Guarulhos às 05:55h, no horário brasileiro)
– e o tão esperado e-mail da LATAM chegou no final da manhã daquele sábado: a companhia confirmou que o upgrade tinha sido concedido, ótima notícia!
O AEROPORTO DE LONDRES / HEATHROW
– passei o dia em Londres na companhia de um casal de amigos fraternos que estão morando lá há alguns anos, é sempre bom reencontrar pessoas queridas; eles moram perto da estação de metrô Hammersmith, portanto, pegar a linha Piccadily em direção à Heathrow é de longe a melhor opção: o trajeto dura 35 minutos e o custo é de apenas 1,5 pounds (cerca de R$ 6,00)
– 03 estações atendem ao Aeroporto de Heathrow: “Terminals 1, 2, 3″, “Terminal 4” e “Terminal 5” (dedicado aos voos da BRITISH AIRWAYS); a LATAM tem suas operações no Terminal 3, a caminhada até lá não é curta, são cerca de 15 minutos, com sinalização ostensiva
– cheguei às 20:05h na área de atendimento da LATAM, que é feita na Seção E do T3, um saguão apertado e com teto baixo, 05 guichês estavam funcionando naquela noite
– a fila para passageiros da classe Executiva estava pequena, comecei a ser atendido às 20:10h pela atendente Maria, muito atenciosa; enfrentei uma pequena demora para que ela conseguisse despachar a minha mala diretamente para o Rio de Janeiro/GIG, pois os trechos tinham diferentes bilhetes
– superados os problemas do sistema da LATAM, parti em direção aos controles de segurança de Heathrow às 20:20h; os passageiros da Business Class podem usar uma facilidade oferecida neste aeroporto: área exclusiva de fast track para passar as bagagens de mão pelo aparelho de raio-x
– a área comercial de LHR parece um shopping na época do Natal, são muitas lojas e muita gente transitando de um lado para o outro
A SALA VIP DA BRITISH AIRWAYS
– os passageiros “premium” da LATAM podem usar as facilidades da Sala VIP da BRITISH AIRWAYS, parceira na aliança ONE WORLD; a entrada é meio escondida, as portas de acesso pareciam que eu estava indo para a área operacional do aeroporto; como tenho status EMERALD , fui direcionado para o Lounge dedicado aos viajantes da 1ª Classe da BRITISH
– o espaço é enorme e muito bem decorado, com muita elegância e bom gosto; são vários ambientes diferentes, para agradar qualquer tipo de passageiro; são dezenas e dezenas de lugares para sentar e relaxar
– na área do buffet, muitas opções de comidas e bebidas; o balcão com as garrafas expostas trazia uma linda combinação de cores; me chamou a atenção a grande quantidade de diferentes rótulos de vinhos oferecidos pela BRITISH
– o espaço ainda conta com uma colorida e convidativa área dedicada para os pequenos passageiros e com com janelas (limpas) que permitem uma ótima visão do pátio de manobras de Heathrow
O EMBARQUE NO B777-300ER
– a caminhada até o Portão 35 seria longa, mas 04 longas esteiras rolantes ajudam no trajeto, que, mais uma vez, é muito bem sinalizado; cheguei lá um pouco antes de 21:20h
– filas já estavam formadas em frente ao Portão 35, mas somente às 21:35h a LATAM autorizou a entrada dos passageiros do voo JJ8085; driblei alguns e fui para a pequena fila dedicada aos ocupantes da classe Executiva
– o Boeing 777-300ER escalado para este voo tinha o prefixo PT-MUI, fabricado em julho de 2013 e que sempre teve as cores antigas da TAM, é um dos mais novos da frota de 10 unidades da companhia; o nariz desta máquina carrega a clássica mensagem “The Magic Red Carpet”
– um casal de comissários recepcionava a todos na porta 2L do B777, mostrei meu boarding pass e eles me mostraram que eu devia virar a esquerda para chegar ao meu assento; enquanto ainda separava os carregadores para usar durante o voo, o welcome drink (champagne Cave Geisse – Brut – 2014) foi servido junto com um potinho de nuts quentes
– a comissária distribuiu a necessaire da grife italiana Salvatore Ferragamo (cor vinho); a LATAM já usa este amenities kit há muito tempo, já está na hora de renovar e buscar um outro produto para agradar aos passageiros da Business Class
– ainda antes da partida (perto de 22:10h), a comissária passou pelo corredor para anotar os pedidos do jantar, mas eu nem tinha olhado o cardápio ainda; fiz uma consulta rápida e vi que peixe, carne e frango eram as opções; sem olhar com atenção para os acompanhamentos, fiz a escolha segura do frango
– meu assento, que, por conta do upgrade, foi designado pela própria LATAM foi o 4C, corredor do lado esquerdo, última fileira da 1ª seção da classe Executiva
– os B777s da LATAM estão configurados para levar até 56 passageiros (são mais 306 na classe Econômica), são 08 fileiras com 07 poltronas, no péssimo esquema 2 x 3 x 2; apenas 32 delas permitem acesso direto ao corredor da aeronave; neste voo, os terríveis assentos do meio da parte central do B777 estavam vagos, a ocupação era de 70%
– a poltrona é revestida com um tecido cinza escuro e mesclado, com uma cobertura branca no encosto de cabeça, onde a marca da LATAM está bordada; uma porta USB e uma tomada universal estão instaladas e permitem carregar equipamentos eletrônicos durante o voo; os botões que regulam as posições do assento estão bem localizados
O VOO PARA GUARULHOS
– o pushback foi iniciado às 22:11h, portanto, um mínimo atraso de apenas 01 minuto, nada de relevante; as instruções de segurança são exibidas nas telas de vídeo de todos os passageiros; a LATAM aderiu à moda de produzir um vídeo mais “engraçadinho”, gostei do resultado
– taxiar em LHR é sempre demorado, este aeroporto é gigantesco, decolamos somente as 22:29h, os 02 motores General Electric empurraram o gigante de centenas de toneladas por mais de 40 segundos antes de iniciarmos o voo rumo ao Brasil
– o jantar não demorou a ser preparado, a tripulação de cabine acelerou e às 23:15h eu fui servido: o frango estava acompanhado de quinoa preta e tomate e queijo de cabra; um potinho de salada e sopa de aspargos e páprica completaram a ótima refeição servida pela LATAM; a bandeja estava muito bem apresentada e os talheres eram de aço inox com a logomarca da companhia; para beber, preferi continuar no champagne
– eram 23:35h quando a comissária recolheu minha bandeja e ofereceu a sobremesa: sorvete Haagen-Dazs de chocolate belga (minha escolha, sempre gostoso), torta de maracujá com suspiro ou frutas eram as opções oferecidas pela LATAM
– recusei o café que seria a próxima e última etapa do jantar, deitei a poltrona (que vira uma cama, mas com alguma angulação) e acho que 10 segundos depois eu já estava dormindo; o cobertor oferecido pela LATAM é confortável (a cabine esteve fria durante todo o voo) e o travesseiro tem tamanho apenas razoável (eu tive que dobrar para ficar na altura que gosto); dormi muito bem até mais ou menos 06:00h, foi um ótimo e revigorante sono; acordei quando faltavam cerca de 03 horas para o pouso
– ainda dava tempo de testar o sistema de entretenimento: a tela tem ótimo tamanho e resolução, tem ótima variedade de filmes com dublagem ou legendas em português; o fone de ouvido funciona bem, apesar de ser mais básico do que já vi em outras cabines premium
– o controle remoto do sistema de vídeo está instalado no console central da poltrona em uma posição de fácil acesso; fazer a navegação para escolha do filme é tarefa tranquila
– comecei a ver o filme “Estrelas Além do Tempo“, indicado ao Oscar de 2017, estrelado por Kevin Costner, que conta a história de 03 mulheres negras que enfrentaram bravamente o racismo na agência espacial americana – NASA – e fizeram história; gostei muito, um ótimo passatempo
– quando terminai de ver o filma, fui ao banheiro instalado logo atrás do meu assento; no B777, a LATAM dedica 04 toaletes para os passageiros da classe Executiva, 02 deles ficam logo atrás do cockpit e mais 02 ficam entre as 02 seções; de tamanho apenas razoável, estava limpo e lencinhos umedecidos estavam disponíveis
– comecei a ver outro filme: “Sloane” (Armas na Mesa, em português), filme que conta a intrigante história de uma lobista de Washington/EUA que resolve enfrentar o sistema de proteção à indústria das armas
– o café da manhã foi servido um pouco depois das 08:00h (04:00h no horário brasileiro, o fuso horário é de -4 horas nesta época do ano), quando faltavam 01 hora e 05 minutos para o pouso; eram 02 opções: omelete de queijo ou seleção de queijos e frios (minha escolha); croissant (quente), frutas, bolo, iogurte, café preto e suco de laranja acompanharam esta ótima refeição matinal
– eram 04:45h (horário brasileiro) quando o Capitão usou o sistema de áudio para informar que 05:15h era a previsão de pouso em Guarulhos, onde o tempo estava bom; quando já estávamos no procedimento de aproximação final, lembrei de acessar a opção do mapa de voo disponível no sistema de vídeo
– instantes antes de tocarmos o solo paulista, a triupulação fez um último agrado aos passageiros da Business entregando um chocolate Lily O`Briens e agradeceu a escolha da LATAM para este voo
– tocamos a pista 09R do Aeroporto Internacional de Guarulhos às 05:12h, um pouso extremamente suave e seguro; 05 minutos depois estacionamos no Terminal 2; ainda estava escuro em São Paulo, o B777 parecia amarelo em função da iluminação do aeroporto
AVALIAÇÃO GERAL: a passagem emitida de última hora me custou um número bem razoável de pontos do Programa Fidelidade, mas a relação custo-benefício ficou ainda melhor com o upgrade concedido pela LATAM; embarcar pelo Aeroporto de Heathrow é sempre interessante, é um terminal muito funcional e organizado, que oferece conforto aos passageiros que passam por lá e, além disso, é possível chegar lá usando transporte público eficiente e barato; a Sala VIP da British é excelente, com ótima estrutura e facilidades, além de um buffet variado, sem dúvidas, um dos melhores Lounges que já visitei, o B777-300ER é uma bela máquina, mas a configuração de cabine adotada pela LATAM é um ponto negativo, está alguns passos atrás de outras companhias que usam este modelo; a tripulação teve atitude correta e cortês durante todo o voo; eu estava cansado, dormi mais do que a média, acabei tendo menos contato com ela do que normalmente tenho; o serviço de bordo foi muito bom, assim como o café da manhã, tudo fresco e saboroso; foi um final de Volta ao Mundo com chave de ouro
Já tinha lido outros relatos de voo seus com cias estrangeiras e estava curioso de ler de uma cia nacional para ver como estamos em relação a elas. Tb tive uma impressão de estarmos abaixo na questão da cabine, da configuração de assentos 2-3-2, da estética da cabine, pois aquela cor bege do suporte onde vai as telas de entretenimento dão um ar de coisa mais antiga, não muito receptivo.
Vc já voou internacional com Azul, Avianca?
É verdade, o B777 da LATAM traz uma estrutura de cabine inferior ao A350 e até ao B767 (no Brasil) e ao B787 (no Chile). O assento do meio em classe Executiva para mim é um pecado. E ainda não voei com os A330s da Azul e Avianca. Quero fazer isso em 2018. V&A
Para este voo LA 8085 o seatguru diz que os assentos da fileira 33 não reclinam totalmente.
Mas o site da LATAM para marcar assentos mostra como sendo assentos normais.
Quem está com a razão?
Nunca voei nesta fileira; mas acho que o Seat Guru coloca de forma padrão que todas as últimas fileiras de uma sessão da aeronave tem limite de reclinagem; acredito que a Latam esteja sendo honesta na informação. Bons voos! V&A