Voando com a IBERIA (GIG-MAD)

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– voar na 6ª feira do Carnaval no Rio de Janeiro é sempre uma decisão que traz stress: chegar no Aeroporto do Galeão é uma tarefa difícil, trânsito louco e pesado; com voo marcado para 21:00h, decidimos sair de casa com muita antecedência: 17:00h

– chegamos às 18:10h (bem antes do que imaginava!); como não poderia deixar de ser, o Galeão estava lotado, muitas pessoas se preparando para passar o Carnavel longe da Cidade Maravilhosa; o Terminal 1 do GIG, mesmo depois da privatização, continua pouco acolhedor, tem cara de século passado, totalmente ultrapassado

– esta seria a nossa 1ª experiência com a Iberia (que ocupava um tímido 67º Lugar na Skytrax em 2014); já ouvi testemunhos diversos para todos os lados, com elogios e críticas

– o check-in prioritário da classe Executiva estava cheio e a confusão estava armada: o sistema de check-in estava inoperante; as filas se cruzavam e a sinalização falha contribuía ainda mais para o caos; somente às 18:40h a fila começou a andar lentamente para atendimento em 02 guichês; fomos finalmente atendidos às 19:00h, de forma atenciosa e eficaz; tudo certo com nossa passagem que foi emitida em março de 2014 com milhas da Gol/Smiles (lembrete: a parceria entre Iberia e Gol não existe mais) e os assentos pré-reservados foram honrados (8E e 8G)

– eram 19:05h quando partimos para a missão de passar pelos controles das autoridades brasileiras, com o espírito prevenido para muita espera; felizmente, estávamos errados; na fila do raio-x, surpreendentemente, não levamos mais de 02 minutos (05 máquinas instaladas, 03 estavam operando); na fila do Controle de Passaporte, outra surpresa: sem filas (12 guichês de atendimento, dos quais 05 operando)

– havia tempo pra usufruir um pouco da Sala VIP da Proair utilizada pela Iberia no GIG: é um espaço compartilhado por várias companhias; de pequeno porte, há poucas mesas e quase nenhum conforto; o buffet é simples e pouco variado (sopa de legumes pouco convidativa, salgadinhos, mini-salada, mini-sanduíches e amendoim); o vinho é o Santa Helena, que não me cativou, não encarei; a vista para o pátio do aeroporto é ótima

– o anúncio de início de embarque foi feito às 20:20h e partimos para uma longa caminhada até o Portão 11

– o procedimento de embarque não foi nada organizado; as prioridades se misturavam e não foi dado especial tratamento aos passageiros com criança de colo; o processo de conferência de documentos começou para todas as filas ao mesmo tempo, gerando ainda mais confusão; a Iberia não usa placas para melhor organizar as filas, o que é inexplicável

– passamos pelo controle somente às 20:35h e fomos direcionados para outra fila na porta do túnel de acesso, onde ficamos por mais 10 minutos esperando, porque a aeronave ainda não estava liberada para o embarque

– o Airbus A330-300 que nos levaria a Madrid (prefixo EC-LZX – apelido “Madri”) é uma das aeronaves recebidas pela Iberia em 2014, portanto, é muito nova e está muito bem cuidada; a configuração das poltronas na Business é peculiar: não tem uma disposição uniforme e todos os passageiros têm acesso direto ao corredor, é ótimo não ter que “pular” o passageiro dormindo ao seu lado para ir ao banheiro durante a noite; as 36 poltronas (09 fileiras de 04) estavam ocupadas, casa cheia neste voo; na verdade, não são poltronas, parecem mais uns casulos individuais

– fomos recepcionados no avião sem sorrisos pela tripulação, que nos indicou o melhor caminho para chegarmos aos nossos assentos; eram na penúltima fileira da Business Class, no centro do avião (a única forma de um casal viajar junto)

– a Necessaire foi logo entregue, quando eu ainda acomodava as bagagens de mão, além de um saquinho com produtos L’Occitaine; os itens do kit são básicos, nada que mereça mais comentários

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– – revistas foram oferecidas, mas somente em espanhol; não sei a razão, mas o welcome drink foi servido quando o avião já estava em movimento: tive que engolir, sem saborear, o champanhe, ou seja, desagradável

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– tudo isso aconteceu muito rápido, claramente a tripulação tentava recuperar o tempo perdido com o embarque tardio, era uma correria de todos os comissários, de um lado para o outro

– o pushback se deu às 21:05h e depois de um longo taxiamento, decolamos seguramente as 21:13h (portanto, 13 minutos depois do horário previsto)

– a Chefe de Cabine Ana Miguez fez o speech em espanhol e inglês por volta de 21:30h; 05 minutos depois tivemos a saudação do Piloto Santiago Nicolas, com detalhes da rota, duração de voo de 09:45h, tempo bom em geral, com previsão de pouca turbulência e previsão de temperatura de 12 graus em Madrid; ele afirmou que saímos no horário, mas na verdade atrasamos alguns poucos minutos

– simplesmente fomos ignorados pelos Comissários até 21:51h; até aquele momento ainda não existíamos para eles; foi quando foi entregue o cardápio; na verdade, recebemos várias coisas ao mesmo tempo: cardápio, carta de vinhos, oferta de Duty Free, proposta de vinhos em casa e outras coisas mais; muita informação ao mesmo tempo…

– haviam 03 opções de pratos quentes (01 carne, 01 massa e atum), escolhi o beef com batatas e cebola; de entrada, um caldo de frango com salada e sashimi de salmão com cream-cheese; estava muito bom, saboroso, foi uma ótima refeição; no quesito vinhos, a Iberia se destaca: a variedade é grande, todos eles muito bem apresentados em um menu especial; escolhi o Rioja Coto Real Reserva 2008: uma dádiva, um vinho excelente

– o serviço foi profissional, mas sem glamour algum; a sensação era de que o Comissário estava nos atendendo já pensando no próximo passageiro; ele não fazia questão de tentar demonstrar que por alguns segundos estava dedicado a nos servir; o vinho foi servido 02 vezes mais, mas minha taça de vinho foi simplesmente retirada sem me perguntar se eu estava satisfeito: inacreditável

– a tartlet de baunilha de sobremesa foi apenas honesta, nada de especial; café e chá foram oferecidos, com licores e digestivos: experimentei o Crema de Alba, servido com muito gelo, agradou; para minha esposa, foram oferecidos mini chocolates, para mim não…

– neste momento, o passageiro da poltrona atrás da nossa começou a reclamar que a carne de seu prato estava dura; a Chefe de Cabine entrou em cena e ficou cerca de 20 minutos conversando com ele, na tentativa de diminuir sua insatisfação, sem muito sucesso

– o sistema de entretenimento é moderno, com tela touch screen e um controle remoto “digital” com todas as funções; a seleção de filmes é variada, mas só há português disponível em alguns filmes; escolhi um filme com o Denzel Washington: The Equalizer, muita violência, mas um bom passatempo

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– por volta de 23:00h, faltando 30 minutos para o fim do filme, o sono veio com força e deitei o poltrona: full flat, com muito conforto e privacidade, o cobertor é ótimo, mas o travesseiro é pequeno e muito fino; dormi até as 04:30h, mas o sono não foi perfeito, pois acordei várias vezes com o barulho vindo do galley, onde pessoas conversavam em voz alta, sem noção alguma do ambiente à sua volta; para piorar, desconfio fortemente que eram as comissárias conversando sem noção alguma do incômodo que causavam

– fui ao banheiro e descobri que há uma mesinha com bebidas e snacks variados disponível aos passageiros; gostei, uma ótima opção para a madrugada

– o serviço de café da manhã começou às 05:45h (08:45h de Madrid, que tem fuso de +3h com relação ao Brasil), na mesma “mecânica” do jantar: atendimento robotizado; apesar de bem variado, o omelete estava frio; terminei de comer e o café quente ainda não tinha sido servido; somente depois é que o café veio (ralo e fraco), junto com um croissant (duro e sem sabor)

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– logo depois do café da manhã, o Piloto anunciou que faltavam 30 minutos para chegarmos em Madrid: pousaríamos as 09:45h (horário local); a Chefe Ana veio nos agradecer a escolha da Iberia e pedir desculpas por qualquer problema durante o voo

– o approach para pouso foi calmo, tocamos o solo suavemente às 09:41h (local) e 10 minutos depois o A330 encostou no aeroporto espanhol 

– o desembarque foi iniciado logo em seguida e logo estávamos no Terminal 4 de Barajas; a caminhada até a esteira de bagagem é bem longa, mas há muitas esteiras e escadas rolantes; o aeroporto é lindo e moderno; pegamos um pouco de fila na Imigração, de forma que, quando finalmente alcançamos a esteira de bagagem 05, nossas malas já estavam “rodando” e nos esperando

AVALIAÇÃO GERAL: os problemas foram muitos, no check-in, no embarque e durante o voo; realmente foi uma experiência ruim; fica claro que a Iberia não está preocupada em oferecer um serviço realmente premium; de positivo, a aeronave e seus equipamentos são ótimos, além da seleção de vinhos; o2 semanas depois deste voo, eu voltaria à Europa…e, depois desta experiência terrível, novamente de Iberia, infelizmente…

Selo vermelho

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