Voando com a LATAM (GIG-GRU-LHR)
– tradicionalmente, eu dedico o feriadão do Carnaval para viajar com minha esposa; mas neste ano, resolvemos incluir a “prole” no programa: minha filha e minha enteada vão nos acompanhar; os destinos escolhidos de comum acordo foram Londres e Paris, na Europa
A COMPRA DA PASSAGEM
– comecei a pesquisar passagem no início de outubro; fiz muitas procuras em busca do melhor preço, mas eu tinha outra missão: os voos da ida e da volta precisavam ser noturnos, exigência da minha esposa, por conta de nossa filha de 04 anos; por isso, a Iberia foi excluída (o voo Madrid-Rio é diurno) e a opção do voo matutino da Air France também
– na 1ª onda de pesquisa, uma combinação de KLM (Rio-Amsterdam-Londres) e Air France (voo noturno no trecho Paris-Rio) apareceu como a melhor opção, com preços em torno de R$ 3.200,00 (neste momento, a LATAM cobrava valores estratosféricos, mais de R$ 4.000,00); mas quando fui emitir as passagens 02 ou 03 dias depois, o preço tinha subido muito; decidi ter sangue frio e esperar a chamada Black Friday e torcer pelas promoções que as companhias aéreas costumam fazer nesta época (final de novembro)
– e, felizmente, a estratégia deu certo; entrei no site da LATAM um pouco depois da meia-noite do dia 25.11.2016 (meu aniversário, por sinal) e os preços tinham abaixado: Rio de Janeiro/São Paulo/Londres + Paris/São Paulo/Rio de Janeiro por cerca de R$ 2700,00, um valor apenas razoável para voar no Carnaval, mesmo comprando passagem com 03 meses de antecedência; consegui reservar bons assentos, o único ponto ruim era o tempo de conexão em São Paulo no voo de ida: cerca de 06 horas
– além disso, voando com a LATAM, eu tinha a expectativa de upgrade para a classe Executiva por conta do meu cartão Black no Programa Fidelidade, além de acumular cerca de 24.000 pontos (12.000 pelos voos + 12.000 bônus pelo cartão)
O VOO PARA GRU (QUE VIROU VCP)
– por mais que o foco desta avaliação seja o voo GRU – LHR, o voo GIG – GRU acabou merecendo registro; ele foi operado por um Airbus A321, o maior avião de corredor único atualmente em produção, prefixo PT-MXP, que foi entregue à TAM em junho de 2014, ou seja, é novo e está muito bem conservado pela companhia
– saímos no horário do Rio e o voo estava tranquilo até começarmos a aproximação para pouso em Guarulhos: o tempo ruim em São Paulo provocava uma intensa turbulência, tentamos pousar por 02 vezes, mas arremetemos em ambas; depois de algum tempo, com muitos passageiros passando mal, o Comandante informou que o o voo seria alternado para Campinas/VCP, onde pousamos perto de 17:10h, com muitos aplausos dos passageiros
– depois que o avião estacionou em uma posição remota, os passageiros foram orientados e ficar sentados, pois 1ª informação passada era de que o A321 retornaria para GRU; mas depois fomos solicitados a descer: teríamos de pegar as malas e embarcar em um ônibus para Guarulhos
– houve muita demora (e confusão!) para que as malas fossem devolvidas aos passageiros, por conta do acúmulo de aeronaves no pátio; a LATAM não tinha um plano de contingência para este desvio para VCP; embarcamos em um ônibus com destino a GRU somente às 19:10h; pegamos um trânsito infernal na marginal Tietê e só chegamos no Terminal 2 de GRU às 21:30h; saímos correndo em direção ao Terminal 3, de onde partem os voos internacionais da LATAM
– chegamos nos balcões de atendimento da LATAM do T3 exatamente no momento em que um Supervisor da companhia fazia um anúncio de encerramento do voo para Londres; ou seja, uma loooooonga conexão se transformou em drama e tensão e quase perdemos o voo; despachamos as malas, passamos pelo controle de segurança, depois pelo controle de passaporte, não havia tempo para passar na Sala VIP, nada de beber algo para relaxar, muito menos tomar um banho, como sempre faço: muita correria!
O EMBARQUE NO B777-300
– o embarque do voo JJ 8084 estava sendo realizado pelo Portão 319, na parte final do T3 de Guarulhos, onde chegamos às 22:10h; fizemos uso da fila preferencial para entrar logo no Boeing 777-300ER, prefixo PT-MUH, um dos mais novos da frota de 10 unidades deste modelo que a LATAM opera, foi entregue em outubro de 2012 e também está bem conservado pela companhia
– o voo estava simplesmente lotado, nenhum lugar disponível na classe Econômica ou Executiva, portanto, nada de upgrade (eu era o 3º na lista de candidatos); a configuração dos “Triplo Sete” da LATAM não é das melhores 3x4x3 (03 assentos nas janelas, com 04 assentos na parte central do avião); o revestimento das poltronas não tem um padrão único, ha fileiras com verde, azul, bege e vermelho
– eu, minha esposa e minha filha pequena estávamos nas poltronas 44A, 44B e 44C (minha enteada ficou na 46 C), na parte traseira do Boeing (são 48 fileiras), no lado esquerdo; em cima de cada assento, um conjunto de manta + pequeno travesseiro + fone de ouvido estava disponível para cada passageiro, embaladas em um plástico, indicando que tinham sido higienizados; o espaço para as pernas era razoável, não era possível cruzar as pernas no meu caso
– embaixo do assento da frente, há uma alça para apoiar os pés, foi a 1ª vez que vejo este tipo de item de conforto e também uma tomada para carregar qualquer tipo de equipamento eletrônico (na tela do sistema de vídeo, há uma porta USB)
O VOO PARA LONDRES
– o Capitão se dirigiu a todos por volta de 23:10h (neste momento, já tínhamos 25 minutos de atraso), que informou que a temperatura em Londres era de 06 graus com chuva leve e que o tempo de viagem seria de 10 horas e 15 minutos; logo depois, Milani se apresentou como Chefe de Cabine responsável pelo voo
– finalmente, o pushback foi iniciado às 23:30h; alinhamos na cabeceira de GRU às 23:47h e aceleramos por longos 48 segundos até que o maior modelo da frota da LATAM Brasil, que neste momento devia pesar mais de 250 toneladas, começasse a ganhar altitude rumo à Europa
– a LATAM oferece uma revista de bordo para leitura de seus clientes: VAMOS, que tem conteúdo variado, além de trazer informações sobre a companhia; o sistema de vídeo instalado no B777 é muito bom: a tela tem boa resolução, todos os comandos são na tela touchscreen, não tem o tradicional controle remoto; a LATAM embarcou uma boa variedade de filmes, a maioria delas com legenda em português; escolhi para ver “Snowden”, que conta a história daquele agente americano que denunciou o sistema de vigilância digital americano; o fone de ouvido é muito básico, não oferece nenhum isolamento acústico, preferi usar o do meu celular; a LATAM não coloca propaganda antes do início dos filmes, felizmente, vamos ver até quando…
– a LATAM não investiu em sistemas de conexão Wi-Fi a bordo em suas aeronaves (GOL e AVIANCA já começaram, veja post sobre isso AQUI), portanto, nada de acesso a Internet durante o voo
– o serviço de bordo foi iniciado às 00:30h, fui servido às 00:40h (cerca de 50 minutos depois da decolagem); neste voo de classe Econômica, teve o tradicional “frango ou massa – chicken or pasta“; escolhi o ravioli de frango, que estava acompanhado de um potinho de salada de alface, milho e azeitona (que estava fresca); além de um biscoito cream cracker e um polenguinho; de sobremesa, uma torta de chocolate (que tinha gosto); para beber, pedi refrigerante e vinho branco (Premier – Sauvignon Blanc, que foi servido gelado e reposto uma vez); os talheres eram de aço inox e o vinho foi servido em copo de vidro
– eram 01:25h quando foram recolhidas as bandejas e oferecidos whiskie Ballantines (não bebi) e café (bebi), acompanhados de um chocolate Hershey`s, um bom final de refeição
– eram 01:50h quando levantei para escovar os dentes: a movimentação nos 03 banheiros instalados na parte de trás do Boeing era intensa, muitos passageiros tiveram a mesma ideia do que eu; fui naquele que fica na parte mais ao fundo: pequeno, mas o suficiente para fazer a higiene bucal de forma tranquila; lencinhos de papel sem a marca da LATAM estavam disponíveis em cima da pia, em um copo de plástico
– na saída, reparei que já estava disponível em uma cesta colocada na grande porta traseira as amenities que a LATAM oferece aos passageiros da classe Econômica: tapa-olho, par de meias, protetor auricular e kit de pasta/escova de dente, sempre providencial
– as luzes foram apagadas às 02:00h, um convite a todos os passageiros para dormir; nesta altura, minha herdeira já estava dormindo confortavelmente com a cabeça no colo da mãe e as pernas no colo do pai; resolvi tentar dormir também: foram 05 horas de um sono ruim, não consegui achar uma posição confortável, sem incomodar o sono da “pequena”; neste altura, já estava claro lá fora, estávamos passando na diagonal do norte da África
– o café da manhã começou a ser servido somente às 08:40h, recebemos a nossa bandeja às 09:00h; sanduíche quente de queijo e peito de peru, potinho com frutas (70% era abacaxi), mais um pacotinho de biscoito cream creacker e potinhos de geléia e manteiga; para beber, suco de uva (laranja era a outra opção) e café preto foram as minhas escolhas
– logo depois do café, fui ao banheiro novamente e registrei a cabine iluminada pela luz natural, juntamente com as luzes internas no tom de verde
– o fuso horário nesta época do ano entre Brasil e Inglaterra é de +3 horas; a aproximação para pouso em Londres/Heathrow começou por volta de 13:00h (horário local); apesar das nuvens e da falta de sol, a paisagem inglesa proporciona bela visão da janela do B777 da LATAM; o pouso feito pelo Comandante Cruz foi tranquilo e seguro às 13:25h, um atraso de 10 minutos com relação ao horário programado
– como sempre, o taxiamento neste enorme aeroporto é longo, cruzamos com um imponente A380 da British Airways, me trazendo saudosas lembranças da viagem de Volta ao Mundo de 2016, quando voei nesta maquina magnifica, de Londres para Joanesburgo na África do Sul (confira todos os detalhes AQUI); depois do desembarque, no caminho para o controle de passaporte inglês, tive visão parcial do B777-300ER da LATAM estacionado ao lado de uma aeronave da Virgin Atlantic
AVALIAÇÃO GERAL: o preço da passagem foi acima da média para uma viagem à Europa, mas acabou sendo razoável considerando o valor das outras opções de voo; a tripulação do voo Rio-SP foi extremamente competente na condução do A321 em condições climáticas adversas em Guarulhos; a confusão em Campinas foi grande, o atraso na entregas das malas quase causou a perda do voo para Londres, se chego 01 minuto depois em Guarulhos, o problema ia ser grande; não consegui o upgrade, mas era previsível, voo na 6a feira de Carnaval é sempre lotado, faz parte; o B777-300ER é uma senhora máquina e, apesar da configuração 3x4x3 que a LATAM adota, é proporcionada uma boa experiência da voo na classe Econômica (bom sistema de entretenimento, serviço de bordo “honesto” e tomada e porta USB); a atitude da tripulação foi atenciosa e correta durante todo o voo, o que é um desafio em voos lotados com intenso trabalho; merece registro o pequeno atraso no pouso em LHR; no geral, foi uma satisfatória experiência com a LATAM
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