Voando com a GOL (SDU/CGH)
– hora de voar e avaliar a GOL LINHAS ÁEREAS na rota mais movimentada do Brasil; o objetivo principal desta viagem seria ir para Campinas para finalmente ver como a AZUL LINHAS AÉREAS opera os seus turbo-hélices ATR-72/600 (a avaliação completa deste voo está aqui); as passagens dos voos do Rio de Janeiro para Viracopos estavam muito caras, por isso, surgiu a alternativa de ir para Congonhas e de lá pegar o ônibus gratuito que a AZUL oferece aos seus passageiros
COMPRA DA PASSAGEM
– comprei meu bilhete na 1ª semana de julho, ou seja, com 45 dias de antecedênca; paguei R$ 98,90 (+ taxas) para um voo da Ponte Aérea Rio-São Paulo em um dia atípico para quem mora no Rio de Janeiro: uma 5ª feira que virou feriado municipal por conta das Olimpíadas 2016; achei o preço extremamente competitivo, ainda mais porque o perfil de tarifa que comprei garantiu acúmulo de milhas no Programa Smiles
CHECK-IN INTELIGENTE
– a GOL sempre se destacou pelos investimentos em soluções de tecnologia da informação; atualmente, ela permite que o check-in seja feito de forma digital por diversos canais: computador, tablet, smartphone, celular, twitter e totem de auto-atendimento; a companhia permite que o check-in seja feito com a té 07 dias antes de antecedência, o maior prazo praticado no mercado brasileiro, já que a LATAM (72 horas), Avianca (96 horas) e Azul (72 horas) trabalham com períodos menores
– exatamente 07 dias antes do voo, recebi um e-mail da GOL fazendo um alerta de que o check-in já estava aberto e que eu poderia fazer pelos diversos meios oferecidos pela companhia; decidi aceitar a sugestão e acessei a Internet à noite para fazer: o processo é simples, só é preciso inserir na área específica do site o código da reserva e o sobrenome; além de preventivo, antecipar o check-in pode garantir um lugar melhor no avião, afinal, quanto mais cedo, mais assentos estão disponíveis
– a GOL implantou outra facilidade: no dia anterior ao embarque, recebi um e-mail informando que o horário do meu voo estava confirmado; considerando que esta mensagem foi enviada na manhã anteior, muita coisa poderia acontecer em 24 horas e a indicação de que não haveria atraso poderia não se confirmar
O AEROPORTO SANTOS DUMONT/SDU
– com voo marcado para 08:15h, cheguei com bastante antecedência no Santos Dumont/SDU: um pouco depois das 07:00h; filas enormes estavam formadas nos guichês da GOL, o que se justifica pela realização dos Jogos Olímpicos, o fluxo de passageiros para o Rio de Janeiro aumentou muito; o ambiente no SDU era festivo nesta época de Olimpíadas: muitas pessoas estavam vestidas com as roupas de seus países, com predominância do nosso Brasil
– eu já passei centenas de vezes pelo SDU, geralmente na correria de viagens a trabalho; neste dia, percebi que eu nunca tinha visitado o 3º andar deste terminal; como estava com tempo de sobra, decidi ir lá conferir; o espaço é bem mais vazio do que o 1º andar (onde estão os balcões de vendas e os guichês de check-in de todas as companhias) e o 2º andar (onde lojas, lanchonetes, Correios e caixas eletrônicos estão instalados, juntamente com o acesso aos portões de embarque); por lá, encontrei somente o super tradicional Restaurante 14 Bis e uma pequena janela com visão parcial da pista e do pátio do aeroporto
– o SDU tem um vão central que proporciona uma bela e panorâmica visão dos pavimentos e da movimentação dos passageiros pelo terminal
– peguei uma pequena fila no controle de segurança, passar pelo aparelho de raio-x foi uma tarefa rápida, até porque todos os aparelhos estavam operando e os funcionários da Infraero estavam focados em fazer a fila andar rápido
– o saguão de embarque do SDU tem vários quiosques, onde se vende de tudo: óculos, celular, amêndoas caramelizadas, cerveja, salgados e sanduíches, não faltam opções para uma compra de última hora ou para um lanche rápido; eu estava com fome, comprei um croissant e um café expresso e paguei R$ 12,50 por este café da manhã simples
– aproveitei que ainda faltavam alguns minutos para o embarque e fui tirar fotos no extremo esquerdo do saguão, onde os aviões em posição remota ficam estacionados; mas a ida para lá foi em vão, neste momento, esta parte do pátio estava vazia
O EMBARQUE NO B737-800
– o SDU tem 08 Pontes de Embarque e mais alguns portões que levam ao embarque remoto; neste dia, eu teria que pegar um ônibus para me levar até o Boeing 737-800 que me levaria até São Paulo, pois o Portão 9, que fica no andar de baixo do saguão, seria utilizado pela GOL; a fila de passageiros já estava formada e era cumprida; a fila de prioridades não estava tão grande, por isso resolvi usar o meu cartão Diamante do Smiles para ser um dos primeiros a embarcar no “busão”
– eu já escrevi diversas vezes em outras avaliações e não canso de repetir: embarque remoto é uma excelente oportunidade para tirar fotos das operações nas pistas dos aeroportos; desta vez não foi diferente: registrei o pouso de um A319 da LATAM (o PT-TME, com as novas cores da companhia) entre as caudas de um E-Jet da Azul e um Boeing da GOL, além do taxiamento de um B737-800 com as novas cores da GOL, além de alguns ângulos da aeronave que me levaria a SP
– o B737-800 escalado para este voo tinha o prefixo PR-GUN, foi entregue novo à GOL em fevereiro de 2012, tem a tecnologia Sky Interior (combinação de luzes internas da cabine que proporciona maior conforto aos passageiros) e está muito bem conservado pela GOL; nesta jornada, 90% de ocupação, ou seja, a tripulação teria que agir rápido no serviço de bordo, pois o voo para São Paulo é curto; foi a 1ª vez que ouvi a voz da atriz e apresentadora Cissa Guimarães: desde 09 de agosto de 2016, é ela quem faz os anúncios em português nos voos da GOL
– meu assento era o 4A, uma janela lado direito do avião; este é um assento GOL+ Conforto, uma facilidade gratuita para os passageiros Diamante ou que podem ser comprada a partir de R$ 15,00: oferece um ótimo espaço para as pernas, deixar a mochila nos pés não é incômodo (são 10 centímetros a mais entre as poltronas e 50% a mais de reclinação); este assento em especial tem uma atração a mais: 02 janelas ao dispor do passageiro; na parte de baixo do assento, tem uma tomada para carregar o celular, mas, infelizmente, não estava funcionando
O VOO PARA SÃO PAULO
– as portas do Boeing foram fechadas às 08:10h e a GOL faz questão de anunciar que isto foi feito antes do horário previsto: tenho percebido nos meusúltimos voos com a companhia que pontualidade é algo que está sendo perseguido com muito foco; o pushback foi feito um minuto depois; a Chefe de Cabine fez uso do sistema de áudio para falar o seguinte: “Conte com a gente para uma viagem agradável e segura“
– durante o taxiamento, o Capitão se dirigiu aos passageiros (sem se identificar) e anunciou que teríamos 55 minutos de voo até a capital paulista, onde a temperatura era de 18 graus, com tempo instável, previsão de chuva por lá
– alinhamos na cabeceira 02R às 08:18h e decolamos logo em seguida, fazendo uma curva forte para a direita, passando por cima de Niterói e apontando para o sul; fiz um registro bacana da Praia de Itacoatiara
– 0 serviço de bordo começou a ser servido às 08:30h: um pequeno sanduíche de peito de peru com cream cheese, acompanhado de suco de laranja e café (que estava muito fraco e ralo, eu não gosto assim); há cardápios dos produtos a venda no bolsão da poltrona da fileira da frente, mas o serviço oferecido pela GOL na Ponte Aérea é gratuito
– enquanto estávamos voando na altitude de cruzeiro, o céu estava claro, mas na medida que nos aproximávamos de São Paulo, nuvens começaram a aparecer e o sol foi se escondendo
– o tradicional anúncio vindo da cabine de comando de “Tripulação, preparar para o pouso” foi feito às 08:58h e 05 minutos depois foi a vez do “Tripulação, pouso autorizado“; o trem de pouso foi armado às 09:05h e uma névoa cobria a capital paulista, prejudicando a visibilidade
– já pousei muitas e muitas vezes em Congonhas, mas sempre procuro sentar na janela nos voos da Ponte Aérea porque eu curto bastante a vista da aproximação e a pequena distância para os prédios do bairro de Moema, que fica na rota de pouso para CGH
– pousamos na pista de 1.940 metros de Congonhas às 09:08h, com uma freada forte, sempre um procedimento de segurança necessário em função da curta pista; encostamos no Portão 11 às 09:11h, encerrando mais um voo da GOL
AVALIAÇÃO GERAL: o valor da passagem foi convidativo para a Ponte Aérea (menos de R$ 100,00) e ainda acumulei milhas no Smiles; o Santos Dumont consegue suportar um fluxo grande de passageiros nesta época do ano, mas o desafio é maior no verão, quando o calor é um problema recorrente; o B737-800 é um diferencial para a GOL no trecho RIO-SP, pois a LATAM não consegue operar o A320 nesta rota, é uma máquina que oferece conforto aos passageiros para um voo de menos de 01 hora; o tamanho do sanduíche servido e o café ralo são pontos negativos que merecem ser apontados; a pontualidade na partida e na chegada é um fator sempre positivo; a tripulação teve uma atitude correta durante o voo, tratando com atenção os passageiros; no geral, foi uma agradável experiência este voo com a GOL
Parabéns! Ótimo relato. Estou gostando muito do site que descobri recentemente. Estive no SDU pouco tempo atrás e fiz várias fotos no mesmo ângulo da matéria. Aguardando novas avaliações…
Obrigado, Leonidas! Estou terminando a avaliação do voo de São Paulo para Frankfurt com a LATAM. Bons voos! V&A
Parabéns pelo post e pelo site também! Descobri o site recentemente e recomendo a leitura, pois as descrições e opiniões referente ao aeroporto, voo, serviço de bordo, etc são bem feitas e sensatas.
Mas tenho uma duvida em relação aos voos da Gol. Já voei Porto Alegre x RJ e na ponte aérea SP x RJ e reparei que o que é servido a bordo gratuitamente é diferente. No voo de Porto Alegre serviam água e snack e na ponte aérea achei que foi melhor quando recebi um sanduíche com suco. Saberia o motivo da diferença, seria a competição entre as companhias por mercado nesse voo tão movimentado (a ponte aérea)?
Obrigado e mais uma vez parabéns pelo site!
Junior, antes de mais nada, obrigado! Vamos lá: penso que são 2 fatores principais que diferenciam o serviço de bordo da Ponte Aérea, a competição e a curta duração do voo. SDU/CGH é a rota mais nobre da aviação comercial brasileira e as companhias disputam a tapas os passageiros, tentando oferecer um serviço melhor. Além disso, se o serviço fosse pago, considerando que o pagamento é demorado com aquela máquina de cartão, provavelmente somente os passageiros das 06 primeiras fileiras seriam servidos. Bons voos! V&A
Entendi, obrigado pelas respostas!