Voando com a FLYWAYS (GIG/PLU)
– esta será a minha 2ª experiência com a FLYWAYS, empresa aérea que iniciou suas operações oficialmente no final de 2015; no dia 30.12.2015, fiz um voo do Rio de Janeiro para Belo Horizonte e foi uma experiência bem agradável, apesar de uma série de pequenas questões típicas de uma empresa que está começando a prestar serviços para os passageiros brasileiros; será uma oportunidade interessante para conferir se houve evolução
A FLYWAYS
– atualmente, a “novata” companhia tem voos regulares partindo do Rio de Janeiro/Galeão, Belo Horizonte/Pampulha, Ipatinga/MG e Uberaba/MG; no início de abril, pelas redes sociais, a FLYWAYS anunciou que começaria a operar no Santos Dumont/RJ, Guarulhos/SP e Brasilia/DF, entretanto, não há informação adicional no site da empresa sobre isso; a tabela abaixo, extraída em 08.05.2016, mostra a programação semanal dos voos que partem do Galeão:
– atualmente, a companhia tem uma frota reduzida, composta por apenas 02 aviões turbo-hélice de fabricação francesa, mas somente um está apto a voar:
1) ATR-72/200 de prefixo PR-TKN, fabricado em 1999, anteriormente operado pela AZUL (foi neste que andei no final do ano passado):
2) ATR-72/200 de prefixo PP-STY, fabricado em 1994 e que foi anteriormente operado aqui no Brasil pela MAP Linhas Aéreas (empresa regional que atua na Região Norte com uma frota atual de 04 aeronaves – 02 ATR-42 e 02 ATR-72 – tendo a cidade de Manaus como centro de operações); esta aeronave está estacionada no Aeroporto da Pampulha (a foto abaixo foi tirada logo após o voo) e não está sendo operada; uma consulta no site da ANAC indicou que o Certificado de Aeronavegabilidade ainda estava suspenso (consulta feita em 15.05.2016):
COMPRA DA PASSAGEM e CHECK-IN
– comprei passagem pela Internet, diretamente no site da companhia (www.flyways.com.br) uma semana antes por apenas R$ 69,00, um preço excelente para voar entre as capitais carioca e mineira, na manhã de um sábado; o processo de compra é simples (é o mesmo sistema utilizado pela Passaredo), mas tive um problema com a aprovação do cartão de crédito, fui obrigado a refazer a compra para confirmar uma reserva válida
– nesta rota, a companhia está operando 02 voos durante a semana e 01 único voo aos sábados (não há voo aos domingos); a FLYWAYS oferece 04 tipos de tarifa: Way (a mais barata – não reembolsável), Smart, Classic e Best (a mais cara – reembolso de 90% em caso de cancelamento); na cotação abaixo (mesmo trecho para um sábado de junho de 2016), as diferenças entre as tarifas estão expostas:
– 03 dias antes do embarque acessei novamente o site da FLYWAYS e consegui reservar o assento: como queria tirar fotos da asa e da hélice do ATR durante o voo, escolhi uma janela na parte da frente do avião (2A); o processo é simples e a figura apresentada dos lugares da aeronave facilita a escolha
– como o voo era cedo (partida marcada para 09:30h), fiz o check-in pela Internet 48 horas antes; o processo também é simples e o cadastro que fiz em dezembro do ano passado facilitou ainda mais a tarefa: o meu assento 2A estava garantido; logo em seguida recebi um e-mail com a confirmação, tudo certo
O AEROPORTO DO GALEÃO/GIG
– uma pesquisa feita no site oficial do Aeroporto do Galeão (www.riogaleao.com) me confirmou que a FLYWAYS continua operando no Terminal 1, a parte mais antiga do principal aeroporto carioca
– uma curiosidade: você sabe por que o Galeão é conhecido pela sigla GIG? A fraseologia aeronáutica, por convenção internacional, adota a língua inglesa como padrão e este aeroporto localizado no bairro da Ilha do Governador recebeu esta sigla pois é o Governador Island’s Galeão, ou seja, são as iniciais do endereço, em inglês
– nesta manhã nublada no Rio de Janeiro, cheguei no aeroporto às 08:35h (fui de taxi, que me custou R$ 60,00, saindo da Zona Sul) para o voo FY9800 e passei no balcão da companhia para conferir como evoluiu o processo de atendimento do staff da FLYWAYS; os 02 guichês dedicados à empresa estavam funcionando; não havia nenhum passageiro sendo atendido e pedi para imprimir novamente o meu cartão de embarque: atendimento rápido e eficiente; quando eu estava saindo, mais alguns passageiros chegaram; 04 funcionários da companhia estavam por lá
– o Terminal 1 do aeroporto carioca não passou por reformas concretas depois da privatização, ainda possui uma estrutura antiquada e estava cheio neste sábado, os guichês da GOL e AVIANCA estavam com grandes filas, mas dei sorte e foi muito rápido passar pelo controle de segurança (raio-x)
– parei em uma das lanchonetes que estão instaladas no saguão de embarque: comprei um café expresso e um croissant de frango, gastando R$ 12,50, um valor alto, mas nada de exagerado
– no saguão há uma visão ampla do pátio, onde é possível apreciar as manobras dos aviões e o trabalho da equipe de solo das companhias aéreas; apesar dos vidros geralmente sujos do Galeão, tirei algumas fotos para registrar esta movimentação do aeroporto
O EMBARQUE NO ATR-72
– o embarque seria feito pelo Portão R4, o que indica que seria remoto, com necessidade de usar um ônibus; cheguei lá por volta 08:50h e uma tela indicava que o embarque estava próximo; vários passageiros estavam nas redondezas, uma realidade bem diferente do meu outro voo, quando apenas 07 passageiros embarcaram; aguardei sentado perto da janela e era possivel ver o ATR estacionado e sendo preparado para o voo
– a equipe de solo da Flyways é multifuncional: as mesmas pessoas que atenderam aos passageiros na aérea do check-in também coordenaram o embarque no portão; fomos chamados somente às 09:22h (claro indicativo de atraso) e fomos direcionados para o ônibus que nos levaria ao ATR-72, depois de descer 04 lances de escadas
– menos de 05 minutos depois, o ônibus estacionou em frente ao avião; embarque remoto é sinônimo de oportunidade para tirar fotos da parte externa do aeronave, desta vez não foi diferente e consegui pegar alguns ângulos interessantes do ATR-72
– o embarque neste modelo de ATR é feito somente pela porta traseira, fui o último a embarcar e fui recebido com sorrisos pela Chefe de Cabine
– o interior do avião continua bem conservado, apesar dos 16 anos de “serviços prestados”: bancos de couro azul escuro na configuração 2×2; não há sistema de entretenimento/vídeo; o espaço para as pernas não é dos melhores (aeronave classficada como Selo C da ANAC); o voo estava quase lotado: éramos 60 passageiros, apenas 04 assentos vazios, ocupação superior a 90%
– o voo de dezembro de 2015 foi suportado por 02 Comissários, desta vez, teríamos 02 Comissárias: o terno roxo da tripulação feminina também não tem extravagâncias, com destaque para a cor roxa, mas é elegante
O VOO
– eram 09:50h quando foi solicitado pelo sistema de áudio que os celulares fossem desligados e que os aparelhos eletrônicos fossem utilizados de acordo com o cartão com instruções de segurança disponíveis nos assentos
– começamos a taxiar logo em seguida, fazendo uma curva à esquerda sem ajuda de trator, somente a hélice direita funcionava; quando chegamos perto da cabeceira da pista, a hélice esquerda foi acionada; decolamos às 09:55h (grande atraso, assim como no voo de dezembro de 2015), foram 31 segundos de aceleração até que o ATR começasse a ganhar altitude; nesta fase do voo (e durante o pouso) uma das Comissárias fica sentada no corredor, bem em frente à 1ª fileira
– logo em seguida, a Chefe de Cabine anunciou que teríamos 60 minutos de voo até o terminal da Pampulha e que os celulares deveriam permanecer desligados durante todo o voo
– neste momento, estava muito preocupado: meu próximo voo partiria do Aeroporto de Confins às 11:50h, são 32 quilômetros de distância entre os aeroportos; para minha sorte, eu já tinha feito o check-in da AZUL (que me levaria até São Paulo/Congonhas); eu realmente não contava com este atraso do voo da FLYWAYS
– o serviço de bordo foi iniciado às 10:10h quando as Comissárias começaram a percorrer o corredor da aeronave com o típico carrinho; fiquei frustrado: na minha 1ª experiência com a companhia, foi servido um sanduíche e um bombom Serenata de Amor, mas, desta vez, apenas 02 pacotinhos de biscoito doce foram oferecidos aos passageiros; para beber, as opções eram as mesmas: coca-cola, coca-cola zero, suco de laranja e suco de manga (minha escolha)
– eram 10:15h quando o Comandante se dirigiu aos passageiros informando que já tínhamos atingido nossa altitude de cruzeiro e que 11:00h era o horário previsto de pouso; nada foi falado pela tripulação acerca do atraso: nem justificativas, nem desculpas
– depois de passar pelas nuvens que cobriam o Rio de Janeiro, um céu limpo apareceu, junto com uma vista linda: o contraste da hélice com o azul e o branco das nuvens mereceram vários fotos
– na parte final do voo, quando o avião já começava a perder altitude para o pouso, passamos pelas nuvens brancas e passamos a voar abaixo delas, uma nova paisagem passou a ser vista pela janela
POUSO e DESEMBARQUE
– às 10:40h, o Comandante deu a orientação à tripulação para preparar a cabine para o pouso; foi possível perceber que “driblamos” algumas nuvens e não pegamos turbulência; o trem de pouso foi baixado às 10:52h, tocamos de forma segura a pista da capital mineira às 10:56h (26 minutos depois do horário previsto) e antes de 11:00h já estávamos estacionados em frente ao modesto terminal de passageiros; um grupo de funcionários estava de prontidão para suportar o desembarque dos passageiros
– o modesto e pouco movimentado Aeroporto da Pampulha é mais um ótimo lugar para tirar fotos de aeronaves estacionadas; mas o atraso do voo não me deu muito tempo para registrar o ATR da FLYWAYS, tirei fotos muito rapidamente e fui correndo pegar um táxi para me levar ao Aeroporto de Confins, na esperança de não perder o voo para São Paulo
AVALIAÇÃO DA FLYWAYS – DEZEMBRO DE 2015:
Voando com a FLYWAYS (GIG/PLU) – Dezembro de 2015
AVALIAÇÃO GERAL: voar com a FLYWAYS foi novamente uma experiência interessante, mas não foi tão satisfatória como a anterior; o preço promocional de R$ 69,00 é ótimo, sem dúvidas; levando em consideração a minha avaliação anterior, foi possível perceber um maior entrosamento do staff e da tripulação; a aeronave é antiga, mas está bem cuidada e é ideal para os trechos curtos operados pela companhia; o serviço de bordo ficou ainda mais básico, um ponto negativo; a atitude da tripulação foi correta, com exceção do inexplicável “silêncio” com relação ao atraso do voo; por sinal, este atraso merece um registro mais negativo, pois quase me fez perder um outro voo; chegar no destino 25 minutos depois do horário previsto em um voo de 60 minutos e sem complicações por conta de condições climáticas não é um bom indicador; por fim, continuo torcendo pelo sucesso da FLYWAYS
Excelente descrição, apesar de opiniões diferentes quanto a minha conclusão. Os pequenos percalços justificam plenamente o voo e a opção do Galeão-Pampulha é muito melhor do que Confins-Santos Dumont o que valeria pagar pelo menos R$50,00 a mais por passagem – além de saber que você está ajudando a construir uma nova história da aviação. No Galeão a dica para café são os clássicos Palheta e Katz Chocolate.
Ola, Nelson. Obrigado pelas dicas de café no Galeao. Sem duvidas, a Flyways pode preencher um espaco na aviacao regional e continuo na torcida, nao eh a toa que ja fiz 02 avaliacoes dela. Entretanto, pontualidade eh um atributo que atria muitos passageiros. Por essa razao, fiz o apontamento firme de que foi um problema para mim. Bons voos!
Oiii tudo bem? Espero que sim 🙂
Adoreii seu artigo continue assim!
Sucesso.