Voando com a IBERIA (GIG-MAD)
– há 02 semanas tive a minha 1ª experiência com a Iberia voando para curtas férias e a minha avaliação foi muito ruim, ainda mais depois de voar Turkish Airlines e KLM em seguida
– agora, viajarei a trabalho (participação no Mobile World Congress 2015, o maior evento de telecom do planeta) e (espero) com outra tripulação, o que pode me levar a rever meus conceitos com a companhia espanhola (para mim, antes do embarque, o 67º lugar no ranking de companhias aéreas é injusto, deveria estar lá pelo 90º…)
– o acesso ao Galeão é sempre problemático, ainda mais na 6ª feira: com voo marcado para as 20:00h, decidi sair de casa as 17:00h; cheguei às 18:15h, pois, novamente peguei trânsito para sair da Zona Sul; reafirmo aquilo que já registrei: o Terminal 1 do GIG, mesmo depois da privatização, continua pouco acolhedor, tem cara de século passado, totalmente ultrapassado
– o Check-in prioritário da Business Class estava vazio, com 02 guichês abertos e, felizmente, os sistemas estavam operacionais; fui atendido rapidamente, de forma atenciosa e eficaz pelo atendente Wallace; tudo certo com a passagem e o assento pré-reservado foi honrado
– em menos de 03 minutos estava apto a partir para a missão de passar pelos controles das autoridades brasileiras, com a grata lembrança de ausência de filas experimentada 02 semanas antes; neste dia, das 06 máquinas de raio-x instaladas, 03 estavam operando; no Controle de Passaportes, a Polícia Federal tem 12 guichês de atendimento e somente 04 deles estavam operando; com isso, havia uma pequena fila; um Agente de Polícia Federal apareceu e direcionou os brasileiros para uma fila menor; levei apenas 07 minutos neste processo e já podia usufruir da Sala VIP da Proair utilizada pela Iberia no GIG: nada muda com relação ao relato do dia 13.02.2015: “é um espaço compartilhado por várias companhias; de pequeno porte, há poucas mesas e quase nenhum conforto; o buffet é simples e pouco variado (sopa de legumes pouco convidativa, salgadinhos, mini-salada, mini-sanduíches e amendoim); o vinho é o Santa Helena, que não me cativou”
– fiquei por lá apenas 10 minutos, o suficiente para tomar um suco e comer algo rápido; fui no Free Shop para comprar charutos para presentear um amigo que estará na Espanha junto comigo
– as 19:15h já estava em frente ao Portão 11 aguardando o embarque no A330; anúncio de início de embarque foi feito às 19:30h; a ansiedade de alguns para entrar logo no avião e a falta de orientação clara do staff da Iberia contribuem para a confusão (o check de documentos começa para todas as filas ao mesmo tempo); desta vez, consegui driblar as barreiras humanas e passar pelo controle rapidamente e ir direto para a aeronave
– o A330-300 que nos levaria a Madrid (prefixo EC-LUB apelido “Tikal”) foi recebida pela Iberia em fevereiro de 2013, portanto, é nova e está muito bem cuidada; não é a 1ª vez que viajo neste tipo de avião, na verdade, não são poltronas, parecem mais uns casulos individuais (foto) e, por isso, esta configuração das poltronas na Business continua chamando a atenção: não tem uma disposição uniforme e todos os passageiros têm acesso direto ao corredor, é ótimo não ter que “pular” o passageiro dormindo ao seu lado para ir ao banheiro durante a noite; 28 das 36 poltronas (9 fileiras de 4) estavam ocupadas, a casa não estava tão cheia neste voo
– fomos recepcionados no avião com alguns sorrisos pela tripulação (será um bom sinal?!?!), que me indicou o melhor caminho para chegar ao meu assento 4L (janela, na 1ª seção da Business Class); quando cheguei lá, o Comissário se ofereceu para guardar o meu terno
– a Necessaire, junto com um saquinho com produtos L’Occitaine, foi entregue quando eu já estava acomodado (mochila no bagageiro, sapato guardado e leitura separada); os itens do kit são básicos
– o welcome drink foi servido muito tarde, pouco antes do push-back; não foi possível saborear o champagne; isto é incompreensível, não há razão para não servir antes
– o push-back se deu as 19:59h e depois de um longo taxiamento, decolamos seguramente as 20:09h (portanto, 09 minutos depois do horário previsto)
– as 20:16h, a Chefe de Cabine fez o speech em espanhol e inglês e depois um speech em português foi feito por uma gravação; detalhe legal: a Iberia permite o celular em modo avião em qualquer momento do voo
– as 20:25h foi entregue o cardápio; na verdade, recebemos várias coisas ao mesmo tempo: cardápio, carta de vinhos, oferta de Duty Free, proposta de vinhos em casa e outras coisas mais; muita informação ao mesmo tempo…
– as 20:58h tivemos a saudação do piloto (não se identificou) com detalhes da rota, previsão de pouso as 09:55h (hora de Madrid); tempo bom em geral, previsão de temperatura na capital espanhola de 06 graus Celsius
– para o jantar, as mesmas 03 opções de pratos quentes de 02 semanas atrás: carne, massa e atum; escolhi de novo o beef tenderloin com batatas e cebola; de entrada, salada e sashimi de salmão com cream-cheese; e novamente estava muito bom, saboroso
– no quesito vinhos, a carta era a mesma e a Iberia se destaca: a variedade é grande, todos eles muito bem apresentados em um menu especial; repeti o Rioja Coto Real Reserva 2008, um vinho excelente
– o sistema de entretenimento é moderno, com touch screen e um controle remoto “digital” com todas as funções; a seleção de filmes é variada, mas só há português disponível em alguns filmes; foi difícil escolher um filme, pois já tinha visto os melhores há 02 semanas: descobri o “Serena”, com Jennifer Lawrence e Bradley Cooper (fica difícil não lembrar de Se Beber Não Case); a história é ótima e a produção também, escolhi bem
– as 20:45h, a comissária passou anotando o pedido de todos
– as bebidas são servidas em um carrinho aberto, um detalhe que me chamou a atencao, pois os passageiros têm total contato visual com as bebidas oferecidas
– o jantar foi servido as 21:10h; o serviço foi profissional e desta vez, felizmente, com algum glamour; o nível de atenção foi bem diferente do voo do dia 13.02.2015; a tripulação foi bem mais calorosa e tentava demonstrar que não estava com pressa de nada; fiquei reparando na dupla de Comissários que atendeu o outro lado do avião e tive a percepção de que eles eram ainda mais atenciosos
– na sobremesa, fugi da tartlet de baunilha experimentado da outra vez e pedi o sorvete de chocolate com farofa de amêndoas, estava bom, gostei; para acompanhar: vinho doce, Moscatel de Alejandria, desceu bem
– o vinho foi servido 02 vezes mais; desta vez, o Comissário perguntou se eu estava satisfeito, antes de recolher minha taça…várias evoluções!
– café e chá foram oferecidos, com licores e digestivos, pedi um café preto; também foram oferecidos mini chocolates e caramelos; enfim, depois da distribuição de garrafas de água para todos, as 22:20h o serviço de jantar estava encerrado; mas as luzes da cabine só foram diminuídas as 22:35h, quando a cabine foi “colorida” com laranja e violeta; 15 minutos depois, todas as luzes foram apagadas
– por precaução e já pensando em dormir, deitei o poltrona na posição full flat; realmente, este assento da Iberia é um ponto forte, pois oferece muito conforto e privacidade, o cobertor é ótimo e o travesseiro, que era pequeno e muito fino na outra viagem, desta vez era grande e não era tão fino; dormi bem até as 03:00h, quando levantei para ir ao banheiro (a Iberia não oferece os tradicionais lenços umedecidos)
– acordado, aproveitei para testar o sistema OnAir de internet a bordo, pois a maioria dos passageiros estava dormindo e não deveria haver congestionamento; a rede é 2G, portanto, de baixa velocidade, mas, com paciência, é possível atualizar a Caixa de Entrada de emails e receber mensagens do WhatsApp (sem baixar arquivos)
– consegui dormir novamente e só acordei com o café da manhã, que começou a ser servido as 04:35h (08:45h de Madrid); eu já estava acordado, mas continuei deitado para ver como a tripulação se comportaria com um despertar tardio do passageiro; logo que “dei sinal de vida”, os Comissários repararam e vieram me servir; a Comissária alertou que o omelete poderia estar frio e que ela poderia providenciar outro; logo em seguida, ofereceram café e leite, além de um croissant quente, que combinou bem com a geleia de maracujá
– o piloto anunciou o pouso 25 minutos antes: pousaríamos as 09:45h (horário local, 04 horas a mais que Brasilia)
– o approach para pouso foi calmo, trem de pouso baixado as 09:42h, tocamos o solo suavemente na pista 32L as 09:46h (local) e 05 minutos depois o A330 encostou no finger R12 do Terminal 4 de Barajas (lembrando: o aeroporto é lindo e moderno – foto)
– o desembarque foi iniciado logo em seguida e parti para fazer a conexão para o voo de Barcelona, o tempo era curto; a caminhada até o controle de passaporte das autoridades espanholas não foi curta e ainda peguei um pouco de fila na Imigração, mas nada que fizesse eu perder o próximo voo
AVALIAÇÃO GERAL: fazer um novo testemunho tendo como referência uma experiência ruim vivenciada 02 semanas antes é sempre mais difícil e a tendência é que eu seja mais crítico e menos tolerante; mas é fato que muitos dos problemas do dia 13.02.2015 não voltaram a ocorrer neste voo (o check-in funcionou, a tripulação foi mais afável, não fui acordado por conversa entre Comissários, etc), muito por conta da postura dos Comissários: pessoas realmente fazem a diferença; alguns pontos ainda poderiam melhorar (por exemplo: o embarque continuou confuso e não há motivo para servir o welcome drink tão tarde), entretanto, a experiência foi muito mais positiva; acho que a Iberia saiu da minha Lista Negra…
Aqui é a Karina Da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.