Voando com a LATAM BRASIL (SDU/BSB)
– em função do meu trabalho, vou para Brasília toda semana, mas desta vez, é hora de ir para a capital federal por uma razão bem diferente: festão de comemoração do aniversário de 40 anos de um grande amigo; acho que vai ser a 1ª vez que pousarei por lá usando uma bermuda; apenas 575 milhas (cerca de 925 quilômetros) separam as 02 cidades
A COMPRA DA PASSAGEM
– apesar do convite para a festa ter sido feito em setembro, acabei atrasando a compra da passagem, que só foi feita no final de outubro de 2017, portanto, com cerca de 03 meses de antecedência; os preços estavam bem convidativos, mas decidi usar pontos do Programa Fidelidade para esta emissão; escolhi o voo que saia no início da manhã (por volta de 09:00h), de forma que pudesse almoçar com amigos em Brasília (originalmente, minha esposa e minha filha de 05 anos me acompanhariam nesta viagem, mas acabei indo somente com a “patroa”)
– o voo seria operado por um dos 22 Airbus A319 que compõe a frota da LATAM BRASIL, modelo de aeronave que está certificado para operar sem restrições no Aeroporto Santos Dumont, que possui uma pista de pouso e decolagem bem curta
O AEROPORTO SANTOS DUMONT
– fomos de táxi para o Aeroporto (a opção de ir de carro era mais cara, mesmo com o preço promocional do estacionamento de R$ 98,00 para o fim de semana e o Uber estava com alta demanda e preços salgados por causa dos blocos de carnaval no Rio ); chegamos por volta de 08:10h no terminal central da Cidade Maravilhosa
– naquele sábado, o movimento de passageiros era pequeno, nada comparável à multidão típica dos dias úteis; as áreas de atendimento das companhias aéreas estavam praticamente vazias
– não despachamos malas e já tínhamos antecipado o processo de check-in, portanto, partimos direto para o controle de segurança: foi muito rápido, simplesmente não pegamos ninguém a nossa frente, fomos direto até o aparelho de raio-x
– a área de embarque do SDU conta com um variado comércio: muitas lanchonetes para um café ou lanche rápido, muitos quiosques e lojas diversas que vendem de tudo (de sorvete a jóias caras)
– a arquitetura do saguão de embarque do SDU é linda: estrutura tubular branca com muito vidro, que permitem uma iluminação natural do espaço; grandes painéis eletrônicos estão instalados com as informações dos voos que estão programados para partir
O EMBARQUE NO A319
– o embarque do voo JJ3424 foi iniciado às 08:40h pelo Portão 1 do SDU, localizado no extremo direito do terminal; uma fila foi rapidamente formada depois que uma funcionária utilizou o sistema de áudio do aeroporto para convidar os passageiros a entrar no avião
– o Airbus A319 escalado para este voo ainda não foi repintado com as novas cores da LATAM e tinha o prefixo PT-TMB, foi fabricado em fevereiro de 2010 e entregue novinho à TAM (as janelas de vidro do saguão do aeroporto não são transparentes, os registros ficam com uma tonalidade estranha)
– ele tem a tradicional configuração adotada pela companhia nos voos domésticos: classe única no esquema 3 x 3 (três poltronas de cada lado), com capacidade para 144 passageiros
– as poltronas eram revestidas de um tecido cinza escuro e mesclado, com uma faixa vermelha na altura da cabeça; estávamos marcados para sentar nas poltronas 4A e 4B, mas mudamos para a 5D e 5F, pois os 03 assentos desta fileira estavam vazios, viajaríamos com mais espaço, sem ninguém sentado no assento do meio; neste voo, a ocupação era de 70%
– em termos de espaço para as pernas, mesmo com a estrutura fina das poltronas instaladas neste avião da LATAM, era apertado
– um pouco depois das 09:00h, foi feito um anúncio pelo piloto informando que teríamos 01 hora e 30 minutos de voo até Brasília, onde a temperatura era de 22 graus, com tempo parcialmente nublado
O VOO PARA BRASÍLIA
– o pushback foi iniciado às 09:05h, partíamos rigorosamente no horário; o A319 estava estacionado muito perto da cabeceira da pista 02R, portanto, o taxiamento foi rápido; naquela manhã, aeronaves da AVIANCA e GOL estavam sendo preparadas para seus voos
– naquele momento, as instruções de segurança foram exibidas aos passageiros nos monitores coletivos instalados na parte de baixo dos bagageiros superiores
– aguardamos o pouso de um Boeing 737-8000 da GOL e, finalmente, alinhamos para a decolagem na pista de 1.323 metros do SDU às 09:13h; a vista desta cabeceira é maravilhosa, não me canso de tirar fotos sempre que decolo dela, tendo a Marina da Glória e o morro Pão de Açúcar fazendo parte da paisagem
– o Airbus fez uma curva fechada para a esquerda e já começou a acelerar: o par de motores IAE V2524 trabalharam em potência máxima por 21 segundos para tirar o A319 do chão
– fizemos uma curva para a direita e começamos a sobrevoar a cidade vizinha de Niterói, com algumas nuvens brancas no céu, impedindo uma plena visão
– no “nicho” da parte superior da poltrona da frente, a LATAM coloca: (i) o cartão com instruções de segurança, (ii) a revista de bordo VAMOS (a edição de fevereiro traz na capa a reportagem sobre Boston nos Estados Unidos) e (iii) cardápio do Mercado Latam, o serviço de bordo pago adotado pela companhia gradativamente nos voos nacionais a partir de junho de 2017
– eram 09:30h quando o serviço de bordo começou a ser oferecido; somente copo de água é oferecido de forma gratuita como “cortesia” (nas palavras da Chefe de Cabine); qualquer outro produto precisa ser comprado; a variedade é grande, mas os preços são pouco convidativos (por exemplo: lata de refrigerante custa R$ 8,00)
– o sono estava batendo e decidi gastar R$ 5,00 para tomar um café: da marca Suplicy, um sachê com pó me foi entregue junto com um copo de água quente
– durante a viagem, os monitores de vídeo não exibiram filme ou programa de TV, o mapa de voo e informações de velocidade, distância percorrida e horário previsto de chegada eram mostrados de forma repetida aos passageiros
– o lixo foi recolhido às 09:45h; uma vez que a tripulação já não ocupava o corredor da aeronave, era hora de ir conferir o estado do banheiro: com detalhes imitando madeira, o apertado toalete estava limpo e cheiroso; nenhuma amenidade era oferecida aos passageiros, nem aqueles lencinhos umedecidos
– o voo seguia muito tranquilo, aproveitei para conversas rápidas com outros amigos que estavam a bordo e que faziam parte da “delegação” que participaria da festa em Brasília; pela janela, uma bela visão: uma “mar de nuvens” com alguns buracos azuis, tempo era instável no caminho
– o piloto teve muita habilidade para “driblar” as nuvens, evitando turbulências; o trem de pouso do A319 foi armado e travado às 10:37h e tocamos o asfalto da pista 29L (que tem 3.300 metros) do Aeroporto de Brasília às 10:41h, um procedimento tranquilo e seguro; em menos de 10 minutos já estávamos encostados no portão 17 de BSB
– logo depois que desembarquei, recebi um e-mail da LATAM com uma simples Pesquisa de Satisfação, pedindo que eu respondesse qual era a possibilidade de indicação da companhia para amigos e familiares; a princípio, uma boa iniciativa, caso medidas de evolução do nível do serviço realmente sejam adotadas a partir dos testemunhos dos passageiros
AVALIAÇÃO GERAL: a relação custo-benefício da passagem emitida com pontos do Programa Fidelidade foi muito boa, a quantidade de pontos que “torrei” para este voo foi baixa, praticamente a metade do que é normalmente exigido para um bilhete nacional; o A319 é, sem dúvidas, um ótimo avião para uma rota de curta distância como Rio-Brasília, mas a LATAM fica alguns passos atrás da AVIANCA, que também utiliza este modelo da Airbus, pois não instalou monitores individuais para proporcionar um melhor entretenimento a bordo aos passageiros; além disso, o espaço para as pernas é outro ponto negativo; com relação ao serviço de bordo, me arrisco a dizer que o Mercado Latam vai sofrer algum tipo de mudança no curto prazo, principalmente depois que, recentemente, a GOL começou a oferecer de forma gratuita biscoito acompanhado de sucos e refrigerantes; somente água de “cortesia” se tornou o mais básico serviço oferecido pelas companhias que operam no nosso país; a tripulação teve atitude correta durante o voo, sem destaques, positivos ou negativos; o voo teve partida e chegadas pontuais, o que é sempre importante, mesmo em uma viagem de lazer; no geral, o meu primeiro voo com a LATAM Brasil em 2018 foi satisfatório; para informação, eu respondi “6” na Pesquisa de Satisfação
Eu viajei com eles ano passado (já com o Mercado Latam) e tive uma sensação bem parecida com a sua. O valor da passagem foi muito bom, porém senti muito incomodo com o espaço entre as pernas, a impressão foi que o espaço diminuiu (viajei de A320 na ida e A321 na volta) em relação a 2016. O Mercado Latam tem valores muito caros, tive de ficar apenas na água mesmo…
Em relação as outras cias, achei que a GOL melhorou muito (depois de viajar com a Latam, percebi que espaço da GOL era bem melhor) de modo geral.
Aproveitando, vc viu a relação das cias com o maior número de reclamações?
Por esse ranking, a GOL é a melhor isolado com 7 reclamações a cada 100 mil passageiros. E Azul e Latam as piores com se não me engano com 18 reclamações. Me surpreendeu muito o resultado, achei que a Azul seria a que teria menos reclamações e a Gol estivesse junto com a Latam.
Mas parabéns para a GOL, que melhore cada vez mais. E a Azul que abra o olho, passagem cara e atendimento ruim é uma péssima equação…
Interessante. Concordo que a posição da Azul é surpreendente.