Voando com a AVIANCA (GIG-GRU)
– a jornada de hoje tem como foco avaliar a Passaredo e seu turbo-hélice; depois de pesquisar as rotas operadas e o preço das passagens, decidi pegar um voo do Galeão/GIG para Guarulhos/GRU com Avianca, usando 8.000 pontos do Programa Amigo; em São Paulo, pegaria o ATR-72 para ir a Ribeirão Preto e depois voltar ao Galeão
– o site da Avianca não é muito intuitivo, mas o processo para fazer o check-in é fácil e rápido; fiz na noite anterior e o assento que eu reservei quando comprei a passagem (14D) foi confirmado
– cheguei no GIG às 08:00h, parei o carro no Terminal 2, apesar da AVIANCA operar no Terminal 1: como o meu retorno seria pelo T2, prefei já deixar o carro por lá; não fui de táxi para o aeroporto depois de pesquisar na Internet e descobrir que o período de 08 horas custaria cerca de R$ 40,00, valor bem inferior a 02 trechos de táxi; além disso, o novo edificio-garagem do T2, inaugurado recentemente, é excelente: muitas vagas e sinalização ostensiva
– no trajeto entre terminais, presenciei algo raro: todas as esteiras rolantes estavam funcionando; o T1 começa a dar sinais positivos da privatização realizada em 2013
– a área de check-in do T1 ainda não passou por uma reforma geral, a estrutura antiga e ultrapassada ainda não foi modernizada, mas algumas melhoras já podem ser percebidas; os painéis eletrônicos já são novos, mas um cenário de confusão nas filas das companhias ainda é uma realidade
– o saguão de embarque do GIG, em especial, o T1, permite uma visão ampla do pátio do aeroporto, sendo possível tirar algumas fotos bem interessantes dos aviões estacionados ou taxiando;
– o embarque seria feito no Portão 6B e foi iniciado somente às 08:58h: indicativo de atraso; a Avianca tenta agilizar o processo de entrada dos passageiros em suas aeronaves: filas são organizadas de acordo com as prioridades, as fileiras de 12 a 28 e, por fim, as fileiras de 01 a 11
– o A320 que me levaria a São Paulo era novinho, de prefixo PR-OCT, foi entregue à Avianca em outubro de 2015, na sua configuração clássica de 03 poltronas de cada lado (3×3), em classe única; neste voo, tínhamos 70% de ocupação (o músico Dudu Nobre era um passageiro ilustre a bordo); bancos de couro na cor cinza, bom espaço para pernas, com uma encosto para cabeça muito providencial; mas este modelo não traz apoio para os pés, um item de conforto adicional
– depois que o embarque finalmente foi concluído, foi anunciado que os procedimentos de segurança seriam exibidos no sistema áudio-visual, mas foi feito manualmente por 02 comissários; a Avianca orienta que os aparelhos celulares precisam ficar desligados durante todas as fases do voo: neste ponto, ela está muito atrás da concorrência, pois Gol e TAM já permitem o “modo avião” desde a decolagam, é preciso investir na certificação junto à ANAC!
– as portas foram fechadas somente às 09:25h (o atraso já era de 23 minutos) e o pushback foi feito às 09:34h; a tardia decolagem só foi feita às 09:58h, ou seja, saímos do Rio na hora que deveríamos chegar em São Paulo; o A320, impulsionado por suas 02 turbinas, percorreu a pista do aeroporto carioca por 34 segundos antes de ganhar os céus; impressiona que nenhuma informação da cabine sobre o atraso foi feita: zero de comunicação, a tripulação ficou calada e não deu nenhuma satisfação
– a previsão de 50 minutos de voo foi informada pela Chefe de Cabine Celina (04 comissários, todos sem identificação/crachá operaram este voo)
– logo após a decolagem, o sistema de entretenimento foi liberado para uso; o sistema dos novos Airbus da Avianca é excelente: tela touchscreen, jogos (eu testei meu conhecimento geral jogando “Quem quer ser um Milionário“), séries de TV, músicas e uma porta USB para carregar o telefone celular
– o serviço de bordo foi apenas básico, apesar de anunciado como “café da manhã”: sanduíche frio de pão de centeio com provolone (estava saboroso), refrigerantes e algumas opções de sucos (escolhi de abacaxi); não foi servido café (fez falta…)
– quando estávamos no procedimento de subida, antes de atingirmos nosso nível de cruzeiro, consegui captar esta imagem pela janela deste Airbus (este “chifre” na ponta da asa se chama “sharklet” é um recurso que permite uma melhor aerodinâmica da aeronave e proporciona economia de combustível)
– a preparação para pouso foi solicitada pelo Comandante “Misterioso” (afinal, ele não se dirigiu aos passageiros em nenhum momento) às 10:31h; o trem de pouso foi baixado às 10:39h e tocamos o solo paulista, de forma segura, às 10:44h; finalmente, depois de taxiar, encostamos no T2 de GRU às 10:53h
AVALIAÇÃO GERAL: a Avianca tem tudo para se tornar a “queridinha” da aviação comercial brasileira: tem uma marca legal, uma frota nova, aviões modernos (os velhos F-100 foram aposentados em novembro/15) com sistema de entretenimento de última geração, um serviço de bordo simples mas com diferencial de variedade frente à concorrência; mas é inexplicável a restrição do uso do celular a bordo, na contramão do que já é realidade há anos no resto do mundo (e agora no também Brasil); além disso, neste voo em especial, a total falta de preocupação em justificar o extenso atraso é um fato muito negativo: transparência precisa ser um item obrigatório no relacionamento com os passageiros; os 04 Comissários tiveram uma atitude correta e calorosa durante o voo, diminuindo um pouco a carga negativa da minha avaliação
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