VOANDO COM A ALL NIPPON (HND/ITM)

– vamos ao 3º trecho da VOLTA AO MUNDO 2017, um trecho interno no Japão, indo de Tóquio para Osaka, uma “Ponte Aérea” japonesa, considerada a 9ª rota mais movimentada do mundo em 2015 em termos de número de lugares oferecidos pelas companhias aéreas (o trecho Rio-SP ficou em 10º lugar); a distância entre as cidades é de apenas 250 milhas (cerca de 400 quilômetros), ou seja, o voo dura menos de 01 hora

A ALL NIPPON AIRWAYS – ANA

– esta será a minha 1ª experiência com a 3ª melhor companhia aérea do mundo em 2017 (a empresa escalou 02 posições com relação a 2016) de acordo com o prêmio Skytrax: ALL NIPPON AIRWAYS (ANA); fundada em 1952, originalmente operando somente helicópteros, a empresa tem uma história de fusões e reorganizações que levaram ao atual conglomerado formado por mais 04 companhias aéreas (AIR JAPAN, ANA WINGS, PEACH e VANILLA AIR)

– atualmente, a frota da ANA é grande (são mais de 215 aeronaves) e eclética: 14 aviões fabricados pela Airbus (A320 e A321) e 203 pela Boeing (B737, B767, B777 e B787); a companhia faz parte da aliança global STAR ALLIANCE desde 1999 (o2 anos após sua criação)

– a companhia japonesa utiliza o sloganInspiration of Japan“, traduzindo para o português: Inspiração do Japão, que está pintado na maoiria das suas aeronaves

A COMPRA DA PASSAGEM

– por mais que minha estadia no Japão fosse muito curta, queria aproveitar a oportunidade para fazer uma avaliação de um voo interno; Fukuoka, Sapporo e Osaka são cidades que estão localizadas perto de Tóquio, estas seriam as melhores opções: queria pegar um voo de manhã cedo, conhecer a cidade e voltar para a capital no final do dia

– nas minhas pesquisas pela Internet, descobri que a ANA opera quase 30 voos diários entre Tóquio (Aeroporto Haneda) e Osaka (Aeroportos Kobe e Kansai), por todos os tipos de aeronaves, inclusive o B787 e o B777, por isso, esta cidade foi a minha esolha

– o voo de 09:00h para o Aer. Itami estava adequado e a um preço razoável: US$ 97,60, operado por um Boeing 777-300, com capacidade para mais de 300 passageiros; me chamou a atenção algumas das condições para compra desta passagem, além de não ser reembolsável: somente para pessoas de fora do Japão e que apresentem alguma comprovação de viagem internacional para fora do Japão

– a ANA permite seleção de assento no momento da compra, mas a maioria dos assentos estava bloqueada; escolhi uma janela na parte mais traseira da aeronave, do lado esquerdo (poltrona 46A)

– no final do simples processo de compra no site da ANA, este foi o resultado das minhas escolhas de voo e assento; logo em seguida eu recebi um e-mail com a confirmação do bilhete

 O (NÃO) CHECK-IN PELA INTERNET

tentei mas não consegui fazer o meu check-in pela Internet na noite anterior ao voo; o site da ANA me dava uma mensagem de que alguns voos internacionais (????) não permitiam este tipo de procedimento; por conta disso, resolvi sair do hotel em direção ao Aeroporto Haneda um pouco mais cedo do que estava planejando anteriormente 

A IDA PARA O AEROPORTO DE HANEDA

– o trem expresso para o aeroporto tem custo de 690 yens (cerca de R$ 20,00), foram cerca de 50 minutos entre a estação Subjikin e o terminal doméstico de Haneda; peguei o trem das 06:05h, sendo necessária fazer uma rápida baldeação 

– as estações em Tóquio são sempre muito movimentadas, a qualquer hora do dia; quantidade de gente com malas dentro do trem indicava que eu não tinha me perdido, eu estava no caminho certo

– cheguei no Terminal 1 de Haneda às 06:55h, que concentra as operações da JAPAN AIRLINES, a maior rival da ANA no mercado japonês; são apenas 04 minutos de caminhada entre a plataforma do metrô e o saguão principal do aeroporto

– peguei um ônibus circular para o Terminal 2, onde a ANA opera, que chegou alguns segundos depois de mim no ponto; o trajeto é muito rápido, não foram nem 05 minutos até lá (a maioria dos viajantes eram funcionários); saindo no T2, a Torre de Controle pode ser vista, ao lado de um grande prédio que serve de estacionamento

O T2 DO AEROPORTO DE HANEDA

– este aeroporto ocupa uma área de mais de 550.000 metros quadrados, com 05 andares, é servido por quase 50 companhias aéreas asiáticas e quase 400 do mundo todo, são mais de 70 milhões de passageiros por ano

– para acessar o Terminal 2 e a área de check-in, é preciso subir um conjunto de escadas rolantes: esta parte da estrutura do aeroporto é linda, com ar futurístico

– já a área de check-in tem um estilo mais tradicional, bem ampla, com ótima iluminação; a lógica do auto-atendimento (igual a observada em Auckland/Nova Zelândia) também aparece aqui no Japão: os passageiros usam totens para imprimir o cartão de embarque e são responsáveis por etiquetar as bagagens e colocá-las na esteira; grandes painéis eletrônicos trazem as informações das dezenas de partidas programadas

– a ANA oferece uma área dedicada e reservada para os passageiros considerados “Premium Members“, que eu pude usar por conta do meu cartão GOLD da AVIANCA BRASIL, parceira da companhia japonesa na aliança global Star Alliance; o atendimento foi muito rápido com um detalhe: não me pediram documento algum, apresentei a reserva e pronto; um controle de raio-x está instalado dentro desta área, de forma que em segundos eu já estava dentro do saguão de embarque de Haneda

A SALA VIP DA ANA

– cheguei na Sala VIP da ANA por volta de 07:20hna parede atrás da recepção, uma elegante logomarca da companhia; logo ao lado, um “pedestal” mostra que existe um telefone celular exclusivo dela

– esta VIP Lounge neste terminal é enorme, são vários ambientes, todos muito bem decorados e conservados; algumas grandes mesas de trabalho estão espalhadas por lá

– entreanto, nos quesitos “comida e bebida“, a ANA oferece somente coisas mais simples: café, suco, chá e snacks

– as janelas de vidro permitem uma visão parcial da pista de Haneda, que fica ao lado do mar, mas o sol batendo de frente impediu fotos melhores, por causa do reflexo, não foi possível registrar a manobra de aviões no pátio de Haneda

– um sistema de wi-fi gratuito está disponível, é preciso informar um e-mail e concordar com as condições de uso; a velocidade de acesso era muito boa 

– algo que reparei logo que entrei: o nível de barulho dentro do Lounge era muito menor do que o normal para um ambiente fechado com muitas pessoas 

O EMBARQUE NO BOEING 777-300

– o saguão de embarque de Haneda é linear e cumprido e estava muito movimentado nesta manhã de sábado; perto dos portões, muitas cadeiras estão instaladas e esteiras rolantes ajudam no deslocamento dos passageiros

– são poucas lojas no saguão de embarque deste aeroporto, mas gostei muito de uma chamada ANA FESTA, onde é possível comprar souvenirs da companhia japonesa (caneta, chaveiro, pin e imãs de geladeiras foram as minhas aquisições) e também lanches rápidos 

– o Portão 65 seria utilizado para o embarque do voo NH17, foram cerca de 10 minutos de caminhada da Sala VIP até lá 

– uma tela no portão indica de forma clara a sequência de embarque dos passageiros, começando por idosos, com crianças e com dificuldades de locomoção; o anúncio de início do embarque foi feito às 08:35h e a funcionária falou somente em japonês; depois de entregar o meu boarding pass, a funcionária passa o código de barras na catraca e outro recibo de embarque foi impresso; como o embarque estava sendo feito por 02 portas do avião, no finger, placas indicam qual porta o passageiro deve seguir, de acordo com a letra do seu assento

– o Boeing 777-300 escalado para este voo tinha o prefixo JA757A que foi entregue em junho de 2003 e sempre voou com as cores da ANA; esta aeronave carrega uma pintura promocional das Olimpíadas 2020, que serão realizadas no Japão

– a configuração deste B777 da ANA é o mais tradicional para a classe Econômica deste modelo de aeronave: 3 x 4 x 3; a ocupação deste voo era alta, estava quase lotado (90%) e a quantidade de crianças pequenas a bordo me chamou a atenção 

– a estrutura da cabine deste Boeing prova que ele é antigo, claramente ainda carrega os seus equipamentos originais, em especial, as telas do sistema de vídeo: telas antigas – baixa resolução – e coletivas; o controle de ajuste do volume fica na parte lateral do braço da poltrona e o fone de ouvido forncedido pela ANA é muito bom para uma classe Econômica

– minha poltrona era a 46A, uma janela do lado esquerdo da aeronave, um risonho casal de idosos estava sentado ao meu lado; o espaço para pernas era apenas razoável, nada problemático para um voo curto

– as instruções de segurança foram exibidas aos passageiros por meio do arcaico sistema de vídeo 

– me impressionou a capacidade da tripulação da ANA em fazer o embarque de centenas de passageiros em tão pouco tempo e, por outro lado, a consciência deles em se acomodar rapidamente a bordo

 

O VOO PARA OSAKA

o pushback foi iniciado às 09:06h, com um pequeno atraso com relação ao horário de partida, mais uma vez, nada muito problemático; os anúncios feitos pela tripulação pelo sistema de áudio foram feitos em japonês e inglês, mas foi difícil de entender, pois o som estava um pouco abafado

– fiquei impressionado com a movimentação deste aeroporto; ele tem 04 pistas (02 delas com 3.000 metros de cumprimento), com operação simultânea e intenso tráfego de aeronaves; a caminho da cabeceira, o B777 da ANA chegou a atravessar uma ponte 

– só iniciamos a decolagem às 09:24h, uma aceleração em potência máxima dos 02 gigantescos motores PW4090 por 42 segundos; nos primeiros segundos de voo, uma bela vista da Baia de Tóquio 

– eram 09:55h quando o serviço de bordo foi iniciado: neste curto trecho, foi servida somente bebida (sucos, café – minha escolha – ou chá eram as poucas opções)

– no bolsão da poltrona da frente tem de tudo: cartão com as instruções de segurança, cartão com as instruções de como acessar o sistema de wi-fi a bordo, um cardápio de produtos a venda a bordo (comidas e bebidas), a revista de bordo e a revista Ana Sky Shop  

– escolher um assento na janela foi uma decisão acertada, pois me permitiu apreciar diferentes paisagens do território japonês durante o voo 

– na parte de trás deste Boeing estão instalados 02 banheiros; pedi licença aos meus companheiros de fileira e fui lá conferir; achei um pouco apertado para um B777

– antes de voltar para o meu lugar, aproveitei para tirar fotos da “cozinha” e das portas traseiras deste enorme Boeing

– o voo estava muito tranquilo, o sono bateu e acabei cochilando um pouco, o suficiente para perder a oportunidade de testar o wi-fi oferecido pela ANA

– a fase de aproximação para pouso foi feita com bastante turbulência, mas a privilegiada visão pela janela da cidade de Osaka neste dia de sol prendia mais a minha atenção; esta cidade é a 3ª maior do Japão, com mais de 2,6 milhões de habitantes

– a visão da janela nos segundos finais foram ainda mais legais, sendo possível observar alguns detalhes da cidade de Osaka (parque do Castelo, centro, canais e pontes)

– pousamos no Aeroporto Itami às 10:08h, um pouso extremamente tranquilo, pela pista 14R, que tem 3.000 metros de cumprimento 

– 04 minutos depois, encostamos no finger de Itami – OSAKA INTERNATIONAL AIRPORT – e, rapidamente, um caminhão-tanque já estacionou próximo à asa para encher o tanque de combustível do B777, que voltaria para Tóquio em seguida 

– quado voltei ao aeroporto no final do dia para pegar o meu voo de volta para Tóquio, estava na Sala VIP da JAPAN AIRLINES e tive a sorte de fotografar o Boeing 777 da ANA que tinha operado o meu voo no pátio de manobras

AVALIAÇÃO GERAL: o preço da passagem (cerca de R$ 330,00) foi razoável para um voo curto, mas o conforto da Sala VIP da ANA em Haneda (mesmo com o fraco buffet), agregou bastante; a facilidade de acesso a um aeroporto tão grande por meio de transporte público é um ponto extremamente positivo; o serviço de bordo foi o ponto mais negativo do voo, extremamente simples, um pacotinho de biscoito já traria uma melhor nível de satisfação dos passageiros; o Boeing 777 é uma bela máquina, mas o avião escalado para este voo é antigo, sem os benefícios que as novas tecnologias embarcadas podem oferecer; a tela coletiva de baixa resolução é um verdadeiro flashback; a tripulação precisa ser muito eficiente e competente para supartar um voo tão curto e com tanta gente a bordo e teve atitude correta durante todo o voo; no geral, a experiência de voar uma “ponte aérea” a bordo de um Boeing 777 foi boa

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