Voando com a JETSTAR (NPE/AKL)

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– este é o 10º e penúltimo trecho da viagem de VOLTA AO MUNDO, desta vez será mais um voo dentro da Nova Zelândia, saindo de Napier, uma pequena cidade de 60.000 habitantes localizada na costa leste da Ilha Norte do país, na Baía de Hawke, para a capital Auckland, distante cerca de 350 quilômetros; voarei pela 1ª vez com a companhia JETSTAR e será mais um voo operado por um avião turbo-hélice

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COMPRA DA PASSAGEM

– já tendo escolhido a Air New Zealand para fazer o voo de Auckland para Napier, pesquisei quais outras companhias faziam a rota para o trecho de retorno, de forma a ter a oportundidade de experimentar os serviços de uma concorrente da maior companhia aérea da Nova Zelândia

– estas pesquisas feita pela Internet me levaram à JETSTAR, que, por meio de um acordo operacional com Eastern Australia Airlines, opera uma pequena frota de Bombardier Q300 (05 unidades) para atender 09 cidades no mercado doméstico da Nova Zelândia

– a companhia oferece, aos sábados (dia da minha viagem), 04 voos entre Napier e Auckland, o 1º deles saindo bem cedo (06:30h) e o último partindo para a capital no final da tarde (16:40h); a simulação de compra abaixo para o mês de setembro mostra as opções de horários

Horário voos

– a Jetstar oferece 03 tipos de tarifa: a “Starter” (a mais barata, que inclui uma mala de bordo de até 07 quilos, mas não permite despachar bagagem), a “Plus Bundle” (que permite mudanças da passagem, 20 quilos de franquia de bagagem e escolha prévia de assento) e “Max Bundle” (a mais cara, permite mudanças, é reembolsável e inclui 30 quilos de bagagem despachada)

jetstar_regras das tarifas

– comprei a passagem no final de abril (cerca de 02 meses antes do voo) por 45 dólares neozelandezes (cerca de R$ 100,00); como eu só levaria uma mochila pequena comigo, escolhi a tarifa Starter do voo JQ 356 (horário de 16:40h); o site da JETSTAR na Internetnão tem versão em português, é preciso entender o inglês para poder fazer uma compra consciente; mas a navegação é simples, as informações são expostas de forma clara, sem pegadinhas

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– fiz check-in pela Internet na noite anterior, no meu hotel em Auckland, onde era possível imprmir meu boarding pass; novamente, foi muito simples navegar no site da JETSTAR, precisei apenas inserir o código da reserva, o meu sobrenome e o aeroporto de partida do voo; consegui confirmar um assento na janela, na parte da frente do avião, portanto, um bom lugar para as fotos durante o voo estava garantido

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Passaporte e Cartão de Embarque

A JETSTAR

– a JETSTAR é uma empresa do Grupo QANTAS e foi criada em 2004 na Austrália com a missão de oferecer baixos preços para permitir que mais pessoas viajassem e para mais lugares

– por meio de acordos, atualmente há uma série de companhias aéreas que utilizam a marca JETSTAR operando mais de 4.000 voos por semana para mais de 75 destinos na região do Pacífico; a Jetstar Airways opera na Austrália e na Nova Zelândia; a Jetstar Asia Airways tem base em Singapura, a Jetstar Pacific Airlines tem base no Vietnan e a Jetstar Japan é uma joint-venture entre Qantas e Japan Airlines

– a frota do Grupo é diversificada, com aviões de longo alcance (Boeing), de médio alcance (Airbus) e de curto alcance (Bombardier): B787 Dreamliner (para 335 passageiros), A321 (220 passageiros), A320 (180 passageiros) e o turbo-hélice Dash8 da série 300

– na pesquisa das opções de voo na Internet, a JETSTAR presta a informação de qual companhia do Grupo opera aquela determinada rota

Companhias Grupo Jetstar

O AEROPORTO DE NAPIER

– o aeroporto da pequena cidade de Napier recebe cerca de 500.000 pessoas por ano é extremamente modesto; na parte de fora, fica difícil identificar que se trata de um terminal de passageiros para transporte aéreo, é uma estrutura simples, de andar único, com um pequeno estacionamento na frente

– na parte de dentro, há apenas um grande saguão, onde tem: algumas poucas posições de check-in da Air New Zealand, um pequeno balcão da JETSTAR, banheiros e um restaurante/café com algumas mesas para os clientes

– há algumas poucas dezenas de cadeiras viradas para grandes janelas de vidro, com ampla e panorâmica visão para o pequeno pátio de aeronaves; todos podem ver no detalhe a movimentação dos poucos aviões (todos turbo-hélice) e dos funcionários de solo trabalhando na preparação das máquinas para seus próximos voos

– o Bombardier que faria o meu voo pousou em Napier às 16:05h e como meu voo estava marcado para 16:45h, tudo indicava que sairia no horário; no taxiamento para estacionamento, o avião da JETSTAR cruzou com um Q300 da Air New Zealand (prefixo ZK-NET)

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EMBARQUE NO Q300

– o embarque do meu voo foi anunciado às 16:20h, uma pequena fila de passageiros se formou no portão de embarque (por sinal, só existe um neste terminal); o Q300 da JETSTAR estava estacionado em uma posição remota a direita, cerca de uns 50 metros distante do terminal, a caminhada foi rápida até a aeronave (faixas azuis pintadas no chão indicam o trajeto que precisa ser feito pelos clientes); para acesso ao avião, é utilizada uma longa rampa (não é uma escada, o que facilita a entrada por pessoas com algum problema de locomoção)

– o Bombardier Dash8 da série 300 escalado para esta jornada tinha o prefixo VH-TQM, foi fabricado em agosto de 2004, voa com a Eastern desde então e está muito bem conservado; a série 300 deste modelo da fabricante canadense foi projetado para levar 50 passageiros, voando a 505 km/h e a uma altitude de 25.000 pés

– a configuração de cabine era típica para este tipo de avião: 02 poltronas de cada lado(2 x 2), entretanto, me chamou atenção que os 02 assentos da 1ª fileira do lado direito da aeronave (bem em frente à porta) são virados para trás; o voo tinha apenas 60% de ocupação

– os assentos são de couro, na cor cinza escuro; o espaço para as pernas é bastante razoável, mas a poltrona não reclina, o que diminui um pouco o conforto durante o voo; o fato do tempo de viagem ser curto (menos de 01 hora) minimiza um pouco este “problema”

– apenas 01 Comissário, sempre sorridente, estava responsável pelo suporte ao voo; ele usava um uniforme simples: uma camisa polo com a logomarca da JETSTAR e uma calça preta; ele fez anúncios claros pelo sistema de áudio, informando que o “modo avião”(flight mode) dos celulares poderia ser usado durante todas as etapas do voo

O VOO

– porta fechada, tudo pronto para partirmos, a hélice direita foi acionada às 16:30h, começamos a taxiar sem ajuda de trator às 16:33h, portanto, nossa partida seria pontual

– o aeroporto de Napier tem uma única pista (de asfalto, com 1750 metros); para decolar, os pilotos precisam cruzar toda a pista em direção à cabeceira, fazer um giro de 180 graus e alinhar; decolamos às 16:37h, com aceleração máxima das 02 hélices que durou apenas 21 segundos

– o barulho que o Bombardier Q300 faz quando as hélices estão em potência máxima me pareceu maior do que o produzido pelo ATR-72 (operado pela Azul aqui no Brasil);encostar na parede do avião para tentar encontrar uma posição confortável para descansar não é uma boa ideia: tem muita trepidação, é incômodo

– os primeiros minutos do voo foram extremamente prazerosos: o avião decola em direção ao mar, fazendo uma curva a esquerda para seguir uma rota a oeste, voltando para o continente; a luminosidade produzida pelo sol no final de tarde na Nova Zelândia produzia um cenário deslumbrante

– logo depois que o sinal de apertar cintos foi apagado, o Comissário iniciou o serviço de bordo: com uma certa pressa, ele serviu a todos um pacote de nuts e uma garrafa de água; foi um lanchinho apenas providencial

Nuts e Água - Jetstar

– e a vista lá fora continuava linda, o por do sol se aproximava trazendo um céu azul forte e tornando a carenagem branca do motor do Q300 em um tom amerelado

– não há sistema de vídeo neste modelo de avião, para entreter os passageiros a JETSTAR oferece uma revista de bordo, que traz artigos sobre turismo na Austrália, bem como informações sobre as rotas operadas pela companhia; a JETSTAR tem uma grande malha aérea na Austrália e poucos destinos na Nova Zelândia

– o cansaço bateu e acabei dormindo um pouco, quando acordei já estávamos em procedimento de descida para pouso em AKL, com um entardecer lindo lá fora; registrar o cenário da minha pequena janela tendo a hélice direita do Q300 como referência foi mais uma vez prazeroso

– o trem de pouso foi armado às 17:34h aumentando o arrasto aerodinâmico e o Bombardier começou a perder altitude de forma mais rápida

– tocamos o solo da longa pista de Auckland (que tem 3.635 metros) 03 minutos depois (17:37h), cravando em 01 hora a duração do voo, um pouso seco e seguro, encerrando minha experiência com a JETSTAR

Pouso em AKL - Q300

AVALIAÇÃO GERAL: o preço pago pela passagem foi excelente para um voo de 01 hora de duração e foi mais barato do que o valor pago para o ticket da Air New Zealand; o pacato aeroporto de Napier é pequeno, mas acolhedor e serve muito bem à pequena população da cidade; o Bombardier Q300 é uma máquina robusta, que atende muito bem a esta rota e à demanda de passageiros entre as duas cidades, o VH-TQM, com 12 anos de uso, está bem conservado; a JETSTAR operou o voo com extrema pontualidade, o que é algo sempre relevante; o Comissário solitário atendeu aos passageiros com atenção e o serviço de bordo era básico, o que era de se esperar para a rota voada; a paisagem do fim de tarde na Nova Zelândia contribuiu muito para que o voo fosse extremamente agradável; no geral, foi uma experiência muito boa com a JETSTAR

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