Voando com a LATAM (SDU/BSB/SDU)

– meus últimos voos foram da viagem para Miami (Estados Unidos) no Carnaval deste ano: no dia 02 de março de 2020, peguei um Boeing 777-300ER (prefixo PT-MUI) que me levou dos States para Guarulhos/GRU e, depois, um Airbus A319 (prefixo PT-TMO) que me levou até o Santos Dumont/SDU

B777-300ER da Latam em Miami
A319 Latam no Santos Dumont

– desde então, a minha rotina de viagens a trabalho foi totalmente interrompida e tenho exercido minhas atividades de forma remota (e intensamente!); além disso, algumas viagens “particulares” foram muito afetadas:

(i) no início de abril, eu faria mais uma Volta ao Mundo, saindo do Brasil com destino aos Estados Unidos, depois Japão e Egito, para finalmente ir para a Europa, onde ficaria alguns dias rodando pela Suíça com a Patroa, que me encontraria lá

(ii) no final de maio, eu levaria minha mãe para visitar minha irmã em Miami, pegando voos da LATAM

(iii) para o Feriado de Corpus Christi, a família (eu, Patroa, herdeira e enteada) iria para Buenos Aires, tinha emitido passagens com milhas do Programa Smiles em setembro de 2019 para voar e avaliar a GOL

– sou morador de Copacabana no Rio de Janeiro e não pisava nas famosas calçadas de pedras portuguesas desde o final de março: quando saía de casa, estava usando o carro, às vezes levando a Patroa para atender alguma emergência odontológica ou para levar mantimentos para mãe e sogros

Praia de Copacabana – Rio de Janeiro

– obviamente, a saudade de voar era grande e crescente: nos primeiros 62 dias de 2020 eu já tinha pego 25 voos (com distância superior a 30.000 quilômetros) e, de uma hora para outra, estava completando 100 dias sem andar de avião!

– além disso, acostumado a passar por aeroportos lotados, eu tinha minha curiosidade de ver a realidade dos terminais nesta fase tão diferente da aviação comercial e as medidas que as administrações adotaram para fins de aumento da segurança dos passageiros

OS IMPACTOS DA PANDEMIA – COVID19

– depois de uma redução drástica dos voos a partir do final de março, a LATAM BRASIL informou ao mercado no final de maio que estava procedendo a um “aumento gradual de suas operações nos próximos dois meses. Em junho, a operação passará de 5% para 9% da sua capacidade pré-crise e em julho atingirá 18%.”

– no Comunicado, a companhia ainda afirmou que em “junho, a LATAM Airlines Brasil vai operar as rotas internacionais São Paulo-Frankfurt, São Paulo-Londres, São Paulo-Madri, São Paulo-Miami, São Paulo-Santiago e Santiago-Miami. Em julho, o Grupo espera aumentar para 13 o número de destinos internacionais.”

– com relação ao mercado doméstico, a LATAM informou que iria “operar 74 rotas nacionais” em todos os países que opera na América do Sul

AS MEDIAS DE SEGURANÇA DA LATAM

– a partir de 11 de maio, o uso de máscaras (cirúrgicas, tradicionais, N95 ou de pano, desde que boca e nariz estejam cobertos por completo) passou a ser obrigatório, tanto nas instalações dos aeroportos como a bordo das aeronaves; a LATAM informou que não disponibilizaria máscaras para os passageiros, cada um é responsável por levar sua própria

– a LATAM afirmou, ainda, que as aeronaves possuem um sistema de recirculação de ar que renova o ar da cabine a cada 03 minutos graças aos filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), que removem 99,97% das partículas

– além disso, a companhia anunciou que seriam adotadas várias medidas para aumentar a segurança dos voos, que estão detalhadas no link abaixo:

https://www.latam.com/pt_br/experiencia/coronavirus/precaucoes-a-bordo/

– destaco algumas delas abaixo, as que considero mais relevantes:

1- melhorias nos processos de embarque e desembarque para evitar aglomerações

2- sempre que possível, o assento do meio estará livre para promover a distância entre os passageiros

3- adoção de novos procedimentos de limpeza proativos e regulares em toda a cabine; álcool gel estará disponível em todos os voos

4- simplificação do serviço de bordo, para minimizar o manuseio dos produtos

A COMPRA DA PASSAGEM

– como sou categoria Black Sigature no programa LATAM PASS, eu tenho alguns benefícios relevantes e, neste caso específico, dois deles se destacam: (i) possibilidade de cancelamento de passagens emitidas com Pontos sem pagamento de taxas e (ii) upgrade para cabine superior, lembrando que a companhia oferece desde março de 2020 a classe Premium Economy nos seus voos nacionais

– a minha ideia de fazer um voo para acabar com a “abstinência” de voar, aproveitando um feriado no meio da semana (5ª feira – Corpus Christi) surgiu apenas no fim de semana anterior, ou seja, com pouquíssima antecedência

– no trecho da capital carioca para a capital federal, a LATAM estão operando neste período 02 voos, um no início da manhã (06:30h) e outro no final da tarde (17:00h); a quantidade de pontos para emissão de um bilhete para o voo matutino estava simplesmente estratosférica (121 MIL!!), por isso, a opção do outro voo (9.300 pontos) se mostrou a mais razoável

– no sentido contrário, são apenas 02 voos operados também, um no meio da manhã (09:05h) e outro no início da noite (19:35h – meu voo); da mesma forma que o voo da ida, a quantidade de pontos para uma viagem matutina estava exorbitante (quase 109 MIL!!!), enquanto que o voo da noite “custava” apenas 5.800 pontos

– no total, “torrei” 15.100 pontos para emitir as passagens de ida-e-volta, de forma que eu faria um autêntico bate-e-volta na cidade que costumava ir toda santa semana

O AER. SANTOS DUMONT/SDU

– decidi ir de carro para o aeroporto, mesmo sabendo que seria uma opção mais cara do que pegar um transporte de aplicativo; nesta fase, o trânsito no Rio de Janeiro está ótimo, o trajeto foi muito rápido e deixei o carro no vazio estacionamento do aeroporto por volta de 15:45h

Estacionamento do Santos Dumont
Estacionamento do Santos Dumont

– a caminhada até o terminal de passageiros do Santos Dumont é curta; do lado de fora, pouco movimento de veículos nas 02 vias que dão acesso ao terminal; apenas 01 das portas giratórias estava liberada para entrar no prédio

Parte Externa do Santos Dumont
Parte Externa do Santos Dumont

– naquela 5ª feira de Feriadão, apenas 16 voos foram operados partindo do Santos Dumont, com horários espalhados entre 06:15h (voo da AZUL para Campinas/VCP) e 22:20h (voo da LATAM para Guarulhos/GRU); os voos mais próximos do meu eram da GOL para Guarulhos/GRU que partiu às 16:20h e depois um da AZUL para Campinas/VCP que partiria somente às 19:30h

Painel com voos no Santos Dumont

– os guichês da LATAM ficam no lado direito da área de atendimento das companhias aéreas e estava quase deserto, apenas 02 passageiros faziam o check-in; o incentivo ao uso dos meios digitais de atendimento é uma das medidas que estão sendo incentivadas, justamente para evitar que os passageiros precisem passar pelos balcões do aeroporto (eu tinha feito meu check-in pelo aplicativo)

Área de Check-in da LATAM
Área de Check-in da LATAM
Área de Check-in da LATAM

– no lado esquerdo desta área, estão os guichês da GOL, onde a realidade era ainda mais chocante: o último voo do dia operado pela companhia estava partindo naquela hora, portanto, o atendimento já estava encerrado e nenhum passageiro estava ali

Área de Check-in da Gol

– os guichês da AZUL ficam no extremo esquerdo da área de check-in e também estavam vazios; o próximo e único voo da companhia naquele dia partiria somente 02 horas e meia depois; o grande dinossauro azul da companhia (uma campanha para que as pessoas usem o aplicativo de smartphone) entrou no ritmo da pandemia e estava com máscara

Área de Check-in da Azul
Dinossauro da Azul no Santos Dumont

– depois de subir a escada rolante em direção ao 2º pavimento do terminal, foi possível ter uma noção mais nítida desta fase tão difícil para a aviação comercial no Brasil: a visão de cima do amplo saguão de check-in praticamente vazio é algo difícil de acreditar

Visão ampla da área de check-in
Visão ampla da área de check-in
Visão ampla da área de check-in

– os impactos desta fase também são aparentes na parte comercial desta parte do aeroporto: no 1º piso, a Casa do Pão de Queijo estava aberta, com alguns clientes fazendo um lanche rápido; na andar de cima, apenas a farmácia, um quiosque que vende itens de casa e 02 lanchonetes estavam abertas, enquanto Salas VIP e todas as lojas estavam fechadas

Área Comercial do Santos Dumont
Área Comercial do Santos Dumont
Área Comercial do Santos Dumont
Área Comercial do Santos Dumont
Área Comercial do Santos Dumont

– em termos de comunicação sobre as medidas preventivas associadas ao COVID-19, a INFRAERO (que administra o Santos Dumont) colocou adesivos no chão recomendando a distância mínima de 2 metros entre pessoas em alguns locais específicos (em frente à escada rolante, por exemplo)

Sinalização de Distanciamento no Santos Dumont

– o painel eletrônico que mostra a lista de voos partindo e chegando também exibia mensagens importantes de combate ao contágio por coronavírus, ressaltando que o uso de máscaras faciais é obrigatório nas instalações do aeroporto

Painel do Santos Dumont – Uso de Máscaras

– além disso, dispositivos com álcool gel também estavam disponíveis em vários pontos, em especial, perto dos muitos banheiros espalhados pelo prédio

Álcool gel no Aer. Santos Dumont

– passar pelo controle de raio-x foi muitíssimo tranquilo, apenas mais 02 passageiros faziam o mesmo junto comigo; eu estava com uma pequena garrafa de álcool gel, o que é permitido (álcool “puro” não pode de jeito nenhum!)

Controle de Segurança no Santos Dumont

– a área comercial do saguão de embarque parecia um pouco mais “viva”, pois as 02 maiores lojas estavam abertas: Dufry Shopping e Hudson; entretanto, o restante de quiosques e lanchonetes estava fechado

Comércio da Área de Embarque do Santos Dumont
Comércio da Área de Embarque do Santos Dumont
Comércio da Área de Embarque do Santos Dumont
Comércio da Área de Embarque do Santos Dumont

– nesta parte do aeroporto, fica evidente mais uma medida adotada pela INFRAERO associada ao COVID-19: foram instalados adesivos “Deixe este assento livre“, para evitar que pessoas sentem uma ao lado da outra; mas achei muito tímido, pequeno e sem muito destaque, acho que precisava ser algo mais contundente, o próprio esquema de cores utilizado (predominância do azul) prejudica a compreensão dos desatentos

Sinalização de Distanciamento no Santos Dumont
Sinalização de Distanciamento no Santos Dumont

– eu sabia que alguns Boeings 737-800 da GOL estavam estocados no pátio do Santos Dumont e fui rapidinho até o Portão 8 (ponta extrema esquerda desta área) para vê-los; no finger, estava acoplado um Airbus A320Neo da AZUL, figurinha nova nesta paisagem, pois a companhia passou a utilizar este modelo de aeronave muito recentemente neste aeroporto

A320Neo da Azul e B737s da GOL

– no mais, a visão geral do longo corredor envidraçado onde estão instalados os Portões de Embarque era de um grande vazio, com exceção dos arredores do Portão 3, onde seria feito o embarque do único voo que estava saindo naquele horário: LA3028 com destino a Brasília

Área de Embarque do Santos Dumont
Área de Embarque do Santos Dumont

– nos banheiros, foi possível perceber mais algumas medidas preventivas: os bebedouros instalados na porta estão interditados, assim como aqueles aparelhos que servem para secar as mãos dos passageiros

Bebedouro no Santos Dumont
Secadores de mão no banheiro do Aer. Santos Dumont

O VOO PARA BRASÍLIA/BSB

– um Airbus A319 foi escalado para o voo que me levaria até Brasília; de prefixo PR-MYM ele sempre teve as cores da LATAM, desde que foi entregue em julho de 2011

A319 da Latam no Santos Dumont

– pelo que pesquisei no Flight Radar, esta aeronave operaria somente 04 voos naquele dia: 02 jornadas de ida e volta do SDU para BSB, a primeira delas partindo bem cedo da Cidade Maravilhosa (06:30h), retornando em seguida, chegando por volta de 11:00h

– eram 16:20h em ponto quando foi feito o anúncio pelo time de terra da LATAM de que o embarque estava sendo iniciado pelo Portão 3; ficou clara a mudança de protocolo adotada pela companhia nesta fase, pois a sequência de convocação dos passageiros mudou: os maiores de 80 anos são os primeiros, seguidos das Prioridades por Lei, Premium Economy, Black e Black Signature e, depois, começam os Grupos, com ordem invertida: 6, 5, 4…

– logo que o sistema de som foi utilizado, os passageiros se levantaram e formaram filas, com isso a distância mínima ficou longe de ser respeitada

Portão 3 do Santos Dumont
Portão 3 do Santos Dumont
Portão 3 do Santos Dumont

– como fiquei observando o comportamento das pessoas, não me apresentei no momento em que os passageiros Black Signature foram convocados; somente às 16:30h usei o “curral” de prioridades; na ponte de embarque não tem sinalização no piso para manutenção da distância entre passageiros e uma grande fila estava formada; eu mantive distância para a pessoa à minha frente, mas percebi que a senhora atrás de mim não fazia o mesmo

Painel do Portão 3 do Santos Dumont
Ponte de Embarque do Santos Dumont

– a única coisa positiva desta fila no finger foi matar a saudade deste cenário sempre lindo de aeronaves estacionadas em plena Baia de Guanabara

Airbus A319 da Latam
Airbus A319 da Latam
Airbus A319 da Latam

– o Chefe de Cabine recepcionava a todos na porta 1L do A319; tinha um pote de álcool gel na bancada da galley logo atrás, mas não era dado nenhum destaque, não era oferecido de forma pró-ativa

– eu segui o procedimento de solicitação de upgrade para a classe Premium Economy, que foi confirmado por e-mail cerca de 12 horas antes do voo: este seria o meu 1º contato com este novo produto da LATAM

– o assento 1F foi designado pela própria LATAM; fica na primeira fileira, no lado direito da aeronave; não havia nenhuma identificação destacando que as 03 primeiras fileiras são dedicadas para a Premium; um dos grandes diferenciais desta classe é o assento do meio bloqueado, mas nenhum destaque era dado para isto; dos 12 assentos, apenas 05 estavam ocupados e viajaria sem ninguém ao meu lado na 1D

Assento 1F do A319 da Latam
Assento 1F do A319 da Latam

– o espaço para pernas era excelente, um conforto que somente esta fileira e aquela da Saída de Emergência proporcionam neste modelo de aeronave de corredor único da LATAM; no bolsão instalado na divisória da frente, não tinha a revista de bordo “Vamos”, somente o safety card do A319 (esta medida se insere no contexto de combate ao contágio do coronavírus); na parte inferior da estrutura da poltrona, uma tomada universal estava instalada

Espaço para Pernas – A319 da Latam
Bolsão do A319 da LATAM

– sei que isto não é relevante considerando os contornos de um voo em um período tão atípico, mas merece o registro: nenhuma saudação especial foi feita aos passageiros da Premium Economy; além disso, no passado mais recente, eu sempre recebia um agradecimento pelo fato de ser Black Signature, o que também não rolou

– eram 16:45h quando o embarque encerrado e o despachante informou ao Chefe de Cabine que 121 passageiros tinham embarcado, portanto, ocupação próxima de 85% neste voo; logo em seguida, foi feito um anúncio pelo sistema de áudio da aeronave sobre possíveis alterações de assentos sugeridas pelos Comissários para aumentar o distanciamento social; não consegui conferir se realmente algo foi feito

– a porta do Airbus foi fechada às 16:50h e alguns minutos depois o Comandante se dirigiu a todos com mensagens de tranquilidade sobre a segurança do voo, ressaltando a eficiência dos filtros da aeronave e do processo de limpeza de superfícies da cabine com produto que não prejudicam a saúde; ao final, ele reverberou o novo slogan da companhia para esta fase crítica: “Latam: longe, mas juntos

– o procedimento de pushback foi iniciado às 16:58h, portanto, partíamos com 02 minutos de sobra; no caminho até a cabeceira, passamos bem perto dos Boeings da GOL que estão estocados em um canteiro mais central do aeroporto (3 com pintura antiga, 2 com pintura nova); a imagem de aviões perfilados em um cenário de cartão-postal pode ser considerada linda, mas é muito angustiante

Boeings da GOL no pátio do Santos Dumont
Boeings da GOL no pátio do Santos Dumont
Boeings da GOL no pátio do Santos Dumont
Boeings da GOL no pátio do Santos Dumont
Boeings da GOL no pátio do Santos Dumont

– chegamos na cabeceira 20L do SDU às 17:04h, fazendo uma curva para a direita; depois do alinhamento na pista, poucos segundos depois o par de motores CFM56 foi acionado em potência máxima; a curta pista de 1.323 metros não foi problema para tirar o A319 do chão; fiz um vídeo da decolagem, com um cenário lindo de pôr-do-sol na Cidade Maravilhosa; voltei a voar depois de tanto tempo em grande estilo!

– a passagem perto do Morro Pão de Açúcar, tendo a Zona Sul do Rio de Janeiro ao fundo, é sempre deslumbrante

Decolagem no Santos Dumont
Decolagem no Santos Dumont

– se estivéssemos a caminho de São Paulo, faríamos uma curva para a direita, margeando todo o litoral da cidade do Rio de Janeiro, mas como o destino era Brasília, viramos para a esquerda e logo estávamos sobrevoando a região oceânica de Niterói

Região Oceânica de Niterói

– este A319 tinha instalado o sistema de conectividade a Internet; de vez em quando, a LATAM me manda um código para ter acesso gratuito, mas não recebi nada para este voo; o pacote mais barato custo R$ 10,00 e só permite o envio e recebimento de mensagens; o mais caro custa R$ 30,00 (1 hora) ou R$ 43,00 (voo inteiro); como eu estava fazendo muitos Stories no Instagram, resolvi “investir” no mais caro para já postar os vídeos do voo

– o serviço de bordo foi iniciado às 17:20h; neste momento, além da máscara, o Chefe de Cabine usava luvas e foi possível perceber a atenção dele em cada movimento para entregar um copinho de água, uma barra de cereal e um pacote de biscoito “Torcida”, além do guardanapo; pelo que pude perceber, os passageiros da classe Econômica receberam apenas a água; portanto, de fato, o serviço da Premium Economy foi diferenciado, o que não significa que atendeu às expectativas de uma classe superior

Serviço de Bordo da Premium Economy

– o assento 1F não é o melhor para tirar as clássicas fotos do conjunto “motor e asa“, eu prefiro estar nas fileiras 3 ou 4 para um melhor ângulo; mas fui contemplado com um final de tarde com um céu simplesmente maravilhoso: ficar olhando pela janela de um avião depois de tanto tempo foi um momento muito especial

Final de tarde no A319
Final de tarde no A319
Final de tarde no A319
Final de tarde no A319

– eu tinha curiosidade para saber se a LATAM tinha interditado o banheiro durante o voo, mas estavam liberados normalmente; levantei e fui lá conferir: estava limpo e o sabonete era oferecido em sachês disponíveis em um pequena gaveta; para mim, isto é pouco prático

Banheiro do A319 da Latam
Banheiro do A319 da Latam
Sabonete líquido no banheiro do A319 da Latam

– por volta de 18:15h, tivemos mais um anúncio do Piloto, desta vez para informar que teríamos tempo bom no destino, com temperatura de 26 graus e céu com poucas nuvens; 18:30h era a previsão de pouso; olhando pela janela do A319, já estava escuro lá fora; e era hora de apreciar novamente lá do alto as luzes dos entornos de Brasília

Fase final do voo para Brasília
Fase final do voo para Brasília
Fase final do voo para Brasília
Fase final do voo para Brasília
Fase final do voo para Brasília

– o pouso tranquilo foi realizado às 18:29h pela pista 11L que tem 3.200 metros de extensão; taxiamos lentamente por pistas auxiliares sem movimentação alguma até acoplar no finger localizado na ponta do Pier Sul do Aer. de Brasília

Taxiando no Aer. de Brasilia

ao contrário do que a LATAM anunciou como medida associada à pandemia, pelo menos neste voo, nenhuma comunicação da tripulação foi feita para tentar organizar a saída dos passageiros da aeronave: logo depois que o avião encostou, a maioria das pessoas levantou e ficou aglomerada em pé esperando, bem próximas uma da outra, a abertura da porta dianteira da aeronave

– fui o primeiro a desembarcar (esperando sentado!) e, com isso, “missão cumprida” para o meu 26º voo de 2020, a bordo do A319 da LATAM

A319 da Latam no Aer. de Brasília

O AER. DE BRASÍLIA/BSB

– antes da drástica mudança da minha rotina de trabalho, este terminal fazia parte da minha vida profissional de forma muito marcante; sou o responsável pela área de relações governamentais de uma grande empresa e tinha que visitar Brasília toda semana, pelo menos uma vez

– eu peguei várias fases deste aeroporto, que no passado tinha uma estrutura bem mais modesta, com poucas pontes de embarque e apenas uma pista (a 11L/29R, a outra – 11R/29L – só foi construída em 2005); a entrega à iniciativa privada foi feita no início de 2012 e o resultado foi um terminal que considero excelente: moderno e funcional

Área de Embarque do Aer. de Brasília
Área de Embarque do Aer. de Brasília
Área de Embarque do Aer. de Brasília
Área de Embarque do Aer. de Brasília

– nesta fase, a pista 11R/29L não está sendo utilizada e o Pier Norte também está desativado, todas as operações estão concentradas no Pier Sul, onde ficam os Portões de 18 a 32

– naquele dia, mais de 25 voos estavam programados para partir da capital federal, com horários espalhados entre 05:45h (voo da AZUL para Campinas/VCP) e 22:50h (voo da LATAM para Guarulhos/GRU), ou seja, a mesma realidade do Santos Dumont/SDU; os voos mais próximos do meu eram da GOL: para Salvador/SSA que partiu às 17:35h e depois para São Paulo/CGH que partiria às 20:25h

Painel com voos no Aer. de Brasília

– logo depois que desembarquei, influenciado por um post do @aeroportobsb no Instagram, fui tentar comprar as máscaras que estão sendo vendidas pela administração do aeroporto, como parte de ação social (50% da renda será revertida para instituições de caridade); mas não tive sucesso, pois achei que o ponto de vendas era o balcão de informações localizado perto do Portão 15; na verdade, teria que ir até a área de check-in, mas eu não tinha muito tempo, preferi não arriscar

Balcão de Informações do Aer. de Brasília

– as medidas de prevenção ao contágio do COVID-19 são visíveis por toda a área de embarque: dispositivos com álcool gel estão espalhados e, ao contrário do Santos Dumont, a sinalização nos assentos para manter o distanciamento social é bem explícito (“Assento Interditado – Neste momento, somos melhores separados“)

Álcool gel no Aer. de Brasília

– além disso, na pequena praça de alimentação, algumas mesas foram interditadas, de forma a aumentar o o espaço entre os passageiros que se alimentam enquanto aguardam o voo; mas senti falta de sinalização de alerta nas esteiras rolantes que ajudam no deslocamento entre a região central e o Pier Sul

– no longo corredor central que interliga o Pier Norte e Pier Sul, as lojas estão fechadas, assim como os quiosques e lanchonetes; as exceções ficam por conta da grande loja Dufry Shopping que é passagem obrigatória para todo mundo e da farmácia quase ao lado; já no saguão principal do Pier Sul, a loja Hudson e outra menor Dufry, além de algumas lanchonetes da Praça de Alimentação estavam abertas

Área comercial do Aer. de Brasília
Área comercial do Aer. de Brasília
Área comercial do Aer. de Brasília
Área comercial do Aer. de Brasília

– o balcão de atendimento aos passageiros em trânsito neste aeroporto mantido pela LATAM perto do Portão 18 estava vazio, sem funcionários e com monitores desligados

Balcão de Atendimento da LATAM no Aer. de Brasília

– já era hora de voltar para o Rio e o embarque no Portão 32 foi anunciado às 19:00h pelo sistema de áudio; e novamente, filas foram rapidamente formadas, sem respeitar o distanciamento sugerido, apesar do espaço ser amplo; o esquema de entrada no avião seguiu a mesma lógica que foi adotado no Santos Dumont

Fila no Portão 32 do Aer. de Brasília
Fila no Portão 32 do Aer. de Brasília
Fila no Portão 32 do Aer. de Brasília

– usei o curral de prioridades para não pegar aglomeração e entrei por volta de 19:05h, mas muitos passageiros estavam em fila indiana na ponte de embarque, onde, pelo menos, haviam marcas amarelas (fitas adesivas) no chão para orientação da distância necessária a ser mantida

Portão 32 do Aer. de Brasília
Portão 32 do Aer. de Brasília
Ponte de Embarque no Aer. de Brasília

O VOO PARA O RIO DE JANEIRO/SDU

– apenas 30 minutos de desembarcar, já estava de volta para a mesma aeronave, com a mesma tripulação de cabine

– o pedido de upgrade também foi atendido com sucesso para este voo e desta vez fui alocado no assento 1A, também na primeira fileira, desta vez no lado esquerdo da aeronave

– a janela ao meu lado estava muito manchada, acredito que por conta de algum produto da higienização feita pelo time de terra da LATAM; neste voo, a classe Premium Economy estava quase lotada (11 dos 12 assentos ocupados) e 119 passageiros estavam a bordo (novamente, alta ocupação)

– eram 19:30h quando a porta 1L foi fechada e o procedimento de pushback foi iniciado 02 minutos depois (ou seja, dentro do horário); o taxiamento foi relativamente longo para o outro lado do aeroporto, passando pelo Pier Norte totalmente apagado, uma cena impactante para mim, acostumado a vê-lo com muito movimento

– eram 19:40h quando chegamos na cabeceira 11L, fazendo uma curva para a direita e já iniciando a aceleração em potência máxima; foram 32 segundos até que o A319 começasse a ganhar altura

– o serviço de bordo foi oferecido às 20:05h e foi ainda mais simples do que o voo da ida: tive que escolher entre um pacote de biscoito salgado ou um chocolate Twix, acompanhado de um copinho de água

Serviço de Bordo na Premium Economy da LATAM

– o dia tinha sido intenso, acabei dormindo e descansando um pouco; fui despertado pelo anúncio vindo da cabine de que teríamos tempo bom no nosso destino, com 24 gruas de temperatura, com pouso previsto para 21:07h, portanto, 13 minutos antes do previsto; logo depois começamos a sobrevoar a região do Grande Rio

Janela do A319 no voo Brasilia-Rio

– o procedimento de pouso foi feito com segurança pela pista 20L do Santos Dumont às 21:06h (que sensação ótima a freada brusca!!!!) e taxiamos rapidamente para o Portão 1; novamente, não houve anúncio da tripulação para organizar a saída da aeronave e os passageiros também se aglomeraram no corredor do A319

– “missão cumprida” para o meu 27º voo de 2020, a bordo do A319 da LATAM

A319 da LATAM no Aer. Santos Dumont

– o Portão 1 fica em um dos extremos do saguão de embarque que, naquela hora, em função da falta de luz natural, parecia ainda mais vazio

Saguão de Embarque do Aer. Santos Dumont
Saguão de Embarque do Aer. Santos Dumont

– na área de restituição de bagagem, voltei a observar aglomeração de pessoas, tanto no momento de espera das malas na esteira, quanto no momento da saída para parte externa

Área de Restituição de Bagagens no Santos Dumont

– a caminhada até o estacionamento é relativamente rápida, é preciso se passar por toda a área do check-in, que também estava vazia; e a conta não foi das menores: R$ 60,00 para deixar o carro por menos de 6 horas

Conta do Estacionamento no Santos Dumont

AVALIAÇÃO GERAL: a quantidade de pontos para a emissão das passagens foi bem razoável, considerando a alta ocupação dos voos e a reduzida antecedência; o A319 é menor aeronave da frota da LATAM BRASIL e funciona muito bem para voos de 80/90 minutos de duração, além de operar com facilidade nos aeroportos centrais, como é o caso do Santos Dumont/SDU; mesmo tendo em mente as excepcionalidades decorrentes da fase atual, eu tinha uma expectativa mais alta para o produto associado à Premium Economy, tanto com relação ao approach da tripulação quanto ao serviço de bordo; espero poder voar e avaliar novamente esta classe em “condições normais de temperatura e pressão”; senti falta do speech sobre a organização dos passageiros para desembarque e de uma abordagem menos robotizada dos Comissários, o que precisa ser relativizado, obviamente, pelo fato de todos estarem de máscara; no geral, foi muito interessante ter tido a oportunidade de voar neste período de enfrentamento à pandemia do COVID-19

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