VOANDO COM A GOL (GIG/EZE)

Na 1ª semana de fevereiro, a GOL fez uma super-promoção de passagens, incluindo voos do Brasil para Argentina: voo de volta a módicos R$ 99,00; no dia do lançamento da oferta, fiz pesquisas e achei muito convidativa a ideia de ir para Buenos Aires comemorar o Dia dos Namorados com a “patroa”

A COMPRA DA PASSAGEM

classe Premium da GOL foi lançada no 1º trimestre de 2016 buscando atrair os passageiros que buscam uma experiência de voo mais diferenciada; eu ainda não tinha voado e avaliado esta opção, portando, parecia ser uma ótima oportunidade para isso

– a GOL indica que o passageiro que voar nesta classe terá “exclusividade, privacidade e mais espaço“, oferecendo os seguintes atrativos: maior distância entre as fileiras, assento do meio vazio, acesso à Sala VIP, maior acúmulo de milhas no Programa Smiles (150%), serviço de bordo especial, bagageiros exclusivos, kit conforto, uso exclusivo do banheiro da parte frontal da aeronave e, por fim, check-in e embarque prioritários (alguns destes benefícios eu já teria por ser categoria Diamante no Smiles); vamos conferir se realmente tem tudo isso…

– a GOL está operando 03 voos diretos por dia entre o Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão/GIG) e Buenos Aires (Aeroporto Ezeiza/EZE); me programei para viajar no sábado (dia 10 de junho) no 1º voo (voo 7654 – partida às 09:00h) e retornar na 2ª feira (dia 12 de junho) no final da tarde (voo 7653 – partida às 17:20h)

– o preço da classe Premium, por pessoa, para o voo de ida estava muito atrativo: R$ 466,38 + taxas de R$ 111,96, o que combinado com o valor de R$ 99,00 para o voo de volta na classe Econômica tornou o custo total da viagem excelente

– antes de finalizar o processo de compra no site da GOL, é possível fazer a marcação de assentos; a Premium está instalada nas 04 primeiras fileiras da aeronave (reparem que no lado esquerdo, não tem a fileira “1”) e escolhi as poltronas “4A” e “4C“, lado esquerdo, na última fileira desta classe “executiva”

O CHECK-IN ANTECIPADO E A IDA PARA O GIG

– no dia anterior, a GOL mandou um e-mail informando que o voo estava previsto para partir no horário; tenho dúvidas se esta mensagem enviada na véspera tem algum valor realmente, pois acho muito difícil que a companhia consiga prever um atraso do voo com esta antecedência

– na 6ª feira a noite, adiantei logo o processo de check-in on line: a navegabilidade do site da GOL é muito boa, é fácil preencher as informações necessárias; os assentos previamente reservados foram confirmados

– com voo 7654 marcado para partir às 09:00h, e com a expectativa de não pegar trânsito em um sábado de manhã cedo, chegamos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro às 07:25h; era uma manhã de céu nublado na Cidade Maravilhosa 

– fiz questão de passar na área de check-in e balcões de atendimento da GOL para ver a movimentação de passageiros: muita gente estava por lá, muitos voos saindo neste horário (principalmente para destinos nacionais); a companhia oferece a opção de auto-atendimento, por meio de totens espelhados nesta parte do Terminal 2 do GIG

– passar pelos controles de segurança (inspeção das bagagens nos aparelhos de raio-x) e de passaporte (neste terminal a Polícia Federal oferece a opção de catracas eletrônicas) foi muito tranquilo e rápido, simplesmente não pegamos ninguém a nossa frente 

– vale sempre o alerta: a distância entre o check-in e os portões de embarque dos voos no “novo” Galeão (pós-privatização) é grande, os passageiros são obrigados a passar pela área comercial do aeroporto, não se pode dar moleza com o horário; em determinadas horas do dia, a administração do aeroporto oferece transporte em carrinhos elétricos

A SALA VIP DA GOL

– a sinalização do aeroporto é ostensiva e bem clara; as placas indicam que as Salas VIP ficam no 3º andar, onde não estão instaladas esteiras rolantes para agilizar o trajeto; o Lounge da GOL fica no extremo desta área, por isso vale uma dica: não seguir as placas, agilizar o passo pegando as esteiras do 2º andar e, ao final deste grande corredor, pegar um elevador até o andar superior, saindo em frente ao espaço da GOL

– chegamos lá por volta de 07:50h, não teríamos muito tempo para aproveitar o Lounge; a ampla vista para o pátio de manobras é sempre um atrativo e um convite para tirar fotos dos aviões estacionados ou taxiando; a predominância de aviões da GOL neste horário do dia me chamou a atenção

– já estive aqui outras 02 vezes e, na primeira delas, em dezembro de 2016, logo depois da inauguração, fiz uma avaliação completa deste espaço (veja AQUI)

– neste dia, esta Sala VIP estava vazia, somente mais 02 casais utilizavam as facilidades oferecidas pela GOL (em termos de refeição: sanduíches, doces, sopa, pães, geléia e snacks, além de uma grande variedade de bebidas, inclusive, quentes e alcóolicas)

O EMBARQUE NO B737-800

por volta de 08:30h, achando estranho que o embarque ainda não tinha sido anunciado, fui ao balcão da entrada perguntar sobre um aparente atraso do voo; ainda bem que fiz isso, pois se não faço, provavelmente, teríamos perdido o avião, pois o embarque já estava sendo finalizado; os funcionários da GOL no portão de embarque esqueceram de avisar as recepcionistas da Sala VIP, que por sua vez não perceberam que o atraso nesta comunicaçao era injustificável 

 – saímos acelerados em direção ao Portão C50, que fica a cerca de 05 minutos de caminhada, onde o Boeing 737-800, prefixo PR-GUK (que voa com a GOL desde setembro de 2011) estava estacionado; esta aeronave fez parte de uma grande festa em março de 2017, pois carrega uma pintura especial da CBF, com adesivos de “#VoaCanarinho”; na parte interna da cabine, um grande adesivo do escudo da Confederação confirma que estamos no avião que tem a missão de transportar nossa seleção de futebol  

– dos 14 lugares disponíveis (são 06 do lado esquerdo – fileiras 2 a 4 – e 08 do lado direito – fileiras 1 a 4), apenas 05 passageiros ocupavam a classe Premium deste voo; já na classe Econômica a ocupação era bem maior, superior a 80%; a separação das cabines é feita por uma cortina tipo “rede”, que fica aberta durante as fases de pouso e decolagem 

não há sistema de vídeo nos aviões da GOL, nem mesmo coletivo; a companhia oferece o chamado Gol On Line, onde os passageiros podem acessar uma série de conteúdos por meio de conexão wi-fi; no site da companhia é possível conferir os programas disponíveis

– assim que nos acomodamos nos assentos 4A e 4C, na ultima fileira da classe Premium, água (minha opção, servida em copo de plástico) e suco de laranja foram oferecidos em copos de plástico

– na parte inferior da estrutura das poltronas, uma tomada universal está instalada, portanto, foi possível carregar celular durante o voo; além disso, o equipamento da GOGO que permite acesso a Internet a bordo estava instalado nesta aeronave 

– nesta classe de serviço, o espaço para as pernas é maior do que o normal (os passageiros das fileiras 5 e 6 têm o mesmo “direito”) e permite que um homem cruze as pernas com relativo conforto; uma manta e um travesseiro (de tamanho apenas razoável) estavam presos pelo cinto no assento do meio; os bagageiros destas 04 primeiras fileiras estão identificados como sendo exclusivos para os passageiros da classe Premium; este B737 já carrega os novos bancos com revestimento de couro ecológico que a GOL lançou em dezembro de 2016

O VOO PARA BUENOS AIRES

tudo pronto para a partida, o pushback foi iniciado às 08:59h, portanto, dentro do horário previsto, sempre uma boa notícia para começar de forma positiva um voo

– o Chefe de Cabine José se apresentou pelo sistema de áudio informando que o Capitão Ricardo estava comandando o cockpit do B737 e que a nossa viagem duraria 02 horas e 58 minutos (estes anúncios foram feitos em português, inglês e espanhol)

– ficamos muito tempo esperando perto da cabeceira da pista 33e só iniciamos a decolagem às 09:18h; os 02 motores CFM56 empurraram o Boeing por 30 segundos até tirá-lo do chão, correndo em paralelo à Linha Vermelha, uma via expressa que liga a Zona Sul e Centro do Rio à Baixada Fluminense 

– eram 9:40h quando o Capitão saudou a todos, em português e inglês, trazendo algumas informações sobre resto do nosso voo: pousaríamos em Buenos Aires/EZE às 12:10h, onde encontraríamos tempo bom, frio de 10 graus e na rota poderíamos enfrentar turbulência ocasional; nesta fase inicial do voo, uma linda visão da janela prendia minha atenção: primeiro, uma camada de nuvens brancas e densas, depois nuvens mais esparsas 

– logo em seguida, o serviço de bordo foi iniciado; o Chefe Jorge ficou responsável pelos passageiros da Premium e ofereceu sanduíche quente no pão ciabatta com 02 opções de recheio: 1) rosbife com queijo e tomate (minha escolha) ou 2) somente queijo e tomate; olhando para a classe Econômica, conferi que o sanduíche servido era “frio”; o sanduba foi servido em uma pequena bandeja, junto com uma sobremesa (bolo com creme); vinhos branco e tinto eram as opções de bebida alcoólica, mas preferi beber somente água; depois que as bandejas foram recolhidas, foram oferecidas bebidas quentes, eu pedi café 

– um pequeno kit básico com escova e pasta de dente, além de fio-dental, dentro de uma embalagem de plástivo, foi a última coisa oferecida pela GOL

– fui ao banheiro dedicado à classe Premium, localizado ao lado da porta dianteira da aeronave: estava limpo, mas apertado, como sempre neste modelo de avião; além disso, a GOL não coloca nenhum “apetrecho” a mais no ambiente 

– na volta, fiquei conversando com 03 comissários, todos ex-funcionários da Varig e acabei tendo saudosas recordações das viagens que fazia no clássico MD-11, que operava o voo RG2205, de Brasília para o Rio, no início dos anos 2000

– hora de testar a Internet a bordo: escolhi o plano de R$ 10,00 (alguns dias antes, em voo do Rio para Brasília, paguei R$ 8,00); no meu caso, fazer o acesso foi muito rápido, eu já tinha cadastro na GOGO, empresa que também suporta esta facilidade, não precisei digitar os dados de cartão de crédito; em termos de conexão, achei mais lenta do que nas minhas experiências anteriores 

– depois de dar uma atenção às redes sociais do Voando e Avaliando, consegui descansar por alguns poucos minutos; o ângulo de reclinação da poltrona é um pouco acima do normal, o suficiente para trazer uma maior sensação de conforto 

– no bolsão da poltrona da frente, fica guardado o seguinte: revista de bordo da GOL (sempre uma opção para fazer o tempo passar), o cartão com as instruções de segurança e um panfleto com as orientações para o sistema de acesso à Internet 

– Buenos Aires estava próxima no final daquela manhã e o leito do Rio da Prata combinou muito bem com a asa esquerda do B737 da GOL, equipada com winglet e com motor pintado de cinza metálico 

– ao meio-dia em ponto ouvimos a mensagem vinda da cabine de comando: “atenção tripulação, preparar para o pouso, temperatura 15 graus“; na mesma hora, o sistema de Wi-Fi foi desligado; eram 12:05h quando foi feito um novo anúncio: “pouso autorizado“; o trem de pouso foi armado e travado e pousamos às 12:11h na ensolarada Argentina 

– a caminho do terminal, cruzamos com aviões de fuselagem larga da Alitalia (B777), Aerolineas Argentinas (A340), Iberia (A340) e LATAM (B767)

– apesar de pararmos em frente ao terminal, o desembarque foi feito de forma remota, ao lado de um B777-200 da British Airways; enfrentamos uma demora, pois o motorista teve certa dificuldade de encostar o caminhão que serviria de escada para a saída dos passageiros

– quando eu já estava chegando no hotel em Buenos Aires, recebi um SMS da GOL com uma pesquisa de satisfação sobre o voo; acho interessante a companhia ter esta preocupação de receber o feedback dos clientes, é uma ótima forma de tentar entender se as ideias que formatam o produto oferecido estão sendo bem recebidas por eles

AVALIAÇÃO GERAL: foi uma experiência interessante avaliar pela 1ª vez a classe Premium da GOL, uma tentativa da companhia brasileira de oferecer um produto diferenciado; o valor da passagem foi excelente, a combinação do voo da ida e volta na promoção que aproveitei levou a um custo muito atrativo para um voo internacional de 03 horas de duração; eu gosto muito da Sala VIP do GIG, o espaço é grande e com boas opções para matar a fome e a sede, mas a falta de comunicação que poderia ter me levado a perder o voo é uma falha grave; o B737 é uma máquina eficiente, isto não se discute, mas um serviço de nível mais elevado não combina muito com ele; foi legal ter voado na aeronave com pintura especial que retrata o patrocínio à seleção brasileira de futebol; o serviço de bordo foi uma frustração: de fato, é melhor do que a Econômica (sanduíche é quente, tem sobremesa e opção de bebida alcoólica), mas eu esperava algo mais elaborado, uma refeição para comer de garfo e faca, por exemplo; a GOL operou o voo com pontualidade e o atendimento da tripulação foi ótimo, feito com muita atenção e educação; além disso, todas as comunicações foram feitas com calma e clareza; entre altos e baixos, este 1º contato com a classe superior da GOL foi apenas satisfatório

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