Voando com a AZUL (VCP/RAO)

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– esta será a minha 1ª avaliação da AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS em voo no turbo-hélice fabricado pela empresa ítalo-francese ATR ; eu já tinha voado neste tipo de avião com a PASSAREDO (de Guarulhos para o Galeão, com conexão em Ribeirão Preto) e com a FLYWAYS (do Galeão para Pampulha), mas somente a AZUL opera os modelos da série 600, os mais modernos

COMPRA DA PASSAGEM

– comprei passagem no início de julho para voar nos meados de agosto; era uma oportunidade única, pois queria aproveitar um dos feriados municipais decretados no município do Rio de Janeiro por conta dos Jogos Olímpicos Rio-2016 para finalmente conseguir voar no ATR-72/600, um projeto que estava sendo perseguido há meses

– pesquisei o site da Azul em busca das rotas operadas pelo ATR e algumas opções apareceram a partir de Campinas/VCP: Marília/MII, Araçatuba/ARU, Bauru/JTC, São José do Rio Preto/SJP, Cascavel/CAC, Uberlândia/UDI e Ribeirão Preto/RAO, que surgiu como a melhor opção

– fazendo uma consulta para o mês de novembro de 2016, é possível conferir que a AZUL opera 05 voos diários entre VCP e RAO durante a semana, o primeiro partindo de manhã cedo (08:25h) e o último no fim da noite (22:35h)

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– nesta época, a Azul operava um voo às 12:10h e este horário parecia perfeito, considerando que eu pegaria uma Ponte Aérea (SDU/CGH) com a GOL e teria tempo suficiente para o deslocamento até Campinas; além disso, consegui uma tarifa super-promocional: apenas 3000 pontos do Clube Tudo Azul; vale lembrar que a AZUL cobra um valor adicional e variável a título de “Serviço de Conveniência” para emissão de passagens com pontos, neste caso me foi cobrado R$ 20,00

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TRASLADO DE SÃO PAULO PARA CAMPINAS

– a AZUL oferece aos seus passageiros um ônibus gratuito de/para Viracopos a partir de São Paulo (Congonhas, Shopping Eldorado, Shopping Tamboré e Terminal Barra Funda) e Sorocaba; a tabela de horários está disponível no site da companhia:

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– cheguei em Congonhas às 09:15h e fui direto para a área dos ônibus que as companhias aéreas oferecem para traslados a Campinas e Guarulhos; o próximo ônibus da AZUL para Campinas estava marcado para 10:00h; o coletivo chegou às 09:45h e 05 minutos depois o motorista do “buzão” chamou os passageiros para embarque (éramos cerca de 20 pessoas)

– ele confere se a pessoa que quer embarcar tem passagem para voar com a AZUL naquele dia e verifica o documento de identidade com foto; quando chegou a minha vez, ele viu que o horário do meu voo era 12:10h ele alertou: “quando chegarmos lá, sai correndo, pois o trânsito está pesado aqui em São Paulo, devemos chegar em Campinas as 11:45h“; respondi que já tinha feito o check-in pela Internet (neste caso, a AZUL concede 250 pontos no Tudo Azul) e que aceitava a sugestão dele

– o ônibus é confortável, não havia ninguém ao meu lado; há um adesivo indicando que há sistema de Wi-Fi, tentei a conexão, mas não consegui, não estava funcionando; saímos pontualmente às 10:00h em direção ao Aeroporto de Viracopos

– em função do alerta feito pelo motorista, comecei a monitorar o horário previsto de chegada no aplicativo Waze; quando estavámos na Marginal Tietê, ele indicava que chegaríamos às 11:33h, fiquei aliviado; entretanto, a cada 20 minutos eu atualizava o trajeto e o cenário começou a ficar perigoso…primeiro o horário de chegada foi alterado para 11:36h, depois 11:38h, a preocupação começou a bater

– felizmente, o “piloto” acelerou e desembarquei em Campinas às 11:37h

O AEROPORTO DE CAMPINAS

– esta seria a minha 1ª vez no novo Aeroporto de Viracopos, que foi privatizado no começo de 2012; o valor pago pelo Consórcio vencedor foi de R$ 3,8 bilhões (mais de 150% de ágio com relação ao valor mínimo estabelecido pelo Governo Federal); a concessão deste terminal tem prazo de 30 anos

– o Aeroporto parecia estar fechado ou abandonado, não havia ninguém transitando na parte externa dele; a fachada é imponente, com um grande letreiro indicando AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS

– quando entrei no saguão principal do Aeroporto, me surpreendi de forma extremamente positiva: um espaço amplo, iluminado, limpo e com as pilastras de ferro trazendo um tom futurístico ao ambiente; muitos totems de auto-atendimento estão espalhados pelo espaço; os vários guichês de check-in da Azul estavam vazios

– com o horário apertado e desconhecendo os “atalhos” do aeroporto, tirei rapidamente as fotos do saguão e parti para o controle de segurança; a sorte estava do meu lado, não havia fila para passar pelos aparelhos de raio-x; no caminho para os portões de embarque, há um amplo corredor com muitas lojas e espaço para descanso, alem de um telão com transmissão ao vivo das Olimpíadas; nos paíneis eletrônicos, a indicação de que o aeroporto é dominado pela Azul: todos os voos que partiriam entre 15:10h e 16:40h eram operados pela companhia

– a praça de alimentação é grande e com muitas mesas e cadeiras para o passageiro fazer suas refeições; são várias opções de restaurantes e lanchonetes e as pilastras de ferro mais uma vez se destacam no ambiente

– em frente a este espaço, a visão do pátio de manobras das aeronaves é privilegiada: grandes janelas de vidro (mais limpas do que o normal em comparação a outros aeroportos brasileiros) permitem que os passageiros apreciem os ATRs e E-Jets (fabricados pela nossa Embraer) da AZUL chegando, sendo preparados para o próximo voo e partindo para novas missões

EMBARQUE NO ATR-72

– eu sabia que eu estava no limite do horário, por isso, acelerei o passo em direção ao Portao B28, onde o embarque do meu voo estava sendo realizado; não era perto da praça de alimentação, tive que passar por 02 longos corredores e quando eu estava chegando, o sistema de áudio do saguão anunciava o meu nome: “Atenção Carlos Franco, última chamada, voo 9260, embarque encerrando“; ufa, foi no limite!

– uma pequena caminhada me levou até o ATR, mas tive muita sorte no trajeto:consegui registrar 02 coloridos A330 da AZUL (o Alfa/Índia/Victor – Nação Azul + o Alfa/Índia/Tango – Big Blue Bus) que estavam estacionados na área internacional de VCP, sendo preparados para jornadas para os EUA e Europa (atualmente, a companhia opera voos para Orlando, Fort Lauderdale e Lisboa)

– fui o último a embarcar pela porta traseira no ATR-72/600 prefixo PR-AQP, um dos 40 aviões deste modelo atualmente operados pela AZUL; esta unidade foi entregue nova em abril de 2014 e foi apelidada de “Guerreiro Azul“; nesta aeronave não há acesso de passageiros pela parte dianteira, a porta perto da cabine dos pilotos permite acesso ao porão para transporte das bagagens; o Alfa/Quebec/Papa está muito bem conservado pela companhia e pode carregar até 70 passageiros

– logo que entrei, senti a cabine muito quente, depois que me acomodei, ouvi alguns passageiros reclamando disso também; o meu assento era o 5A, uma janela do lado esquerdo da aeronave, bem ao lado da hélice do motor fabricado pela Pratt & Whitney, que seria minha “vizinha” durante o voo; os bancos são de couro, cinza escuro; os bagageiros são espaçosos para um avião deste porte

– apesar da ocupação de 90% neste voo, eu dei sorte mais uma vez: não havia ninguém do meu lado; o espaço para as pernas é apenas razoável, lembrando que os ATRs operam voos curtos, portanto, isto não seria um problema

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– eram meio-dia em ponto quando o Comandante Pedro se dirigiu aos passageiros informando que teríamos apenas 55 minutos de voo até Ribeirão Preto, que teríamos tempo bom em rota e pegaríamos 29 graus de temperatura em RAO

– logo depois, Patricia, se identificando como Comissária Líder fez o tradicional speech dos procedimentos de segurança de forma clara e parcimoniosa; vale destacar que o ATR tem 04 saídas de emergência, 02 na parte da frente, logo atrás da cabine dos pilotos, e mais 02 na parte de trás

O VOO PARA RIBEIRÃO PRETO

o pushback foi feito às 12:04h (no horário, portanto) e eu estava registrando o momento, quando fui orientado pela Comissária a desligar o celular, nos ATRs, o modo avião não é “bem-vindo” durante pouso e decolagem; portanto, não há fotos do taxiamento nem da decolagem com destino a Ribeirão Preto; nesta altura, ar condicionado já funcionava normalmente e a temperatura da cabine rapidamente ficou agradável

alinhamos na cabeceira da pista de Vircopoas às 12:10h e o ATR iniciou sua corrida na pista de 3.240 metros: a aceleração durou apenas 25 segundos

– eram 12:17h quando o aviso de apertar cintos foi apagado e pude voltar a registrar o voo, tirando fotos; o serviço de bordo foi iniciado às 12:27h e aqui surgiu uma grande diferença para o serviço de bordo que eu estou acostumado nos aviões da Embraer; as Comissárias não passam pelo corredor central anotando a escolha das bebidas dos passageiros, no ATR elas usam uma bandeja com algumas opções e distribuem conforme o gosto dos passageiros; eu escolhi água e suco de pêssego light; neste voo, a Chefe Patrícia fez esta atividade; depois, a outra Comissária (a simpática Mariana) tratou do “almoço”, passando com a tradicional cesta com várias opções de snacks; a fome estava se manifestando, por isso, peguei 03 pacotinhos: batata, amendoim e balinhas (em embalagem comemorativa)

– durante o voo, o céu azul, o relevo do interior paulista e as hélices do ATR-72 eram um convite para tirar fotos; este tipo de avião voa mais baixo do que um equipado com turbinas, tornando o voo mais prazeroso

o Piloto anunciou às 12:45h que, em 05 minutos, começaríamos o procedimento de descida; logo depois, as Comissárias recolheram o lixo produzido pelos passageiros, preparando a cabine para o pouso, que foi anunciado para 13:02h  (previsão de 32 graus em RAO)

O POUSO

– eram 12:57h quando foi anunciado pelo sistema de áudio do ATR o tradicional: “Tripulação, preparar para o pouso” e logo em seguida o trem de pouso foi armado; 03 minutos depois, quando já estávamos alinhados à pista do aeroporto de Ribeirão Preto, foi dada aceleração máxima nos motores: estávamos arremetendo, abortando o pouso

– demos uma longa volta à esquerda, iniciando novo procedimento de aproximação; o Piloto informou que foi orientado pela Torre de Controle de RAO a arremeter, não dando explicações sobre o motivo; o trem de pouso foi armado novamente às 13:12h e tocamos o solo do interior paulista às 13:15h; o ATR não precisa dos 2.100 metros desta pista para fazer um pouso seguro

– depois de taxiar, o ATR da AZUL encostou na parte direita do pátio do aeroporto de Ribeirão Preto, que não tem pontes, todos os embarques e desembarques são feitos de forma remota; a equipe de solo já estava a postos, esperando para calçar o avião, retirar as bagagens e preparar a aeronave para o próximo voo (de volta a Campinas)

– esperei todos os passageiros descerem e fui ter uma rápida conversa com a Chefe de Cabine: me apresentei, explicando que tinha um site sobre aviação comercial e agradeci a atenção dela durante o voo; aproveitei para fazer mais registros da cabine do ATR

– a caminhada até o terminal de passageiros de RAO é mais uma oportunidade para tirar várias fotos do ATR da AZUL no qual eu tinha acabado de voar e também de um Airbus A319 da LATAM (prefixo PR-MAQ) que pousou minutos depois e que encostou no lado esquerdo do pátio de RAO

ATR-72/600 DA AZUL

AIRBUS DA LATAM

AVALIAÇÃO GERAL: eu adoro viajar nos aviões turbo-hélice, portanto, já antecipo que gostei muito do voo; gastar apenas 3.000 pontos para a emissão da passagem foi uma “pechincha”; tudo começou com muita emoção, em função do traslado de Congonhas para Campinas, tive que fazer tudo muito rápido no Aeroporto de Viracopos para não perder o voo; felizmente, tudo deu certo, consegui fazer as fotos que mostram como este terminal privatizado traz conforto e facilidades para os passageiros que passam por lá; dei sorte em vários aspectos: embarque passando pelos A330s, ningúem do meu lado no voo, dia com sol forte e céu azul, tripulação atenciosa e com atitude correta durante todo o voo; o serviço de bordo gratuito da AZUL é um diferencial frente às demais companhias brasileiras; as emoções continuaram com a arremetida no procedimento de pouso em RAO, mas sem nenhum tipo de problema de segurança para o voo; no geral, foi muito prazeroso fazer a avaliação deste voo, a experiência foi positiva 

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4 respostas
  1. Luiz Victor
    Luiz Victor says:

    Estarei fazendo uma viajem com o ATR passando por Viracopos e gostaria de saber como que eles fazem para nos levar até a Aeronave. Eu tenho que esperar no portão de embarque registrado na passagem mesmo ou é por algum outro lugar ? Obrigado

    Responder
    • Cadu Franco
      Cadu Franco says:

      Luiz Victor, a melhor forma é conferir nos painéis eletrônicos o portão do seu voo saindo de Campinas. O Portão indicado no seu cartão de embarque pode mudar. E não perca tempo caso sua conexão seja rápida, pois o Aeroporto de Campinas é grande, você precisa de tempo para os deslocamentos. Geralmente, os embarques nos ATRs são feitos sem ponte de embarque, você vai andando para a aeronave. Ficando em frente ao Portão indicado, não tem problema. De qualquer forma, é sempre bom conferir com algum funcionário da Azul. Bons voos! V&A

      Responder
      • Luiz Victor
        Luiz Victor says:

        Ah entendi, só mais uma duvida, como os embarques de vôos domésticos são feitos pelo novo terminal, e o mesmo não usa os tubos para aeronaves pequenas como o ATR-72, minha sala de embarque muito provavelmente será no térreo ? Novamente obrigado.

        Responder

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