Voando com a Eurowings (GEN/DUS)

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– mais uma vez, vou ter uma 1ª experiência com uma companhia aérea européia; desta vez, será a EUROWINGS, uma empresa que faz parte do Grupo Lufthansa e que tem sede em Dusseldorf (Alemanha); é uma companhia aérea de baixo-custo (low-cost) e opera voos internacionais e nacionais, atuando como “alimentadora” das “irmãs” Lufthansa e Germanwings; a companhia operou o primeiro voo em 1994; a atual frota é composta por 16 Bombardier CRJ-900 e 08 Airbus A320, que são usados para os 130 destinos operados pela empresa

COMPRA DA PASSAGEM

– comprei a passagem na 2ª semana de dezembro/2015 para voar de Genebra (Suíça) para Dusseldorf (Alemanha) por 78 francos suíços (cerca de R$ 300,00), um valor alto, mas era a única opção que tive para poder encaixar de forma mais tranquila a Eurotrip/2016; a simulação abaixo de compra de passagem para junho de 2016 mostra as características dos 03 tipos de tarifas que a Eurowings oferece aos clientes; na tarifa “Basic“, mala não pode ser despachada e não é possível fazer marcação prévia de assento (eu comprei este tipo)

Eurowings

– também será a 1ª vez que voarei em um avião fabricado pela canadense Bombardier: o voo será feito em um CRJ900, que é um avião regional de corredor único que pode levar até 90 passageiros; este modelo é um concorrente direto do nosso Embraer E175

AEROPORTO DE GENEBRA

– fiz o check-in pela Internet 03 dias antes da data do voo, depois de receber um “alerta” por e-mail; estava hospedado nos arredores do Aeroporto de Genebra, com voo marcado para 09:15h, peguei uma van oferecida pelo hotel por volta de 08:00h e em menos de 10 minutos cheguei no terminal, onde apenas 01 guichê da Eurowings estava funcionando para atendimento dos passageiros; a estrutura do aeroporto é antiga e pequena; o interessante é que parte dele fica em território francês, há um posto de fronteira dentro dele, os voos com destino às cidades da França partem de lá

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– a fila para passar pelo controle de segurança estava gigantesca: mesmo com 16 aparelhos de raio-x  funcionando, perdi quase 15 minutos (mas achava que ia perder muito mais); algo curioso é feito neste aeroporto: o controle dos cartões de embarque é realizado diretamente pelos funcionários que operam o raio x

– a parte comercial do saguão principal de embarque tem várias lojas de artigos de luxo, de vinhos e chocolates

EMBARQUE NO BOMBARDIER

– o embarque foi iniciado às 08:35h pelo Portão A6: o avião estava estacionado em posição remota, precisamos de um ônibus para ir até ele

– em menos de 05 minutos fomos “entregues” na porta do Bombardier CRJ 900, Prefixo D-ACNL, fabricado e entregue à Eurowings em março de 2010; esta aeronave tem uma escada própria para acesso dos passageiros e estava pintada nas cores da Brussels Airlines, companhia aérea que também faz parte do Grupo Lufthansa; o estilo do avião é bonito, com 02 turbinas instaladas na parte de trás da fuselagem; este tipo de embarque permite uma bela visão dos Alpes ao fundo, com neve no topo das montanhas

– a configuração deste avião regional é de 02 poltronas de cada lado (2×2); as 04 primeiras fileiras são dedicadas para os passageiros que compraram a tarifa “Best” e oferecem mais espaço para as pernas

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Seat Guru: 02 assentos de cada lado e como toda companhia européia, o assento 13 não existe

– meu assento original era o 25A, mas como o voo estava vazio (ocupação de 40%), sentei na poltrona 20A, uma janela no lado esquerdo do avião; o CRJ da Eurowings tem 25 fileiras e capacidade para 90 passageiros; os bancos são de couro na cor cinza escuro; o espaço para as pernas é bom e o bagageiro é bem pequeno: minha mochila coube certinho, mas de lado; o celular pode ficar no “modo avião ” durante todas as fases do voo (não há como carregar aparelhos eletrônicos)

– apenas 02 Comissárias trabalhariam neste voo; os anúncios da tripulação foram feitos em 03 línguas: francês, inglês e alemão; a Chefe de Cabine informou que teríamos 01 hora de voo até Dusseldorf, com tempo bom em rota

– ainda antes da decolagem, tirei fotos do corredor do avião, uma das aeromoças viu e veio até mim para pedir para apagá-las, pois ela aparecia nelas; não me incomodei nem um pouco, é direito dela não querer aparecer, mas acho que ela podia ter sido mais discreta

VOO

– hora da partida: andamos para a frente (sem necessidade de trator para o pushback) às 08:57h e decolamos às 09:04h, depois que as 02 turbinas General Eletric funcionaram em potência máxima por 25 segundos

– eram 09:15h quando começou o serviço de bordo; primeiro, a comissária que “brigou” comigo passou oferecendo água aos passageiros, mas simplesmente me ignorou e passou direto: acho que ela ficou magoada; depois a outra comissária passou oferecendo itens do cardápio: é preciso pagar para comer (sanduíches custam 5 euros) ou beber algo (refrigerante custa 2,50 euros e garrafinha de vinho custa 4,90 euros)

não há sistema de vídeo para entreter os passageiros, mas a Eurowings oferece uma revista de bordo chamada “Wings”; nela, há ofertas de Free Shop e me interessei por 02 souvenirs da companhia: um chaveiro (por 3 euros) e uma maquete do A320 (por 9,90 euros); quando os produtos foram oferecidos, adivinha quem me atendeu?!? Minha “amiga”, que desta vez foi bem mais gentil e atenciosa (provavelmente, pensando na comissão dela)

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– a manhã estava com um tempo ótmo, ou seja, um cenário perfeito para tirar fotos; me chamou atenção a quantidade de aviões cruzando o céu europeu, deixando aquele rastro de fumaça branca para trás; este “fenômeno” se chama trilhas de condensação (em inglês se fala condensation trails) e é causada pelo contato dos gases quentes que saem da turbina dos aviões com o ar frio típico das grandes altitudes

– tive tempo de ir conhecer o banheiro do Bombardier: o espaço era pequeno, baixoapertado, mesmo para uma pessoa de altura mediana como eu

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POUSO

– o trem de pouso foi armado às 09:58h e tocamos o solo alemão de Dusseldorf às 10:02h, de forma seca e segura; estacionamos novamente em uma posição remota; depois de pegar um ônibus, cheguei no terminal às 10:15h

– fui o último passageiro a me levantar e fui falar com a comissária “gente boa”; expliquei que eu era brasileiro (com muito orgulho, com muito amor!), onde não há nenhum problema em tirar fotos cotidianas do voo, inclusive da tripulação, e que tinha um site sobre avaliação de companhias aéreas; ela me disse que adora o Brasil, mas que a restrição era uma política da Eurowings, para evitar mau uso de imagens dos funcionários nas redes sociais; ela me incentivou a aproveitar que o avião estava vazio para tirar fotos com calma; não posso dizer que ganhei realmente uma amiga, mas pelo menos o mal-entendido foi esclarecido

AVALIAÇÃO GERAL: a passagem foi cara para um trecho de 01 hora, ainda mais considerando que a Eurowings é uma empresa low-cost, mas o prazer de voar pela 1ª vez neste tipo de aeronave e o dia lindo lá fora amenizaram um pouco; sem dúvida, o incidente da foto com a comissária ao fundo foi o destaque negativo deste voo, apesar da conversa ao final do voo; o fato dela simplesmente me ignorar e não me oferecer água chega a ser infantil; o Bombardier estava muito bem conservado e o espaço para as pernas é um ponto bem positivo; no geral, o atendimento da tripulação foi pragmático ao extremo; em resumo, foi uma experiência de contrastes, ficando mais marcante a parte ruim do voo

Selo amarelo

4 respostas
  1. Gilton Martinho
    Gilton Martinho says:

    Ahahahahaha… a foto do banheiro foi muito cômica Cadu!
    Adoro suas avaliações, além de aprender muito, tem muita informação, já li todas e espero mais, continue com esse ótimo trabalho.

    Responder
    • Cadu Franco
      Cadu Franco says:

      Obrigado pela força, Gilton! Não costuma aparecer nas avaliações, mas não tive outro jeito de mostrar como o banheiro era pequeno! V&A

      Responder
  2. Alexandre
    Alexandre says:

    Ótimo post, pretendo fazer uns trechos pela eurowings e suas informações vão ser bem úteis. Já em relação à foto da comissaria fica uma dica, quase nenhum europeu gosta de ser fotografado sem permissão e isso se aplica também a locais públicos. Brasileiros e asiáticos adoram ficar fotografando td o q veem e se esquecem de respeitar o espaço e a imagem alheia, e ser brasileiro não significa que podemos tudo, na verdade na casa deles devemos agir de acordo com as regras deles, da mesma forma que aqui no Brasil eles tem que agir de acordo com nossas regras.

    Responder

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