Voando com a VIRGIN (MEL/SYD)

– vamos em frente com a VOLTA AO MUNDO 2017, hora do 12° trecho, mais uma Ponte Aérea, de novo na Austrália, entre 02 metrópoles daquele enorme país: de Melbourne para Sydney  que estão distantes por 439 milhas (706 quilômetros); no sentido inverso, voei e avaliei a concorrente QANTAS, confira como foi AQUI)

A VIRGIN AUSTRALIA

– a VIRGIN foi fundada em 1999 (o milionário Richard Branson fez parte desta iniciativa) e rapidamente se tornou a 2ª maior companhia aérea australiana depois que a ANSETT AUSTRALIA parou de operar em 2001; a companhia ficou em 13º lugar no ranking Skytrax de 2017, avançando 05 posições com relação a 2016

– a atual frota é composta por 06 Airbus A330, 05 Boeings 777, 78 Boeings 737 e 05 E-jets da nossa Embraer  

A COMPRA DA PASSAGEM

– fiz a compra desta passagem pela Internet em janeiro de 2017, portanto, cerca de 05 meses antes do voo; o site da companhia australiana tem fácil navegação, mas não tem versão em português; as informações sobre as opções de voo e condições de venda são prestadas de forma clara 

– a VIRGIN oferece muitos e muitos voos por dia entre as cidades, todos operados pelo eficiente Boeing 737-800

VIRGIN de Melbourne para Sydney: voos a cada 15 minutos

na minha programação da jornada ao redor da Terra, eu chegaria de Sydney no voo da QANTAS às 10:30h, portanto, o voo de 13:00h (VA845) parecia adequado, com boa margem de segurança para eventuais atrasos; o preço também era atrativo: 99 dólares australianos (cerca de R$ 250,00) na tarifa Getaway; em todos os perfis de tarifas oferecidas pela VIRGIN incluem o despacho de 01 mala de até 23 quilos

– durante o processo de compra, é oferecida a opção de marcação prévia de assento; assim como AZUL, LATAM e GOL, os lugares com mais espaço para as pernas podem ser reservados mediante o pagamento de uma taxa adicional; a VIRGIN cobre 13,50 dólares australianos (cerca de R$ 35,00) para a fileira da saída de emergência

O AEROPORTO DE MELBOURNE

– cheguei em Melbourne no Aisbus A330 da QANTAS que pousou dentro do horário previsto de 10:30h, portanto, teria pela frente um pouco mais de 02 horas para curtir este aeroporto; eu estava no Terminal 1 e precisaria caminhar até o Terminal 3, onde a VIRGIN concentra as suas operações; foram menos de 10 minutos de trajeto

Entrada do Terminal 3 de Melbourne

– a área de check-in do T3 é ampla, muito bem iluminada em um bonito piso branco; a VIRGIN tem alguns balcões de atendimento aos passageiros, com uma estrutura muito parecida com aquela que temos nos nossos aeroportos no Brasil, mas há um claro incentivo para que as pessoas se virem sozinhas

Área de Check-in da VIRGIN no T3 de Melbourne

– são vários totens de auto-atendimento espalhados e utilizei um deles: é de fácil uso, de posse do código da reserva, são necessários apenas alguns segundos para que o passageiro confirme o voo, o assento escolhido e consiga imprimir o cartão de embarque 

– o aeroporto não estava cheio, mas enfrentei uma demora no controle do raio-x, um rapaz teve a sua bagagem de mão inspecionada e “travou” a fila toda; a estrutura do terminal doméstico dedicado à VIRGIN tem uma estrutura modesta com o teto baixo, mas tudo é muito bem cuidado e limpo;áreas específicas para carregar equipamentos eletrônicos e com hot-spot wi-fi para acesso a Internet

– mas o terminal proporciona uma ótima vista do pátio de manobras, oportunidade para registrar o movimento das máquinas das companhias QANTAS, JETSTAR, TIGERAIR, ETIHAD, THAI AIRWAYS, ROYAL BRUNEI, SCOOT e ReX 

B737 da QANTAS decola em Melbourne

B787 da JETSTAR

A320 da TIGERAIR

Boeing 777 da ETIHAD

Boeing 777 da THAI AIRWAYS

Boeing 787 da ROYAL BRUNEI

Boeing 787 da SCOOT

Saab da companhia regional REX

– na parte extrema do saguão de embarque um banco está instalado de frente para uma grande janela de vidro com ampla e privilegiada visão para a pista; naquele momento, uma criança e seus avós aproveitavam este lugar

– às 12:10h, o avião que me levaria até Sydney se aproximou do terminal; a pintura da VIRGIN é bem simplista: fuselagem predominantemente branca, uma faixa vermelha nos motores, winglets vermelhos e a logomarca da companhia na cauda

O EMBARQUE NO B737-800

– o embarque seria feito pelo Portão 8; cadeiras estão instaladas em frente, em uma parte acarpetada do terminal; a VIRGIN coloca aqueles “currais” para organizar o procedimento de entrada dos passageirs conforme as prioridades 

– os passageiros foram convocados para embarcar às 12:43h e rapidamente 02 filas foram formadas em frente ao Portão 8; não existe controle de documentos, se a pessoa tem um cartão de embarque válido, vai conseguir viajar

– os passageiros sentados nas fileiras 15 em diante não entram pela ponte de embarque como era de se esperar: pequenas placas indicam que eles precisam descer uma escada e ir andando até a porta traseira da aeronave; eu achei ótimo este esquema de entrada no Boeing, pois é uma chance de tirar fotos dele de ângulos diferentes

– o B737-800 escalado para este voo tinha o prefixo VH-VUQ (apelido Merewether Beach), foi fabricado em agosto de 2008 e já voou nas cores de outras companhias australianas mas tem as cores da VIRGIN desde 2011; o estado geral da cabine era apenas bom

não havia sistema de vídeo, nem mesmo o coletivo (e se compararmos com a QANTAS, nem IPads disponíveis aos passageiros); tomada ou porta USB para carregar equipamentos eletrônicos eram outros itens que o B737 da VIRGIN não tinha

– o meu assento era o 15A, uma janela do lado esquerdo do B737, logo atrás da saída de emergência, bem em cima da asa; sentei ao lado de um simpático casal de orientais 

– os bancos eram de couro cinza escuro e os encostos de cabeça eram coloridos (variavam entre vinho, roxo e cinza) tradicional configuração 3 x 3 (corredor único, três poltronas de cada lado)

– a VIRGIN configurou este B737 com pouco espaço para as pernas, se estivéssemos no Brasil, esta aeronave receberia um selo C ou D da ANAC, ainda bem que o voo era curto

– o uniforme da tripulação me chamou a atenção, as aeromoças estavam vestidas com muito charme: vestido ou terninho vinho claro com uma echarpe roxa; neste voo 04 mulheres estavam responsáveis pelo atendimento aos passageiros 

Uniforme da tripulação da VIRGIN (imagem da Internet)

O VOO PARA SYDNEY

– o pushback foi iniciado às 13:05h, portanto, um pequeno atraso na partida deste voo, nada de grave; as instruções de segurança foram feitas de forma manual pela tripulação 

– no caminho até a cabeceira da pista 34 de MEL, cruzamos com Boeing 777 da SINGAPORE AIRLINES e com o A320 da TIGERAIR

Boeing 777 da Singapore Airlines

– aguardamos um B737-800 da QANTAS pousar para alinharmos e iniciarmos a decolagem às 13:15h, quando os 02 motores CFM56 demoraram 31 segundos para tirar o Boeing da VIRGIN do solo 

– pelo sistema de áudio, foi informando pela Chefe de Cabine que a previsão de voo até Sydney seria de 01 hora e 05 minutos

– no bolsão da poltrona da frente, a VIRGIN coloca à disposição de seus clientes: o cartão com as instruções de segurança, a revista de bordo da companhia (chamada “Voyeur”) e o menu do serviço de bordo 

– olhando pela janela, pude ver algumas nuvens brancas marcavam o limite do horizonte, mesmo com um sol bem forte batendo de frente  

– o serviço de bordo nesta rota foi gratuito, não teve a opção de compra a bordo; ele foi iniciado às 13:30h e foi servido um mini wrap de falafel e humus, que estava apenas gostosinho; para beber, pedi suco de laranja (água e café eram as outras opções disponíveis)

– eram 13:55h que foi anunciado o tradicional “cabin crew, prepare for landing“, hora de arrumar a cabine para o pouso; as Comissárias passaram rapidinho fazendo recolhimento dos últimos lixos 

– o trem de pouso foi armado e travado às 14:10h; a aproximação até o Aeroporto de Sydney foi feita a partir do oceano e proporcionou uma linda vista lá fora dos arredores do aeroporto, foi prazeroso 

pousamos com segurança no gigantesco aeroporto da capital australiana às 14:14h, ou seja, o voo acabou durando menos de 01 hora 

– apenas 06 minutos depois encostamos no Portão 38 de SYD, ao lado de um Embraer da VIRGIN, que fotografei logo em seguida quando já estava no terminal 

Pushback do E-190 da VIRGIN em SYD

– as 02 portas do B737 foram utilizadas para o procedimento de desembarque, quem estava na parte da frente da aeronave saiu normalmente pela porta dianteira e depois pelo finger e aqueles passageiros do fundo foram orientadoras a sair pela porta traseira, descer uma escada, andar até o terminal e subir uma outra escada

AVALIAÇÃO GERAL: de pronto, é importante registrar que não há como deixar de considerar a experiência no A330 da QANTAS que foi vivenciada horas antes deste voo; o valor da passagem foi extremamente razoável, ainda mais levando em consideração que o custo de vida na Austrália é alto; o Boeing 737 é uma ótima máquina, mas a VIRGIN não investiu nas suas aeronaves da mesma forma que a sua maior concorrente fez: a ausência de sistema de vídeo e tomadas são ponto negativos; a elegante tripulação teve uma atitude adequada, tanto na recepção dos passageiros, quanto no serviço de bordo, que foi adequado para um voo de apenas 01 hora; no geral, a minha primeira experiência com a 2ª maior companhia australiana foi bem interessante 

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