VOANDO COM A AIR NEW ZEALAND (AKL/NRT)

– vamos aos detalhes do 2º trecho da VOLTA AO MUNDO 2017; o 1º voo foi feito com a LATAM AIRLINES, de Santiago/SCL para Auckland/AKL (confira a avaliação completa AQUI)

– experimentei os serviços da AIR NEW ZEALAND na Volta ao Mundo de 2016, foi um voo curto, operado por um turbo-hélice, viajando dentro da Nova Zelândia, de Auckland para a charmosa cidade de Napier (confira a avaliação completa AQUI), agora terei a oportunidade de voar e avaliar um voo internacional a bordo de um avião de fuselagem larga da 19ª melhor companhia aérea de 2016 de acordo com o prêmio Skytrax (queda de 02 posições com relação a 2016)

– a distância entre Auckland e Tóquio/NRT no Japão é de quase 5.500 milhas (cerca de 8.850 quilômetros), mais um longo sobrevoo do Oceano Pacífico, com 11 horas de duração estimada

A EMISSÃO DA PASSAGEM

– a tabela de resgate do programa MileagePlus da UNITED AIRLINES para voar entre a Oceania e a Ásia Oriental é muito atrativa: 22.500 milhas para voar na classe Econômica ou 40.000 milhas  (mais US$ 23,40 – cerca de R$ 80,00 – de taxas) para voar na classe Executiva

– não são muitas opções de voo, mas, de longe, o voo direto da AIR NEW ZEALAND (ANZ), operado por um Boeing 787-9 (a companhia tem 09 unidades na frota), é a melhor opção

– com apenas 17.000 milhas na minha conta, eu não tinha a quantidade suficiente para emitir a passagem, mas a UNITED estava fazendo entre os meses de março e abril de 2017 uma promoção para compra de milhas que concedia até 50% de bônus; para não ficar “zerado” na minha conta, resolvi comprar as 40.000 necessárias para voar na classe Executiva; para isso, fiz a opção de comprar 27.000 milhas ganhando outras 13.500 de bônus ao custo de cerca de US$ 1.000,00 (cerca de R$ 3.300,00), um valor extremamente convidativo para voar com muito conforto em um voo de mais de 10 horas de duração

– com a passagem emitida, acessei o site da UNITED e da ANZ, mas não foi possível reservar previamente o meu assento; o código de reserva que recebi por e-mail não era reconhecido no site da ANZ 

– tive a ideia de ligar para a Central de Atendimento da UNITED no Brasil em busca de informações de como poderia fazer para reservar meu lugar e consegui a solução: me forneceram um outro código de reserva, desta vez, reconhecido pelos sistemas da ANZ

– os B787-9 da ANZ está configurado com 18 lugares na classe Business Premier (são mais 21 assentos na Premium Economy e 263 na Econômica), são 06 fileiras de 03 assentos, com isso cada passageiro tem acesso livre ao corredor, uma ótima estrutura de cabine neste aspecto; reservei o assento 6K, na última fileira da cabine Executiva do B787, lado direito

– a ANZ permite que o check-in seja feito online com 24 horas de antecedência; se o passageiro for despachar mala, ele precisa estar no balcão da companhia pelo menos 60 minutos antes do horário do voo

O AEROPORTO DE AUCKLAND 

– eu estava fazendo apenas uma conexão em Auckland, tive que fazer os procedimentos de entrada na Nova Zelândia normalmente, como se eu fosse um turista visitando o país

– peguei uma fila de 10 minutos para entrar na Nova Zelândia, a fila estava pequena, mas somente 02 funcionários trabalhavam naquela hora da “madrugada” (por volta de 04:30h); quando cheguei na área de devolução de bagagens, a minha mala já estava disponível na esteira

– o aeroporto de Auckland não é pomposo, mas é extremamente funcional; apesar de muitas pessoas transitando, não tem confusão, tudo é muito organizado e limpo

– na Nova Zelândia, o auto-atendimento dos passageiros é o procedimento padrão; aqui no Brasil, estamos acostumados com os balcões de check-in com um funcionário da companhia aérea atendendo a todos, um a um; isto não acontece lá do outro lado do mundo; a área de check-in dos passageiros é um grande espaço com totens para que os cartões de embarque e etiquetas de bagagem sejam impressos; e mais ao fundo, todos escaneiam as etiquetas e colocam as malas na esteira, os poucos funcionários da ANZ apenas supervisionam e tiram dúvidas 

– os passageiros da classe Executiva e com cartão preferencial têm à disposição uma área reservada para fazer o check-in (chamada de “Premium”); a entrada é sinalizada com muita elegância; entrei e fui logo recepcionado pela simpática funcionária Tafi, que fez rapidamente o meu atendimento, confirmando o meu assento e etiquetando a minha mala e, no final, apontou para a esteira onde eu deveria colocá-la (esta regra vale para todos!); o atendimento foi excelente

– um elevador privativo dentro desta área reservada é a melhor opção para chegar nos controles de segurança do aeroporto de Auckland; subindo apenas um andar, a porta do elevador abre quase em frente a um balcão com um agente que faz o controle do passaporte e com um atalho para os aparelhos de raio-x

A SALA VIP DA ANZ

– depois de passar por grandes lojas de Free Shop, cheguei na Sala VIP da ANZ, que é acessada por meio de uma comprida e iluminada escada rolante  

– a primeira coisa que me chamou atenção quando entrei nesta Vip Lounge foi a visão privilegiada para o pátio de manobras de aeronaves (quando eu cheguei, ainda estava escuro, depois amanheceu, reparei que o vidro estava um pouco sujo, mas nada que tenha impedido algumas boas fotos)

– o buffet era ótimo e variado: frutas, pães, alguns tipos de iogurte, cereais, bacon, salgados e muito mais; os ovos mexidos eram deliciosos e as panquequinhas também; para beber, muitas opções também: sucos, café, chá, refrigerentes, sucos e uma enorme quantidade de bebidas alcoólicas (apesar da hora, alguns passageiros estavam encarando um vinho); os talheres oferecidos eram de aço inox com a logomarca da ANZ

– no bar, um IPad está instalado no balcão e os passageiros podem fazer pedidos costumizados de café e chá; um recibo foi emitido indicando em quanto tempo o meu café duplo estaria pronto

– eu achei este espaço excelente: tudo é novinho, com vários ambientes muito bem decorados, tudo muito amplo e acolhedor; o ambiente estava vazio quando eu cheguei, por volta de 05:30h, poucas pessoas usufruíam das facilidades, mas a partir de 06:45h, a Sala VIP ficou simplesmente lotada, mas os funcionários deram conta de repor o buffet e deixar tudo limpo 

– decidi ir tomar banho e testar o chuveiro desta Sala VIP; os banheiros estão disponíveis no canto esquerdo do espaço; grande e completo, até um enorme secador de cabelo estava disponível, minha esposa ia adorar este banheiro

– com horário de partida às 08:55h, o sistema de áudio da Sala VIP foi usado às 08:15h para anunciar que o embarque do meu voo estava sendo iniciado 

O EMBARQUE NO B787-9

– o embarque do voo NZ99 seria feito pelo Portão 3; a caminhada até lá durou cerca de 05 minutos, passando pelo lindo saguão do Aeroporto de Auckland

– para acessar este portão, os passageiros precisam descer uma escada ou pegar um elevador para chegar em uma sala de embarque pequena, mas dedicada a apenas ao voo da ANZ; o portão de embarque fica bem em frente e no mesmo nível do avião estacionado no finger 

– a aeronave escalada para este voo era o Boeing 787-9 de prefixo ZK-NZI, entregue à ANZ em  julho de 2016, portanto, é uma máquina novinha, com menos de 01 ano de usona porta do avião, um comissário dava as boas-vindas aos passageiros, indicando o corredor correto de acordo com o assento de cada um

– a primeira impressão que tive do interior da cabine foi simplesmente espetacular: ambiente imponente, a iluminação estava em tons de rosa, as poltronas tinham uma disposição incomum (todos passageiros ficam de costas para a janela), com aparência high tech, com revestimento de couro cinza claro; sem dúvidas, a cabine mais “elegante” que eu já entrei; neste voo, apenas 10 pessoas ocupavam a classe Executiva, dos 18 lugares disponíveis; na Premium Economy, logo atrás, a configuração era 2 x 3 x 2 com 03 fileiras, ocupada por 15 pessoas; na Econômica a configuração era 3 x 3 x 3 e estava vazia, cerca de 30% de ocupação 

– um travesseiro já estava colocado em cima de cada poltrona e a necessaire (em formato diferente do normal, parece uma pasta) estava disponível no encosto dos pés do assento, juntamente com o menu do serviço de bordo e um par de “pantufas

– enquanto separava os carregadores de máquina e celular, um atencioso comissário me ofereceu champagne e água; apesar da hora da manhã, não tive como recusar a bebida gelada e com muitas bolhas…; neste momento, o meu pedido do café da manhã também foi anotado

– antes da partida, o Capitão, usando o inglês, informou que teríamos bom tempo de voo até Tóquio, com duração de 10 horas e 31 minutos; logo em seguida um comissário fez os anúncios em japonês 

– não havia sistema de conectividade a bordo nesta aeronave da ANZ, portanto, nada de Wi-Fi para acessar a Internet durante o voo

– o vídeo com as instruções de segurança exibidos nas telas individuais de entretenimento é daquele tipo “animadinho”, cheio de situações engraçadas para demonstrar como os passageiros devem ser comportar durante o voo 

O VOO PARA TÓQUIO/NRT

– o pushback foi iniciado às 08:55h, portanto, o voo estava começando rigorosamente no horário; o taxiamento não foi longo, porém extremamente lento; a pista em Auckland fica ao lado do mar, portanto, uma bela paisagem para a decolagem; cruzamos com alguns aviões de grande porte, iniciando seus voos

– finalmente, eram 09:20h quando iniciamos a aceleração para decolagem e os 02 motores Rolls Royce  Trent 1000 empurraram o B787-9 por 41 segundos; este modelo da Boeing é muito silencioso, uma de suas principais características, é possível até esquecer que você está dentro de um avião 

– um ponto negativo que identifique foi o seguinte: apenas 01 tomada está instalada na poltorna, não tem uma porta USB, se alguém quiser carregar mais de um equipamento eletrônico ao mesmo tempo não conseguirá; peguei “emprestada” uma tomada de um assento vazio para recarregar a pilha da máquina fotográfica

– logo depois de decolagem, o comissário me ofereceu um suco de manga com morango, uma combinação inédita para mim, mas valeu a pena aceitar: estava muito gostoso 

– no sistema de vídeo, a tela tem tamanho apenas razoável e ótima resolução, os comandos são touchscreen; procurei mas não havia conteúdo em português; escolhi para ver o filme “GOLD“, com Matthew McConaughey, que conta a história da busca desenfreada pelo ouro – e pelo sonho americano – em uma mina na Indonésia, um bom passatempo; o fone de ouvido era excelente, funcionava muito bem

– depois de algum tempo sentado, comecei a analisar com mais calma a estrutura do assento: na verdade, apesar de muito bonito, ele é um pouco apertado, especialmente quando você coloca o fone de ouvido e o celular para carregar 

– por volta de 09:40h, o serviço de bordo foi inciado; eu tinha escolhido o omelete (estava ótimo), que veio acompanhado de salada de frutas com iogurte, que estava deliciosa; pedia para acompanhar o café preto, que foi servido em uma xícara grande (a maioria dos passageiros tomou chá, servido em um garrafa estilosa)

– por volta de 10:50h, aquele atencioso Comissário veio falar comigo e, cordial como sempre, sugeriu que o assento 6J ao lado, na parte central e que estava vazio, fosse preparado como cama para mim: a poltrona precisa estar livre, o passageiro precisa levantar, um botão precisa ser acionado para que o encosto dela vire para a frente e uma cama de 180 graus e sem angulação fique pronta; fiquei com 02 travesseiros, de forma muito confortáveldeitei para testar a “cama” e acabei cochilando, foi um sono rápido, dormi até 11:40h

– quando eram 13:20h, foi servido um lanche rápido: 02 sanduichinhos, repeti o café preto e forte para acompanhar 

– depois de comer, voltei para a “minha cama” e deixei o computador carregando na outra poltrona; trabalhei na avaliação do voo da LATAM de SCL para AKL e acabei dormindo de novo, entre 14:00h e 16:00h; levantei e fui conferir como era o banheiro do B787 da Air New Zealand: de tamanho padrão, as toalinhas para enxugar as mãos são de pano e a parede era decorada com borboletas

– durante este voo diurno, reparei que nenhuma iluminação especial da cabine disponível no B787 foi utilizada

– outra característica do B787 são as suas janelas com controle da luminosidade: não tem aquela tradicional cortina que sobe e desce, um interruptor redondo precisa ser usado para aumentar ou diminuir a quantidade de luz que entra na cabine 

– no sistema de vídeo é possível acompanhar a situação do voo por meios dos tradicionais mapas

– eu já tinha voltado para o meu lugar “original” e, por volta de 16:50h, uma Comissária desarmou “minha cama” e anotou o meu pedido da última refeição que seria servida naquele voo 

– a ANZ oferece aos seus passageiros uma revista de bordo chamada “Kiaora”, com várias reportagens legais (em inglês), além de informações sobre as rotas domésticas e a frota operacional da companhia 

– eram 17:25h quando o “jantar” (ou almoço, fiquei meio perdido com os horários) foi servido: para a entrada, escolhi a opção de prato que tinha uma espécie de rosbife, que estava muito mal passado; para acompahar escolhi o excelente vinho branco Chardonnay para acompanhar, combinou muito bem com o prato principal; a carne estava muito boa, acompanhada de aspargos e cenoura, cozidos no ponto; a sobremesa estava uma delícia: panna cota de coco + biscoitos e queijos + balinhas; foi uma excelente refeição, apesar da entrada

– foi prazeroso acompanhar pela janela o procedimento de aproximação para pouso no Japão, depois de sobrevoar a água durante tantas horas e, finalmente, avistar terra firme 

– eram 19:20h quando o Capitão se dirigiu aos passageiros pela última vez, informando que pousaríamos em Tóquio em cerca de 30 minutos e que a temperatura no destino era de agradáveis 23 graus; os segundos finais de voo merecerem novas fotos da asa e motor até tocarmos a pista de Narita, o que aconteceu às 19:52h no horário da Nova Zelândia ou 16:52h no horário japonês

– enquanto taxiávamos pelas pistas do Aeroporto de Narita, a relevância da All Nippon Airways – ANA neste terminal já era visível, bem como presença de aviões americanos e canadenses

AVALIAÇÃO GERAL: gastar apenas 40.000 milhas para voar por mais de 10 horas na classe Executiva é uma excelente relação custo-benefício (para referência: a LATAM nos cobra 40.000 pontos para um voo em classe Econômica do Brasil para Europa com mais ou menos a mesma duração); a Sala VIP da ANZ em Auckland é muito boa, uma das melhores que já visitei; o Boeing 787-9 que me levou até Tóquio era novinho e é uma excelente máquina, com muita tecnologia que traz conforto aos passageiros; a cabine da Business impressiona em um 1º momento, chega a ser deslumbrante, entretanto, a experiência de voo nela tem alguns pontos negativos: poltrona um pouco apertada, sem visão direta da janela e que oferece pouca privacidade; além disso, a necessidade de levantar para que a cama seja aprontada pode ser incômodo; a atitude da tripulação durante o voo foi exemplar, com extrema educação e cordialidade; sem dúvidas, foi uma experiência incrível com a Air New Zealand

2 respostas
  1. Júnior
    Júnior says:

    Que top seu relato do voo! Completo na verdade, por que começa ainda no aeroporto, no check in.
    Parabéns!
    Reparei que os textos, a qualidade das fotos, que já eram muito boas, melhoraram ainda mais.

    Responder

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