Avianca: embarque no Galeão/GIG

Foi comentado algumas vezes por aqui no Voando e Avaliando o desconforto para embarque no Galeão/GIG para voos nacionais, depois de algumas mudanças que aconteceram em função da expansão e modernização decorrentes da privatização realizada em 2013.

A estrutura de check-in do Terminal 1 foi desativada há alguns meses e, desde então, todos os passageiros precisam ir para a área do Terminal 2 para despachar suas malas e fazer os procedimentos de segurança; entretanto, os portões de embarque do T1 ainda ainda estão operando normalmente; enquanto AZUL, GOL e LATAM embarcam seus clientes na área do T2, a AVIANCA atualmente é a única companhia a usar o T1 (a PASSAREDO transferiu recentemente seus voos para Ribeirão Preto operados pelo turbo-hélice ATR-72 para o Santos Dumont/SDU).

Costumo voar a partir do SDU, mas tive que fazer uma viagem de trabalho saindo do Galeão/GIG com destino a Brasília/BSB, em um domingo à noite (voo 6216, operado por um Airbus A320 – prefixo PR-OCA) e aproveitei para fazer “teste de realidade” e conferir a experiência dos passageiros que usam o aeroporto internacional que serve a Cidade Maravilhosa.

Comecei a fazer a minha avaliação a partir do momento em que passei pelo controle de raio-x (peguei uma pequena fila de menos de 05 minutos), afinal, até este momento, todos os passageiros têm a mesma experiência neste aeroporto.

Os portões de embarque que estão instalados no Terminal 1 são identificados pela letra “A” e há uma ostensiva comunicação visual para indicar como chegar nos portões A01 a A24, com uma indicação adicional do tempo necessário para alcançá-los.

Os painéis luminosos indicavam que o embarque do meu voo seria feito no Portão A19 e que seriam necessários 13 minutos de caminhada até lá.

Depois de passar por uma enorme loja Dufry, é preciso pegar uma escada rolante até um andar superior e chegar no saguão de embarque do T2 (os portões dos clientes da AZUL, GOL e LATAM ficam nesta aérea); os passageiros da AVIANCA precisam virar à esquerda e acessar um looooongo corredor, onde estão instaladas 03 esteiras rolantes (neste dia, todas funcionavam, fato extremamente raro nos tempos de administração da Infraero) que ajudam a agilizar a caminhada.

No início deste corredor, um grande painel indica que carrinhos elétricos estão disponíveis para ajudar no transporte de pessoas somente entre 06:00h às 14:00h. Estou tentando entender qual é a lógica deste horário tão reduzido…

Durante o trajeto, vi várias pessoas correndo em direção ao T1, tentando não perder seus voos. O Portão A19 fica na parte mais inicial do T1, ou seja, é um dos primeiros. Para chegar nos Portões A12 ou A13, por exemplo, ainda é necessária uma caminhada adicional. Levei quase 10 minutos, andando normalmente no meu ritmo (as pausas para tirar as fotos foram rapidíssimas), um tempo bem superior aos 02 ou 03 minutos no máximo que são necessários no SDU, por exemplo; não parei para ir ao banheiro nem para olhar as lojas que estão instaladas no trajeto.

O fato de a Avianca ser a única companhia que opera no T1 não deixa de trazer um benefício: o saguão de embarque fica menos congestionado e não há filas nas lanchonetes e banheiros.

CONCLUSÕES: de fato, os passageiros da AVIANCA têm uma experiência diferente e pior quando embarcam no Galeão para voos nacionais, pois o tempo e distância para chegar aos portões de embarque são muito maiores; deve ser enorme a quantidade de pessoas que não têm noção de como os portões ficam longe e acabam perdendo o voo ou atrasando a partida deles; os clientes mais idosos são os mais impactados, sem dúvidas; da mesma forma, posso imaginar a irritação dos clientes que chegam no GIG tarde da noite e são obrigados a fazer uma longa caminhada até as esteiras de bagagem ou saída.

Pílulas formuladas em 17.04.2017

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