Voando com a BRITISH (LHR/JNB)

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– este é o 2º trecho da VOLTA AO MUNDO: será um voo longo, cerca de 11 horas para ir da Europa para a África do Sul, voando com a British Airways; a passagem foi emitida em junho de 2015 com pontos do Programa Fidelidade da TAM: foram 65.000 para voar de classe Executiva do Rio para Londres (que tem uma avaliação específica, já publicada) e depois de Londres para Johanesburgo

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– a British Airways foi eleita a 20ª melhor companhia aérea do mundo no ranking Skytrax de 2015; em voos intercontinentais, já voei nas classes Executiva (de Londres para Singapura em 2013 em um Boeing 747), Econômica Plus (do Rio para Londres em 2015 no Boeing 777) e Econômica (de Londres para o Rio em 2015 no Boeing 777)

– além disso, esta seria a segunda vez que voaria no A380 (confira abaixo os detalhes deste avião): em 2013 voei com a Singapore Airlines de Singapura para Londres a bordo de um, foi uma experiência incrível, mas naquela época ainda não pensava em começar a compartilhar a experiência de voar

O AIRBUS A380

– o voo seria operado por um dos 11 “gigantes” A380 que compõem a frota da British; este avião fabricado pela AIRBUS fez seu 1º voo comercial em outubro de 2007 (a Singapore Airlines teve esta honra) e suas características merecem ser destacadas:

  • é o maior avião de passageiros atualmente fabricado
  • tem 04 turbinas Rolls Royce Trent 900, que permitem uma decolagem com até 575 toneladas de peso
  • tem 02 andares, podendo carregar mais de 800 pessoas (dependendo da configuração de cabine)
  • pode voar por mais de 15.000 km a uma velocidade de 900km/h, a uma altura de 13.000 metros (43.000 pés) e carregando mais de 320.000 litros de combustível
  • a superfície das asas medem 845 metros quadrados
  • tem medidas impressionantes: mais de 72 metros de comprimento, quase 80 metros de distância entre as pontas da asa e 24 metros de altura (o equivalente a um prédio de 06 andares)

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– a British configurou o A380 para transportar 469 passageiros, da seguinte forma: 14 lugares na Primeira Classe, 97 na classe Executiva (chamada de “Club World”), 55 na classe Econômica Plus (chamada de “World Traveller Plus) e 303 na classe Econômica (chamada “World Traveller”)

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– o “gigante” escalado para o voo BA55 tinha o prefixo G-XLEH, entregue em outubro de 2014, portanto, era novo, com menos de 02 anos em operação

O AEROPORTO DE HEATRHOW

– o tempo de conexão entre o voo vindo do Rio de Janeiro e o voo para a África do Sul era de  06 horas, por isso, resolvi sair do aeroporto e ir para o centro de Londres encontrar um fraterno amigo que está morando por lá; foi uma rápida visita, mas é sempre prazeroso encontrar velhos e queridos amigos

– cheguei de volta a Heathrow por volta de 17:40h, no limite da “prudência” para o voo marcado para 19:05h, considerando que eu já tinha o cartão de embarque em mãos; como sempre, peguei o metrô, muito tranquilo, fácil e barato (custo: menos de 02 libras): a linha Piccadilly cruza o centro de Londres e leva os passageiros para todos os terminais do maior aeroporto londrino; chegando na estação, pega-se um elevador e em poucos passos a área de check-in é alcançada

– o Terminal 5 é a “casa” da British: a companhia opera mais de 700 voos (impressionante!) todos os dias por lá; a estrutura é enorme, espaçosa e moderna; são centenas de guichês de check-in e despacho de bagagens; tive que passar em um deles para validar as informações do meu passaporte (a companhia aérea precisa confirmar que não é necessário visto para o país de destino): sem filas, fui direto no balcão e em segundos eu já estava apto a retornar para a parte interna do aeroporto

– no controle de segurança, há um “fast track” para os passageiros que vão voar na classe Executiva ou Primeira Classe: são 02 máquinas de raio-x dedicadas nesta área, peguei uma fila de menos de 05 minutos; neste Terminal, existem 02 zonas para a vistoria dos passageiros – North e South – e painéis indicam como estão as filas em cada uma delas, muito útil para os passageiros que estão atrasados; neste dia, as filas estavam iguais, mas como estava mais perto da South, entrei por ela

SALA VIP DA BRITISH

 já eram 18:00h, o tempo estava curto, mas decidi passar na Sala VIP da British; eu já conhecia este excelente Lounge (passei por ele em outubro de 2015) e sempre vale a pena visitá-lo: é um espaço enorme e que oferece muito conforto aos passageiros que podem utilizá-lo; é possível ter uma refeição completa, além de snacks; um centro de negócios está a disposição, além de chuveiros; por fim, uma linda e panorâmica vista de uma das cabeceiras da pista do aeroporto completa o cenário

– foi uma passagem muito rápida, mas suficiente para tomar uma taça de champanhe; fiquei lá somente até 18:20h e parti em direção ao Portão C65, onde seria feito o embarque do meu voo; 0s portões localizados nas asas “B”e “C” são acessados com a ajuda de um trem que fica rodando de forma circular

EMBARQUE NO A380

– depois que desci do trem, a caminhada até o portão foi rápida, cheguei lá antes das 18:40h; uma grande janela de vidro exibia o A380 sendo preparado para o voo, uma ótima oportunidade para contemplar este avião de design único

– eram 19:00h quando uma funcionária da British informou pelo sistema de áudio da sala de embarque que o voo sofreria um atraso por problemas operacionais e que o novo horário de embarque estava previsto para 20:00h; 15 minutos depois, novo anúncio e nova previsão: 21:00h; conversei com uma funcionária e ela me aconselhou a ir para a sala VIP localizada na Asa B; aceitei a dica dela e encarei uma longa caminhada (se eu pegasse o trem, teria de fazer novo processo de controle de segurança); cheguei lá perto de 19:55h: é um espaço menor do que o Lounge que fui antes, mas é muito boa, com grande variedade de comida e bebida e com um ambiente acolhedor

– por volta de 20:25h fiz o caminho de volta para a Asa C, mas desta vez eu pude pegar o trem; cheguei novamente no Portão C65 às 20:35h e o embarque já tinha sido iniciado;  longas filas estavam formadas (afinal, são centenas de pessoas para entrar no avião), mas usei o acesso das prioridades para conseguir entrar rápido; são 02 pontes de embarque: uma para os passageiros que vão viajar no andar de baixo e outra para aqueles do andar de cima

– meu assento era o 59J, no upper deck (segundo andar) um corredor no lado direito da aeronave, última fileira da classe Executiva; o tipo e a disposição das poltronas eram os mesmos do Boeing 777 que me levou do Rio de Janeiro para Londres; a única diferença relevante que reparei foi a seguinte: as pessoas sentadas na janela têm a disposição 02 “porta-trecos” adicionais, enquanto os passageiros do corredor têm somente uma gaveta para guardar seus pertences; a configuração do 2º andar do A380 na Business é 2x3x2 (no 1º andar é 2x4x2)

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– no chão, o carpete era cinza escuro e o tecido das poltronas era do mesmo tom; na parte de baixo da estrutura do meu assento, uma tomada e uma porta USB estão instaladas; a necessaire distribuída era a mesma que recebi no voo Rio-Londres: básica e sem charme

– pelo sistema de áudio, o Comandante explicou detalhadamente o motivo do grande atraso: foi preciso fazer a troca de uma peça e foi necessária uma expressa autorização da Airbus para confirmar que a segurança de voo estava garantida; gostei da transparência e da preocupação em explicar para os passageiros a razão da falta de pontualidade britânica;  em seguida, ele deu detalhes da rota que seguiríamos até o sul da África

– pensei que não iam me oferecer o champanhe de boas-vindas, mas ele chegou logo antes da Chefe de Cabine solicitar que todos colocassem os celulares em modo avião; saboreei minha bebida, junto com um pacotinho de snacks enquanto as instruções de segurança eram exibidas no sistema de video

VOO

– as portas foram finalmente fechadas às 21:01h, mas o pushback só foi feito 25 minutos depois, aumentando ainda mais o atraso; alinhamos na pista do aeroporto londrino somente às 21:42h e as 04 turbinas do A380 aceleraram em força máxima por 41 segundos antes de começar o voo para o nosso destino na África do Sul; o A380 impressiona por ser extremamente silencioso, mesmo durante a decolagem

– a Comissária Georgina faria o meu atendimento durante o voo; assim como ela, o voo estava sendo suportado por aeromoças muito jovens; elas foram extremamente profissionais, mas foi possível perceber algum tipo de hesitação durante o serviço de bordo

– consultando o menu distribuído, escolhi as minhas opções para o jantar:

  • entrada: salada + aspargos com presunto (eram 02 opções)
  • prato principal: frango com purê de queijo cheddar, brócolis, cenoura e molho de cebola
  • sobremesa: pudim de chocolate e manga

– fui servido somente às 23:10h (sentar na última fileira significa ser atendido mais tardiamente) e foi uma refeição muito boa: o frango estava simplesmente divino, não precisava de faca para cortar; para beber, preferi continuar no champanhe

– quando ainda jantava, comecei a explorar o sistema de entretenimento: moderno, com tela touchscreen, que permite uma navegação rápida; a tela é de ótima resolução; o mapa de rota é interativo, é possível dar zoom e variar o ângulo da visão da rota seguida pelo avião; são muitas opções de filmes, inclusive em português: eram 27 opções; escolhi o filme “Concussion”, com o Will Smith, que conta a história de um médico que descobre os efeitos nefastos do futebol americano para os cérebros dos jogadores; o fone de ouvido funciona bem, com ótimo isolamento acústico; vale apenas um registro negativo: para ver qualquer filme, é preciso passar por mais de 04 minutos de propagandas

– depois de ver este primeiro filme, fui fazer um pequeno tour na parte da frente do A380: lá está uma escada reta que leva ao primeiro andar; em frente a ela está instalado um símbolo imponente da British Airways, prateado com uma luz dando destaque

– aproveitei para conhecer os banheiros (são 02) que também ficam na parte da frente; são simplesmente enormes, com tampa do assento revestida de couro; me chamaram atenção o botão de descarga e a torneira eletrônica; além disso, eles estavam limpos e cheirosos

– voltando para o meu lugar, comecei a ver outro filme: “A 5ª Onda”: muito fraquinho, conta a história de uma irmã que sai em busca do irmão perdido depois de um ataque alienígena à Terra

– na verdade, este filme me serviu como um sonífero, o sono bateu forte e dormi: foram quase 05 horas de descanso, eu estava precisando; o assento vira uma cama 180 graus, o travesseiro é de bom tamanho e o cobertor é confortável; não sei se o passageiro sentado na janela da fileira 58 precisou me pular durante este período, pois na estrutura que a British escolheu para seus aviões, quem senta na janela não tem acesso direito ao corredor

– eram 06:20h quando o café da manhã começou a ser servido para quem já estava acordado; a British serve esta refeição em 02 fases: de entrada, frutas e croissant com geléia (repeti a opção do voo Rio-Londres), acompanhados de suco de laranja e café preto; depois um prato de queijos e presunto parma; foi uma refeição matinal providencial

– neste momento, estávamos a 11.900 metros de altura, a uma velocidade de 937km/h; levantei e aproveitei que o céu lá fora estava estava limpo para registrar a asa direita e as turbinas pintadas de azul escuro do A380 da British

– já estávamos na fase final do voo, mas ainda deu tempo de fazer um novo tour, agora na parte de trás da aeronave; a escada que leva ao primeiro andar é curva e fica em frente à parte operacional (galley) da aeronave, onde a tripularão organiza o serviço de bordo

POUSO EM JNB

– o procedimento de descida foi muito tranquilo; o Comandante foi avisando à tripulação quanto tempo faltava para o pouso: primeiro, com 20 minutos, depois avisou com 12 minutos e, por último, com 05 minutos

– o trem de pouso foi armado às 07:55h, o que foi quase imperceptível, se você não presta atenção, não percebe o movimento, pois o barulho é baixo; pousamos em solo africano com total segurança às 07:58h e o A380 foi estacionado no terminal de Johanesburgo menos de 10 minutos depois, encerrando mais um voo de longa distância da British Airways

Avaliações anteriores – Voando com a British Airways:

  • Rio-Londres

Voando com a British (GIG/LHR)

  • Rio-Viena, via Londres

Voando com a BRITISH (GIG/VIE)

  • Amsterdã-Londres

Voando com a BRITISH (AMS/LON)

  • Salzburg-Londres

Voando com a BRITISH (SZG-LON)

AVALIAÇÃO GERAL: não há como deixar de registrar, em primeiro lugar, o grande atraso na saída de Londres; considerando que eu ficaria pouco tempo em Johanesburgo, 02 horas e 40 minutos fizeram falta; acho que a British Airways podia investir em uma necessaire que tenha mais “glamour”; voar no A380 é uma experiência singular, o tamanho da cabine e o ambiente que ela proporciona são únicos, além do silêncio a bordo; o serviço foi muito bom, com uma atitude profissional da tripulação, apesar da aparente pouco experiência de algumas comissárias; as refeições servidas foram muito boas, com destaque para o frango do jantar; o café da manhã não tem extravagância, mas cumpre bem sua função para começar bem o dia

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